terça-feira, 30 de outubro de 2012

SAOCOM: revisão crítica do segmento terrestre


Entre os dias 16 e 17 de outubro, foi realizado no Centro Espacial Teófilio Tabanera, da Comision Nacional de Actividades Espaciales (CONAE), localizado na província argentina de Córdoba, a revisão técnica do projeto SAOCOM, dedicada à avaliação do desenho do segmento terrestre para comando, controle e aquisição de dados do futuro satélite radar argentino.

A revisão contou com a participação de mais de oitenta especialistas da CONAE e de instituições convidadas, como as agências espaciais da Itália (ASI), EUA (NASA), Canadá (CSA), e Japão (JAXA). A ASI participou da revisão com três especialistas do projeto COSMO-SkyMed, satélites-radar italianos que integram, como contraparte à série argentina SAOCOM, o Sistema Ítalo-Argentino de Satélites para a Gestão de Emergências (SIASGE).

A missão SAOCOM - único projeto de satélite de observação terrestre por meio de radar atualmente em desenvolvimento na América Latina - conta com várias etapas de revisão, como de praxe em complexos projetos espaciais. Até o momento, já ocorreram revisões da plataforma satelital, do instrumento radar (SAR, sigla em inglês de "Synthetic Aperture Radar", ou radar de abertura sintética), e do segmento terrestre. Restam as revisões do segmento de voo, prevista para o final de novembro desse ano, assim como a revisão da missão completa, planejada para maio de 2013. Nesta última etapa, o funcionamento de todo o conjunto será examinado.

De acordo com informações divulgadas pela CONAE, já estão em construção o modelo estrutural do primeiro satélite, que será testado para se validar do ponto de vista mecânico os modelos usados para o desenho do satélite, e também o modelo de engenharia, a ser usado para validação do funcionamento da eletrônica de voo e do software.
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Avanços no projeto do VLM-1


Projeto Veículo Lançador de Microssatélites (VLM-1) cumpre mais uma etapa de desenvolvimento

Campo Montenegro, 29/10/2012

O Instituto de Aeronáutica e Espaço e a Agência Espacial Alemã (DLR) realizaram entre 15 e 19 de outubro a Revisão de Requisitos de Sistema (SRR) do Projeto Veículo Lançador de Microssatélites (VLM-1). Este evento constituiu a terceira revisão de projeto realizada pelas duas organizações, antecedida pela Revisão de Definição da Missão (MDR) e pela Revisão Preliminar de Requisitos (PRR).

A documentação do IAE e do DLR foi analisada por uma Comissão de Revisão presidida pelo Dr. Rogério Pirk (IAE), conforme a norma do IAE, e constituída pelo Dr. Petrônio Noronha (AEB), Dr. Paulo Milani (INPE) e Dr. Félix Palmério (consultor ad hoc). O Grupo de Projeto foi constituído por 21 engenheiros do IAE, com o apoio de 7 bolsistas do CNPq, e por 9 engenheiros do DLR. O Instituto de Fomento e Coordenação Industrial (IFI) foi representado pelo Dr. Niwa, que esteve presente ao evento como observador. O objetivo da revisão era o de avaliar os requisitos de sistema do VLM-1, analisar o projeto de concepção adotado para o lançador e aprovar o plano de verificação dos requisitos. Devido ao caráter binacional do projeto, toda a documentação, as apresentações e as discussões foram realizadas em língua inglesa.

Um dos momentos significativos da revisão foi a visita dos participantes ao Modelo de Engenharia (ME) do Motor S50 nas dependências do Laboratório de Ensaios Dinâmicos (LED). O ME procurou reproduzir as técnicas de fabricação que serão utilizadas nos Modelos de Qualificação (MQ) do S50 e tem como objetivo avaliar possíveis dificuldades e permitir um ajuste ou melhoria do projeto, se necessário. Com cerca de 12t, o S50 será o maior motor a propelente sólido desenvolvido pelo Brasil. Outro evento digno de menção foi o ensaio da ação de elementos pirotécnicos sobre amostras de materiais trazidos pelo DLR. Este ensaio ocorreu na Subdivisão de Pirotecnia da Divisão de Propulsão Espacial (APE) com excelentes resultados.

Com o término desta fase de concepção, o VLM-1 entra na fase de projeto propriamente dito, muito embora alguns subsistemas, como o S50, por exemplo, já estejam em fase mais avançada. Nesta próxima fase, deverão ocorrer as contratações de sistemas e subsistemas completos na indústria nacional. O VLM-1 tem como primeira missão o lançamento da carga útil Shefex 3 em 2016.

Fonte: IAE/DCTA
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Política Espacial Brasileira na Câmara dos Deputados


Conselho de Altos Estudos discute política espacial brasileira na quarta

29/10/2012

O Conselho de Altos Estudos e Avaliação Tecnológica debaterá, na quarta-feira (31), a política espacial brasileira com o presidente da Agência Espacial Brasileira, José Raimundo Braga Coelho. O encontro será realizado às 15 horas, na sala de reuniões da Mesa Diretora.

O conselho é um órgão técnico-consultivo da Câmara dedicado à análise de projetos e programas governamentais estratégicos para o planejamento de políticas públicas e a formulação de diretrizes legislativas. O colegiado é composto por 11 parlamentares.

Fonte: Agência Câmara
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domingo, 28 de outubro de 2012

Cooperação Brasil - Rússia


Marco Antonio Raupp, ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), e Sergey Akopov, embaixador da Rússia no Brasil, se reuniram na última quinta-feira (25), em Brasília (DF), para discutir novas possibilidades de cooperação no campo de Ciência e Tecnologia, num ato prévio à visita de Dilma Rousseff àquele país, prevista para dezembro.

De acordo com nota divulgada pelo Ministério, Marco Antonio Raupp destacou o interesse em desenvolver novas atividades de cooperação, em especial no âmbito do programa Ciência sem Fronteiras e na área de satélites, sem dar maiores detalhes.

Entre 26 e 27 de novembro, o ministro deve fazer uma visita oficial à Rússia, acompanhado de representantes da Agência Espacial Brasileira (AEB) e de outras instituições subordinadas ao MCTI.
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sexta-feira, 26 de outubro de 2012

"Também no Brasil, é tempo de eficácia no espaço sideral"


Tarcísio Takashi Muta

Criada em 1958 para viver na fronteira do conhecimento, a National Aeronautical and Space Administration (NASA) causou espanto em meados de 2011, quando aposentou a sua frota de imponentes ônibus espaciais. O motivo da inglória decisão foi logo atribuído aos percalços orçamentários então já descritos como pragas endêmicas – mas eternamente toleráveis —, pois aos olhos do povo, a ousadia científica justificava o empenho de gordas verbas públicas.

Se a grande crise que abalou os Estados Unidos da América em 2008 sepultou o modelo de investimentos a fundo perdido, a perfeita ancoragem da nave privada SpaceX Dragon à Estação Espacial Internacional, em maio de 2012, revelou outra face pouco conhecida da resposta que o pragmatismo da maior economia mundial oferece para resguardar sua liderança no ramo mais complexo e desafiador da ciência e da tecnologia contemporâneas.

Agora, a pauta de responsabilidades da NASA se projeta mais adiante, como no caso da missão do veículo robótico Curiosity ao solo de Marte. Para a autarquia, a circulação humana nas proximidades da Terra será responsabilidade de companhias privadas. Cargas entregues por naves não tripuladas já se tornam rotineiras e empresas como a Boeing, a Spacex e Sierra Nevada abiscoitaram, em 2012, contratos bilionários para construir naves com capacidade para levar e trazer de volta sete astronautas em missões com alcance lunar. Contarão para tanto com apoio financeiro do governo de Washington, que também se compromete a contratar um lote de voos que assegure a sobrevivência desses novos protagonistas, vencedores de uma competição aberta em 2004 e que reuniu ao todo sete interessados em prover viagens para além da atmosfera terrestre.

A mudança do modelo se apoia em subsídio? Sim. E qual é o problema? Ninguém mais contesta a necessidade de verbas públicas para suportar a evolução tecnológica de projetos desafiadores e relevantes para a evolução do conhecimento. Essa guinada na condução do projeto espacial aplicada no governo do presidente Barack Obama traz ao ambiente brasileiro uma lembrança e, sobretudo, uma sugestão para ser levada a sério. A lembrança tem a ver com a importância da continuidade de investimentos para o sucesso de empreendimentos de vanguarda.

O Brasil tomou a decisão de atacar o desafio espacial em 1961, num programa contemporâneo aos congêneres da Índia e do Japão. Passado meio século, a coleção de satélites lançados com êxito pelos indianos supera a casa dos sessenta e cinco, sendo o primeiro de 1975; enquanto isso, após começar discretamente em 1970, o retrospecto japonês alcança a marca de uma centena de lançamentos bem sucedidos, a maior parte levados com propulsores também desenvolvidos no país. O Brasil conseguiu lançar seis satélites, todos via foguetes estrangeiros.

A explicação para a discrepância é complexa, porém há fatores preponderantes. Um deles é a continuidade no investimento. As verbas dispendidas na atividade espacial pelo governo brasileiro oscilam em torno de R$ 200 milhões por ano – R$ 300 milhões nos últimos exercícios – tendo chegado a zero na época da inflação galopante. Enquanto isso o Japão destina US$ 2,5 bilhões anuais e a Índia se mantém estável na faixa de US$ 1 bilhão de dólares.

Outro é a marcante presença do setor privado. No Brasil ela é fragmentada e com a integração concentrada pelo governo, sendo que a prioridade à indústria local ainda se encontra no plano da retórica. Na Índia há uma fragmentação na presença privada, com uma forte mão do Estado, porém com uma política de indução ao fortalecimento da indústria local. Já no Japão, temos uma presença concentrada do setor privado, representado pelo grupo Mitsubishi.

A preferência de Brasília por solução estatizada para o ciclo da engenharia e da operação do programa espacial começa a ser quebrada, com a definição da Embraer como principal fornecedor do projeto Telebrás, que dotará o País com satélites próprios no caso das comunicações estratégicas – civis e para a defesa. Reconhecida como empresa de classe mundial, a Embraer representa uma possibilidade concreta de ação eficaz, sucedendo décadas de peripécias acabrunhantes.

É uma reviravolta oportuna para que o Brasil se mantenha no nível mais elevado do conhecimento. Destaque-se que a presente abertura para soluções trazidas por protagonistas do setor privado surge ao mesmo tempo das mudanças na NASA e nos Estados Unidos. Essa iniciativa do governo brasileiro abre perspectivas numa atividade que, até então, juntou sonhos e dissabores numa combinação decepcionante que perdurou por mais de cinco décadas.

A tecnologia feita com recursos continuados, dedicação e competência agradece!

N. da R.: Tarcísio Takashi Muta é engenheiro e presidente do Conselho de Administração da Atech.

Fonte: revista Tecnologia & Defesa nº 130, setembro-outubro de 2012.
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quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Boeing: 80 anos de Brasil


Em coquetel realizado na capital paulista na noite de hoje (24), a Boeing comemorou 80 anos de parceria com o Brasil - iniciada em 1932 com a entrega de aviões F4B-4 ao governo, e aproveitou para lançar o website de sua unidade brasileira, a Boeing Brasil: http://www.boeing.com.br.

A Boeing, considerada o maior grupo aeroespacial do mundo, tem dedicado especial atenção ao mercado brasileiro. Apenas este ano, foram anunciadas a criação de uma subsidiária, chefiada por Donna Hrinak, ex-embaixadora dos Estados Unidos no País, de um centro de pesquisa e desenvolvimento, acordos de cooperação com a AEL Sistemas (aviônicos), parcerias com a Embraer em biocombustíveis, no projeto do cargueiro militar KC-390 e em sistemas para a aeronave Super Tucano, financiamento de bolsas a estudantes dentro do programa Ciência sem Fronteiras, debtre outros esforços relevantes. Recentemente, a fabricante fechou um importante contrato com a companhia aérea Gol para o fornecimento de 60 aviões 737 MAX, de nova geração.

Indicando a boa relação com a Embraer, em vídeo divulgado hoje, Luiz Carlos Aguiar, presidente da Embraer Defesa e Segurança, falou sobre os acordos de cooperação entre a fabricante brasileira e a Boeing em matéria de defesa e biocombustíveis.

O website da Boeing Brasil traz informações bem interessantes sobre a história e a presença do grupo norte-americano no País, assim como seu portfólio de produtos e serviços promovidos localmente: aeronaves comerciais, e sistemas de defesa, espaço e segurança (aeronaves militares, como o F-18 E/F Super Hornet, que participa da concorrência F-X2, da Força Aérea Brasileira, o helicóptero pesado Chinook, a munição JDAM, dentre outros). Na área espacial, destaque para satélites, em particular geoestacionários de comunicações.

Na seção "A Boeing no Brasil", a empresa destaca alguns projetos na área de satélites, desenvolvidos entre as décadas de setenta e noventa. Reproduzimos a descrição abaixo:

"O Brasil e a Boeing Satélites

A Boeing Satélites está envolvida com a indústria brasileira de comunicações via satélite desde a sua criação, no início de 1970. Em 1974, a Boeing (então Hughes) foi contratada para construir uma estação terrestre perto do Rio de Janeiro (Tanguá) para a Embratel revender capacidade Intelsat, conectando o Brasil à rede de satélites Intelsat.

Em 1982, a Boeing, em parceria com a SPAR Aerospace do Canadá, foi contratada pela Embratel para a construção de dois satélites 376 (denominados Brasilsat A1 e A2) mais um Centro de Controle de Operações em Guaratiba. Os satélites foram lançados em 1985 e 1986.

Em 1990, a empresa líder em telecomunicações do Brasil na época, a Embratel, assinou um contrato para dois veículos espaciais (Brasilsat B1 e B2). Em 1995, a Embratel  exerceu a opção para um terceiro veículo. Um quarto satélite foi encomendado em junho de 1998. Como parte do contrato, a Hughes dividiu o trabalho de engenharia da estação terrestre com a Promon Engenharia S/A, de São Paulo. O Instituto Brasileiro de Pesquisas Espaciais (INPE), em São José dos Campos, foi designado como o local para o teste final do sistema do Brasilsat B2. O Brasilsat B1 foi testado em El Segundo, Califórnia, e usado para treinar os engenheiros do INPE. A estação Brasilsat B oferecia serviços básicos de telecomunicações: televisão, telefone, fax e transmissão de dados e redes de negócios."

Oportunidades

No segmento espacial, a Boeing parece não esperar viver apenas do passado no Brasil. Em 2011, a empresa participou da concorrência promovida pela Star One, subsidiária da Embratel, para o satélite geoestacionário Star One C4, vencida pela também norte-americana Space Systems / Loral. A Boeing é também frequentemente mencionada como uma das fabricantes interessadas no projeto do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC), a cargo da Visiona Tecnologia Espacial, joint-venture entre a Embraer e a Telebrás.

Nos últimos anos, a Boeing fechou importantes contratos em satélites de comunicações com a Inmarsat (banda Ka), governo do México (sistema MEXSAT), ABS e Satmex (satélites com propulsão elétrica), e SES (contratado anunciado em 10 de outubro), estando definitivamente de volta ao mercado comercial de satélites geoestacionários de comunicações.
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Comitivas da Namíbia e Canadá em visita à AEB


AEB recebe comitivas internacionais

24-10-2012

A Agência Espacial Brasileira (AEB) recebeu, na manhã de 23 de outubro, uma delegação da Namíbia chefiada pelo ministro da Defesa, Charles Namoloh. O país africano deseja ter o apoio do Brasil para iniciar suas atividades na área espacial.

O governo da Namíbia, que tem excelente relação com a Marinha brasileira, entende que o Brasil também pode ser parceiro na área espacial. Segundo o chefe da cooperação internacional da AEB, José Monserrat Filho, o Brasil pode oferecer ao país africano sua experiência na construção de plataforma de coleta de dados e de um centro para recepção, processamento e análise de dados de satélites.

“Convidei o embaixador da Namíbia no Brasil, Lineekela Mboti, para voltar à AEB a fim de começarmos a escrever um plano de trabalho”, conta Monserrat. “Vamos ajudá-los”, completa.

Canadá - Ainda em outubro, o presidente da AEB recebeu visita de cortesia do embaixador do Canadá no Brasil, Jamal Khokhar, que veio acompanhado do conselheiro Neale Nigel. O país norte-americano considera muito importante a ampliação da cooperação espacial entre os países.

As duas partes acreditam que é necessário os programas espaciais sejam complementares. Segundo Monserrat, o satélite canadense RadarSat sempre despertou interesse do Brasil. “Os dois países poderiam pensar na hipótese de construírem juntos um satélite radar”.

De acordo com o chefe de cooperação internacional, a aproximação entre os dois países na área espacial é interessante para ambos. “Eles têm interesse em artefatos que desenvolvemos e também podemos aprender com o que eles já fizeram até agora”. Um exemplo disso é o satélite canadense RadarSat. “O Brasil ainda não possui satélite radar (forma mais eficiente para observar a Terra) e com a ajuda deles, podemos construir um futuramente”, completa Monserrat.

Fonte: AEB
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terça-feira, 23 de outubro de 2012

I Workshop - Indústria Espacial Brasileira


AEB promove I Workshop - Indústria Espacial Brasileira: Desafios e Oportunidades

23-10-2012

A Agência Espacial Brasileira (AEB) realiza nos dias 24 e 25 de outubro o I Workshop – Indústria Espacial Brasileira: Desafios e Oportunidades, com foco no setor industrial espacial brasileiro. O evento busca alinhar os objetivos e desafios da indústria nacional com as novas diretrizes estabelecidas pelo Programa Nacional de Atividades Espaciais (PNAE).

Esta iniciativa será o alicerce de uma ação continuada em parceria com o setor industrial brasileiro para definir uma agenda positiva e realista que considere tanto as características e competências da indústria brasileira, quanto os projetos em curso e futuros do Governo Federal.

O Brasil vive um período de transformações, com novas oportunidades criadas pelo Governo Federal, tais como um novo programa para o desenvolvimento de tecnologias críticas; as novas ações de absorção tecnológica no contexto do desenvolvimento do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC); os novos direcionamentos dos Fundos Setoriais; as ações da Agenda Tecnológica Setorial (ATS) no contexto do Plano Brasil Maior; a atuação especial do Programa Ciência Sem Fronteiras para área espacial; e as iniciativas legislativas para a desoneração do setor, dentre outras ações de governo.

A Agência pretende possibilitar a integração dos seus programas de apoio à nova política industrial brasileira dedicada ao setor espacial. E espera, ainda, que se criem condições para uma nova carteira de projetos que amplie a capacidade de investimento e inovação das empresas do setor, que incentive o desenvolvimento das tecnologias requeridas para os futuros projetos nacionais, que propicie a absorção dos recursos humanos que estão sendo preparados para atuar na área aeroespacial, e que torne as empresas brasileiras mais competitivas nos mercados nacional e global.

Nesse I Workshop, além das empresas, também participarão o setor acadêmico, representado pelos cursos de engenharia aeroespacial e aeronáutica, e os centros tecnológicos do setor de defesa, que terão a oportunidade de apresentar suas potencialidades, e que se espera trazer ao debate as oportunidades futuras de desenvolvimento de toda cadeia produtiva espacial brasileira.

Um dos destaques do evento será a palestra ministrada pelo CEO da NewSpace Global LCC, dos Estados Unidos, Richard David. O executivo apresentará o case de sucesso corporativo no setor espacial “A Indústria Newspace: Gestão, Mercado, Capitalização e Tecnologias da próxima grande Economia da Inovação”.

SERVIÇO

I Workshop – Indústria Espacial Brasileira: Desafios e Oportunidades

Data: 24 e 25 de outubro

Local: Sede da Agência Espacial Brasileira – Setor Policial Sul, Área 5, Qd 3, Bloco A - Brasília-DF

Horário: 9h às 18h

Informações: (61) 3411-5014 / 3411-5049

Para acessar a programação, clique aqui.

Fonte: AEB
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segunda-feira, 22 de outubro de 2012

ACS sob "controle pessoal" de Dilma


O website da Presidência da Ucrânia divulgou uma nota sobre o telefonema na última semana entre os mandatários da Ucrânia, Viktor Yanukovych, e do Brasil, Dilma Rousseff, sobre a cooperação entre os dois países, particularmente no âmbito espacial, com o projeto da binacional Alcântara Cyclone Space (ACS).

De acordo com a nota divulgada, os presidentes notaram o significativo progresso do projeto nos últimos anos, tendo também enfatizado a necessidade de rápida solução de várias questões urgentes para a eficiente implementação do projeto. Não há referência à natureza das "questões urgentes".

"Eu estou confiante que a implementação em tempo e bem sucedida deste projeto irá estimular a introdução de outros projetos conjuntos mutuamente benéficos e criar uma base para o desenvolvimento tecnológico de nossos países", teria dito Yanukovych. Por sua vez, Dilma Rousseff assegurou que a implementação do projeto Cyclone 4 - Alcântara estava sob seu "controle pessoal".
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Star One C3 em Kourou


No último dia 17, o satélite de comunicações Star One C3, da Star One, subsidiária da brasileira Embratel, chegou ao centro espacial de Kourou, na Guiana Francesa, como parte dos preparativos para o seu lançamento por um foguete Ariane 5, da Arianespace, em 9 de novembro.

Encomendado no final de 2009, o Star One C3 foi construído pela norte-americana Orbital Sciences Corporation e é baseado na plataforma GEOStar, contando com transpônderes em banda C e Ku com cobertura do continente sul-americano.

A missão do início de novembro será a sexta do Ariane 5 em 2012, que lançará ainda o satélite europeu EUTELSAT 21B, construído pela Thales Alenia Space.
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domingo, 21 de outubro de 2012

CONAE em programa de gestão de desastres da ONU


Como parte de um acordo de cooperação assinado pela Comisión Nacional de Actividades Espaciales (CONAE), a agência espacial da Argentina, e o Escritório das Nações Unidas para Assuntos de Espaço Ultraterrestre (United Nationals Office for Outer Space Affairs - UNOOSA), a CONAE estabelecerá um escritório de apoio regional da plataforma UN-SPIDER (Platform for Space-based Information for Disaster Management and Emergency Response, ou em português, Plataforma de Informação Espacial para a Gestão de Desastres e Resposta a Emergências) para a América Latina, com o intuito de oferecer capacitação e informação espacial para a gestão de desastres e resposta a emergências, promovendo o uso de tecnologias satelitais em todas as fases da gestão de desastres.

Na América Latina, a plataforma UN-SPIDER já conta com escritórios na Colômbia e no Panamá (CATHALAC).

Segundo que foi divulgado, a participação da Argentina no programa UN-SPIDER "contribuirá ao progresso das atividades que a CONAE está atualmente desenvolvendo, potencializará projetos e oportunidades de cooperação para alerta antecipado e o manejo de emergências na região."

A CONAE desenvolve vários projetos relacionados a alertas e monitoramento de desastres naturais por meio de satélites. Em julho 2005, a CONAE e a Agenzia Spaziale Italiana (ASI) estabeleceram um importante acordo para a realização do Sistema Ítalo-Argentino de Satélites para a Gestão de Emergências (SIASGE), considerado um sistema único no mundo, que envolverá a integração de duas constelações satelitais radares, a italiana COSMO-SkyMed (4 satélites, todos em órbita), em banda X, e a argentina SAOCOM (2 satélites, a serem lançados nos próximos anos), em banda L.
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sábado, 20 de outubro de 2012

Cooperação Brasil - Ucrânia


Dilma conversa com o presidente da Ucrânia sobre cooperação na área espacial

Sexta-feira, 19 de outubro de 2012 às 17:39

A presidenta Dilma Rousseff conversou nesta sexta-feira (19) por telefone com o presidente da Ucrânia, Viktor Yanukovych. Durante 20 minutos, eles trataram do projeto ACS (Alcântara Cyclone Space), que prevê a construção do centro de lançamento do Cyclone-4, em Alcântara (MA), e o lançamento do primeiro foguete em 2014. A presidenta disse a Yanukovych que o Brasil está tomando as providências necessárias para acelerar o projeto e garantir o lançamento do primeiro foguete em 2014.

Dilma aceitou convite de Yanukovych para visitar a Ucrânia em 2013. A presidenta disse que durante a visita, em data a ser definida, levará expressiva comitiva empresarial. O presidente da Ucrânia sugeriu que durante a visita de Dilma seja realizada em Kiev a primeira reunião do Foro de Alto Nível Empresarial, criado em 2011 durante visita de Yanukovych ao Brasil.

Fonte: Palácio do Planalto
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terça-feira, 16 de outubro de 2012

SGDC: RFP prestes a ser enviado


De acordo com reportagem divulgada ontem (15) pelo Teletime, portal especializado em comunicações, citando informações dadas pelo presidente da Telebras, Caio Bonilha, o termo de referência para a contratação do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC) já está com o comitê diretor, que deve se reunir até o final da semana para aprová-lo e enviá-lo aos potenciais fornecedores do satélite.

Segundo o artigo, após o envio das solicitações de propostas, conhecidas pela sigla RFP (do inglês, request for proposals), deve ser dado um prazo de dois ou três meses para os fabricantes apresentarem suas ofertas, e cerca de um mês e meio para a análise e contratação. Assim, o contrato para a aquisição do SGDC poderia ser assinado no primeiro trimestre de 2013, informação em linha com a obtida e divulgada pelo blog Panorama Espacial na semana retrasada.

Favoritismo japonês?

Ainda segundo a reportagem, a companhia Mitsubishi, do Japão, é considerada pelo mercado como a grande favorita para levar o contrato do primeiro satélite, "pois [os japoneses] estariam jogando com uma oferta mais agressiva."

A informação é curiosa, pois, em teoria, ainda não são conhecidos os termos financeiros e mesmo o nome de cada um dos potenciais participantes da concorrência. Além do mais, outro aspecto que merece ser considerado são as restrições japonesas que, desde a Segunda Guerra Mundial, impõem severas restrições para a exportação de equipamentos e sistemas de defesa. Como é sabido, o SGDC terá também aplicações militares, provendo capacidade para o Sistema de Comunicações Militares por Satélite (SISCOMIS), do Ministério da Defesa.

Por outro lado, o interesse do Japão em se fixar como parceiro espacial na América do Sul não é recente, e tem havido significativos esforços nos últimos tempos. No início do mês, o presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), José Raimundo Braga Coelho, esteve em Tóquio para reuniões com empresas do setor aeroespacial.
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Programa Espacial na Escola Superior de Guerra


Programa Espacial Brasileiro é tema de painel em Curso Superior de Política e Estratégia

16-10-2012

O presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), José Raimundo Coelho, proferiu palestra sobre o Programa Espacial Brasileiro nesta terça-feira, 16 de outubro. O público foi de alunos do Curso Superior de Política e Estratégia, promovido pela Escola Superior de Guerra do Campus de Brasília, com o apoio do Ministério da Defesa.

José Raimundo destacou a importância de se apresentar o PEB a um público tão seleto. “É fundamental falar sobre o Programa Espacial Brasileiro a líderes. Disseminar o trabalho da Agência e explicar o que está sendo feito no Brasil”, ressalta o presidente.

O Curso Superior de Política e Estratégia (CSUPE) tem por objetivo proporcionar a civis de alto nível da administração pública e a militares das Forças Armadas ferramentas para a macro-análise dos cenários nacional e internacional, de modo a possibilitar-lhes à realização de avaliação de políticas e estratégias na área da Defesa e da Segurança Nacional.

São 52 alunos participantes, entre civis e militares, oriundos de diversos órgãos do Governo Federal, do Comando das Forças e de professores doutores do meio acadêmico de Brasília.

O curso tem duração de nove semanas e uma das principais finalidades é o fortalecimento da mentalidade de defesa do Brasil junto à público decisor, por meio da criação de um espaço adequado para a circulação de ideias e apresentação de temas de defesa.

Na tarde desta terça-feira, o Brigadeiro Carlos Antônio Kasemodel, Diretor do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) também proferiu palestra sobre o Programa Aeroespacial. O encerramento do painel se deu com debate sobre os temas abordados e agradecimento dos alunos pelos esclarecimentos prestados.

Fonte: AEB

Comentário: interessante observar a orientação de aproximação entre o Programa Espacial Brasileiro e a área de defesa, implementada desde a chegada de Marco Antônio Raupp ao governo federal (primeiramente na presidência da AEB e atualmente como ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação). O ministro Marco Antonio Raupp e Raimundo Braga Coelho, presidente da AEB, costumam frisar que a Estratégia Nacional de Defesa é uma das demandas do Programa Espacial Brasileiro.
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segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Itasat-1 no voo inaugural do Cyclone 4?


Previsto para novembro de 2013, se tudo acontecer conforme o planejado, o voo inaugural do foguete ucraniano Cyclone 4, a ser operado a partir do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão (MA), deve levar não apenas o nano-satélite japonês Nano-JASMINE, acrônimo de Japan Astrometry Satellite Mission for Infrared Exploration. 

Segundo informações recebidas pelo blog Panorama Espacial, a Alcântara Cyclone Space (ACS), binacional responsável pela comercialização e operação do binômio Cyclone 4 / CLA, ofereceu à Agência Espacial Brasileira (AEB) espaço para lançamento de uma carga útil no voo inaugural, que pode vir a ser ocupada pelo satélite universitário Itasat-1, em desenvolvimento pelo Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), subordinado ao Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), de São José dos Campos (SP).

Nos cronogramas de lançamentos apresentados publicamente pela AEB, o lançamento do Itasat-1 aparece como planejado para 2013, justamente o ano em que o Cyclone 4 deve ter o seu primeiro lançamento.

Financiado pela AEB, o Itasat-1 tem sua execução a cargo do ITA, que responde ainda pelos subsistemas (estrutura, controle térmico, suprimento de energia, controle de atitude e computador de bordo). O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) é provedor de consultoria técnica, de infraestrutura laboratorial e gestor financeiro. As cargas úteis que comporão a missão serão oriundas de algumas universidades brasileiras, dentre as quais a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e a Universidade Estadual de Londrina (UEL).
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sábado, 13 de outubro de 2012

Modelo mecânico do SARA Suborbital


Modelo Mecânico de Voo do Sara Suborbital é aprovado

Campo Montenegro, 10/10/2012

O Modelo Mecânico do veículo Sara Suborbital, que recentemente foi submetido ao ensaio dinâmico de aceitação no shaker do IAE, passou pela FRR (Flight Readiness Review) nas dependências de Divisão de Sistemas Espaciais (ASE). A FRR é a revisão que comprova o apronto do modelo para o embarque para o voo. A aprovação ocorreu nesta terça-feira, dia 9 de outubro de 2012, através da constatação de que os resultados de ensaio correspondiam aos resultados obtidos com o Modelo de Qualificação.

A FRR foi cumprida conforme prevista contratualmente. A campanha de ensaios dinâmicos realizada no Modelo de Voo Mecânico foi bem sucedida. O modelo de elementos finitos foi elaborado pela CENIC e permitiu que a empresa pudesse comprovar a boa aderência entre as curvas que representavam o comportamento dinâmico previsto e as obtidas experimentalmente.

Com a aprovação do Modelo Mecânico de Voo, ele já pode ser utilizado para a integração do Modelo de Voo das Redes Elétricas. A empresa CENIC deve iniciar os trabalhos de integração desta eletrônica embarcada já na próxima semana na Divisão de Eletrônica do IAE (AEL), o que garante uma importante etapa das atividades de preparação para o voo do Sara Suborbital.

Fonte: IAE/DCTA
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quarta-feira, 10 de outubro de 2012

SPARC4: câmera astronômica do INPE


Câmera astronômica inovadora será desenvolvida no INPE

Quarta-feira, 10 de Outubro de 2012

O  SPARC4 (Simultaneous Polarimeter and Rapid Camera in Four Bands), um instrumento inovador para estudos astronômicos, será desenvolvido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) em colaboração com órgãos científicos brasileiros. Trata-se de uma câmera que permitirá a realização de fotometria e polarimetria com resolução temporal moderada e em quatro bandas espectrais de modo simultâneo.

Em astronomia, quando se fala de câmeras ópticas, o padrão é que as imagens sejam obtidas em um único intervalo de comprimento de onda (da luz). Por obter imagens em quatro cores ao mesmo tempo e permitir medir a polarização da luz, o SPARC4 será único no mundo.

O projeto conceitual do novo instrumento foi aprovado por um comitê de especialistas do INPE e do Laboratório Nacional de Astrofísica (LNA), externos à equipe técnica do SPARC4.  O instrumento deve ficar pronto no prazo de 2 a 3 anos e será instalado no telescópio de 1,60m do Observatório do Pico dos Dias, coordenado pelo LNA, em Itajubá (MG).

“Os dados científicos em astronomia são basicamente informações sobre a luz emitida pelos objetos de interesse, como estrelas e galáxias. Os dados são obtidos por instrumentos acoplados a telescópios. São, portanto, ‘medidores’ de luz. Esses instrumentos são de vários tipos: os que medem fluxo, os que medem espectro (fluxo como função do comprimento de onda), os que obtêm imagens, os que medem polarização, entre outros. O SPARC4 é bidimensional, portanto obtém imagens, e com ele vamos medir não apenas o fluxo, mas também a polarização”, explica Claudia Vilega Rodrigues, pesquisadora da Divisão de Astrofísica do INPE.

O projeto conceitual do SPARC4 contou com financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP).

Outros projetos

Em São José dos Campos (SP), são realizadas pesquisas teóricas e observacionais em diversas áreas da Astrofísica, com ênfase em desenvolvimento instrumental. Os projetos instrumentais da Divisão de Astrofísica (DAS) do INPE cobrem diferentes faixas do espectro eletromagnético, como ondas de rádio, radiação óptica e infravermelha e raios X e gama, além de detectores de ondas gravitacionais. Entre seus principais projetos em desenvolvimento, destacam-se um imageador de raios X, o Mirax, e o radiointerferômetro BDA para investigações de fenômenos solares e cósmicos.

O INPE mantém em operação o maior radiotelescópio do país, em Atibaia (SP), e ainda contribui com o desenvolvimento de instrumentação para grandes telescópios como o Soar (Southern Astrophysical Research), instalado no Chile, cujo espelho tem mais de 4 metros de diâmetro.

Em colaboração com outras instituições do Brasil e do exterior, o INPE pesquisa e participa do desenvolvimento de instrumentos para o estudo da Radiação Cósmica de Fundo em Microondas (RCFM) para entender os mecanismos responsáveis pela formação das galáxias e outras estruturas do Universo. Além disso, o INPE mantém cursos de mestrado e doutorado que formam continuamente pesquisadores em Astrofísica e, também, cursos de extensão para professores e estudantes de graduação com o objetivo de contribuir para a divulgação da Astronomia na sociedade brasileira.

Mais informações na página www.das.inpe.br

Fonte: INPE
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AEB na Semana Nacional de C&T


AEB participa da SNCT

10-10-2012

A Agência Espacial Brasileira (AEB) participará, entre os dias 16 e 21 de outubro, da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT) de 2012. Em um estande de 264 metros quadrados, a AEB apresentará o Programa Espacial Brasileiro aos visitantes por meio de exposições, oficinas, sistemas interativos e vídeos.

Este ano, o espaço contará com maquetes do veículo lançador de satélites (VLS), dos veículos de sondagem VSB-30, VS30, VS-40 e Sonda IV. O foguete ucraniano Cyclone-4, que será lançado a partir do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), localizado no Maranhão, também será exposto durante o evento. Uma réplica da roupa usada pelo astronauta brasileiro, Marcos Pontes, estará em exibição e permitirá que os visitantes tirem fotos com ela.

O programa AEB Escola realizará oficinas do carrinho foguete, espectroscópio e o foguete de garrafa pet. Durante toda a semana haverá competições de corrida do carrinho foguete construídos pelos participantes em oficina no estande. Durante as oficinas será distribuído aos professores o livreto "Mão na Massa", com propostas de atividades sobre Astronomia, Astronáutica e Mudanças Climáticas que podem ser realizadas com material reaproveitável.

As oficinas mostram de maneira simples os conceitos mais complexos empregados nas atividades tecnológicas. No carrinho-foguete é trabalhada a 3° lei de Newton - o ar jogado para um lado impulsiona o carrinho para o outro. Esse principio é o mesmo usado no lançamento de foguetes. No espectroscópio, a luz é decomposta da mesma maneira que o satélite faz para captar as imagens da terra no espaço. Já o foguete de garrafa pet é movido a água e ar comprimido e chega a atingir cerca de 70 metros de altura.

SNCT - A Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT) é comemorada anualmente, no mês de outubro, sob a coordenação do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), com colaboração de diversas entidades vinculadas ao setor. O objetivo é criar e consolidar no Brasil mecanismos que mobilizem a população em torno da importância da Ciência e da Tecnologia, contribuindo ainda para a popularização da ciência de forma integrada. .

Este ano, o tema principal será: “Economia verde, sustentabilidade e erradicação da pobreza”. Serão promovidas e estimuladas em todo o país atividades de difusão e de apropriação social de conhecimentos científicos e tecnológicos relacionados com este tema. Serão debatidas as estratégias e mudanças necessárias para uma economia verde que, em conexão com um desenvolvimento sustentável, contribua para a erradicação de pobreza e a diminuição das desigualdades sociais no país.

Semana Nacional de Ciência e Tecnologia

Data: 15 a 21 de outubro

Local: Pavilhão de Exposições do Parque Sarah Kubitschek

Informações: http://semanact.mct.gov.br

Fonte: AEB
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terça-feira, 9 de outubro de 2012

Testes do satélite Amazônia-1


INPE realiza testes no modelo estrutural do Amazônia-1

Terça-feira, 09 de Outubro de 2012

Importante etapa para a qualificação do modelo estrutural do satélite Amazônia-1 foi concluída com sucesso pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). No Laboratório de Integração e Testes (LIT) do instituto, em São José dos Campos (SP), o modelo enfrentou, desde o dia 20 de setembro, uma bateria de ensaios de vibração para certificar que sua estrutura está apta a suportar os impactos do lançamento e manobras em órbita.

A partir de agora, começam as atividades para o teste acústico. Logo após, tem início a preparação para os testes térmicos no LIT/INPE, outro passo essencial para a qualificação do satélite.

O Amazônia-1é o primeiro satélite construído tendo como módulo de serviço a Plataforma Multimissão (PMM), um moderno conceito em termos de arquitetura de satélites criado pelo INPE. Nessa plataforma ficam todos os equipamentos que desempenham as funções necessárias à sobrevivência e operação de um satélite.

A PMM pode ser reproduzida para atender a vários tipos de missões espaciais. A reutilização do projeto da plataforma permite reduzir custos recorrentes na fabricação de novos satélites e também o tempo de desenvolvimento dos mesmos. Portanto, a qualificação do modelo estrutural do Amazônia-1 também beneficia os projetos de próximos satélites que serão montados a partir da PMM.

Fonte: INPE

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segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Direito Espacial: brasileiro ganha prêmio


Brasileiro ganha prêmio do Instituto Internacional de Direito Espacial

08/10/2012

Olavo Bittencourt vence o Prêmio Diederiks-Vershoor de 2012 para jovens pesquisadores, com tese sobre a delimitação do espaço exterior.

Olavo de Oliveira Bittencourt Neto, que no ano passado tornara-se o primeiro brasileiro a receber (com láurea) o título de Doutor em Direito Espacial, acaba de receber o Prêmio Diederiks-Vershoor, criado pelo pelo Instituto Internacional de Direito Espacial para destacar jovens talentos na área da regulamentação jurídica das atividades espaciais.

O  Prêmio Diederiks-Vershoor, concedido anualmente, foi lançado em 2001, sendo  naquele ano entregue a outro brasileiro, o jurista Álvaro Fabrício dos Santos, ex-advogado do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), sediado em São José dos Campos, São Paulo, que hoje trabalha na representação da Advogacia Geral da União (AGU), nessa cidade paulista.

Olavo Bittencourt disputou o Prêmil Diederiks-Vershoor de 2012 com seis outros trabalhos. Sua tese trata de problema altamente controverso, constatemente debatido em fóruns, congressos e seminários sobre direito espacial: “A fronteira esquiva: revisitando a delimitação do espaço exterior” (“The elusive frontier: revisiting the delimitation of outer space”).

A Comissão Julgadora do Prêmio Diederiks-Vershoor de 2012, foi presidida pela Profa. Elisabeth Back Impalomeni, da Universidade de Pádua, Itália, e formada pelo Professores Jonathan Galoway, do Lake Forest College (Universidade), Illinois, Estados Unidos e José Monserrat Filho, Vice-Presidente da Associação Brasileira de Direito Aeronáutico e Espacial (SBDA) e atualmente Chefe da Assessoria de Cooperação Internacional da Agência Espacial Brasileira (AEB).

A Comissão Julgadora considerou que Olavo Bittencourt deu “uma contribuição muito interessante ao desenvolvimento progressivo do Direito Internacional; conduziu sua pesquisa de forma lógica, abarcando os mais relevantes aspectos legais da questão e chegando, através de raciocínio coerente, a conclusões claras e harmoniosas; suas notas são exaustivas e precisas”.

O Prof. José Monserrat Filho, por ser brasileiro, absteve-se de votar, embora tenha concordado com a decisão tomada pela Comissão Julgadora.

O Instituto Internacional de Direito Espacial (IIDE), fundado em 1960, é ligado à Federação Internacional de Astronáutica (FIA), a qual é vinculada também A Academia Internacional de Astronáutica. A FIA comemorou 60 anos agora em 2011. Ela promove anualmente o maior encontro mundial sobre temas da conquista espacial.

O Congresso da FIA deste ano teve lugar em Nápoles, Itália, com a participação de cerca de 2 mil profissionais das mais diversas áreas das atividades espaciais. O do ano passado foi realizado na Cidade do Cabo, África do Sul, e o de 2013 será realizado em Pequim, na China.

O Brasil acolheu o Congresso da FIA em 2000, no Rio de Janeiro.

Fonte: AEB, via José Monserrat Filho.
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domingo, 7 de outubro de 2012

Thales Alenia Space e seus planos para o Brasil


Na última sexta-feira (5), o blog Panorama Espacial / revista Tecnologia & Defesa encontrou César Kuberek, vice-presidente da Thales para a América Latina, agora baseado em São Paulo (SP), e Christophe Garier, executivo da Thales Alenia Space (TAS)* responsável pelo mercado latino-americano no segmento de comunicações.

A conversa teve como pano de fundo o projeto do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC), atualmente a principal concorrência de satélites no continente sul-americano, mas também girou em torno de outros projetos e interesses da companhia franco-italiana na região, em particular plataformas de satélites de órbita baixa para aplicações variadas.

Garier veio ao Brasil para entregar informações técnicas solicitadas pela Visiona, joint-venture da Embraer e Telebrás responsável pela contratação e integração do sistema, que emitiu uma nova solicitação de informações (RFI, no jargão em inglês) para os principais fabricantes de satélites de comunicações. De acordo com o executivo, existe a expectativa de que todo o processo, desde a RFI até a assinatura do contrato leve de cinco a seis meses. Assim, é possível que a definição do fabricante se dê no início de 2013.

Com o intuito de entender a estratégia da TAS para o SGDC, questionamos acerca da possibilidade de apresentação de uma proposta conjunta com outros fabricantes europeus, com apoio unificado do governo francês, prática bastante fomentada em algumas concorrências no exterior, como na Espanha e Noruega (programa Hisnorsat, que acabou sendo cancelado) e Oriente Médio (Yahsat e Arabsat 5C), e já abordada aqui no blog (ver a postagem "SGB e o fratricídio francês", de abril de 2012). "Uma das maiores limitações desse projeto é o tempo", respondeu Kuberek, indicando que uma proposta conjunta poderia exigir mais tempo para a entrega do satélite. "E depende do que o cliente quer", complementou. O governo brasileiro, segundo se apurou, não teria feito um pedido nesse sentido.

Christophe Garier discorreu sobre as credenciais da TAS em comunicações, particularmente em banda Ka (o SGDC terá capacidade em banda Ka e banda X, esta última para aplicações militares). Destacou os projetos dos satélites Yahsat e Arabsat 5C (construídos em parceria com a Astrium), a inovadora constelação de órbita média O3b, em desenvolvimento, e o sistema italiano de comunicações militares SICRAL (Sistema Italiana de Communicazione Riservente Allarmi). Envolvida em mais de vinte programas desde 1991, a TAS se considera uma fornecedora líder de componentes em banda Ka no mercado global de satélites. Garier também destacou a expectativa de que, uma vez selecionado o fabricante do primeiro SGDC, ocorra treinamentos acadêmicos e em fábrica de especialistas brasileiros, inclusive com transferência de know-how em design de satélites.

Transferência tecnológica

Indo além das comunicações, o VP da Thales para a região citou a intenção da TAS em promover transferência de tecnologia em vários domínios espaciais, em linha com as estratégias de desenvolvimento adotadas pelo Brasil. O escopo poderia cobrir uma número de áreas, como gerenciamento de projetos e design de sistemas, integração de satélites e seleção de tecnologias chave. O executivo deu especial ênfase à disposição da empresa em transferir tecnologia de plataformas para satélites de órbita baixa, muito utilizados para aplicações como de observação terrestre, ambientais e científicas. César Kuberek mencionou que até 2025, o Brasil demandará dezenas de satélites para diferentes aplicações, como comunicações, meteorologia e observação, muitos deles em órbita baixa. Ressaltou que a transferência se daria no nível mais alto, com fabricação local, envolvendo inclusive acordo de vendas pela receptora da tecnologia no País para mercados específicos em que o Brasil tenha maior influência.

Kuberek fez questão de citar os casos de transferência de tecnologia da Thales em radares de banda L para a sua subsidiária industrial no País, a Omnisys, e também dos sistemas de sonares que equiparão os submarinos S-Br adquiridos pela Marinha do Brasil junto à DCNS, para demonstrar o comprometimento do grupo nessa direção.

Panorama regional

Embora o principal, o SGDC não é o único projeto espacial no comunicações no continente latino-americano, e a TAS está atenta às outras oportunidades. Os governos de países como o Peru, Colômbia, Chile, Nicarágua e Panamá têm considerado, com diferentes intensidades, a aquisição de sistemas espaciais de comunicações.

No âmbito comercial, há expectativa de que nos próximos meses a Star One, subsidiária da brasileira Embratel, dê início a contratação de um novo satélite, o seu primeiro com capacidade em banda Ka. Comenta-se que o satélite será chamado Star One D1, com o "D" indicando o início da quarta geração (a primeira foi chamada Brasilsat A, a segunda Brasilsat B, e a terceira Star One C).

Na Argentina, também é aguardado para o final do ano uma solicitação de propostas para fornecimento de subsistemas (cargas úteis, subsistemas de serviços como propulsão e controle, entre outros) para o terceiro satélite da família ARSAT, em construção pela estatal Invap, e parte do SSGAT (Sistema Satelital Geoestacionario Argentino de Telecomunicaciones). A TAS já fornece para os dois modelos da família as cargas úteis em banda C e Ku.

* A TAS é resultado da aliança espacial entre o grupo francês Thales (67%) e o conglomerado italiano Finmeccanica (33%), formalizada em junho de 2005. O outro componente da aliança entre os dois grupos é a Telespazio, unidade de serviços espaciais controlada pela Finmeccanica (67%), com a Thales detendo os 33% restantes. A Telespazio tem importante presença no Brasil (ver a postagem "Panorama da Telespazio no Brasil").
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quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Tecnologia & Defesa n.º 130



Está chegando às bancas o número 130 da revista Tecnologia & Defesa, que começa a circular na próxima semana. Destacamos abaixo as principais reportagens:

- Navio-Patrulha Oceânico Amazonas
- No Líbano com a Marinha do Brasil
- Pilgrim e Star Dream, há algo de novo no ar
- Os 88 mm alemães no Brasil
- Navios de assalto anfíbio
- Helibras e a nova fábrica dos EC725
- Marinha do Brasil e o novo helicóptero MH-16 Seahawk
- Coluna Defesa & Negócios
- E muito mais!
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quarta-feira, 3 de outubro de 2012

INPE, África e monitoramento por satélite


INPE ensina técnicos de Camboja e Bangladesh a monitorar florestas por satélites 

Quarta-feira, 03 de Outubro de 2012

Representantes da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) estão em Belém (PA), no Centro Regional da Amazônia do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), participando de curso de capacitação em monitoramento de florestas por satélites. Os representantes da FAO, que atuam em Camboja e Bangladesh, pretendem adotar nesses países a mesma tecnologia criada pelo INPE para acompanhar as transformações na Amazônia. O curso se estende até o dia 11 de outubro.

Em Belém, o INPE ensina aos estrangeiros técnicas de sensoriamento remoto, o emprego das imagens de satélites e as funcionalidades do TerraAmazon, sistema desenvolvido pelo Instituto para seus programas de monitoramento, como o PRODES, que revela a taxa anual de desmatamento na Amazônia e é considerado o maior programa de acompanhamento de florestas do mundo.

Por meio de parceria com a FAO, o INPE realiza cursos de capacitação aos países interessados em avançar na vigilância de suas próprias florestas. A parceria permite ao INPE promover a capacitação técnica necessária ao monitoramento para REDD - Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação em Países em Desenvolvimento. Iniciativas como REDD somente poderão ser implantadas com sucesso se os países puderem medir e comprovar a veracidade de suas informações sobre florestas, como tem feito o Brasil, com os dados do INPE.

SPRING

Nesta semana, para profissionais da região amazônica, o INPE também promove em seu centro de Belém um curso sobre o SPRING, software livre de informação geográfica que é o mais utilizado no Brasil por pesquisadores e estudantes em universidades e instituições públicas e privadas. Este software do INPE, destinado a aplicações de sensoriamento remoto e mapeamento, possui mais de 160 mil usuários cadastrados - cerca de 25% desse total estão na Colômbia, Estados Unidos, Argentina, entre outros países.

Fonte: INPE
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terça-feira, 2 de outubro de 2012

Presidente da AEB cumpre agenda internacional


02-10-2012

O presidente da Agência Espacial Brasileira, José Raimundo Coelho, cumpre, nesta primeira quinzena de outubro, uma série de atividades internacionais relacionadas ao trabalho da AEB.

O primeiro destino da viagem foi à Itália, onde José Raimundo participou do 63º International Astronautical Congress (IAC). Na oportunidade, reuniu-se com o presidente da Agência Espacial Italiana (ASI), Enrico Saggese, a fim de discutir a possibilidade de desenvolvimento conjunto de um novo satélite Ítalo-Brasileiro Vega e possíveis cooperações entre a AEB e a ASI.

Durante a estada em Napoli, o presidente da AEB também participou de encontros com representantes da NASA e demais membros de Agências Espaciais de diversos países, como China, Alemanha, Japão e Suíça.

No próximo dia 4 de outubro, José Raimundo Coelho chega à França e segue com a agenda de compromissos no país. Em destaque, o encontro com o CEO da Astrium Geo Services, Francois Auque.

Os compromissos da missão internacional de José Raimundo se encerram no Japão. Lá o presidente da AEB participará do 9º Fórum Anual de Ciência, Tecnologia e Sociedade, em Kyoto. Em seguida, segue para Tóquio, onde participa de reuniões estratégicas com empresas do setor aeroespacial e finaliza sua viagem com retorno ao Brasil.

Segundo o presidente da AEB, essas reuniões têm a finalidade de intensificar o relacionamento da instituição com setores específicos e de canalizar apoios para o esforço de desenvolvimento em diversas áreas.

Fonte: AEB
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segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Reportagem: "Brazil gets its momentum"


Na edição de julho - agosto da European Defence & Security Review, publicação editada pela European Security and Defence Press Association (ESDPA), foi publicada uma reportagem de minha autoria abordando brevemente os principais programas de defesa em desenvolvimento no Brasil.

A reportagem foi preparada há cerca de dois meses e, portanto, possui algumas informações desatualizadas (a seleção da Embraer Defesa e Segurança para a primeira fase do Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras - SISFRON, por exemplo), mas busca transmitir um panorama sobre os principais projetos em andamento no Brasil, como o F-X2 (caças), helicópteros, PROSUB (submarinos), PROSUPER (navios de superfície para a Marinha), Guarani (veículos blindados para o Exército), SISFRON e SisGAAz, entre outros. De forma não aprofundada, também é abordado o projeto do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC).

Para ler a reportagem (a partir da página 24), em inglês, clique aqui.
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