quinta-feira, 31 de maio de 2012

Testes elétricos do CBERS 3


INPE e CAST concluem testes elétricos do CBERS-3

Quinta-feira, 31 de Maio de 2012

Testes elétricos do satélite sino-brasileiro CBERS-3, que tem lançamento previsto para o final de novembro, foram concluídos pelos especialistas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e da Academia Chinesa de Tecnologia Espacial (CAST, na sigla em inglês) no dia 25 de maio, em Pequim. Esses testes precedem os ensaios ambientais (que simulam as condições em órbita), programados para o período de junho a setembro.

O INPE é o responsável no Brasil pelo Programa CBERS (sigla para China-Brazil Earth Resources Satellite; em português, Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres), parceria iniciada com a China há mais de 20 anos e que garantiu a ambos os países o domínio da tecnologia do sensoriamento remoto para observação da Terra.

Na China, as atividades de montagem, integração e teste (AIT) do satélite ocorrem no Instituto 529 e no Centro Espacial, ambos pertencentes à CAST. Os objetivos das atividades de AIT são montar o modelo de voo do satélite, demonstrar o bom funcionamento em condições ambientais semelhantes ao lançamento e órbita e identificar e corrigir eventuais problemas.

O AIT do CBERS-3 teve início com o envio para a China da estrutura do satélite, que antes estava no Laboratório de Integração e Testes (LIT) do INPE, em São José dos Campos. Especialistas chineses e brasileiros realizaram a integração do subsistema de propulsão (montagem e alinhamento dos propulsores e a instalação da tubulação que conecta os tanques de hidrazina aos propulsores e válvulas) e a realização do teste de vazamento, atividades concluídas em agosto de 2011.

Em outubro de 2011, foram enviados para o Instituto 529 os primeiros equipamentos de voo desenvolvidos, fabricados e testados pela indústria brasileira para que, juntamente com os equipamentos chineses, fossem instalados na estrutura do satélite e iniciados os testes elétricos.

Devido à complexidade do satélite, os testes elétricos foram realizados por ‘Estados’, chamados de A, B, C e D. O satélite foi progressivamente integrado e testado em cada um de seus Estados.

No Centro Espacial serão realizados os testes ambientais em infraestruturas especiais (câmara anecóica, câmara acústica e câmara termovácuo). Ao final, o satélite estará pronto para a campanha de lançamento, que deve iniciar em outubro.

Fonte: INPE


ANA e AEB: MoU para microssatélite de coleta de dados


AEB e ANA assinam memorando de entendimento para estudar a viabilidade de desenvolvimento de um microssatélite

31-05-2012

O Presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), José Raimundo Braga Coelho, e o Diretor Presidente Agência Nacional das Águas (ANA), Vicente de Andreu Gillo, assinaram ontem (30/05) um memorando de entendimento para iniciar estudo sobre a viabilidade de desenvolver um microssatélite para missão de coleta de dados hidrometeorológicos.

O equipamento terá como objetivo avaliar a compatibilidade e expansão do atual sistema de coleta de dados ambientais usados no Brasil. A ANA é a principal usuária deste sistema e depende dele para seus monitoramentos do volume de água e do balanço hidrológico dos reservatórios de água. No estudo de viabilidade estão inclusos o segmento espacial, o segmento solo e o lançador.

Para desenvolver o estudo técnico do projeto será formado, em até quinze dias a partir da assinatura do memorando, um grupo de trabalho composto por representantes das duas agências e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).  A equipe será responsável por estabelecer cronogramas, necessidades de recursos financeiros e responsabilidades de cada parte signatária. O estudo deverá estar pronto em até quatro meses e será a primeira vez que a AEB estudará soluções para atender a demanda de outros órgãos governamentais.

Fonte: AEB

Comentários: a iniciativa entre a AEB e a ANA é bem interessante, por vários aspectos. Primeiro, é um claro indicativo do interesse em dar continuidade ao Sistema de Coleta de Dados (SCD), cuja origem remonta à Missão Espacial Completa Brasileira (MECB), do final da década de setenta. Deve-se mencionar que os primeiros satélites construídos no Brasil foram justamente os SCDs, que continuam, aliás, em operação. O significado do ponto de vista de Política Espacial, na opinião do blog, é ainda mais relevante. Se a iniciativa for adiante, pode significar o desenvolvimento de um projeto espacial não apenas com recursos do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, mas também de outros setores governamentais, usuários dos dados gerados. Essa "fonte de recursos", aliás, foi abordada no estudo sobre Política Espacial Brasileira elaborado pela Associação Aeroespacial Brasileira - AAB (clique aqui). Diga-se de passagem que outras iniciativas similares também estão em consideração, como satélites para aplicações no campo de defesa, tema que o blog abordará em breve.
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terça-feira, 29 de maio de 2012

Pesquisa sobre perfil de usuários do CPTEC/INPE


CPTEC/INPE lança Segunda Pesquisa sobre o Perfil dos Usuários

29/05/2012

Nesta semana, o Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC), convida os usuários internautas a participar da Segunda Pesquisa sobre o Perfil dos Usuários, acessível em sua homepage www.cptec.inpe.br. Pretende-se, com a pesquisa, detalhar como as empresas e o cidadão e usuário comum utilizam e se beneficiam das informações meteorológicas disponíveis em sua homepage. Além de conhecer um pouco mais a fundo o perfil de seus usuários, a pesquisa tem como intuito aperfeiçoar os serviços e produtos disponíveis em suas páginas.

A cada ano, o número de acessos ao site do CPTEC aumenta em ritmo acelerado, com pico de visitas durante a ocorrência de eventos extremos (chuvas intensas, períodos de secas, etc) e às vésperas de feriados e fins de semana. No último ano, 28.015.303 acessos foram feitos às páginas do CPTEC, que se tornou o principal meio de interação com a sociedade.

A primeira edição da pesquisa, realizada entre 2009 e 2010, permitiu conhecer melhor os usuários do CPTEC e verificar, por exemplo, a forte demanda por cursos de meteorologia voltados a diferentes áreas de atividade. Com isso, o CPTEC, a partir de 2011, iniciou uma série de cursos dedicados à agricultura, ao monitoramento da poluição do ar, à aviação e a jornalistas. Com os dados desta nova pesquisa será possível comparar o nível de satisfação do usuário em relação à primeira pesquisa.

O preenchimento da pesquisa dura cerca de 10 minutos, com questionários para pessoa física e pessoa jurídica, contendo cerca de 25 questões cada. O sigilo aos dados e informações pessoais é garantido e o acesso à pesquisa pode ser feito direto pelo link http://www.cptec.inpe.br/pesquisa2011/ além da homepage do CPTEC. O usuário que vive fora do país também poderá preencher o questionário, sendo oferecidas mais duas versões da pesquisa, em espanhol e inglês. A pesquisa ficará disponível para o preenchimento até o dia 15 de junho.

Fonte: CPTEC/INPE
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Embraer e Telebras se unem em programa de satélite brasileiro


São Paulo – SP, 29 de maio de 2012 – A Embraer S.A. e a Telecomunicações Brasileiras S.A. (Telebras) assinaram hoje o acordo de acionistas para constituição da Visiona Tecnologia Espacial S.A., empresa cujo capital social será 51% da Embraer e 49% da Telebras. A Visiona participará do Programa Nacional de Atividades Espaciais (PNAE), conforme Memorando de Entendimento anunciado em novembro de 2011. 

O objetivo inicial da empresa é atuar no Satélite Geoestacionário Brasileiro, que visa atender às necessidades de comunicação satelital do Governo Federal, incluindo o Programa Nacional de Banda Larga e um amplo espectro de transmissões estratégicas de defesa. 

A Visiona terá sede no Parque Tecnológico de São José dos Campos, São Paulo, onde também assumirá o papel de líder do Centro de Desenvolvimento de Tecnologias Espaciais, atuando em parceria com as mais relevantes entidades de ensino e pesquisa aeroespacial do País e acelerando a capacitação do setor espacial brasileiro. 

“Este projeto representa um passo histórico para o avanço da prontidão tecnológica e industrial do setor espacial no Brasil, e a Embraer tem satisfação e orgulho de ser a parceira estratégica da Telebras e do Estado Brasileiro nesse importante desenvolvimento para nossa nação”, disse Frederico Curado, Diretor-Presidente da Embraer. 

Para o presidente da Telebras, Caio Bonilha, “o satélite brasileiro permitirá a ampliação do acesso à internet a milhões de lares brasileiros. Além disso, a posse e a operação de um satélite através do Brasil propiciará não somente a segurança necessária às transmissões de informações das redes estratégicas do Governo Federal, mas também a autonomia do processo de desenvolvimento tecnológico aeroespacial”. 

Fonte: Embraer
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segunda-feira, 28 de maio de 2012

Ministério da Defesa, Telebrás e SGB


O ministro da Defesa, Celso Amorim, receberá nesta terça-feira (29) em audiência, o presidente da Telebrás, Caio Bonilha. A informação consta da agenda do ministro e, embora o tema a ser discutido não tenha sido divulgado, é quase certo que o assunto seja o Satélite Geoestacionário Brasileiro (SGB).

Existe muita expectativa de que, após a indicação dos novos dirigentes do Programa Espacial Brasileiro, as atenções das autoridades envolvidas com o setor espacial sejam direcionadas ao SGB. Há meses, circulam informações de que as minutas dos decretos necessários para a constituição do joint-venture entre a Telebrás e a Embraer e contratação do primeiro satélite estariam no Palácio do Planalto, com a Casa Civil, aguardando a chancela presidencial para publicação e entrada em vigor.
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Lançamento de FTB a partir de Alcântara




Centro de Lançamento de Alcântara lança foguete de treinamento

28-05-2012

Na última quinta-feira (24/5), o Centro de Lançamento de Alcântara (CLA) lançou mais um Foguete de Treinamento Básico (FTB). O veículo, lançado às 14h, teve como objetivo testar os meios e as equipes envolvidas com a área de operações de lançamento.

De acordo com as informações levantadas pelo sistema de telemetria durante rastreio, o veículo seguiu próximo da trajetória prevista para lançamentos deste tipo. O FTB possui 3.050 mm de comprimento, 68,3 kgf de peso total e atinge 30 km de altitude em 166 segundos de voo. O veículo pode ainda carregar 5,0 kgf de experimentos científicos.

O lançamento faz parte da Operação Águia I iniciada dia 21 de maio. Este foi o segundo veículo lançado no ano pelo Centro. A operação prossegue na próxima semana com o lançamento de mais um FTB previsto para a próxima terça-feira (29/5). Além da equipe do CLA, participam também da campanha, militares do Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI), em um treinamento conjunto entre os dois centros de lançamento.

Foguete de Treinamento Básico (FTB)
Comprimento total: 3.050 mm
Diâmetro do veículo (calibre): 127 mm
Peso total do veículo: 68,3 kgf
Peso de propelente: 29,2 kgf
Peso reservado para experimento: 5,0 kgf
Apogeu aproximado (82°): 30 km
Tempo total de voo: 166 seg

Fonte: FAB, via AEB.

Comentário: O FTB (Foguete de Treinamento Básico) foi desenvolvido pela Avibras Aeroespacial, de São José dos Campos (SP), baseado nos foguetes do sistema militar de saturação de área ASTROS (Artillery Saturation Rocket System). Na foto acima, o lançador do FTB.
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domingo, 27 de maio de 2012

Venezuela: VRSS-1 será lançado em outubro


O segundo satélite venezuelano, e o primeiro de observação terrestre, deve ser lançado ao espaço no próximo mês de outubro, segundo declaração dada no último dia 24 por José Arreaza, ministro da Ciência e Tecnologia da Venezuela. "Com segurança, este ano deve estar em órbita nosso segundo satélite. O cronograma está em constante revisão, não queremos apressá-lo, pois apressar esses assuntos pode ser um risco, mas estimamos [o laçamento] para o mês de outubro, mais ou menos", declarou, conforme notícia reproduzida no website especializado Infoespacial.

O satélite se chamará Francisco Miranda, uma homenagem ao militar venezuelano do século XIX, precursor da independência da América espanhola, e é também conhecido como VRSS-1 (Venezuelan Remote Sensing Satellite). Está sendo construído pela China Great Wall Industry Corporation desde o final de 2011, ao custo "turn-key" de 140 milhões de dólares.

Para novembro, também de solo chinês, está previsto o lançamento do primeiro satélite de segunda geração da série CBERS, o CBERS 3, desenvolvido em parceria entre o Brasil e a China.
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sexta-feira, 25 de maio de 2012

Cooperação Brasil - Suécia


AEB recebe visita de delegação sueca

25-05-2012

O presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), José Raimundo Braga Coelho, recebeu na última quarta-feira (23), a visita de uma delegação Sueca, composta pelo Presidente da Agência Nacional Espacial Sueca (SNSB), Sr. Olle Norberg, e pelo diretor da Corporação Espacial Sueca (SSC), Sr. Stefan Gardefjord. O tema do encontro foi a possibilidade de aprofundamento das relações entre Brasil e Suécia na área espacial.

Como os tópicos da reunião incluíam a participação sueca no Veículo Lançador de Microsatélites (VLM-1), foi necessária a presença da parte alemã, representada pelo Prof. Félix Hueber do Centro Aeroespacial Alemão (DLR), parceira do Departamento de Ciência e Tecnologia da Aeronáutica (DCTA) no referido projeto.

As discussões, no entanto, não se limitaram ao projeto do VLM-1. Ainda foi tema do encontro a possibilidade de participação dos dois países na elaboração de experimentos científicos em ambiente de microgravidade, por meio de foguetes de sondagem, de experimentos em balões estratosféricos, de pesquisas da anomalia do campo magnético da Terra; em pesquisas científicas sob o uso pacífico do espaço e sobre experimentos tecnológicos em satélites. Também foi abordada a possibilidade de intercâmbio de pesquisadores e estudantes dos dois países por meio do programa Ciência Sem Fronteiras.

Participaram  do encontro  pela AEB do encontro o diretor de Satélites, Aplicações e Desenvolvimento, Thyrso Villela, o diretor de Transportes Espaciais e Licenciamento, Nilo Andrade, o diretor de Política Espacial e Investimentos Estratégicos, Himilcon Carvalho e o  chefe da Assessoria de Cooperação Internacional, José Monserrat Filho. Pelo DCTA estiveram presentes o chefe das Relações internacionais, Cel. Medeiros, o Sub-Diretor de Espaço do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE/DCTA), Cel. Santana Jr e o Dr. Luís Loures, Gerente do VLM-1.

Fonte: AEB
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quinta-feira, 24 de maio de 2012

Simpósio Aeroespacial Brasileiro


O Simpósio Aeroespacial Brasileiro (SAB 2012), organizado pela Associação Aeroespacial Brasileira (AAB) e que acontece entre os dias 29 e 31 de maio, em São José dos Campos (SP), já está com toda a sua programação fechada.

Além de 44  trabalhos técnicos-científicos compostos por contribuições do SAB 2012, Brafware (Brazilian-French Workshop on Aerospace Research and Engineering) e dos Gerentes de Projetos do Programa UNIESPAÇO, da Agência Espacial Brasileira (AEB), quatro palestras serão apresentadas por Luiz Carlos Affonso, Vice-Presidente de Novos Programas da EMBRAER, Eduardo Mauad, Vice-Presidente Executivo da HELIBRAS, Thyrso Villela, Diretor de Satélites, Aplicações e Desenvolvimento da AEB, e César Demétrio dos Santos, Diretor do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA).

Segundo informações divulgadas pela AAB, a expectativa em termos de visitantes esperados já foi superada. Além do Brasil, há inscrições de participantes oriundos da Espanha, Estados Unidos, França, Israel, Itália e Rússia.

Para mais informações sobre o evento, assim para acessar a programação completa, bastante extensa e interessante, clique em http://www.aeroespacial.org.br/sab_2012/
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quarta-feira, 23 de maio de 2012

A posse de José Raimundo Coelho na AEB


Na posse do presidente da AEB, Raupp pede sinergia na área espacial

23/05/2012 - 20:14

Nesta quarta-feira (23), o físico José Raimundo Braga Coelho tomou posse como presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB/MCTI). Durante o evento, foi abordada a necessidade de maior sinergia no setor, com objetivo de otimizar e intensificar o trabalho dentro do Programa Espacial Brasileiro. 

O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp, ex-presidente da AEB, destacou que a articulação das instituições ligadas à área espacial é fundamental. “É preciso criar maior sinergia entre os vários componentes da área especial: AEB, ITA, DCTA e Inpe”, disse, referindo-se ao Instituto Tecnológico de Aeronáutica, ao Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial, ligado à Aeronáutica, e ao Instituto de Pesquisas Espaciais, ligado ao MCTI. 

“O desafio agora é trabalhar bem as parcerias e, na medida em que esta iniciativa for bem sucedida, teremos a confiança total do governo”, continuou. “Tenho certeza de que todos estaremos trabalhando a favor do programa espacial. Temos que mostrar que vale a pena investir.” A presidência da agência vinha sendo exercida de forma interina pelo diretor de Satélites, Aplicações e Desenvolvimento, Thyrso Villela Neto, desde o início do ano. 

Raupp afirmou que o Programa Espacial Brasileiro é fundamental para os interesses da soberania nacional e que espera contribuir para atrair investimentos para a área espacial. “Ela é fundamental para o país, pois serve para prevenir desastres naturais, pode ser alinhada com a política de defesa nacional e teremos maior controle das questões meteorológicas. Temos bastante experiência para desempenhar um trabalho de qualidade.” 

O presidente da AEB, José Raimundo Braga Coelho, ratificou que o mais importante neste momento é consolidar o sistema espacial, o que inclui trabalhos conjuntos entre os institutos do setor. “Há procedimentos formais sendo encaminhados para aprofundar a colaboração entre os institutos da área espacial, acredito que há caminhos para acertar pequenos detalhes para que esta conjunção de esforços seja consagrada”, disse. 

Com relação aos projetos, reafirmou que será lançado este ano, em novembro, o quarto satélite fruto da cooperação China-Brasil, o CBers 3. 

O novo presidente, que já assessorou a presidência da AEB em anos anteriores, expôs sua visão sobre como a indústria pode participar no contexto da instituição. “Nós temos programas derivados da própria agência, em que a interação entre empresa e instituições de pesquisa é fundamental”, disse. “Nós queremos transformar isso em riqueza, estruturas grandes e sólidas no setor industrial para poder competir com o mundo globalizado.” 

Perfil 

José Raimundo Braga Coelho é bacharel em física pela Universidade de Brasília (UnB), possui mestrado em matemática pelo Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (Impa) e pelo Instituto Courant da Universidade de Nova York, EUA. Foi professor dos departamentos de Matemática da UnB e da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ), e do Departamento de Computação da Universidade de Nova York. 

Na UnB, exerceu também os cargos de chefe de Departamento de Matemática e vice-diretor do Instituto de Ciências Exatas. Foi o primeiro diretor de Ensino do Instituto Politécnico do Rio de Janeiro (IPRJ). 

No Inpe, Coelho exerceu várias funções de administração de alto nível, entre elas, a de gerente-geral do Programa China Brazil Earth Resource Satellites (CBers) e a de vice-diretor da Coordenação-Geral de Engenharia e Tecnologia. 

Nos últimos anos, entre outros trabalhos, dirigiu o Parque Tecnológico de São José dos Campos (SP).

Fonte: Ricardo Abel – Ascom do MCTI

Comentários: também nesta terça-feira, foi publicada uma reportagem e uma pequena entrevista com José Raimundo Coelho no jornal "Valor Econômico". A reportagem confirma várias informações que já circulavam há meses nos bastidores - a indicação de Himilcon Carvalho, diretor da AEB, para o cargo de diretor-técnico da joint-venture para a aquisição e operação do Br1Sat, dentre outras. Mas, o mais importante que se pode extrair do texto é que Coelho seguirá a linha de seu antecessor e buscará manter o processo de aproximação com a iniciativa privada. Há muita expectativa de novidades para os próximos meses. Para acessar a reportagem, de leitura recomendável, clique aqui.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Cooperação do INPE com a Bolívia


Bolívia adota tecnologia de monitoramento do INPE

Segunda-feira, 21 de Maio de 2012

A primeira Sala de Observação do projeto de monitoramento conduzido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) em parceria com a Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA) foi inaugurada na sexta-feira (18/5) em Cochabamba, na Bolívia.

“Estamos transferindo tecnologia e conhecimento às equipes de monitoramento de outros países com floresta tropical”, diz Alessandra Gomes, pesquisadora do Centro Regional da Amazônia (CRA) do INPE, situado em Belém (PA), onde técnicos estrangeiros estão vindo aprender a utilizar o TerraAmazon, o sistema desenvolvido pelo instituto para seus programas de monitoramento, como PRODES e DETER.

O TerraAmazon é oferecido sem custo a qualquer país interessado em monitorar suas próprias florestas. O projeto com a OTCA, que prevê a instalação de salas como a inaugurada em Cochabamba, é voltado à capacitação dos países da América do Sul por onde se estende a floresta e permitirá que toda a região possa ser totalmente monitorada, a exemplo do trabalho feito pelo INPE na Amazônia Legal Brasileira há mais de 20 anos.

Através do INPE, o Brasil monitora por satélite 4 milhões de Km² de florestas na Amazônia todos os anos. O maior programa de acompanhamento de florestas do mundo permite ao país medir o desmatamento e divulgar com transparência todas as informações obtidas a partir dos satélites.

Toda essa experiência está resultando na transferência de conhecimento e tecnologia para outros países desenvolverem sistemas próprios de controle sobre o desmatamento. A ajuda oferecida aos interessados em avançar na vigilância de suas próprias florestas faz do Brasil um líder de iniciativas internacionais para o controle do desmatamento e da degradação florestal em todo o mundo.

Fonte: INPE
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sábado, 19 de maio de 2012

Reunião da ACS com seguradoras


Diretores gerais irão à Ucrânia para reunião com seguradoras

18/05/2012

Os diretores gerais da Binacional Alcântara Cyclone Space, Reginaldo dos Santos (Brasil) e Oleksandr Serdyuk (Ucrânia), participarão, nos dias 22 e 23 de maio, da apresentação do Projeto Cyclone-4 a empresas seguradoras. O evento ocorrerá nas instalações das empresas estatais ucranianas Yuzhnoye e Yuzhmash, na cidade de Dniepropetrovsk.

Na oportunidade, será feita uma apresentação técnica de cada aspecto do Projeto Cyclone-4, bem como serão apresentados a fabricação e os ensaios do veículo de lançamento e meios de apoio em solo.

Reginaldo e Serdyuk aproveitarão a ida à Ucrânia para se reunirem com a Agência Estatal Espacial da Ucrânia (SSAU), no dia 24 de maio.

Fonte: ACS

Comentários: a revista Tecnologia & Defesa, publicação ao qual o blog Panorama Espacial está vinculado, foi convidada a estar presente na apresentação às seguradoras e enviará um representante à Ucrânia. Em breve, divulgaremos mais informações sobre a apresentação e perspectivas do projeto da Alcântara Cyclone Space. 


As provedoras de lançamentos espaciais costumam manter relações próximas com as seguradoras dos satélite, sempre oferecendo informações sobre seus lançadores. Os preços dos prêmios cobrados pelas seguradoras dos operadores de satélites têm relação direta com a confiabilidade dos lançadores, tendo inclusive influência na escolha do veículo lançador.
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quarta-feira, 16 de maio de 2012

Arianespace: 300 satélites lançados


Na última terça-feira (15), a Arianespace realizou com sucesso o lançamento de dois satélites de telecomunicações para operadores asiáticos, o JCSAT-13  o VINASAT-2, colocados em órbita geoestacionária pelo lançador Ariane 5, a partir da base de Kourou, na Guiana Francesa.

Foi mais uma missão bem sucedida do Ariane 5 (a 62ª, sendo o 48ª consecutiva com sucesso), mas também com um significado especial. Com mais este sucesso, a Arianespace superou a marca de 300 satélites lançados por foguetes da família Ariane.
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terça-feira, 15 de maio de 2012

Visita de Leonel Perondi à AEB


Novo diretor do Inpe visita AEB

15-05-2012

Leonel Fernando Perondi, nomeado como novo Diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), foi recebido na Agência Espacial Brasileira (AEB), pelo seu novo Presidente, José Raimundo Braga Coelho, nesta terça-feira pela manhã.

Participaram da recepção Himilcon de Castro Carvalho, Diretor de Política Espacial e Investimentos Estratégicos; Thyrso Villela, Diretor de Satélites, Aplicações e Desenvolvimento; Nilo Andrade, Diretor de Transporte Espacial e Licenciamento; e o Chefe da Assessoria de Cooperação Internacional, José Monserrat Filho.

O encontro realizou-se em clima de grande cordialidade e perfeita sintonia de propósitos e expectativas. Como salientou o Presidente José Raimundo, a união AEB-Inpe vem ampliar a capacidade de ação e a eficácia das duas entidades e fortalecer o sistema como um todo.

Fonte: AEB
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AEB, INPE e o acesso à informação


A Agência Espacial Brasileira (AEB) e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) já colocaram no ar suas páginas específicas para disponibilização de dados de interesse público sobre seus programas e ações, em cumprimento à Lei de Acesso à Informação (Lei n.º 12.527/11), editada com o propósito de regulamentar o direito constitucional de acesso dos cidadãos às informações públicas.

O endereço da página da AEB é http://www.aeb.gov.br/acessoainformacao/, e o do INPE é http://www.inpe.br/acessoainformacao
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segunda-feira, 14 de maio de 2012

Leonel Perondi é o novo diretor do INPE


Segunda-feira, 14 de Maio de 2012

A nomeação de Leonel Fernando Perondi como diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) foi publicada no Diário Oficial da  União nesta segunda-feira (14/5). Ele substitui Gilberto Câmara, à frente do instituto desde dezembro de 2005. Ainda não foi definida a data da cerimônia de posse do novo diretor.

Graduado em Engenharia Mecânica Aeronáutica pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), Leonel Perondi é mestre em Engenharia e Tecnologia Espaciais pelo INPE e doutor em Theoretical Physics pela University of Oxford.

No INPE desde 1982, Perondi atuou como coordenador geral de Engenharia e Tecnologia Espacial (ETE) de 2002 a 2004 e foi gerente do Programa Sino-Brasileiro de Satélites CBERS, de 2002 a 2005.  Também foi diretor substituto entre 2001 e 2005, ano que chegou a assumir interinamente a direção geral. De 2007 a 2011, atuou como membro do Conselho Técnico Científico do INPE.

Fonte: INPE
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domingo, 13 de maio de 2012

Seminário italiano em São José dos Campos


No próximo dia 23, acontece em São José dos Campos (SP), no Parque Tecnológico, o seminário "A Indústria Aeroespacial Brasileira: Oportunidades de Negócios no Eixo Brasil - Itália", parte de uma missão comercial promovida pelos Ministérios Italianos do Desenvolvimento Econômico e das Relações Exteriores, em conjunto com o Departamento para a Promoção de Intercâmbios da Embaixada da Itália. A iniciativa tem o objetivo de promover oportunidades mútuas de colaboração e parcerias, em especial na área da colaboração industrial.

Vinte e quatro empresas italianas de pequeno e médio porte, com atuação no ramos de peças e componentes estruturais de aeronaves, propulsores, Pesquisa & Desenvolvimento, máquinas de corte e usinagem, entre outros, estarão presentes no evento.

No programa do seminário, constam apresentações de Gabriella Arrigo, responsável do Departamento de Relações Internacionais da Agência Espacial Italiana (ASI), e Walter Piperno, responsável pelo Departamento de Relações com Pequenas e Médias Empresas da ASI. Walter Bartels, presidente da Associação das Indústrias Aeroespaciais do Brasil (AIAB), e um representante da Federação das Empresas Italianas para Aeroespaço, Defesa e Segurança (AIAD) também serão palestrantes.
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sábado, 12 de maio de 2012

Reunião do Conselho de Administração da ACS


Conselho de Administração aprova cronograma que prevê primeiro lançamento em novembro de 2013

11/05/2012

O Conselho de Administração da Binacional Alcântara Cyclone Space, em reunião ordinária realizada nos dias 25 e 26 de abril de 2012, aprovou o novo Cronograma Geral de Desenvolvimento do Sítio de Lançamento. O documento prevê que o voo de qualificação do Cyclone-4 ocorrerá em novembro de 2013.

No entanto, a implentação do novo Cronograma Geral está condicionada ao aumento de capital da ACS, já solicitada à Assembleia Geral da empresa e que está em estudo pelas autoridades competentes. A aprovação se deu por unanimidade.

O Ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação do Brasil, Marco Antonio Raupp, que presidiu a reunião do Conselho de Administração, disse entender que o novo Cronograma Geral é o desejável e tecnicamente viável, desde que ocorram todas as condicionantes apresentadas pelo Consórcio Cyclone-4, ou seja, a sua aprovação também depende da capitalização da ACS.

Outras decisões

O Conselho de Administração da Binacional aprovou, ainda, o orçamento para os meses de junho e julho, por unanimidade. O órgão colegiado, também de forma unânime, aprovou o Relatório Anual e os demonstrativos financeiros da ACS (Balanço Patrimonial, Demonstrativo de Resultado, Demonstrativo de Fluxo de Caixa e do Relatório da Auditoria Independente).

O Conselho de Administração da ACS é composto por oito membros, sendo quatro brasileiros e quatro ucranianos. Os membros do Brasil representam o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), a Agência Espacial Brasileira (AEB), o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) e o Ministério da Fazenda (MF).

Os membros ucranianos representam a Agência Estatal Espacial da Ucrânia, Gabinete de Ministros e o Fundo de Propriedade Estatal da Ucrânia.

Visita

Dias antes da realização do encontro do Conselho de Administração da ACS, uma delegação ucraniana encabeçada pelo Presidente da Agência Espacial da Ucrânia (SSAU), Yuri Alexeyev, visitou o canteiro industrial das obras do Sitio de Lançamento do "Cyclone-4", em Alcântara (MA).

Durante a visita, os integrantes da delegação acompanharam o andamento das obras, participaram de apresentações das empresas responsáveis quanto ao cumprimento do cronograma de obras do Sítio de Lançamento, e, concomitantemente, discutiram uma série de questões com representantes das empresas contratadas pela Binacional para fazer a obra.

Fonte: ACS
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Raupp: BR1Sat em "fase final de acordo de acionistas"


A parceria entre a Embraer e Telebras está na fase final do acordo de acionistas

09/05/2012

O ministro da Ciência e Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp, afirmou hoje que a joint-venture entre a Embraer e Telebras, para a construção do satélite nacional de comunicações e militar, está sendo sacramentada por acordo de acionistas entre as duas empresas, que está em sua fase final.

Segundo ele, a nova empresa, a Br1sat, começou a lançar no  mercado internacional os pedidos de  propostas de preço das peças dos satélites, cuja integração será feita pela nova empresa.

Conforme o ministro, ainda no governo de Dilma Rousseff deverão ser lançados três satélites brasileiros. Este de telecomunicações, geoestacionário, para o qual o governo está reservando R$ 716 milhões, e dois outros satélites meteorológicos, em parceria com a China e Ucrânia. "Bateremos o recorde de, em um único mandato presidencial, lançarmos três satélites", afirmou o ministro. (Da redação)

Fonte: Telesintese
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sexta-feira, 11 de maio de 2012

Leonel Perondi na direção do INPE


A reportagem de hoje (11) da Folha de S. Paulo destaca que o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Marco Antonio Raupp, escolheu o pesquisador Leonel Perondi como o novo diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), em substituição a Gilberto Câmara, demissionário desde agosto de 2011.

O nome de Perondi está agora em análise pela Casa Civil, como de praxe em indicações para cargos do governo. Sua indicação, aliás, confirma os rumores que circulavam nos bastidores desde dezembro de 2011, quando a lista tríplice foi entregue ao MCTI. No final de janeiro, o blog publicou: "Especula-se que um ex-vice diretor do INPE seja um deles, juntamente com o chefe de uma importante unidade (por muitos, considerada independente) do Instituto, e um pesquisador do INPE, engenheiro formado na década de setenta pelo Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA). Ainda, há rumores, vindos de duas pessoas familiarizadas com o assunto, de que um dos integrantes assumiria uma diretoria da Agência Espacial Brasileira (AEB)."


De acordo com seu curriculum Lattes, Leonel Fernando Perondi é graduado em engenharia mecânica pelo ITA (1980), com mestrado pelo INPE e doutorado pela Universidade de Oxford. Entre 2001 e 2005, foi diretor substituto do INPE, tendo atuado também em projetos de engenharia e tecnologia espaciais, como o programa CBERS (gerente-geral entre 2002 e 2005). Caso sua indicação seja confirmada, o INPE muito provavelmente voltará a ter mais enfoque em projetos de engenharia de satélites, algo que, segundo alguns críticos, poderia ter sido mais efetivo na gestão de Câmara.
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quarta-feira, 9 de maio de 2012

Ensaio de separação do 1º estágio do VLS


IAE realiza o Terceiro Ensaio de Separação dos Quatro Propulsores do Primeiro Estágio do VLS

Campo Montenegro, 04/05/2012

IAE realiza o Terceiro Ensaio de Separação dos Quatro Propulsores do Primeiro Estágio do VLS.

Foi realizado em 03 de Maio de 2012, no Laboratório de Integração de Propulsores do IAE, mais um ensaio de separação dos quatro propulsores do primeiro estágio do VLS-1.

Esta foi a terceira campanha de ensaio de separação, que durou aproximadamente um mês de preparação e integração. O evento foi realizado com sucesso e contou com uma equipe de 30 servidores entre técnicos e engenheiros do Instituto. O Ensaio foi acompanhado pelo Tenente Brigadeiro do Ar Ailton dos Santos Polhmann, Diretor-Geral do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial– DCTA, do Brigadeiro do Ar Wander Almodóvar Golfetto, Chefe do Subdepartamento Técnico do DCTA e do Brigadeiro Engenheiro Carlos Antônio de Magalhães Kasemodel, Diretor do IAE.

O protótipo de teste estava instrumentado com aproximadamente de 180 sensores para as medições de parâmetros físicos como: choque mecânico, vibração quase estática, deformação, simultaneidade de separação dos 4 propulsores do primeiro estágio, deslocamento, além da cobertura fotográfica e de vídeo (HD e alta velocidade).

Os dados coletados neste ensaio serão analisados e confrontados com os dos outros dois ensaios, realizados anteriormente, e servirão de base para conhecer os fenômenos e cargas mecânicas geradas no veículo durante esta fase importante de voo.

Fonte: IAE/DCTA
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domingo, 6 de maio de 2012

O valor da inovação


Como parte de suas estratégias para o aquecido mercado brasileiro, algumas empresas estrangeiras dos setores aeroespacial e de defesa têm ido além da fabricação local ou promessas de transferência de tecnologia. Comprometem-se agora com projetos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I), isto é, desenvolver novos produtos e tecnologias no País, em parceria com universidades, centros de pesquisa e indústrias brasileiras. Tais estratégias, embora relacionadas principalmente à projetos do setor de defesa (Programa F-X2, Sisfron e SisGAAz, dentre outros), podem também beneficiar a área espacial, direta ou indiretamente.

No início de abril, a norte-americana Boeing anunciou a criação, no País, de um centro de pesquisa e desenvolvimento (Boeing Research & Technology - Brazil), a ser instalado em São Paulo, e que terá como principais áreas de foco de pesquisa, biocombustíveis sustentáveis de aviação, gestão avançada de tráfego aéreo, metais avançados, biomateriais e tecnologias de apoio e serviço, tanto para a área comercial quanto para a área militar. A Boeing seguiu a estratégia já adotada pelo grupo europeu EADS e o sueco Saab (veja no final desta postagem nota da coluna "Defesa & Negócios", publicada na edição n.º 127 de Tecnologia & Defesa, de dezembro de 2011).

Um exemplo dos benefícios que estes esforços em PD&I podem gerar às atividades espaciais brasileiras: em 19 de abril, representantes da Boeing Research & Technology estiveram no Instituto de Estudos Avançados (IEAv), do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), em São José dos Campos (SP), para discutir aspectos relacionados à consolidação de uma parceria para a realização de experimentos e cálculos teóricos relacionados à pesquisa em veículos hipersônicos, em particular, o projeto do veículo 14-X.

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Saab e EADS atentas à inovação

Para ocupar posição relevante no mercado brasileiro de defesa, não basta mais apenas se comprometer a fabricar localmente e transferir tecnologia. Com o crescente interesse do governo brasileiro em aprimorar sua capacidade de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I), alguns grupos com fortes laços com o País estão se antecipando e anunciando criação de centros locais de PD&I.

Em maio [de 2011], a sueca Saab participou, como membro fundador, do lançamento do Centro de pesquisa e Inovação Sueco-Brasileiro (CISB), instalado em São Bernardo do Campo (SP), que desenvolverá projetos nas áreas de defesa e segurança, energia sustentável e desenvolvimento urbano, em parceria com empresas, entidades governamentais e universidades do Brasil e da Suécia. Em novembro, o CISB e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) fecharam um acordo para a concessão de 100 bolsas de estudos para pesquisadores brasileiros na Suécia, que serão financiadas pela Saab.

Em novembro [de 2011], o grupo europeu EADS anunciou que instalará no Brasil, em local ainda não definido, o seu sexto centro de inovação fora da Europa, que deverá reunir as atividades das unidades do grupo já presentes no País. A Helibras, subsidiária da Eurocopter, a Cassidian, por meio da joint-venture com a Odebrecht e a Equatorial Sistemas, controlada pela Astrium, já desenvolvem atividades de inovação no Brasil. A Equatorial Sistemas, instalada em São José dos Campos (SP), por exemplo, obteve inclusive linhas de subvenção econômica da FINEP, empresa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação que financia projetos no setor. O centro brasileiro estará conectado a outros 16 núcleos de inovação e pesquisa da EADS, que contam com mais de 700 engenheiros distribuídos em nove países. Além da Europa, em seus mercados "domésticos", a EADS tem centros de inovação na Rússia, Índia, EUA, Cingapura e China.

Fonte: Tecnologia & Defesa n.º 127, coluna "Defesa & Negócios".
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sexta-feira, 4 de maio de 2012

Primeira declaração do novo presidente da AEB


Novo presidente da AEB: primeira declaração

O matemático José Raimundo Braga Coelho foi nomeado presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB). O decreto da sua nomeação, assinado pela presidenta Dilma Roussef, foi publicado na edição de hoje do Diário oficial da União (DOU).

Eis, a seguir a primeira declaração do novo presidente:

“Minhas primeiras palavras são dirigidas à Presidenta Dilma Rousseff. Muito agradeço à Sua Excelência pela confiança em mim depositada, ao me oferecer a oportunidade ímpar de presidir a Agência Espacial Brasileira, o principal órgão executor de nossa política espacial, parte imprescindível do histórico esforço nacional de desenvolvimento sustentável com forte e inédita inclusão social em que o Brasil está – felizmente – empenhado há vários anos. 


Sou grato também ao companheiro de jornadas inesquecíveis em prol do progresso da ciência, da tecnologia e da inovação em nosso país, o Ministro Marco Antonio Raupp, de quem tenho orgulho de ser velho amigo e a quem tenho a enorme responsabilidade de suceder no comando do programa de atividades espaciais brasileiras. Sem desmerecer nenhum dos Ministros da Ciência e Tecnologia anteriores, permitam-me dizer que o Professor Raupp é o nosso primeiro Ministro da Ciência, Tecnologia, Inovação e Espaço, porque ele veio da área espacial, onde já realizou uma obra marcante. Vou trabalhar sob sua orientação direta. Vamos estar juntos, lado a lado, dando continuidade ao que melhor se fez até hoje desde a fundação da Agência, em 1994, bem como desbravando novos caminhos e desenvolvendo novas soluções. 


Vamos trabalhar em equipe, ouvindo e prestigiando o senso de iniciativa e o talento de nossos técnicos e especialistas. 


Temos grandes e nobres tarefas pela frente: precisamos abrir novas e promissoras perspectivas para o Programa Espacial Brasileiro; acelerar a implementação de nossas ações; lançar em novembro próximo o CBERS-3 e diversificar o programa de satélites sino-brasileiros; levar adiante nosso programa de lançadores; incrementar a mais profunda participação das empresas industriais brasileiras, bem como das universidades e centros de pesquisa tecnológica em nossos projetos espaciais; lançar no prazo estabelecido o primeiro satélite geoestacionário brasileiro com base num empreendimento público-privado entre Telebras e Embraer. Desafios não nos faltam. Decisão de enfrentá-los e superá-los, também não. Mãos à obra”.

(04 de maio de 2012)

Fonte: AEB
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Formação de engenheiros para a ACS


Formação de Recursos Humanos em Ciência e Tecnologia Aeroespacial: Projeto CNPq-UnB-DNU-ACS

O estabelecimento da empresa binacional (Brasil & Ucrânia) Alcântara Cyclone Space - ACS surgiu como iniciativa do Ministério da Ciência e Tecnologia brasileiro e da Agência Espacial Ucraniana e empresa Yuzhnoye State Design Office – SDO com o intuito de explorar comercialmente o lançamento de satélites de médio porte a partir da base de Alcântara no Maranhão.

O corpo de engenheiros da ACS é constituído de profissionais brasileiros e ucranianos. Desta forma, a empresa julgou de grande valia que o grupo brasileiro conhecesse com mais profundidade o modus operandi dos colegas ucranianos.

Como a Ucrânia já possui um programa aeroespacial consolidado, e no caso brasileiro, apenas recentemente iniciaram-se cursos específicos de engenharia aeroespacial. O objetivo principal deste projeto é a formação de recursos humanos na área aeroespacial, em nível de mestrado (acadêmico) em programas da Faculdade de Tecnologia da Universidade de Brasília (FT-UnB) em conjunto com a Dnipropetrovsk National University (DNU) da Ucrânia.

O prazo estipulado para conclusão do curso de mestrado é de 18 meses, dos quais doze são no Brasil e seis na Ucrânia. Todos os egressos têm orientadores brasileiros e co-orientadores ucranianos. O curso começou no início de 2011 e atualmente a fase de estudos na Ucrânia está em processo.

A fase de estudos no Brasil teve como meta o nivelamento em conhecimentos avançados de engenharia e a formação específica em sistemas aeroespaciais. Assim, os futuros mestres tiveram que cursar disciplinas com conteúdo matemático e técnico nas áreas analítica, experimental e numérica. Isto se fez necessário para que os estudantes conhecessem o vocabulário, especificidades e aspectos técnico-científicos do campo.

O período de seis meses estudos na Ucrânia tem como meta a experiência no que se refere a aspectos tecnológicos e culturais. Na cidade de Dnipropetrovsk, além do trabalho na DNU, os alunos têm acesso ao complexo Yuzhnoye SDO e Yuzhmash Machine Building Plant, empresas estatais que, respectivamente, projetam e fabricam foguetes e satélites ucranianos e que são a contraparte ucraniana da ACS.

Logo após a chegada a ucrânia, depois de um período de adaptação inicial e de processo de matrícula na DNU, os estudantes foram inscritos no curso de russo obrigatório para estrangeiros e apresentados formalmente ao quadro de professores coorientadores e as suas respectivas áreas de pesquisa que consistem em:

- Estimação, determinação e controle de atitude de nano-satélites lançados em órbita baixa para sensoriamento remoto;
- Projeto de estação de solo para a comunicação e rastreamento de satélites com finalidade de envio de comandos e o recebimento de telemetria e dados de sensoriamento remoto;
- Desenvolvimento de ferramentas computacionais para a simulação de escoamentos sobre geometrias de foguetes;
- Estudo de propelentes líquidos utilizados na família de foguetes Cyclone e projeto de motor foguete líquido;
- Estudo e desenvolvimento de metodologia de projeto de lançadores;
- Desenvolvimento de ferramentas computacionais para a simulação e a predição da balística interna de motores foguetes híbridos;
- Desenvolvimento de motor foguete com sistemas de propelentes pastosos aplicada a estágios superiores de veículos lançadores, a satélites e a espaçonaves;
- Estudo da dinâmica e modelagem matemática de veículos lançadores;
- Estudo de diferentes materiais para a fabricação ou proteção de bocais aplicados em motores foguetes hibridos;
- Estudo de processos de soldagem e metalurgia da soldagem aplicados a foguetes.

Quando retornarem ao Brasil os alunos farão a defesa de suas dissertações de mestrado, finalizando o programa de formação. Desta forma, os alunos estarão aptos a entrarem no quadro de funcionários da ACS, uma vez terão o conhecimento e experiência necessários ao trabalho na empresa.

Fonte: AlCântara Cyclone Space, 04/05/2012
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quinta-feira, 3 de maio de 2012

Nomeação do novo presidente da AEB


José Raimundo Coelho (Foto: Divulgação)

Esta tarde, o blog Panorama Espacial recebeu a informação de que a Presidente da República, Dilma Rousseff, assinaria hoje (03) a nomeação de José Raimundo Coelho para a presidência da Agência Espacial Brasileira (AEB), há muito tempo aguardada. Se confirmada, a expectativa é que a nomeação seja publicada no Diário Oficial da União dos próximos dias.

Desde a nomeação de Marco Antonio Raupp para o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, em janeiro deste ano, a AEB não tinha presidente efetivo. José Raimundo Coelho é formado em física, com mestrado pelo Courant Institute For Mathematics Science, e passagens no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). É considerado homem de confiança de Raupp, e deve ser personagem importante no processo de reestruturação do Programa Espacial Brasileiro.
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quarta-feira, 2 de maio de 2012

Workshop em Engenharia e Tecnologias Espaciais


Alunos da ETE podem apresentar trabalhos em workshop

Quarta-feira, 02 de Maio de 2012

O prazo para submissão de trabalhos ao 3º Workshop em Engenharia e Tecnologia Espaciais (WETE) foi prorrogado para 15 de maio. O evento será realizado de 4 a 6 de junho no auditório Fernando de Mendonça, na sede do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), em São José dos Campos.

Promovido pelos próprios alunos da pós-graduação em Engenharia e Tecnologia Espaciais (ETE) do INPE, o workshop pretende estimular um ambiente criativo, inovador, desafiador e de produção científica.

O evento também promove a integração entre as quatro áreas do programa de pós-graduação da ETE/INPE: Engenharia e Gerenciamento de Sistemas Espaciais, Combustão e Propulsão, Mecânica Espacial e Controle, e Materiais e Sensores. Cada uma dessas áreas, com suas respectivas linhas de pesquisa e desenvolvimento, abrange disciplinas que, juntas, complementam o conhecimento necessário para os estudos relacionados à Engenharia Espacial.

Mais informações na página www.inpe.br/wete

Fonte: INPE
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terça-feira, 1 de maio de 2012

Notícias sobre satélites de observação terrestre


Abaixo, duas interessantes notícias dos últimos dias sobre satélites de observação terrestre:

Envisat fora do ar

Desde 8 de abril, o satélite Envisat, da Agência Espacial Europeia (ESA, sigla em inglês), deixou de fazer contato com as estações terrenas, por razões ainda desconhecidas, com consequente interrupção do envio de dados. Há várias semanas, equipes da ESA tem buscado restabelecer o contato com o satélite, o maior de observação terrestre já construído, com massa superior a 8.200 kg.

Em nota divulgada pela ESA, foram reproduzidas interessantes imagens do Envisat obtidas pelo satélite Pleiades, lançado no final de 2011, e também por um radar localizado na cidade de Wachtberg, na Alemanha (clique aqui para vê-las). A imagem gerada pelo Pleiades foi obtida graças a uma rotação do satélite para capturar o Envisat, que estava a uma distância de aproximadamente 100 km.

Desde setembro de 2009, o Brasil conta com uma estação terrena, localizada em Cachoeira Paulista (SP), para recepção e processamento de dados do Envisat, dedicada ao sensoriamento remoto marinho. As imagens recebidas pela estação eram utilizadas para o monitoramento da costa brasileira.

Parceria entre Astrium e Hisdesat para imagens radar

Em 24 de abril, as companhias europeias Astrium Geo-Information Services, da Alemanha, e Hisdesat, da Espanha, anunciaram a assinatura de um acordo para a operação e comercialização conjunta de imagens do satélite radar Paz, de aplicações civis e militares e que será colocado em órbita em 2013.

Com o acordo, a Astrium amplia seu leque de produtos de imagens radar, hoje formado por produtos gerados pelos satélites alemães TerraSAR-X e TanDEM-X. O Paz, a exemplo dos satélites alemães, contará com um imageador radar na banda X. O acordo também é um bom negócio para a Hisdesat, que aliada à Astrium, não enfrentará sozinha a forte competição no mercado de imagens de satélites por radar, dominado pela Astrium, Telezpazio (imagens da constelação COSMO SkyMed) e MDA (Radarsat).
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