sexta-feira, 28 de junho de 2013

Rastreio do Soyuz pela Barreira do Inferno

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MAIS UMA PARTICIPAÇÃO DO CLBI NO CENÁRIO INTERNACIONAL: RASTREAMENTO DO GIGANTE RUSSO

Brasília, 27 de junho de 2013 - Às 6 horas da manhã da última terça-feira (25), o Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI) estava guarnecido e apontava suas antenas em direção ao gigante russo estacionado em Sinnamary, na Guiana Francesa, após um dia inteiro de testes entre as seis estações da cadeia operacional equatorial, preparadas para o rastreamento do veículo Soyuz, lançado a partir do Centro Espacial Guianês (CSG). Às 16h25, o veículo foi lançado e rastreado pela Barreira do Inferno.

Além de Galliot (Guiana Francesa), Ascension (Atlântico Sul), Libreville (Gabão) e Malindi (Quênia), mais uma estação compôs a cadeia de rastreamento: Perth (Hawaí). Esse conjunto de estações trabalhando em sincronia permitiu ao nosso cliente compreender a viagem do veículo em torno da terra, com dupla visibilidade para alguns meios e a ejeção dos satélites passageiros.

Para executar este primeiro rastreamento do Soyuz equatorial, a estação de Natal foi a que mais sofreu modificações e também recebeu franceses e russos para complementar os trabalhos. Novos equipamentos foram instalados no sítio do CLBI e todos os procedimentos operacionais existentes tiveram que ser reeditados para incluir o modo de recepção das Telemedidas Soyuz – Fregat.

O lançador Soyuz, composto de três estágios, já foi lançado quase duas mil vezes pela Agência Espacial Russa, desde a  sua  versão original. Para os lançamentos equatoriais, o terceiro estágio foi modificado para receber o motor Fregat, com quatro câmaras de combustão a querosene reagindo com oxigênio líquido, o que aumentou significativamente o desempenho geral do veículo. Com este novo arranjo, o lançador ficou com um comprimento de 46,2 m, um diâmetro de 10,3m e massa ao solo de 308 toneladas.

Os quatro satélites passageiros destinados às órbitas de 8 mil Km de altura são os primeiros a integrar a constelação O3B, cujas características permitirão:

- uma maior cobertura de internet em regiões da América Latina, Oriente Médio, Ásia, Austrália e África (quase 180 países);

- aumentar a velocidades de download para até 1.2Gbps, ou seja, conexões com qualidade similar ao serviço do Google Fiber; e

- uma redução dos custos de banda larga em até 95% nos locais onde hoje seu uso é extremamente caro.

Fonte: AEB

Comentário: desde 1977, todas as missões espaciais lançadas de Kourou, inicialmente da família Ariane e mais recentemente com a inclusão dos lançadores Soyuz e Vega, têm determinadas etapas de seus vôos rastreadas pelo CLBI, com base em acordo firmado com a agência espacial francesa.
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3 comentários:

Unknown disse...

Não fosse aquela acordo bobo com Ucrânia nó poderíamos lançar um soyus ao invés de acompanhar o lançamento de um.

Unknown disse...

Não fosse aquela acordo desastroso com a Ucrânia poderíamos lançar um soyuz ao invés de acompanhar o lançamento de um e talvez ainda fabricar algum componente para tanto.

Unknown disse...

O Soyuz lançado da Guiana tem aviônica digital; motor do terceiro estágio foi aperfeiçoado passando a funcionar em ciclo fechado(tecnologia dominada pelos russos há décadas que torna o motor mais eficiente permitindo a este lançador acrescentar mais uma tonelada à sua capacidade);Fregat é um bloco acelerador, um quarto estágio, usado em vários veículos de lançamento russos, capaz de realizar diversas manobras para colocar um objeto em sua devida posição orbital e funciona com propelentes hipergólicos UDMH e tetróxido de nitrogênio.Os demais estágios funcionam todos com querosene e oxigênio líquidos(querolox).