quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Visita do presidente da AEB ao CPTEC/INPE


Presidente da AEB participa de reunião no CPTEC/INPE

30-08-2012

O presidente da AEB, José Raimundo Coelho, esteve em Cachoeira Paulista (SP) para participar de uma reunião no INPE e na oportunidade, visitar o Laboratório de Combustão e Propulsão (LCP/INPE) e o Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC/INPE).

No LCP, o presidente conheceu o Banco de Testes de Propulsores Bipropelentes com empuxo de 400 N, e presenciou um teste de avaliação de um propulsor para controle de rolamento de Veículo Lançador de Satélite (VLS) com resultado positivo e ainda pode discutir sobre várias iniciativas de desenvolvimento conjunto entre o INPE e empresas na área de propulsores.

Já no CPTEC, José Raimundo visitou as instalações dos supercomputadores, debateu sobre questões relacionadas às atividades de desenvolvimento do CPTEC, como a previsão de tempo utilizando modelos globais, e ainda questões internas consideradas estratégicas e importantes, de modo que se possa analisar a integração de iniciativas diversas compatíveis com a atuação do Centro de Previsão.

“Tivemos a oportunidade de conversar sobre a iniciativa do INPE de grande interesse na área de meteorologia para desenvolver um satélite GPM e ainda a possibilidade de realizar operações com outros países e o fato do Brasil participar de iniciativas globais e/ou coletivas com diversos países do mundo que tenham a mesma preocupação que o CPTEC”, ressaltou o presidente da AEB.

Fonte: AEB
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quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Programas espaciais na América Latina


O website norte-americano "The Space Review" publicou esta semana um artigo com enfoque nos programa espaciais desenvolvidos no continente latino-americano, intitulado "Latin America's space programs in 2012" (clique sobre o título para acessá-lo).

De autoria de Alex Sanchez, pesquisador do Council on Hemispheric Affairs (COHA), o texto aborda programas de países como a Argentina, Venezuela, Peru, Chile, Bolívia e Brasil, destacando o papel de potências espaciais, como a Rússia e a China no desenvolvimento de alguns programas regionais.

Apesar da temática interessante, o texto é superficial - no caso brasileiro, menciona sem detalhes o projeto do Satélite Geoestacionário Brasileiro, as ambições do País e também a tragédia do VLS-1 VO3, mas dá uma panorama sobre o que acontece em matéria de atividades espaciais na região.
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terça-feira, 28 de agosto de 2012

Evento técnico do IEAv sobre radiação ionizante


WERICE AEROESPACIAL 2012

29-31 de outubro de 2012 - MAB - São José dos Campos, SP 

O IV WORKSHOP SOBRE OS EFEITOS DA RADIAÇÃO IONIZANTE EM COMPONENTES ELETRÔNICOS E FOTÔNICOS DE USO AEROESPACIAL (WERICE AEROESPACIAL 2012) será realizado de 29 a 31 de outubro de 2012 no MEMORIAL AEROESPACIAL BRASILEIRO (MAB) em São José dos Campos, SP.

Este é o quarto de uma série de eventos anuais promovidos pelo INSTITUTO DE ESTUDOS AVANÇADOS do DCTA voltado para o interesse de pesquisadores, engenheiros, professores, estudantes, técnicos e gestores de instituições de pesquisa, universidades e empresas que atuam no segmento aeroespacial.

Nesta edição foram mais ampliadas as áreas de interesse (incluindo a aviônica) e o evento está aberto também à apresentação de trabalhos pelos participantes, além de mini-cursos de interesse para a comunidade deste setor.

Maiores detalhes poderão ser encontrados no site do evento: http://werice2012.ieav.cta.br

Odair Lelis Gonçalez
Coordenador do IV WERICE AEROESPACIAL.

Fonte: Associação Aeroespacial Brasileira.
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domingo, 26 de agosto de 2012

Eventos espaciais da semana


Evento sobre política de C,T&I no LIT/INPE

Na próxima terça-feira (28), a partir das 14h00, acontece no auditório do Laboratório de Integração e Testes (LIT/INPE), em São José dos Campos (SP), uma palestra do Prof. Renato Dagnino, da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), sobre "Ciência, Tecnologia e Inovação: Rumos e Uma outra visão". Segundo informações divulgadas pelo SindCT, na palestra será "feita uma análise de conjuntura sobre a área de Ciência, Tecnologia e Inovação a partir de um nova visão", e também uma exposição sobre o futuro do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e a restruturação institucional do Programa Espacial Brasileiro.

Renato Dagnino é professor titular no Departamento de Política Científica e Tecnológica da UNICAMP, e também professor convidado em várias universidades latino-americanas. Especializado em política científica, tecnológica e de inovação, suas atividades de pesquisa têm contado com o apoio de diversas instituições nacionais, como os Ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação, Relações Exteriores e instituições como a FINEP, CNPq, CAPES, PADCT, SUDENE e SUDAM.

II Seminário Brasil-Ucrânia

Em 30 de agosto, acontece em Brasília (DF), na sede da Agência Espacial Brasileira (AEB), o "II Seminário Brasil-Ucrânia: Oportunidades para Cooperação Científica e Tecnológica na Área Espacial". No convite enviado pela AEB, é informado que o "evento é uma oportunidade para que o governo, a indústria e a academia discutam projetos conjuntos na área espacial com a empresa ucraniana líder no segmento, Yuzhnoye SDO."

A programação inclui apresentações do presidente da AEB, José Raimundo Braga Coelho, do Embaixador da Ucrânia no Brasil, Rovyslav Tronenko, executivos da Yuzhnoye, pesquisadores da Universidade de Brasília (UnB) e do Centro Tecnológico do Exército (CTEx), além de dirigentes da Associação das Indústrias Aeroespaciais do Brasil (AIAB), do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), e da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), entre outros.
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sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Embraer leva o Sisfron


Exército Brasileiro escolhe consórcio formado pela Savis e Orbisat para o Sisfron 

24/08/2012

O consórcio Tepro, formado por Savis Tecnologia e Sistemas S/A e OrbiSat Indústria e Aerolevantamento S/A, empresas controladas pela Embraer Defesa e Segurança, foi o único escolhido pelo Exército Brasileiro para a próxima fase do processo de seleção do Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfon). A etapa seguinte será a negociação do contrato.

A fase inicial de implementação do Sisfron contemplará o monitoramento da fronteira terrestre na área sob responsabilidade do Comando Militar do Oeste. Na sua totalidade, o Sisfron compreende a vigilância e proteção das fronteiras terrestres do País em uma faixa de 16.886 quilômetros que separa o Brasil de 11 países vizinhos e se estende por dez estados e 27% do território nacional.

A Savis, empresa da Embraer Defesa e Segurança, foi criada para atuar na gestão integrada de projetos de monitoramento e controle de fronteiras, estruturas estratégicas e recursos naturais, de acordo com as diretrizes da Estratégia Nacional de Defesa. O objetivo da Savis é fazer frente às necessidades brasileiras no setor de defesa e segurança estimulando o desenvolvimento tecnológico nacional, inclusive para posterior exportação, fortalecendo assim a indústria nacional e a balança comercial brasileira.

A Embraer Defesa e Segurança conta com mais de 40 anos de experiência no fornecimento de plataformas e sistemas superiores às forças de defesa de todo o mundo. Com presença crescente no mercado global, cumpre papel estratégico no sistema de defesa do Brasil. O portfólio da Embraer Defesa e Segurança e de suas coligadas inclui aviões militares, tecnologias de radar de última geração, veículos aéreos não tripulados (VANT) e sistemas avançados de informação e comunicação, como as aplicações de Comando, Controle, Comunicações, Computação e Inteligência, Vigilância e Reconhecimento (C4ISR). Os aviões e as soluções militares da Embraer estão presentes em mais de 50 forças armadas de 48 países.

Fonte: Embraer Defesa e Segurança, via Tecnologia & Defesa.
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ARSAT-1 é qualificado no LIT/INPE


Satélite de telecomunicações argentino é qualificado no Laboratório de Integração e Testes do INPE

Sexta-feira, 24 de Agosto de 2012

O modelo estrutural do futuro satélite de telecomunicações argentino, o ARSAT-1, deixou no dia 22 de agosto as instalações do Laboratório de Integração e Testes (LIT) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), em São José dos Campos (SP), onde esteve em campanha de testes que durou oito meses. As atividades coroaram três anos de preparativos e negociações entre o LIT/INPE e a ARSAT, empresa estatal argentina de telecomunicações.

A campanha marcou alguns recordes para o LIT/INPE, pois foi a primeira de qualificação de equipamento destinado a um satélite de telecomunicações. O ARSAT-1 foi também o maior equipamento em volume e massa - aproximadamente três toneladas quando carregado com combustível - já testado no Brasil.

Além de dar continuidade à longa cooperação entre o Brasil e a Argentina na área espacial, a experiência acumulada no desenvolvimento dos procedimentos, na instrumentação e na realização da campanha de testes trouxe para o LIT/INPE, e consequentemente para o país, experiência relevante para o futuro desenvolvimento do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas - SGDC.

Fonte: INPE
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quinta-feira, 23 de agosto de 2012

SGB: "importante para soberania do Brasil"


"Satélite geoestacionário será importante para soberania do Brasil", afirma Alvarez

Para secretário-executivo do MiniCom, projeto será muito importante para a soberania do país, além de ser essencial para a expansão Programa Nacional de Banda Larga

Brasília, 21/08/2012 - O secretário-executivo do Ministério das Comunicações, Cezar Alvarez, destacou nesta terça-feira que o Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC) será muito importante para a soberania do país, além de ser essencial para a expansão Programa Nacional de Banda Larga (PNBL). A declaração aconteceu durante a primeira reunião do comitê diretor do projeto, que terá a atribuição de aprovar os requisitos técnicos, o planejamento e o cronograma do SGDC.

Na oportunidade, a Telebras, que será responsável por contratar o fornecimento do satélite, apresentou uma proposta de requisitos técnicos para o equipamento. Já a Agência Espacial Brasileira indicou estratégias para a absorção de conhecimento e de tecnologia no âmbito do projeto.

De acordo com o secretário de Telecomunicações do MiniCom, Maximiliano Martinhão, que preside o comitê, a primeira reunião do grupo foi um marco essencial para o desenvolvimento do projeto. “O formato da contratação do satélite deve garantir o atendimento às necessidades do Estado brasileiro e, ao mesmo tempo, permitir que nossa indústria e nossos institutos de pesquisa se envolvam desde logo no processo. É o comitê que determinará que rumo o projeto seguirá. Só quando isso estiver definido é que a Telebras providenciará a contratação”, ressaltou.

Além do MiniCom, participaram da reunião representantes do Ministério da Defesa, da Agência Espacial Brasileira (AEB), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e da Telebras. Nos próximos dias, serão nomeados os membros do Grupo-Executivo, órgão técnico que dará suporte às decisões do Comitê Diretor.

Fonte: Ministério das Comunicações
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Clima espacial: INPE participa de missão da NASA


Missão trará dados sobre fenômeno que afeta satélites

Quinta-feira, 23 de Agosto de 2012

Os dados obtidos por sondas que serão lançadas nesta sexta-feira (24/8) pela NASA devem aperfeiçoar os estudos sobre a Anomalia Magnética do Atlântico Sul (AMAS), fenômeno da ionosfera localizado acima da região Sudeste capaz de provocar danos a satélites.

O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) mantém parceria com a agência espacial americana em estudos de clima espacial e, a partir de novembro, será responsável pela aquisição de dados da missão Radiation Belt Storm Probes (RBSP), composta pelas duas sondas que irão monitorar o Cinturão de Van Allen, assim chamado em homenagem ao cientista que descobriu na década de 1950 esse campo magnético ao redor do planeta.

Para estudar as ondas eletromagnéticas e o cinturão de radiação, composto por duas faixas – uma localizada entre 2200 e 5000 quilômetros e outra, entre 13000 e 55000 quilômetros da superfície da Terra – as duas sondas da missão RBSP serão posicionadas em órbita equatorial em faixa entre 500 quilômetros a até quase 40 mil quilômetros de altura. Após o período de calibração dos sensores, os dados começarão a ser transmitidos regularmente às estações terrestres, entre elas a do INPE, situada em Alcântara (MA).

Durante pelo menos dois anos, cientistas do mundo inteiro terão acesso às informações que permitirão, pela primeira vez, um monitoramento mais completo da AMAS e do fenômeno de precipitação de partículas elétricas que atinge a região.

“Estas sondas possuem sensores e instrumentos muito avançados. A missão permitirá a aquisição de informações mais precisas para monitorar o efeito das partículas elétricas do Cinturão de Van Allen na região da anomalia. Para ter ideia das consequências do fenômeno, o satélite que passa nessa região precisa ter alguns equipamentos desligados para evitar problemas no seu funcionamento”, explica Walter D. González, pesquisador da Divisão de Geofísica Espacial do INPE.

Em setembro, o INPE receberá o líder da missão RBSP, David Sibeck, para discutir resultados de estudos sobre clima espacial e os impactos da AMAS e sua relação com as tempestades geomagnéticas, causadas pela emissão de partículas muito energéticas e campos magnéticos muito intensos emitidos pelo Sol que atravessam o meio interplanetário e interagem com o campo geomagnético da Terra.

Informações sobre a missão Radiation Belt Storm Probes no site www.nasa.gov/rbsp

Clima Espacial

O INPE mantém o Programa de Estudo e Monitoramento Brasileiro do Clima Espacial (EMBRACE) para avaliar fenômenos que afetam o meio entre o Sol e a Terra, bem como o espaço em torno da Terra.

Fenômenos solares são capazes de causar interferências em sistemas como o GPS, além da possibilidade de induzir correntes elétricas em transformadores de linhas de transmissão de energia e afetar a proteção de dutos para transporte de óleo e gás. Esses fenômenos são particularmente mais intensos no ambiente espacial brasileiro, devido à grande extensão territorial do país, distribuída ao norte e ao sul do equador geomagnético, à declinação geomagnética máxima e à presença da Anomalia Magnética do Atlântico Sul.

O Instituto oferece informação em tempo real, na internet, e realiza previsões sobre o sistema Sol-Terra para diagnósticos de seus efeitos sobre diferentes sistemas tecnológicos, em áreas como navegação e posicionamento por satélite (aeronaves, embarcações, plataformas petrolíferas, agricultura de precisão), comunicação (satélites geoestacionários, aeronaves), distribuição de energia (linhas de transmissão, dutos de distribuição de gás natural e petróleo), além dos sistemas de defesa nacional.

Por meio de estudos sobre os processos eletrodinâmicos da ionosfera equatorial e de baixas latitudes, os pesquisadores do INPE monitoram parâmetros físicos como características do Sol, do espaço interplanetário, da magnetosfera, ionosfera e da mesosfera. As informações estão disponíveis na página www.inpe.br/climaespacial

Fonte: INPE
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terça-feira, 21 de agosto de 2012

DETER: divulgação quinzenal de dados


INPE adota divulgação quinzenal de dados do DETER

Terça-feira, 21 de Agosto de 2012

A atualização dos dados do DETER – Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real, na internet, passa a ser feita a cada 15 dias. O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) todos os dias envia alertas de degradação e desmatamento ao IBAMA, que os utiliza para orientar a fiscalização e garantir ações eficazes de controle da derrubada da floresta.

Não há mudança nessa operação diária entre INPE e IBAMA, apenas na frequência de divulgação dos dados na internet. Antes, essas informações ficavam acessíveis ao público a cada mês, bimestre ou trimestre, geralmente após sua apresentação pelo governo federal em Brasília.

A nova forma de divulgação dos dados do DETER foi acordada entre o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), ao qual o INPE está ligado, e o Ministério do Meio Ambiente (MMA), responsável pelo IBAMA. Assim, a sociedade pode conhecer novos resultados sobre o monitoramento da Amazônia com maior frequência, pois dados do sistema serão apresentados duas vezes por mês, sempre por meio da página www.obt.inpe.br/deter.

Nesta segunda-feira (20/8), foram publicados os dados referentes ao monitoramento realizado de 1º a 15 de agosto.

Sobre o DETER

Realizado pela Coordenação de Observação da Terra do INPE, o DETER é um serviço de alerta de desmatamento e degradação florestal na Amazônia Legal baseado em dados de satélite de alta frequência de revisitação.

O DETER utiliza imagens do sensor Modis do satélite Terra, com resolução espacial de 250 metros, que possibilitam detectar polígonos de desmatamento com área maior que 25 hectares. Nem todos os desmatamentos são identificados devido à eventual cobertura de nuvens.

A menor resolução dos sensores usados pelo DETER é compensada pela capacidade de observação diária, que torna o sistema uma ferramenta ideal para informar rapidamente aos órgãos de fiscalização sobre novos desmatamentos.

Este sistema registra tanto áreas de corte raso, quando os satélites detectam a completa retirada da floresta nativa, quanto áreas classificadas como degradação progressiva, que revelam o processo de desmatamento na região.

Os números apontados pelo DETER são importantes indicadores para os órgãos de controle e fiscalização. No entanto, para computar a taxa anual do desmatamento por corte raso na Amazônia, o INPE utiliza o PRODES (www.obt.inpe.br/prodes), que trabalha com imagens de melhor resolução espacial capazes de mostrar também os pequenos desmatamentos.

Todos os dados relativos ao DETER podem ser consultados em www.obt.inpe.br/deter

Fonte: INPE

Comentário: nos últimos anos, desde que o CBERS 2B deixou de operar, o sistema DETER tem dependido principalmente de imagens geradas pela constelação DMC (ver a postagem "INPE: Imagens DMC para a Amazônia"). Até o final do ano, o sistema contará com um reforço importante: o primeiro satélite sino-brasileiro de segunda geração, o CBERS 3.
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segunda-feira, 20 de agosto de 2012

As visitas de José Raimundo Coelho, da AEB


No CLBI e CRN-INPE ...

A Agência Espacial Brasileira (AEB) divulgou em seu website uma notícia reportando a visita este mês de seu presidente, José Raimundo Coelho, ao Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI), e ao Centro Regional do Nordeste (CRN), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). O propósito das visitas foi "aumentar a integração entre os órgãos do sistema nacional de atividades espaciais."

Na visita ao CRN, Raimundo Coelho participou da apresentação do Projeto CONASAT – Constelação de Nano Satélites para Coleta de Dados Ambientais, iniciativa que tem como objetivo principal conceber uma solução para o Sistema Brasileiro de Coleta de Dados Ambientais – SBCD, baseada no uso de nanossatélites (satélites de 1 a 10 kg) e em tecnologias emergentes nos ramos da eletrônica e de telecomunicações. O projeto CONASAT é uma das alternativas consideradas para dar continuidade ao SBCD. Para saber mais sobre o projeto, acesse http://www.crn2.inpe.br/conasat/

... No DCTA ...

Este mês, o presidente da AEB também esteve no Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), em São José dos Campos (SP), onde foi recebido pelo diretor-geral, Ten. Brig. Ailton Pohlmann e outros dirigentes. “Queremos cada vez mais trabalhar de forma integrada com todo o sistema de gestão da área espacial, fortalecendo, dessa forma, os Institutos de Pesquisa e consolidando o setor industrial”, afirmou Coelho em nota distribuída por sua assessoria.

... E na inauguração das novas instalações da Fibraforte

Em 10 de agosto, logo após seu retorno de viagem oficial à Ucrânia, José Raimundo Coelho este em São José dos Campos para a inauguração da nova sede da Fibraforte Engenharia, indústria atuante no Programa Espacial Brasileiro, em áreas como estruturas e sistemas mecânicos (caso da PMM, por exemplo), sistemas de propulsão e equipamentos de suporte.
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sábado, 18 de agosto de 2012

SGB: novas informações


Quando sai a RFP?

O blog Panorama Espacial entrou em contato com o Ministério das Comunicações para saber quando o Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas - SGDC (designação dada pelo governo ao Satélite Geoestacionário Brasileiro - SGB, também referido como BR1Sat) deve ser contratado. A resposta recebida: "Pergunta (sic) para a Telebras". Entramos em contato com a Telebras, mas ainda não obtivemos resposta. Mas, nos bastidores, os comentários são de que a definição das principais características técnicas, que conta com a participação de especialistas da PUC-RJ, já estaria prestes a ser finalizada. Tais características constarão da Request for Proposal (RFP), a ser enviado aos principais fabricantes de satélites do mundo. Espera-se que a RFP seja concluída até o final desse mês.

Em órbita em 2014? Muito difícil

Nos bastidores, a possibilidade de se contar com o primeiro SGDC em órbita até o final de 2014 é tida como remota. Pode-se dizer que o desenvolvimento e a construção de um satélite geoestacionário de comunicações é  artesanal. Não existe linha de produção, e o processo como um todo, da contratação até a colocação em órbita geralmente leva, no mínimo, dois anos. O governo trabalha com a expectativa de que o SGDC esteja pronto em 30 meses a partir de sua contratação.

Uma vez emitido um pedido de propostas, as empresas costumam ter um prazo de dois meses para respondê-lo, e mais alguns meses para análise das propostas pelo solicitante e negociação dos termos do contrato. O que isto significa? Definição mesmo, só no final do ano, e desde que a RFP seja enviada dentro das próximas semanas.

Um "detalhe" tecnológico que muitos desconhecem: o SGDC deve ser o primeiro satélite de comunicações do mundo com bandas X e Ka.

Os interessados

Em declarações dadas à imprensa, Cezar Alvarez, secretário-executivo do Ministério das Comunicações afirmou que o ministério recebeu demonstrações de interesse no SGDC de, ao menos, sete fabricantes. O blog buscou mais informações sobre os interessados, mas recebeu a resposta de que, "por questões estratégicas, não é possível dar informações sobre os fabricantes interessados." Alguns, no entanto, são óbvios: europeus (Astrium e Thales Alenia Space), norte-americanos (Space Systems Loral e Boeing), e japoneses (Mitsubishi). A MDA, do Canadá (adquirida pela Loral), fornecedora de cargas úteis, é também vista como potencial interessada, assim como a IAI, de Israel. No final de julho, representantes da empresa canadense, ao anunciar seus resultados financeiros, destacaram que olham uma futura encomenda de um cliente brasileiro, embora não tenham divulgado maiores informações.

O SGDC no contexto do PNBL e SISCOMIS

Como é sabido, o SGDC será um importante componente do Plano Nacional de Banda Larga, a cargo da Telebras. Sobre isto, diz o MC: "O SGDC terá uma carga útil em banda Ka que permitirá atingir as áreas do país não cobertas pela rede terrestre da Telebras, que chegará a 4.283 municípios até 2014. Além disso, servirá para conectar os órgãos públicos federais nos locais de mais difícil acesso para a rede privativa de comunicação da administração pública federal, atribuição que também é da empresa, em função do decreto nº 7.175/2010." 

No âmbito do Sistema de Comunicações Militares por Satélite (SISCOMIS), do Ministério da Defesa, o primeiro SGDC contará com cinco transpônderes de banda X.

Satélite meteorológico

O SGDC não é o único satélite geoestacionário na pauta do governo. O desenvolvimento de um satélite meteorológico, uma carência identificada já há muito tempo, também tem gerado muitas discussões e movimentações internas dentro do governo. Marco Antonio Raupp, ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, a frente. As discussões têm envolvido o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), mais especificamente, o Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC), de Cachoeira Paulista (SP).
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quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Cemaden é destaque em evento internacional


Cemaden é destaque em workshop internacional sobre prevenção de desastres

16/08/2012 - 18:50

O Centro Nacional de Monitoramento de Alertas de Desastres Naturais (Cemaden/MCTI), foi o grande destaque da palestra “O papel de monitoramento e alerta”, parte do workshop internacional Educação em Prevenção de Desastres Naturais.

A palestra foi ministrada por Agostinho Tadashi Ogura, pesquisador do Laboratório de Riscos Climáticos do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e colaborador do Cemaden, que destacou a importância do monitoramento e controle de riscos em adversidades climáticas e topográficas.

Contando com 105 profissionais, entre geólogos, hidrólogos, especialistas em desastres naturais, tecnologia da informação e administração, o Cemaden funciona 24 horas por dia, sete dias por semana. O foco do centro é o monitoramento de situações de risco que possam gerar alertas à população.

Ogura lembrou as dificuldades atuais em prever a chegada de adversidades, como a redução do intervalo entre catástrofes naturais, o adensamento geográfico em regiões com alta densidade pluviométrica e a ocupação territorial desenfreada. “Controle de risco e projetos de planejamento urbano andam juntos. Para facilitar a tomada de decisões, é fundamental mapear e desenvolver hipóteses de situações que levem risco à população”, disse o pesquisador.

Ferramentas

O Cemaden utiliza diversas ferramentas para mensurar fenômenos meteorológicos ou topográficos, como sensores instalados em estações meteorológicas, radares, pluviômetros, modelos matemáticos e imagens sequenciais. Os efeitos da chuva, por exemplo, podem ser medidos de duas a seis horas de antecedência. Se houver possibilidade de desastre natural, o Cemaden emite quatro níveis de alerta para grupos de trabalho ligados a autoridades públicas nacionais, estaduais e municipais, além da Defesa Civil.

“Desde junho de 2012, o Cemaden iniciou a operação 24 horas, monitorando em tempo real 163 municípios brasileiros. A partir dos dossiês de cenários de risco para cada região, avançaremos para uma condição capaz de gerar alertas de risco no menor tempo possível em todo o solo nacional”, ressaltou Ogura.

O workshop Educação em Prevenção de Desastres Naturais foi uma realização da Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica), com a colaboração do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e da associação Gunma Kenjin-kai do Brasil.

Fonte: MCTI

Comentário: o Cemaden deve fazer uso de imagens geradas por satélites. Para mais informações, leiam a reportagem "Desde o espaço", publicada em novembro de 2011 na revista Tecnologia & Defesa.
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segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Aniversário do INPE: discurso de Leonel Perondi


Diretor ressalta papel do INPE na capacitação industrial e desenvolvimento econômico

Segunda-feira, 13 de Agosto de 2012

Durante a cerimônia de comemoração de 51º aniversário do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), na sexta-feira (10), o diretor Leonel Perondi repassou a trajetória histórica do órgão, ligado ao Ministério da Ciência Tecnologia e Inovação (MCTI), e ressaltou sua importância para o desenvolvimento do Brasil.

“O Instituto construiu um sólido patrimônio de conhecimentos e de infraestrutura física, que permite que desenvolva projetos que vão da pesquisa básica, passando pela pesquisa aplicada e desenvolvimento, até o produto final e sua utilização social”, disse Perondi.

Entre outras realizações, o diretor destacou que o programa de satélites CBERS possibilitou mais de uma dezena de contratações industriais, por meio de licitações de preço e técnica, que representaram investimento de R$ 270 milhões.

Ele citou ainda levantamento preliminar sobre os impactos econômicos da política industrial fomentada pelo INPE que, entre outros resultados, revela a criação de empregos altamente qualificados. Destacou também a contribuição do Instituto para que a indústria nacional agregue maior valor aos produtos e serviços produzidos no Brasil.

“Acreditamos que se houver um planejamento estável para o programa espacial – isto é, um planejamento que tenha continuidade por longos períodos, sem alterações de rumo substanciais no curto e médio prazos – poderemos atingir resultados de grande envergadura para o país. A indústria espacial poderá repetir o sucesso da indústria aeronáutica no Brasil”, afirmou.


Confira aqui a íntegra do discurso do diretor do INPE


Fonte: INPE
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domingo, 12 de agosto de 2012

Aniversário do INPE: bate-boca entre Raupp e Câmara


Ministro e ex-diretor trocam acusações em plena cerimônia após divulgação de plano para remodelar instituto de S. José

11 de agosto de 2012

Chico Pereira
São José dos Campos

A festa de 51 anos de criação do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), de São José dos Campos, realizada ontem, foi marcada por protesto de servidores e bate-boca entre o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp, e Gilberto Câmara, ex-diretor do instituto.

O desentendimento verbal entre Raupp e Câmara foi presenciado por pelo menos 100 pessoas que participaram da solenidade, no auditório do LIT (Laboratório de Integração e Testes).

Ao saudar Câmara, que estava na plateia, o ministro chamou a atenção para a camiseta preta que ele usava com a inscrição “Não ao desmonte do Inpe”.

“Meu caro Gilberto de camisa preta, depois quero fazer uma observação a isso”, disse Raupp.

Câmara respondeu que era um protesto contra a tentativa que está sendo feita para “desmontar o Inpe”, numa referência ao projeto de remodelação da instituição elaborada por Raupp.

Visivelmente irritado, o ministro rebateu: “fico impressionado, partir de uma pessoa como você uma dúvida com relação ao meu encaminhamento e partir para uma atitude de contestação que não conheço. Gosto da contestação do sindicato, que é permanente. Contestações em épocas que você deveria colaborar para os encaminhamentos eu considero bem menos”.

Em outro trecho de seu pronunciamento em defesa do projeto de reestruturação do Programa Espacial Brasileiro e do papel do Inpe nesse contesto, Raupp voltou a criticar Câmara: “durante a administração do Gilberto Câmara, o Inpe se desalinhou completamente das ações do governo federal. O governo dava dinheiro para fazer o Amazônia e o Cbers (satélites) e ele botava em outras coisas”.

“É isso que vocês querem? Desorganização? Não pode ser assim. Tem que ter alinhamento, governança. É isso que está se buscando, integração, isso é legítimo e dever de um governo que dá valor aos impostos que o cidadão paga. Usar bem os recursos e não desperdiçar”, afirmou Raupp para a plateia.

Ele voltou a criticar Câmara no final do seu pronunciamento: “aprecio muito o sindicato porque é franco. Eu não aprecio pessoas que fizeram tudo errado e agora querem se pontificar como aliado de vocês (sindicato). Isso para mim é ruim”.

Câmara evitou comentar as declarações do ministro.

Protesto. Pelo menos 30 servidores participaram da cerimônia vestidos com camiseta preta com a mesma inscrição.

Foi a forma do SindcT (Sindicato Nacional dos Servidores Públicos Federais na Área de Ciência e Tecnologia do setor Aeroespacial) mostrar o descontentamento e a apreensão da comunidade do Inpe com as propostas de Raupp.

O ministro rebateu as críticas de que planeja “fatiar” o instituto com a transferência de setores considerados estratégicos para outras esferas do governo federal, como do Cptec (Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos) para o Instituto Nacional de Meteorologia, e do setor de engenharia e tecnologia espacial para a AEB (Agência Espacial Brasileira).

“Não existe e nem existira desmonte. Não sou homem de operar desmonte, sou de operar construções. Tudo isso são delírios”, disse Raupp.

NOTA OFICIAL DO MINISTÉRIO DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA

Com relação à reportagem "Ministro retoma plano para 'desmonte' do Inpe em S. José", tenho a esclarecer:

A política especial brasileira vem passando por uma profunda revisão, visando sua atualização e adequado atendimento das necessidades do País em campos como da ciência espacial e da atmosfera, da observação da terra, da previsão do tempo e estudos climáticos, da engenharia e da tecnologia espacial, dentre outros.

A nova situação inclui também acréscimo de investimentos, a partir de 2007.

Com a nova política espacial, o papel do Inpe, será ainda mais relevante e dinâmico em importantes contextos, como no organograma dos órgãos públicos federais, na sua contribuição para a sociedade brasileira e na sua participação na produção científica e tecnológica mundial.

Portanto, não tem fundamento na verdade qualquer afirmação ou inferência de que há um plano de desmonte para o Inpe.

Ao contrário, almeja-se para o Inpe papel semelhante ao desempenhado por órgãos congêneres de países exitosos em termos de definição e execução de programas espaciais, como Estados Unidos e China.

Também para confirmar que se quer dotar o Inpe das melhores condições para o cumprimento de suas imprescindíveis atividades, encontra-se em andamento um processo de concurso público para a contratação de 107 novos servidores, sendo 17 pesquisadores, 22 tecnologistas, 40 técnicos e 28 analistas de Ciência e Tecnologia.

As propostas para o redimensionamento do papel do Inpe na política espacial brasileira não foram elaboradas nem estão sendo encaminhadas às escondidas. Ao contrário, estão sendo tratadas com toda a transparência cabível.

Elas foram apresentadas, publicamente, em reuniões com o Sindicato Nacional dos Servidores Públicos Federais na Área de Ciência e Tecnologia do Setor Aeroespacial, com o Conselho Técnico Científico do Inpe e com a Câmara Municipal de São José dos Campos. Nessas ocasiões, solicitei contribuições à proposta. As propostas foram discutidas também no âmbito do Programa Nacional de Atividades Espaciais, com participação de representantes da comunidade científica e da comunidade empresarial da área aeroespacial.

Por fim, quero lembrar, em especial à comunidade de São José dos Campos, que sempre pautei e pautarei minha atuação, não por ações de desmonte, mas sim por ações de construção.

Marco Antonio Raupp
Ministro de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação

Fonte: jornal "O Vale".

Comentários: sobre a possível junção do CPTEC, unidade do INPE localizada em Cachoeira Paulista (SP) e que desenvolve pesquisas e previsões em meteorologia, com o INMET, vinculado ao Ministério da Agricultura, interessante observar que em 24 de julho, foi publicado no Diário Oficial da União a Portaria Interministerial nº 678, dos Ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação, e Agricultura, que constituiu um grupo de trabalho para a elaboração de relatório contendo proposta para "(i) a ampliação de mecanismos de integração e coordenação de atividades entre o Instituto Nacional de Meteorologia - INMET e o Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos - CPTEC do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - INPE; e (ii) a integração institucional entre o CPTEC e o INMET, como preconizada no relatório do Grupo de Trabalho instituído pela Portaria Interministerial nº 545, de 01 de novembro de 2004, pelos Ministros do MCTI e MAPA, e em concordância com o determinado na reunião interministerial realizada em 16/03/2005 no Gabinete do Ministro da Ciência e Tecnologia."
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sábado, 11 de agosto de 2012

AEB em evento de geointeligência


AEB participa do Fórum Latino-Americano de Geointeligência

09-08-2012

O chefe da Assessoria de Cooperação Internacional da Agência Espacial Brasileira (AEB), José Monserrat, estará presente na cerimônia de abertura do Fórum Latino-Americano de Geointeligência, que acontecerá no dia 15 de agosto, no Rio de Janeiro. Monserrat representará o presidente da instituição, José Raimundo Coelho, em uma palestra durante o ato de abertura, e será o mediador a mesa com tema, “Transforming information into actionable knowledge”, (Em tradução livre, “Transformar a informação em conhecimento acessivel”).

O Fórum Latino-Americano de Geointeligência é a primeira Conferência Anual e Exposição de Tecnologia Geoespacial para a Defesa e Segurança Interna. O encontro foi criado para desenvolvedores de tecnologias, usuários dos setores de defesa e segurança interna e os decisores governamentais. A plataforma visa beneficiar as instituições relacionadas à segurança e à defesa, e facilitar a troca informal de conhecimentos, inclusive com representantes de países vizinhos.

O evento ocorre concomitantemente ao Fórum Geoespacial Latino-Americano – conferência em que tomadores de decisão, desenvolvedores, pesquisadores e usuários de aplicativos, poderão apresentar e discutir as mais recentes inovações, tendências, experiências e preocupações no campo Geoespacial.

Serviço:

Cerimônia de abertura do Fórum Latino-Americano de Geointeligência

Data: 15 de agosto
Local: Centro de Convenções Sul-Americano do Rio de Janeiro
Horário: de 9h às 16h

Fórum Latino-Americano de Geointeligência

Data: de 16 e 17 de agosto
Local: Centro de Convenções Sul-Americano do Rio de Janeiro
Horário: de 09h às 18h

Fórum Geoespacial Latino-Americano

Data: 15 a 17 de agosto
Local: Centro de Convenções Sul-Americano do Rio de Janeiro
Horário: de 09h às 18h

Fonte: AEB

Comentário: para mais informações sobre o fórum, clique aqui.
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quinta-feira, 9 de agosto de 2012

FTB em Alcântara: quarto lançamento de 2012


Lançado o quarto Foguete de Treinamento do ano em Alcântara

09/08/2012 - 17h38

O Centro de Lançamento de Alcântara (CLA) realizou nesta quarta-feira (8/8) o lançamento do quarto Foguete de Treinamento Básico (FTB). A operação, denominada Falcão IV, foi a terceira realizada pelo CLA em 2012 e tem por objetivos capacitar as equipes técnicas, operacionais e de apoio e testar os meios disponíveis (antenas, radares, lançador, geradores, computadores e softwares, etc.) para operações envolvendo a preparação, lançamento e rastreio de engenhos aeroespaciais.

O FTB foi lançado a partir de Alcântara às 16h59min pelo horário de Brasília, atingindo a altura máxima de 31,78Km em 78,73 segundos e a distância de 15,29 Km em 166,3 segundos de tempo total de voo.

Com o êxito no lançamento do foguete, um importante passo foi dado rumo à certificação e qualificação do veículo. Assim, outro objetivo do projeto FOGTREIN (Foguete de Treinamento), iniciado em 2008, foi cumprido com sucesso na operação realizada pelo CLA.

A Operação Falcão IV realizada pelo CLA contou com a participação de servidores do Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI), para treinamento das equipes dos dois centros.

Estão previstas, ainda, atividades de lançamento do Foguete de Treinamento Intermediário (FTI) e de um VS-30 Orion em outubro de 2012, além de outro FTB encerrando as atividades do ano. Os lançamentos têm propiciado uma melhora na operacionalidade tanto do CLA como do CLBI, além de viabilizar um aumento na cadência de lançamentos dos dois centros.

Foguete de Treinamento Básico (FTB)

Comprimento total: 3.050 mm
Diâmetro do veículo (calibre): 127 mm
Peso total do veículo: 68,3 kgf
Peso de propelente: 29,2 kgf
Peso reservado para experimento: 5,0 kgf
Apogeu aproximado (82°): 30 km
Tempo total de voo: 166 seg

Fonte: CLA, via NOTIMP.
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terça-feira, 7 de agosto de 2012

Cooperação Brasil - Israel


Na última segunda-feira (6), uma comitiva israelense liderada pelo ministro de Ciência e Tecnologia desse país, Daniel Hershkowitz, foi recebida pelo secretário de Políticas de Informática, Virgilio Almeida, representando o ministro Marco Antonio Raupp, "em encontro que visou o aprofundamento da cooperação entre os dois países", segundo divulgou o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).

A nota distribuída pelo MCTI também cita que um dos temas tratados foi o Programa Espacial Brasileiro, e que workshops entre as áreas técnicas dos dois países devem se reunir no futuro para aprofundar os temas, "visando o fortalecimento das relações bilaterais e a criação de uma metodologia aplicável a uma agenda conjunta".

O interesse isralense em cooperar em espaço com o Brasil, na verdade bastante dirigido por oportunidades comerciais, não é novo. O país do Oriente Médio tem um programa espacial relativamente bem desenvolvido, orientado por suas necessidades em termos de defesa. Sua indústria espacial tem se esforçado em buscar negócios no exterior, particularmente em termos de serviços em comunicações e satélites de sensoriamento remoto (a Índia e a Itália, esta em contrato anunciado no mês passado, adquiriram pequenos satélites de observação israelenses, fabricados pela Israeli Aerospace Industries - IAI).
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segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Imagens do Resourcesat-1 em uso pelo INPE


Satélite indiano avalia seca em áreas do Nordeste

Segunda-feira, 06 de Agosto de 2012

Avaliar a extensão de fenômenos como estiagem é uma das principais aplicações do sensoriamento remoto por satélites. No Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), imagens recentes e outras gravadas em meados de 2010 foram comparadas para mostrar os efeitos da seca em regiões do Ceará e da Bahia.

Foram utilizadas imagens do sensor LISS-3, a bordo do ResourceSat-1, satélite indiano cujos dados são recebidos no Brasil pelo INPE, que os distribui gratuitamente aos usuários pela internet: http://www.dgi.inpe.br/CDSR/

Segundo os pesquisadores da Divisão de Sensoriamento Remoto do INPE, as imagens mostram que a Bahia foi mais afetada pela estiagem do que o Ceará.

“Na Bahia, a imagem de julho de 2012 mostra que o verde praticamente feneceu e as águas superficiais sumiram, enquanto na imagem de 2010 a verdura é muito perceptível. Já no Ceará observa-se que os açudes não se alteraram significativamente na imagem de julho de 2012 em comparação a 2010”, comenta Paulo Roberto Martini.

Disponibilidade

O ResourceSat apresenta características muito semelhantes ao LandSat, programa pioneiro de sensoriamento remoto dos Estados Unidos que enfrenta problemas técnicos. Com o LandSat-5 em manutenção, as imagens do satélite indiano têm sido fundamentais para acompanhar as secas no Nordeste e outras transformações no território que dependem do sensoriamento remoto orbital.

O Brasil, através do INPE, possui um dos acervos de imagens de satélites mais antigos do mundo, pois recebe os dados LandSat desde 1973 por meio da estação localizada em Cuiabá (MT).

O INPE iniciou a recepção de dados do ResourceSat em setembro de 2009. Desde então, seu Centro de Dados de Sensoriamento Remoto (CDSR) já disponibilizou via catálogo online 25.892 cenas, sendo 5.133 do sensor AWIFS e  20.759 do LISS-3.

Agora, a expectativa é pelo lançamento do satélite sino-brasileiro CBERS-3, que deve melhorar muito a oferta de dados para estudos e monitoramento do meio ambiente.

Fonte: INPE

Comentário: para acessar as imagens produzidas pelo Resourcesat-1, clique aqui.
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domingo, 5 de agosto de 2012

ACS, Cyclone 4 e o possível Cyclone 5


UCRÂNIA CONSTRUIU A PLATAFORMA DE LANÇAMENTO PARA O PROJETO "CYCLONE-4"

3 de agosto de 2012

A Ucrânia terminou o trabalho de construção da plataforma de lançamento no âmbito do projeto ucraniano-brasilerio "Cyclone-4", disse o Primeiro-Ministro da Ucrânia Mykola Azarov nesta sexta-feira durante a reunião com o Ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação do Brasil Marco Antonio Raupp.

"Nossa cooperação na esfera espacial no âmbito do projeto "Cyclone-4" no Centro de Lançamento Alcântara entra na fase final, por isso queremos chamar a atenção para a necessidade da decisão positiva da parte brasileira referente ao financiamento da instalação. Por sua vez, gostaria de informá-lo, que o desenvolvimento da plataforma de lançamento está quase completo. E hoje o Senhor pode visitar a planta em Dnipropetrovsk (“Yuzhnoe SDK”) e ver por si mesmo este equipamento," – disse Mykola Azarov.

Ele lembrou que pelo projeto "Cyclone-4" a parte ucraniana desenvolve e fabrica os equipamentos tecnológicos necessários para executar o trabalho com o foguete "Cyclone-4" para preparação do lançamento desse veículo-lançador  ucraniano do Centro Alcântara. Ao mesmo tempo a parte brasileira constrói as instalações da infra-estrutura e comunicações do Centro.

O Primeiro-Ministro acrescentou que hoje os especialistas dos dois países começaram a tratar do desenvolvimento e a criação conjunta do veículo-lançador da nova geração "Cyclone-5", bem como da cooperação na área de satélites e muito mais.

"É extremamente interessante o desenvolvimento conjunto de veículo da próxima geração "Cyclone-5", bem como a cooperação na criação de satélites e motores. Estamos dispostos a cooperar com a parte brasileira para criar uma empresa conjunta que irá fabricar produtos utilizando tecnologias ucranianas" – disse Mykola Azarov.

Por sua vez, Marco Antonio Raupp observou que a experiência positiva de cooperação entre a Ucrânia e o Brasil na área espacial deve se expandir para outras áreas. "Nossas perspectivas do desenvolvimento da indústria espacial são muito promissoras - esta experiência positiva deve ser aplicada nas outras áreas", - disse ele.

NB: o Tratado entre a Ucrânia e a República Federativa do Brasil sobre Cooperação de Longo Prazo na Utilização do Veículo de Lançamentos Cyclone-4 no Centro de Lançamento de Alcântara, foi assinado em Brasília, em 21 de outubro de 2003. A construção do complexo de lançamento começou no Brasil, em setembro de 2010. O projeto prevê a criação do Centro de Lançamento no cosmódromo atual Brasileiro em Alcântara. O primeiro lançamento do foguete "Cyclone-4" está previsto para o final de 2013.

Fonte: Departamento de Informação e Comunicação Pública da Secretaria do Gabinete de Ministros da Ucrânia, via Embaixada da Ucrânia no Brasil.

Comentários: interessante observar a retomada da pauta de se desenvolver no futuro um novo lançador, o chamado Cyclone 5. A ideia não é nova e foi bastante destacada por Roberto Amaral, ex-diretor-geral da Alcântara Cyclone Space (ACS) durante a sua gestão na binacional. Vale lembrar que o acordo ucraniano-brasileiro que culminou com a constituição da ACS não envolve transferência de tecnologia (e desenvolvimento tecnológico em solo brasileiro), mas tão somente a exploração comercial do binômio Cyclone 4 / Centro de Lançamento de Alcântara. Não se tem informações sobre o que viria a ser o Cyclone 5, mas do lado brasileiro, ele certamente ocuparia algum espaço dentro do programa conceitual Cruzeiro do Sul, do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE). Em breve, o blog fará uma análise sobre os projetos, iniciativas e possibilidades brasileiras no campo de lançadores.
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sábado, 4 de agosto de 2012

Ariane 5: 50 lançamentos consecutivos bem sucedidos



A principal notícia da semana em matéria de espaço foi o lançamento bem sucedido do foguete europeu Ariane 5, em 2 de agosto, a partir de Kourou, na Guiana Francesa, colocando em órbita de transferência geoestacionária (GTO, sigla em inglês) dois satélites de comunicações. Seria apenas mais um lançamento deste lançador - o quarto só este ano, não fosse o fato de que se tratou de seu 50º voo consecutivo bem sucedido, marca conquistada por pouquíssimos foguetes no mundo, demonstrando sua grande confiabilidade.

Em menos de dez anos, o mais capaz lançador europeu orbitou 90 cargas úteis, sendo 80 em órbita GTO e 10 em órbita baixa, além de 10 cargas úteis auxiliares, que somadas excedem mais de 430 toneladas. Foram satélites de comunicações, tanto civis como militares, meteorológicos, de observação terrestre, dentre outros, além do veículo ATV, que abastece a Estação Espacial Internacional.

Sobre o marco alcançado, Jean-Yves Le Gall, diretor-presidente e chairman da Arianespace, empresa responsável pela comercialização e operação do foguete, declarou: "Graças a todos vocês na Europa e na Guiana Francesa, o Ariane 5 é algo que funciona... funciona muito bem... e continuará a funcionar por um longo tempo". "Considerando o lançamento desta noite, e com todos os contratos que assinamos desde o início desse ano, nossa carteira de pedidos efetivamente cobre não menos do que 19 lançamentos firmes do Ariane 5, o que nos garante mais de três anos de atividade. Assim, obrigado a vocês e 'bravo' a todos!"

Além de ser um grande exemplo da tecnologia espacial europeia, o Ariane 5 também é um exemplo de integração entre os países daquele continente. As principais empresas e instituições envolvidas com o desenvolvimento e construção do Ariane 5 são sócias da Arianespace, que comercializa e opera os lançamentos do foguete (e também do Soyuz e Vega). São 24 acionistas, de dez diferentes países: Alemanha, Bélgica, Dinamarca, Espanha, França, Itália, Noruega, Holanda, Suécia e Suíça. A Agência Espacial Francesa (CNES) e a Astrium (França, Alemanha e Espanha), do grupo EADS, são as atuais controladoras da companhia, detendo, respectivamente, participações de 34% e 30%, no capital. A Astrium é a prime-contractor do lançador.

Em junho, o blog Panorama Espacial teve a oportunidade de visitar a linha de produção do Ariane 5, nas instalações da Astrium na pequena cidade de Les Mureaux, próxima a Paris. Na ocasião, pudemos constatar o grau de sofisticação do foguete (desenvolvido inicialmente para missões tripuladas, para lançar a nave Hermes, posteriormente cancelada) e a preocupação da fabricante com qualidade, certamente uma das principais razões para o sucesso da família Ariane.
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quinta-feira, 2 de agosto de 2012

INPE comemora 51 anos


Quarta-feira, 01 de Agosto de 2012

Criado em 3 de agosto de 1961, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) realizará cerimônia em comemoração aos seus 51 anos no dia 10 de agosto. O evento, no auditório do Laboratório de Integração e Testes de satélites da instituição, em São José dos Campos, começará às 14h30 e terá a presença do ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antônio Raupp.

Durante a cerimônia presidida pelo diretor do INPE, Leonel Perondi, serão homenageados os servidores que completaram 10, 15, 20, 25, 30, 35, 40 e 45 anos de atividades, bem como os aposentados no último ano e aqueles que obtiveram destaque nas carreiras de Pesquisa, Gestão e Desenvolvimento Tecnológico.

Referência nacional

O INPE deu ao Brasil a capacidade de desenvolver satélites, produzir ciência espacial de qualidade, monitorar nosso território, ter uma previsão de tempo moderna, entender as mudanças globais e fazer com que o Espaço seja parte da sociedade brasileira.

Como executor de atividades do Programa Espacial Brasileiro, o INPE fomenta a inovação e o fortalecimento do setor aeroespacial no país. É referência nacional em engenharia e tecnologia espacial, sensoriamento remoto, ciências espaciais e atmosféricas, meteorologia e ciência do sistema terrestre.

O INPE é o principal órgão civil responsável pelo desenvolvimento das atividades espaciais no país. Ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), tem como missão contribuir para que a sociedade brasileira usufrua dos benefícios propiciados pelo contínuo desenvolvimento do setor espacial.

Pioneirismo

Na década de 1960, o INPE iniciou suas atividades com foco nas ciências espaciais e hoje abriga grupos de pesquisas reconhecidos mundialmente em áreas como geofísica, astrofísica, aeronomia e física de materiais. Depois de também conquistar o reconhecimento no sensoriamento remoto por satélites e na meteorologia, o INPE instalou um centro de excelência para detectar mudanças ambientais e gerar cenários na escala de décadas a centenas de anos, em resposta às interações entre sistemas naturais e sociais, e avaliar seus impactos no desenvolvimento nacional.

No INPE, são construídos satélites para produção de dados sobre o planeta Terra e desenvolvidas pesquisas que transformam estes dados em conhecimento, produtos e serviços para a sociedade brasileira e para o mundo.

Sua política industrial é voltada ao estabelecimento, manutenção e aperfeiçoamento de empresas brasileiras para a área espacial, capacitando-as, também, para o desenvolvimento de produtos com maior valor agregado em outros setores. Equipamentos e subsistemas que compõem os projetos de plataformas e cargas úteis de satélites são, preferencialmente, desenvolvidos em parceria com o setor industrial brasileiro.

O INPE distribui gratuitamente, pela internet, as imagens de satélites que beneficiam o sistema de gestão do território do próprio governo, a pesquisa nas universidades e o desenvolvimento das empresas privadas, que geram emprego e renda com tecnologia espacial.

As imagens e produtos derivados do INPE são úteis em áreas como saúde, segurança pública, gerenciamento de desastres naturais e da biodiversidade. A previsão de tempo e clima do INPE garante dados a setores econômicos como o agronegócio e o planejamento energético, fundamentais para o desenvolvimento do país, enquanto a política industrial na área de engenharia de satélites fomenta a inovação e contribuiu para o desenvolvimento de empresas brasileiras.

Fonte: INPE
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quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Astrium no Brasil: chamada para pesquisa e inovação


Astrium e Equatorial Sistemas lançam a chamada Astrium-Innova para projetos de pesquisa e inovação da área espacial no Brasil

O que é a chamada

A empresa Astrium, líder global em veículos espaciais, voos espaciais tripulados, sistemas de satélites e serviços associados, em conjunto com a Equatorial Sistemas, de São José dos Campos (SP), empresa subsidiária da Astrium no Brasil, anunciam a chamada Astrium-Innova para a inscrição de projetos de pesquisa e inovação de instituições acadêmicas no Brasil. A chamada tem a finalidade de promover a ciência, tecnologia e serviços espaciais entre professores e pesquisadores das universidades e instituições de pesquisa brasileiras. A expectativa é destacar a capacidade de inovação e pensamento criativo de acadêmicos no País, e consequentemente fazer com que pesquisadores com essas capacidades tornem-se mais conhecidos por suas realizações. Outro objetivo é avaliar a possibilidade de estabelecer cooperação em pesquisas entre instituições acadêmicas no Brasil e a Astrium em temas de inovação relacionados à tecnologia espacial e serviços associados.

Quem pode participar

As propostas podem ser submetidas por professores universitários, estudantes de doutorado ou pós-doutorado, e outros pesquisadores e membros de instituições acadêmicas no Brasil interessados em conduzir pesquisa relacionada a um ou mais tópicos de pesquisa, relacionados abaixo. Antes de enviar propostas para esta chamada, os participantes devem obter toda e qualquer autorização relevante de suas respectivas instituições acadêmicas.

As propostas podem contemplar qualquer área relacionada às tecnologias e serviços espaciais ou aplicações de satélites. Uma maior ênfase será dada às propostas sobre as seguintes categorias: ótica/fotônica, inclusive laser; propulsão; eletrônica avançada; robótica; aplicações espaciais (posicionamento e navegação, processamento de imagens 3D, comunicações e sua integração); telecomunicações; SAR e radares passivos; mitigação e remoção de lixo espacial; outras aplicações relacionadas à ciência e à tecnologia espaciais.

Prazos e contato

O período para o recebimento de propostas é entre 1º. de agosto a 30 de setembro de 2012. Outras informações e os “Termos e Condições da Chamada de Propostas Astrium-Innova” encontram-se em: http://www.equatorialsistemas.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=24&Itemid=47&lang=pt

Para maiores detalhes entrar em contato com:

Dr. César Ghizoni – Equatorial Sistemas – innova@equatorialsistemas.com.br, tel: (12) 3949-9390

Fonte: Astrium, com edição do blog Panorama Espacial.
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Entrevista com Brig. Carlos Kasemodel, diretor do IAE


Conforme informado no último domingo (29), como parte da série de entrevistas com os principais dirigentes do Programa Espacial Brasileiro, o blog Panorama Espacial entrevistou o Brig.-Eng. Carlos Antônio de Magalhães Kasemodel, atual diretor do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), subordinado ao Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), de São José dos Campos (SP). O IAE é responsável pela maioria dos projetos espaciais do Comando da Aeronáutica, em particular na área de lançadores e foguetes de sondagem.

Desde o início de abril como diretor do IAE, o Brig. Kasemodel é engenheiro mecânico-aeronáutico pelo Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), turma de 1980, com mestrado pelo Naval Postgraduate School, EUA, em 1999. Ocupou diversos cargos em sua carreira no Comando da Aeronáutica, inclusive vários no setor espacial, como gerente do Programa VLS e vice-diretor do IAE para a divisão de espaço. O blog agradece a atenção dispensada pela equipe de comunicação do IAE e pelo entrevistado.

Abaixo, reproduzimos a entrevista em sua íntegra, feita por e-mail durante a semana passada, abordando os principais projetos desenvolvidos pelo Instituto, em especial na área de lançadores.

Os planos para voos tecnológicos do VLS-1 continuam válidos? Quando ocorrerá a missão do VLS com a parte baixa, do primeiro e segundo estágios?

Sim, os planos para os voos tecnológicos do VLS-1 continuam válidos. O primeiro lançamento, somente com o primeiro e segundo estágios ativos, está previsto para 2013.  Este protótipo foi inicialmente denominado XVT-01, mas passou a ser denominado VSISNAV porque nesse voo também será testado o sistema de navegação SISNAV.

E o segundo voo, quando deve ocorrer?

O segundo voo deverá ocorrer no ano seguinte, mas sua confirmação depende do repasse de recursos financeiros pela AEB.

O senhor poderia falar um pouco sobre o projeto do Veículo Lançador de Microssatélites (VLM-1)? Uma decisão sobre o seu desenvolvimento já foi tomada? Qual será a participação alemã na iniciativa?

O VLM-1 é um lançador de microssatélites que está sendo desenvolvido em parceira com o DLR e com forte envolvimento da indústria nacional desde a sua fase de concepção. Será um veículo de três estágios; na sua versão básica, todos os propulsores utilizam propelente sólido: no primeiro e segundo estágios será empregado o propulsor S50 (em fase de desenvolvimento) e no terceiro estágio, o propulsor S44, ora empregado no quarto estágio do VLS-1 e no segundo estágio do VS-40. Outras versões também estão previstas, com a substituição do propulsor S44 por um propulsor líquido.

No entanto, a primeira missão prevista para o VLM-1 não será de satelitização mas sim de realizar o experimento SHEFEX 3, previsto para 2015. A participação alemã, além da partição dos custos de desenvolvimento, envolve áreas como engenharia de sistemas, sistemas de controle e atuadores.

O senhor poderia falar um pouco mais sobre o envolvimento industrial no projeto do VLM? Quais empresas participarão?

O projeto do envelope-motor do propulsor S50, que será bobinado em fibra de carbono, já está sendo desenvolvido em parceria com a empresa CENIC, a qual também já é a fabricante do propulsor S44 (que será utilizado no terceiro estágio). Outras empresas ainda não estão definidas mas espera-se que o carregamento de propelente e o desenvolvimento das redes elétricas também seja realizado na indústria.

O VLM-1 será um lançador de três estágios, todos de propulsão sólida. Em termos técnicos, há quem afirme que para colocação de satélites em órbita, é mais adequado que o terceiro estágio seja de propulsão líquida, o que permitiria mais precisão nas missões. Qual é a sua opinião sobre esse assunto?

A utilização de propulsão líquida nos últimos estágios possibilita mesmo uma maior precisão para a inserção em órbita, considerando que o propulsor a propelente líquido possibilita re-ignições durante o voo. Conforme comentado anteriormente, já estão sendo previstas versões do VLM-1 com a substituição do propulsor S44 por um propulsor líquido.

Ainda em lançadores, muito se comenta sobre possibilidades de desenvolvimentos futuros, inclusive com participação estrangeira. O senhor poderia nos dizer quais são as perspectivas e demandas hoje consideradas pelo IAE para um novo projeto de lançador? 

Além do VLM-1, as perspectivas atuais são de desenvolvimento do VLS-Alfa e do VLS-Beta, propostas inicialmente apresentadas no Programa Cruzeiro do Sul.

O desenvolvimento dos demais veículos da família Cruzeiro do Sul está sendo rediscutido, considerando que não teria sentido se desenvolver um veículo nacional para competir com o Cyclone IV (VLS-Delta) e a perspectiva de baixa demanda para os veículos VLS-Gama e VLS-Epsilon.

Qual é a expectativa para se ter uma definição sobre qual o caminho que o IAE seguirá [sobre um novo lançador]?

A proposta de se concluir o desenvolvimento do VLS-1 e do VLM-1, bem como o desenvolvimento do VLS-Alfa e Beta já foi encaminhada para a AEB e esperamos que esteja aprovada na revisão do PNAE, ora em andamento.

Em matéria de foguetes de sondagem, existem novos projetos sendo em consideração pelo Instituto?

Com relação aos foguetes de sondagem, o IAE estuda o desenvolvimento de uma versão modernizada do VSB-30 e o desenvolvimento do VS-50, um foguete de sondagem mono-estágio utilizando o propulsor S-50 do VLM-1.

Quais são os itens a serem modernizados do VSB-30?

Deverão ser otimizados alguns processos de fabricação, modificações nas proteções térmicas e também a incorporação de dispositivos de segurança eletro-mecânicos.

Quais são as perspectivas do IAE em termos de cooperação espacial, em particular com a Alemanha e Rússia, países que já cooperam há muitos anos com o Instituto?

Com a Alemanha, atualmente estamos cooperando no desenvolvimento do VLM-1 e na modernização do VSB-30. Com relação à Rássia, existem perspectivas de cooperação no desenvolvimento de propulsor líquido para emprego no VLS-Alfa.

No entanto, importante ressaltar que a cooperação com a Alemanha é a que entendemos ser uma “cooperação” no sentido correto da palavra: ambas as partes investem recursos humanos e financeiros, trocam experiências, na busca de um desenvolvimento tecnológico de interesse para os dois lados. Outras propostas de cooperação são basicamente propostas comerciais: um lado se propõe a vender o que o outro necessita.

Na área de satélites, o IAE desenvolve há quase dez anos o projeto SARA, de reentrada atmosférica. Em que momento o projeto se encontra?

O projeto SARA prevê o desenvolvimento de dois protótipos para testes suborbitais e dois modelos para voos orbitais. Atualmente, estão sendo finalizados os ensaios de qualificação do primeiro protótipo de voo suborbital, cujo lançamento está previsto para 2013 a bordo de um foguete VS-40.

Hoje, qual é a situação do IAE em matéria de recursos humanos?

Há alguns anos, o IAE vem sofrendo com a perda gradativa de recursos humanos em diversas áreas, a maior parte por aposentadoria de servidores experientes.  O DCTA tem realizado diversas gestões junto ao Ministério da Defesa e Ministério do Planejamento e aguardamos a autorização para a realização de concurso público para o recompletamento, pelo menos parcial, do nosso quadro de recursos humanos.

Outro campo que tem recebido atenção no Programa Espacial é a busca do País por autonomia em sistemas inerciais, tanto de satélites para lançadores. O IAE é um ator ativo nesse campo, participando do projeto Sistemas Inerciais para Aplicação Aeroespacial (SIA). O senhor poderia comentar um pouco sobre o atual estágio do projeto? Há planos para um voo experimental?

O objetivo maior do projeto SIA é consolidar no País a tecnologia de sistemas de navegação inercial.

Diversas etapas já foram vencidas. Em 2011, a implantação da infraestrutura laboratorial no IAE foi concluída com a inauguração do LINCS – Laboratório de Identificação, Navegação, Controle e Simulação. Com relação a sistemas de navegação, um protótipo denominado SISNAV já foi ensaiado, com sucesso, em solo e será testado em voo no próximo lançamento do VLS-1. Importante ressaltar que o SISNAV utiliza girômetros a fibra ótica desenvolvidos e produzidos no País.

Recentemente, o senhor foi indicado para representar o Comando da Aeronáutica no Conselho Superior da Agência Espacial Brasileira (AEB). Qual é a sua visão sobre a restruturação institucional do Programa Espacial Brasileiro, com uma possível fusão entre a AEB e o INPE? Seria possível algum envolvimento do IAE nesse processo?

Todos os atores do SINDAE concordam que uma reestruturação institucional se faz necessária mas existem divergências de qual modelo seria o mais eficaz.

Uma fusão entre a AEB e o INPE certamente fortaleceria a AEB, considerando que atualmente a Agência não dispõe de um corpo técnico. Um envolvimento do IAE nesse processo seria difícil, principalmente por ser uma Organização Militar e vinculada a outro Ministério. Seu envolvimento deve permanecer como órgão setorial do SINDAE [Sistema Nacional de Desenvolvimento das Atividades Espaciais].
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