terça-feira, 30 de setembro de 2008

Obras no CLA têm irregularidades apontadas pelo TCU

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Foi divulgado hoje (30), um relatório de auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) realizada em obras públicas distribuídas por todo o País. A complementação da infra-estrutura geral do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Estado do Maranhão, integra a lista de obras com irregularidades graves.

De acordo com o Tribunal de Contas, a implantação de infra-estrutura necessária ao CLA para a prestação de serviços de lançamento tem "irregularidades graves concernentes ao aspecto ambiental", "projeto básico/executivo deficiente ou inexistente", "sobrepreço", e "impropriedades no processo licitatório".

Segundo definição do próprio TCU, indício de irregularidade grave é "o fato indicativo de que o empreendimento pode causar prejuízo aos cofres públicos ou a terceiros; nulidade do procedimento licitatório ou do contrato; ou quando se detecta graves desvios aos princípios a que está submetida à administração pública, como o da moralidade."

"Modus operandi" do TCU

As obras que tiveram irregularidades apontadas poderão ter as verbas bloqueadas no orçamento da União de 2009. O relatório de auditoria é elaborado anualmente por exigência da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e encaminhado ao Congresso Nacional. Uma vez sanadas as irregularidades, o TCU informa a Comissão Mista de Orçamento (formada por integrantes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal) de que não existem mais impedimentos para a liberação de verbas.

Exploração comercial de Alcântara

As irregularidades nas obras do CLA são mais um problema ao projeto do governo brasileiro de explorar comercialmente o centro espacial. No início de setembro, a Justiça Federal ordenou a paralisação das obras de pré-engenharia, sob o argumento de que as mesmas estavam afetando o território étnico dos remanescentes do quilombo.

Com estes problemas, dificilmente a Alcântara Cyclone Space, empresa binacional constituída pelos governos do Brasil e da Ucrânia para exploração comercial do sítio espacial conseguirá realizar o primeiro lançamento do foguete Cyclone 4 em meados de 2010, conforme o seu planejamento.
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Preparativos para a Operação Parelhas

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CLBI realiza Operação Natal XXXIII

Durante o período de 22 a 26 de setembro, o Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI) realizou a Operação Natal XXXIII que teve como objetivo principal preparar, lançar e rastrear 3 foguetes do tipo SBAT-70, realizando o registro e o tratamento dos dados de vôo em cumprimento ao Plano de Trabalho Anual do Comando-Geral de Tecnologia Aeroespacial (CTA) e às necessidades do próprio Centro quanto à capacitação de sua equipe operacional.

Além de aprimorar o comportamento operacional de todo o pessoal envolvido, desde coordenadores de estação a técnicos, a Operação Natal é um evento planejado com freqüência pelo Centro para avaliar, com detalhes, as instalações e seus equipamentos.

Em virtude da proximidade da Operação Parelhas, prevista para a segunda quinzena de outubro no CLBI, a cronologia de lançamento do foguete SBAT-70 foi preparada para reproduzir fielmente as providências semelhantes às enfrentadas nas operações de lançamento de foguetes suborbitais, proporcionando treinar todas as situações normais, incomuns ou de emergência.

Para esta Operação, foram mobilizadas 126 pessoas, dentre técnicos, engenheiros e militares do CLBI, com o fim de oferecer ao efetivo treinamento real para futuras operações.
Características do Foguete:

Alcance: 6.750 m
Apogeu: 3.500 m
Velocidade: 340 m/s (1.224 km/h)
Comprimento: 1.30 m
Vôo: 58 segundos

Fonte: CLBI

Comentário: os foguetes do tipo SBAT 70, de 70 mm são produzidos pela Avibrás e utilizados pelas Forças Armadas Brasileiras em aviões e helicópteros. Eventualmente, estes foguetes, obviamente que sem carga explosiva, são também utilizados para qualificação, calibração e testes de equipamentos como radares no CLBI e no Centro de Lançamento de Alcântara (CLA).

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Supercomputador do INPE

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Publicado edital para aquisição do novo supercomputador

29/09/2008

O novo sistema de supercomputação do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) será adquirido através de concorrência internacional cujas normas estão descritas em edital publicado no site da Fundação de Ciência, Aplicações e Tecnologia Espaciais (FUNCATE), link “Licitações”: http://www.funcate.org.br/. O prazo para o envio dos documentos e propostas é 13 de novembro de 2008.

O sistema é composto por três partes: o supercomputador propriamente dito; a rede de comunicações de propósito geral e o sistema de armazenamento. A empresa vencedora da licitação irá fornecer estes três componentes, incluindo sua instalação, treinamento de pessoal e documentação.

O sistema é financiado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), através da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), que investem R$ 35 milhões e R$ 15 milhões respectivamente. A FUNCATE é responsável pela administração do projeto de aquisição do sistema.

O aporte conjunto de recursos do MCT e da FAPESP permitirá ao Brasil contar com um dos seis maiores centros mundiais de previsão numérica de tempo e clima e de modelagem de mudanças climáticas globais. O novo sistema de supercomputação será utilizado nas atividades do INPE em previsão de tempo, clima e mudanças globais, além da Rede Brasileira de Pesquisas sobre Mudanças Climáticas do MCT e do Programa FAPESP de Pesquisa em Mudanças Climáticas Globais.

Avanço

A capacidade de processamento do novo supercomputador será mais de 50 vezes maior do que o INPE dispõe hoje, o que permitirá elaboração de cenários de mudanças climáticas globais de alta resolução espacial para os próximos séculos e projeções sobre extremos climáticos para a América do Sul. O novo supercomputador também permitirá uma melhoria substancial nas previsões de tempo do INPE, com modelos regionais cuja resolução chegará a 10 km.

O novo sistema será instalado no CPTEC (Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos), unidade do INPE que fica em Cachoeira Paulista, e será compartilhado entre o CPTEC e o novo Centro de Ciência do Sistema Terrestre do Instituto, o qual se encarregará das pesquisas sobre mudanças climáticas.

Além de permitir ao Brasil avançar nas pesquisas, o supercomputador irá gerar cenários futuros para apoiar estudos de impactos e vulnerabilidade, com o objetivo de subsidiar a elaboração de políticas públicas sobre adaptação e mitigação das mudanças climáticas.

Fonte: INPE
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domingo, 28 de setembro de 2008

Íntegra da decisão judicial que paralisou as obras em Alcântara

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Clique aqui para ler a íntegra da decisão proferida pela Justiça Federal que paralisou as obras do sítio de lançamento da Alcântara Cyclone Space.

A decisão judicial, de caráter liminar, obrigou as entidades envolvidas a se absterem da "implantação de obras, instalações e serviços que afetem a posse do território étnico dos remanescentes de quilombo [...], sem o consentimento das comunidades afetadas, até que seja concluído o procedimento de identificação, reconhecimento, delimitação e titulação das terras respectivas [...]."

Sem entrar no mérito da questão, isto é, o direito dos quilombolas, o fato é que a decisão judicial causará mais atrasos no cronograma de entrada em operação do lançador ucraniano Cyclone 4, inicialmente prevista para 2010.
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sábado, 27 de setembro de 2008

AEB estuda revisão do PNAE

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Conselho Superior da Agência Espacial Brasileira estuda revisão do PNAE

26/09/2008 15:28:00

A direção da Agência Espacial Brasileira (AEB) apresentou, durante a 58º Reunião do Conselho Superior, realizada na última quarta-feira (24/09), o balanço parcial das ações do Programa Nacional de Atividades Espaciais (PNAE). O presidente da AEB, Carlos Ganem, falou aos conselheiros sobre os trabalhos realizados, ressaltando a resolução das pendências para a construção da Torre Móvel de Integração (TMI), que possibilitará o lançamento do Veículo Lançador de Satélites (VLS), com vôo teste previsto para 2011 e a elaboração do projeto para o Complexo Espacial de Alcântara.

“Nós temos um Programa Espacial que é estratégico para o Brasil, com um centro de lançamentos em um local privilegiado, com diversas ações que são vitais para a população brasileira e que, como tal, precisa ser encarado como prioridade”, disse.

O diretor de Transporte Espacial e Licenciamento, Antônio Chaves, informou aos conselheiros sobre o andamento do projeto de VLS, e da modernização das instalações do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA). Essas obras, segundo ele, possibilitarão o lançamento do foguete Cyclone 4, que deverá ser realizado em julho de 2010 pela empresa brasileira-ucraniana Alcântara Cyclone Space.

O andamentos do desenvolvimento dos satélites Amazônia-1, do Científico e do GPM-Br, foi apresentado pelo diretor de Satélites e Aplicações, Thyrso Villela. Segundo Villela, todos esses satélites devem utilizar a tecnologia da Plataforma Multimissão, de forma leiga, um compartimento padrão que abriga as funções vitais do equipamento. Ele contou ainda do andamento do Satélite Geoestacionario Brasileiro (SGB), que está em fase de análise de projeto.

Himilcon Carvalho, diretor de Política Espacial e Investimentos Estratégicos, defendeu na reunião a importância da revisão do PNAE, lembrando que esta é uma atribuição do Conselho. “Precisamos adequar as prioridades do PNAE ao andamento atual dos projetos de lançadores, centro e satélites”, argumentou.

O Conselho decidiu estudar a revisão da Programa Nacional de Atividades Espaciais e discutir na próxima reunião, que deverá acontecer na primeira quinzena de dezembro.

Comentário: diante das várias alterações (diga-se de passagem, muito constantes) em projetos do Programa Espacial Brasileiro, é razoável que se discuta uma revisão do Programa Nacional de Atividades Espaciais (PNAE). Impressiona, porém, a quantidade de revisões. Salvo engano, a última foi em 2005, compreendendo o período de 2005 a 2014. De certo modo, isso demonstra que o Programa Espacial é um projeto de governo, e não de Estado, como deveria ser. Aliás, o que é projeto de Estado no Brasil? Existe algum?
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quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Ensaio do S-43 é adiado mais uma vez

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Ensaio do motor S-43 está agendado para outubro

24/09/2008

O Instituto de Aeronáutica e Espaço realizará o ensaio de queima em banco do motor S-43 , segundo estágio do Veículo Lançador de Satélite (VLS) no dia 15 de outubro na Usina Coronel Abner. O motor S43 faz parte de um dos quatro motores do primeiro estágio do VLS e o teste, inicialmente agendado para o dia 6 de agosto, teve que ser adiado porque foi encontrada uma não conformidade durante uma inspeção de segurança, no sistema de proteção contra descargas atmosféricas (raios). Esse sistema que constitui um conjunto de pára-raios com malhas de cabo de aço e sistemas de aterramentos é importante para garantir totalmente a segurança no teste.

Fonte: Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE)
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domingo, 21 de setembro de 2008

Venezuela e Cuba podem se juntar ao sistema russo GLONASS

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Na última quarta-feira (17), o diretor da agência espacial russa (Roscosmos), Anatoly Perminov anunciou que Cuba e Venezuela poderiam se juntar ao sistema de navegação por satélites GLONASS, inicialmente desenvolvido na década de oitenta para finalidades militares.

O GLONASS é o equivalente russo do Global Positioning System (GPS) norte-americano, e do europeu Galileo, atualmente em desenvolvimento. Quando concluído, o sistema russo terá 24 satélites em órbita, com cobertura global.

Segundo o que Perminov declarou à agência de notícias russa RIA Novosti, os governos de Moscou e Havana tiveram conversas preliminares sobre a possibilidade de construir um centro espacial em Cuba. Não foram divulgados maiores detalhes sobre as possibilidades de participação da Venezuela no projeto.

Até o final deste ano, deverá ser lançado ao espaço o primeiro satélite de telecomunicações venezuelano, o Venesat-1, construído pela China. O governo daquele país também já anunciou a intenção de ter um satélite de sensoriamento remoto.

A possibilidade do ingresso da Venezuela no programa GLONASS é mais um passo de Hugo Chávez no sentido de estreitar as relações com a Rússia. A Venezuela já adquiriu bilhões de dólares em equipamentos de defesa oriundos da Rússia, e recentemente foram anunciados exercícios navais conjuntos entre as marinhas dos dois países na costa venezuelana.
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quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Atraso nas obras da Alcântara Cyclone Space

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Justiça suspende obra em base de Alcântara

16/09 - 09:04 - Agência Estado

O juiz da 5ª Vara Federal no Maranhão, José Carlos Madeira, acatou ação cautelar, com pedido de liminar, do Ministério Público Federal e determinou que a Agência Espacial Brasileira (AEB), Alcântara Cyclone Space e Fundação Atech parem as obras e suspendam as instalações e serviços de construção de sítios de lançamento de foguetes em comunidades quilombolas da cidade de Alcântara (MA). Ontem, o presidente da parte brasileira da empresa binacional Alcântara Cyclone Space, Roberto Amaral, confirmou que recorrerá da decisão.

A AEB e a Alcântara Cyclone Space terão dez dias para retirar tratores, caminhões, caçambas ou quaisquer outros veículos que estejam nos limites do território dos povoados de Mamuna e Baracatatiua. Caso descumpram a determinação, estarão passíveis ao pagamento de multa diária de R$ 100 mil.

Na decisão judicial, o juiz alega que algumas obras que foram iniciadas em Alcântara com o objetivo da implantação do sítio de lançamento do Cyclone 4, consistem em "demarcações e obras de pré-engenharia que, a par de molestarem drasticamente o ambiente físico local, tendem a comprometer uma forma tradicional de organização que, por sua relevância histórico-antropológica, mereceu especial proteção do Estado".

Além disso, na liminar, a Justiça Federal alega que a AEB e a empresa Alcântara Cyclone Space, iniciaram, sem autorização do Incra e sem licenças ambientais, a construção de ramais de acesso em áreas indicadas como pertencentes de comunidade quilombolas. Ainda conforme a decisão, nenhuma obra deve ser feita antes da realização de processo de regularização fundiária dos quilombolas. Um processo foi iniciado em 2003, com prazo de 180 dias, mas até hoje não foi concluído.

A empresa Alcântara Cyclone Space informou que não foi notificada da decisão e que não deve ocorrer atraso no programa de lançamento do veículo espacial Cyclone-4, programado para 2010. Ela recorrerá da decisão. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

Fonte: Agência Estado
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CBERS 2B: 1 ano em órbita

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CBERS-2B completa 1 ano em órbita

O CBERS-2B completa um ano em órbita nesta sexta-feira, 19 de setembro. Como ainda está em operação o CBERS-2, lançado em outubro de 2003, pela primeira vez o Brasil conta com dois instrumentos próprios para vigiar o seu território com melhor capacidade e freqüência de observação.

O CBERS-2B é o terceiro lançado pelo Programa CBERS (Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres, na sigla em inglês), em cooperação com a China. Até 2013, estão previstos os lançamentos de mais dois satélites: CBERS-3 e CBERS-4.

O satélite possui três câmeras imageadoras a bordo: CCD, WFI e HRC. Esta diversidade de câmeras atende a múltiplas necessidades - do planejamento urbano, que requer alta resolução espacial, a aplicações que precisam de dados freqüentes mas não tão detalhados, como monitorar desmatamentos.

Inovação do CBERS-2B, a HRC produz imagens de uma faixa de 27 km de largura com resolução espacial de 2,7 metros, em uma região espectral pancromática única. Suas imagens em alta resolução de todas as capitais brasileiras e de algumas áreas de países da América do Sul estão disponíveis na página: http://www.dgi.inpe.br/pesquisa2007/galeria/linux_E_galeria/galeriaCD.html

Imagens gratuitas

O CBERS fez do Brasil o maior distribuidor de imagens de satélite do mundo. Além dos usuários brasileiros, as imagens CBERS são fornecidas gratuitamente para países da América do Sul que estão na abrangência das antenas de recepção do INPE em Cuiabá (MT). O download gratuito das imagens é feito a partir do site www.obt.inpe.br/catalogo

Desde junho 2004, quando as imagens ficaram disponíveis na internet, até o dia 17 de setembro deste ano, foram distribuídas 488.760 mil imagens CBERS para cerca de 15 mil usuários de várias instituições públicas e privadas, comprovando os benefícios econômicos e sociais da oferta gratuita de dados.

Apenas em 2008, já foram distribuídas 108.866 imagens CBERS. Destas, 60.257 são do satélite CBERS-2B, sendo 14.478 da câmera de alta resolução HRC. E estes são números que não param de crescer. Em média têm sido registrados diariamente 650 downloads no Catálogo CBERS e a cada mês aumentam os pedidos de imagens.

Além do fornecimento de imagens de satélite, que contribuiu para a popularização do sensoriamento remoto e para o crescimento do mercado de geoinformação brasileiro, o Programa CBERS promove a inovação na indústria espacial nacional, gerando empregos em um setor de alta tecnologia fundamental para o crescimento do País.

Histórico

Assinado em 1988, o acordo de cooperação entre Brasil e China contemplava o desenvolvimento e construção de dois satélites de sensoriamento remoto que também levassem a bordo, além de câmeras imageadoras, um repetidor para o Sistema Brasileiro de Coleta de Dados Ambientais. Os equipamentos foram dimensionados para atender às necessidades dos dois países, mas também para ingressar no emergente mercado de imagens de satélites.

Em 2002, foi assinado o acordo para a continuação do programa, com a construção de dois outros satélites - os CBERS-3 e 4, com novas cargas úteis e uma nova divisão de investimentos de recursos entre o Brasil e a China - 50% para cada país (nos primeiros satélites a divisão foi de 70% para a China e 30% para o Brasil). Porém, para garantir o fornecimento das imagens até o lançamento do CBERS-3, previsto para 2010, o Brasil e a China decidiram em 2004 construir o CBERS-2B, lançado em setembro do ano passado.

O Programa CBERS é um exemplo bem-sucedido de cooperação Sul-Sul em matéria de alta tecnologia e é um dos pilares da parceria estratégica entre o Brasil e a China. O CBERS é hoje um dos principais programas de sensoriamento remoto em todo o mundo, ao lado do norte-americano Landsat, do francês Spot e do indiano ResourceSat.

Fonte: INPE
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segunda-feira, 15 de setembro de 2008

CLBI terá lançamento em outubro

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Está prevista para ocorrer no próximo mês, outubro, a partir do Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI), localizado em Natal (RN), a Operação Parelhas, que consistirá no lançamento de um foguete de sondagem mono-estágio, de origem alemã.

Segundo informações dadas ao blog pelo Comando-Geral de Tecnologia Aeroespacial (CTA), a Operação Parelhas terá como objetivo a realização de vôo de demonstração do foguete de treinamento europeu mono-estágio Orion, portando uma carga útil tecnológica básica da agência espacial alemã (DLR-MORABA). Não serão realizadas nesta Operação experimentos científicos, e a carga útil não será resgatada.

A operação também visa treinar as equipes do Centro em atividades de coordenação, preparação, integração, lançamento e monitoramento em vôo, para avaliação de futura utilização do veículo pelo Brasil. A última missão executada pelo CLBI, o lançamento de um VS-30 para pesquisas em microgravidade foi a Operação Angicos (foto acima), em parceria com a Comissão Nacional de Atividades Espaciais (CONAE), em 16 de dezembro de 2007.

O Orion tem o mesmo propulsor, norte-americano com 356 milímetros de diâmetro, utilizado como segundo estágio no foguete de sondagem VS-30/Orion, desenvolvido no Brasil e lançado na Europa e duas vezes a partir do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão. O veículo a ser lançado na Operação Parelhas terá cerca de 5,7 m de comprimento (3 m de carga útil), massa de cerca de 500 kg. O apogeu da missão (ponto mais alto atingido pelo foguete durante as etapas de vôo) deverá ser de aproximadamente 100 km.
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quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Teste de motor foguete no CTA

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O Comando-Geral de Tecnologia Aeroespacial (CTA) realizou com sucesso ontem, 10, o teste de um motor foguete (ver nota abaixo). Para a segunda quinzena deste mês, está previsto o teste de um propulsor S 43 do Veículo Lançador de Satélites (VLS-1).

Tiro em banco de motor foguete é um sucesso

A manhã desta quarta-feira, 10 de setembro, marcou mais uma etapa de sucesso na missão do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), com o Ensaio de Queima em Banco de Provas de um motor foguete com as seguintes características: de 356 mm de diâmetro, 1800 mm de comprimento, 295 kg de propelente e tempo de queima de 25 segundos e que tem como objetivo obter as características propulsivas do motor.

O ensaio aconteceu às 11h20min, impressionando um público selecionado que esteve no Banco de Ensaios da AIE. Participaram desta platéia restrita, o Comandante do CTA, Tenente-Brigadeiro Rolla, o Major-Brigadeiro Salamone, o Brigadeiro Venâncio, o Comandante Zapico, da Marinha, o Coronel Pimentel, do Exército e a doutora Renata Furtado, da Advocacia Geral da União (AGU). Ao término do ensaio, alguns desses convidados puderam expressar sua emoção em participar deste momento único.

"Estou impressionada em participar desse ensaio tão importante para o País. É um grande incentivo para uma nação que quer ser o número 1 em tantos aspectos tecnológicos", comentou com entusiasmo a doutora Renata Furtado, procuradora federal da AGU, que está no Gabinete de Segurança Institucional da Presidência.

"Parabenizo toda a equipe envolvida nesse experimento. É uma honra estar aqui e gostaria de dizer que deve ser um orgulho para o CTA estar capacitado nesse nível e com tanta segurança!" declarou o Comandante da Marinha, Eduardo Zapico.

"Também me uno ao comandante Zapico em parabenizá-los no sucesso da missão. É a primeira vez que tenho a oportunidade de participar de um ensaio como este e digo que foi impressionante!" expressou com entusiasmo o coronel Pimentel, do Exército.

Após as declarações dos convidados, o Tenente-Brigadeiro Rolla se despediu parabenizando todos os funcionários do IAE pelo sucesso desta missão.

A chefe da Divisão de Integração e Ensaios, Elizabeth Melo e Silva, considerou o ensaio um sucesso e disse que o objetivo foi atingido.

Geraldo Cesar Novaes, coordenador técnico do Ensaio, esclareceu que tudo esteve dentro do esperado e que a medição foi realizada com sucesso. " A equipe que trabalhou nesse Ensaio esteve totalmente cooperativa durante todo o trabalho e gostaria de agradecer a todos os envolvidos: pirotecnia, instrumentação, integração e ensaios, propriedades de massa e de registro." concluiu Geraldo.

Para finalizar esse momento, o diretor do IAE, coronel Pantoja declarou que um evento como este é uma maneira de se ver, na prática, o resultado da nossa missão. "Em cerca de vinte segundos temos concentrado o trabalho de muitos! O IAE está de parabéns!" concluiu o coronel Pantoja.

Fonte: IAE
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terça-feira, 9 de setembro de 2008

SABIA-Mar e Cyclone 4

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Nos últimos dias 6 e 7, durante a visita da Presidenta da Argentina, Cristina Kirchner ao Brasil, foi assinada uma declaração conjunta com o governo brasileiro reafirmando compromissos e relevantes pontos da cooperação bilateral entre os países. Um dos itens da declaração trata de Cooperação Espacial, particularmente sobre o Satélite Argentino-Brasileiro de Observação dos Oceanos (SABIA-Mar), e a possibilidade de seu lançamento pelo foguete Cyclone 4, a partir do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão. Veja abaixo:

"4. Cooperação Espacial: Satélite Argentino-Brasileiro de Observação dos Oceanos - Reafirmaram o caráter estratégico da cooperação espacial entre o Brasil e a Argentina e a necessidade de avançar rapidamente no desenvolvimento, construção e lançamento de um satélite conjunto para a observação costeira e oceânica.

Registraram a realização de reuniões técnicas em Buenos Aires e em São José dos Campos, que permitiram progressos significativos da definição da missão SABIA-Mar para a observação costeira e oceânica, que terá impacto positivo em áreas como a proteção do meio ambiente, prevenção de desastres ambientais, manejo costeiro, recursos hídricos, oceanografia, uso sustentável dos recursos marinhos, meteorologia e mudança do clima.

Determinaram que seja finalizada a definição técnica da missão SABIA-Mar e a elaboração de estimativa de custos e do cronograma de desembolso até o final de setembro de 2008. Por ocasião da escolha do lançador, as partes examinarão as opções mais apropriadas, levando em especial consideração a possibilidade de utilização do Cyclone-4, a partir de Alcântara.

Instruíram as Chancelarias a convocarem, após a apresentação da estimativa de custos e do cronograma de desembolso, uma reunião para que as autoridades competentes da área espacial e dos Ministérios da Fazenda e do Planejamento do Brasil e de Economia da Argentina possam identificar as fontes de financiamento necessárias para a consecução do projeto."

É interessante observar que até o momento apenas satélites de pequeno porte e de órbita baixa têm sido elencados como possíveis cargas dos primeiros lançamentos do Cyclone 4. O primeiro vôo, arrojadamente previsto para 2010 deve lançar um satélite científico japonês, o Jasmine. Outras cargas em potencial são o satélite argentino SAOCOM, o sino-brasileiro CBERS 4, e agora o argentino-brasileiro SABIA-Mar.

O Cyclone 4 é um lançador de médio porte, com capacidade de inserção de cargas úteis de 5500 kg em órbita baixa equatorial a 500 km de altitude, ou de até 1700 kg em órbitas de transferência geoestacionária. É capaz, portanto, de lançar satélites maiores do que os já mencionados nas órbitas baixas, embora, dada a sua pequena capacidade para órbitas geoestacionárias, não tenha condições de competir em igualdade de condições com os grandes players do setor em lançamentos geoestacionários.

Considerando a situação do mercado e as peculiaridades do sistema ucraniano-brasileiro, a opção de lançar satélites menores em órbitas baixas tem a sua lógica. No entanto, se levarmos em conta que cada lançamento de foguetes similares ao Cyclone 4 custam entre 40 a 50 milhões de dólares, a Alcântara Cyclone Space deverá considerar a realização de lançamentos com múltiplas cargas úteis (dois ou três satélites em cada missão), de modo a melhor aproveitar a capacidade do lançador e diminuir o valor dos fretes das cargas de menor porte.
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sábado, 6 de setembro de 2008

Satélite de Telecomunicações Argentino

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Em 28 de agosto, a INVAP e o governo da Argentina assinaram contrato compreendendo as Fases II a IV do projeto denominado “Sistema Satelital Geoestacionario Argentino de Telecomunicaciones” (SSGAT). Nestas três fases serão realizadas atividades de engenharia e construção do satélite, denominado ARSAT-1, e todas as etapas necessárias para a execução da totalidade dos procedimentos necessários para que o mesmo seja colocado em órbita até o fim de 2011.

O satélite, que deverá ser operado pela empresa AR-SAT, prestará serviços comerciais de telefonia e transmissão de dados, internet e TV a usuários em todo o território argentino e também no Cone Sul. Enquanto a INVAP será a responsável pelo desenvolvimento e construção do satélite, ficará a cargo da AR-SAT a contratação de seguro e lançamento.

A AR-SAT é uma sociedade anônima estatal criada em julho de 2006 para a prestação de serviços de telecomunicações via satélite. A empresa detém os direitos exclusivos de operação da posição orbital geoestacionária 81 graus, Oeste em bandas Ku e C, e recebeu todos os ativos da antiga Nahuelsat, que operava com o satélite Nahuel I. Segundo as informações divulgadas pela empresa, pretende-se colocar em órbita três satélites de telecomunicações a partir de 2012, que ocuparão as posições 81 e 72 graus, Oeste.

Não foram divulgadas informações sobre as características técnicas do SSGAT, como a massa dos satélites, potência, quantidade e tipo de transpônderes, etc.
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terça-feira, 2 de setembro de 2008

Palestras sobre o Setor Aeroespacial

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A Associação Aeroespacial Brasileira (AAB), entidade que congrega pessoas físicas e jurídicas com interesse na promoção e no desenvolvimento da Engenharia, Ciência e Tecnologia Aeroespaciais está reiniciando as atividades do Ciclo AAB de Palestras do Setor Aeroespacial, a serem realizadas em São José dos Campos (SP), no período de 6 de setembro a 6 de dezembro de 2008.

A primeira palestra, intitulada "Corrida Espacial" será proferida pelo Dr. José Bezerra Pessoa Filho, do Comando-Geral de Tecnologia Aeroespacial (CTA), no próximo sábado (6), das 15h00 às 17h00, e versará sobre o tema de Veículos Espaciais.

O evento é gratuito e está aberto para o público em geral. Para mais informações, acesse http://www.aeroespacial.org.br/eventos/ciclo/ciclo08.php
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segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Sensoriamento Remoto e Defesa

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Encontro debate sensoriamento remoto na Amazônia

Em sua terceira edição, o Serfa propõe debate sobre o papel do sensoriamento remoto na manutenção da soberania e na preservação da Amazônia

O 3º Encontro de Usuários de Sensoriamento Remoto das Forças Armadas acontecerá em São José dos Campos-SP, entre 25 e 28 de novembro, com a participação de representantes do Ministério da Defesa e das Forças Armadas. Entre as instituições convidadas para o evento destacam-se: a Agência Espacial Brasileira (AEB), o Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (CENSIPAM), o Departamento da Polícia Federal (DPF) e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Serão também convidadas empresas que comercializam produtos e serviços na área de sensoriamento remoto com potencial de aplicação em Defesa.

O SERFA é organizado pelo Instituto de Estudos Avançados (IEAv) desde sua primeira edição, em 1997, e tem contribuído para a divulgação e a sinergia das atividades de sensoriamento remoto ligadas à Defesa no país.

A programação do evento inclui uma sessão de palestras e debates; um workshop voltado para a utilização do sensoriamento remoto em situações de crise; e apresentação de trabalhos em sessões orais e exposições de pôsteres.

O tema escolhido para a sessão de palestras deste ano foi “O papel do Sensoriamento Remoto na manutenção da soberania e na preservação da Região Amazônica”. Para o workshop, foi selecionado o tema “Superioridade de Informação e Gerenciamento de Ações de Combate”.

Os interessados em apresentar trabalhos deverão enviar um resumo para o endereço eletrônico: geointeligencia@ieav.cta.br. A submissão destes trabalhos deverá ser feita até o prazo final de 25 de setembro de 2008 e os primeiros autores dos trabalhos selecionados serão notificados a partir do dia 2 de outubro.

A comissão organizadora está empenhada em viabilizar a participação do maior número possível de representantes das diversas instituições envolvidas. A programação preliminar, instruções para inscrição e submissão de trabalhos e outras informações podem ser acessadas na página oficial do evento: http://www.ieav.cta.br/serfa08/.

Fonte: IEAV
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Novo diretor da Alcântara Cyclone Space

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Nomeado novo diretor da Empresa Binacional Alcântara Cyclone Space

Nelson de Souza Taveira substituirá Jocelino Francisco de Menezes na diretoria administrativa

A Empresa Binacional Alcântara Cyclone Space conta com novo diretor administrativo. É o tenente brigadeiro-do-ar Nelson de Souza Taveira. Ele substituirá Jocelino Francisco de Menezes no cargo.

Entre outras funções, Taveira foi coordenador da Comissão Interministerial do Centenário do Vôo do 14 Bis. A empresa que dirigirá é resultado do Tratado sobre Cooperação de Longo Prazo na Utilização de Veículo de Lançamento Cyclone-4, firmado entre o Brasil e a Ucrânia.

A instituição foi criada para prestar serviços comerciais de lançamento de satélites para o mercado mundial e atender aos interesses dos programas espaciais dos dois países, no Centro de Lançamento de Alcântara, no Estado do Maranhão. No Brasil, a empresa é vinculada à Agência Espacial Brasileira (AEB) e ao MCT.

Fonte: JC E-mail, 01 de setembro de 2008
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