quarta-feira, 27 de abril de 2016

França: "O projeto Stratobus decolou!"

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O projeto Stratobus decolou!

São Paulo, 27 de abril de 2016 – A Thales Alenia Space acaba de anunciar o pontapé inicial do Stratobus, um dirigível estratosférico autônomo que usa apenas energia solar e tecnologias verdes. O Stratobus transportará cargas úteis para realizar missões de vigilância de fronteiras em terra ou no mar (vídeo-vigilância de plataformas offshore, etc.), segurança (combate ao terrorismo, tráfico de drogas, etc.), monitoramento ambiental (incêndios, erosão do solo, poluição, etc.), e telecomunicações (Internet, 5G).

“O Stratobus fica a meio caminho entre um drone e um satélite, resultando em um produto de baixo custo que oferece cobertura regional permanente e, idealmente, complementa soluções via satélite. Ainda por cima, tem uma pegada de carbono muito baixa – muito menor que a de um pequeno avião particular”, explica o Gerente de Projetos da Thales Alenia Space Jean-Philippe Chessel.

O dirigível será posicionado a uma altitude de cerca de 20 quilômetros na camada inferior da estratosfera, que oferece densidade suficiente para dar sustentação ao balão. Os ventos nessa altitude são moderados e estáveis – não mais de 90 km/h – ao longo de toda a zona entre os trópicos, permitindo que a aeronave permaneça estacionária usando seu sistema de propulsão elétrica.

"O novo mercado de pseudo satélites de grande altitude, ou HAPS, está estimado em um bilhão de dólares de hoje até 2020, mas ainda está aguardando um produto. Com o Stratobus oferecendo um campo de visão de 500 quilômetros, estamos convencidos de que ele obterá uma grande fatia desse mercado”, disse Jean-Loic Galle, Presidente e CEO da Thales Alenia Space.

A Thales Alenia Space e os seus parceiros franceses neste programa assinaram os contratos iniciais com o banco estatal de investimento Bpifrance. A empresa CNIM (Construction Navale Industrielle de la Méditerranée) construirá a estrutura e os seus equipamentos, o anel e a nacela, enquanto a Solutions F fornecerá o sistema de propulsão elétrica, a Airstar Aerospace se responsabilizará pelo envelope totalmente preparado, e a Tronico-Alcen fornecerá o sistema de condicionador de energia. Além desses parceiros franceses, a CMR-Prototec da Noruega fornecerá o sistema de armazenamento de energia, e a MMIST do Canadá será a fornecedora dos paraquedas. A Thales Alenia Space é a empresa principal, sendo responsável pela integração dos sistemas e também pelos aviônicos e painéis solares, e pela certificação.

O projeto foi aprovado pelo programa “investimento no futuro” do governo francês para um financiamento de 17 milhões de euros. Estes recursos cobrem uma fase de desenvolvimento de 24 meses para as tecnologias habilitadoras essenciais, que culminarão com a construção de um protótipo de demonstração. O projeto também recebeu o apoio de quatro diferentes regiões francesas, e com isso espera-se um financiamento adicional de cerca de 3 milhões de euros.

A Thales Alenia Space e seus parceiros pretendem lançar um modelo de demonstração em 2018, seguido dos primeiros voos de homologação e certificação em 2020. Já foram identificados diversos clientes potenciais. As previsões de mercado indicam um retorno do investimento em menos de três anos após a sua comercialização.

Fonte: Thales Alenia Space.
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terça-feira, 26 de abril de 2016

SGDC: treinamento de militares

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Militares são capacitados para trabalhar com Satélite Geoestacionário

26/04/2016

Em cerimônia na manhã desta terça-feira (26.04), na sede da Agência Espacial Brasileira (AEB), o presidente José Raimundo Braga entregou a 24 militares da Força Aérea, Exército e Marinha do Brasil os certificados do Curso de Elevação de Nível em Sistemas Espaciais. A capacitação buscou qualificar especialistas para trabalhar no desenvolvimento do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC).

“Elevar a instrução na área espacial ao mais alto nível é de extrema importância”, afirmou o professor José Raimundo, lembrando também de um antigo professor universitário que sempre dizia aos seus alunos: “Quando tiver dúvida no que investir, invista em educação”.

Segundo declarou o coronel aviador Hélcio Vieira Júnior o sucesso do curso gerou a necessidade de repetir a capacitação, “seria perfeito realizar esse curso a cada dois anos e integrar a participação de mais universidades para melhor abrangência da área espacial no país”.

Ministrado em 2015 no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), em São José dos Campos (SP), o curso teve como responsável o professor major Elói Fonseca.

A capacitação foi realizada em conjunto com o ITA e o INPE a pedido da AEB, e teve como propósito preparar os participantes para a transferência de tecnologia do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC) desenvolvido pela empresa francesa Thales Alenia Space (TAS) em parceria com o governo brasileiro. A expectativa é que o SGDC seja colocado em órbita no início de 2017.

De acordo com o capitão de comunicações do Exército, Sérgio Augusto Fujita, o curso envolveu também quem não trabalha especificamente com a área de engenharia espacial. “Eu tenho experiência pelo Exército em manutenção de aeronaves e guerra eletrônica, após o treinamento com a Thales o trabalho será voltado para o setor de defesa cibernética e manutenção dos equipamentos”, ressaltou Fujita.

O 1º tenente do quadro de oficiais engenheiros, Carlos Eduardo Xavier da Silva, explicou que o curso ofereceu uma visão ampla e complexa sobre a construção de um satélite. “O Brasil é pioneiro em um acordo de transferência de tecnologia com a Thales, acredito que conseguiremos superar o conhecimento necessário para concluir o SGDC”.

Após a entrega dos certificados o coordenador da Diretoria de Satélites, Aplicações e Desenvolvimento, Jean Batana, apresentou a estrutura e os programas desenvolvidos pela Agência. Para finalizar o evento foi apresentado um vídeo institucional mostrando a história da AEB e como o Brasil iniciou suas atividades no setor espacial.

Fonte: AEB
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quinta-feira, 21 de abril de 2016

Cooperação INPE - Conab em monitoramento agrícola

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Conab e Inpe trocam experiências sobre monitoramento agrícola

20/04/2016

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe)  formalizarão um acordo de cooperação técnica para o uso de imagens via satélite na estimativa de área plantada e no monitoramento agrícola. Nesta semana, técnicos das duas instituições debateram aspectos da formalização da cooperação técnica.

Um dos temas em pauta para este entendimento é a troca de metodologias de mapeamento para aprimorar o uso da geotecnologia nas estimativas de safra da Companhia. A Conab  vem utilizando recursos tecnológicos como modelos estatísticos, sensoriamento remoto, posicionamento por satélite (GPS), sistemas de informações geográficas e outros para estimar as áreas de cultivo e prever impactos à produtividade das lavouras desde 2004, por meio do projeto GeoSafras.

"Com estes recursos, os levantamentos da evolução de área, produção e produtividade têm tido melhor apuração e eficiência, dando maior consistência às estimativas de safra", avalia o gerente de Geotecnologia da Companhia, Tarsis Piffer.  O trabalho conta com  contribuições de diversas instituições parceiras, como o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o Joint Research Center (JRC) da Comissão Européia e a Universidade de Maryland, dos Estados Unidos.

Fonte: INPE
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segunda-feira, 18 de abril de 2016

Cooperação Brasil - França

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Centro Regional da Amazônia recebe delegação francesa

Quinta-feira, 14 de Abril de 2016

O Centro Regional da Amazônia (CRA) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), em Belém, recebe nesta sexta-feira (15/4) uma delegação da França composta por auditores do Institut des Hautes Etudes pour la Science et la Technologie – IHEST (Instituto de Estudos Avançados em Ciência e Tecnologia).

Os membros do instituto francês estão no Brasil para visitas a centros de ensino, pesquisa e inovação de São Paulo e Belém, apoiados pela Embaixada da França, com o objetivo de avaliar estratégias de possível cooperação científica entre os dois países.

Sabendo da imensidão do Brasil e dos consequentes contrastes territoriais, os auditores do IHEST, em consonância com o tema de sua atual jornada de estudos – Novas áreas de desenvolvimento e da globalização tecnológica: Brasil -, escolheram duas capitais de características distintas: São Paulo e Belém.

Depois de passar por instituições paulistas como as universidades de São Paulo (USP) e de Campinas (Unicamp), Instituto Butantã e Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais, a delegação francesa segue programação de reuniões com representantes da prefeitura de Belém e do governo do Estado do Pará para falar sobre estratégias e políticas públicas.

No Pará, os auditores franceses buscam discutir a posição da capital regional e a estratégia do Estado para ensino superior e pesquisa e assimilar a cooperação científica França-Brasil a partir de temas como agricultura, agronomia, meio ambiente e monitoramento de florestas, sendo esta uma das missões do centro regional do INPE na Amazônia.

Nesta sexta-feira, às 14h, os auditores do IHEST serão recebidos pela chefe do CRA/INPE, Alessandra Rodrigues Gomes. Ela apresentará os projetos do centro, que desenvolve tecnologias e métodos para a vigilância por satélites de florestas tropicais e capacita técnicos nacionais e internacionais para atuar no monitoramento através do projeto Capacitree.

Os pesquisadores Marcos Adami e Igor Narvaes, coordenadores do TerraClass e Deter-B, respectivamente, apresentarão aos visitantes as salas de desenvolvimento dos projetos no CRA/INPE. Também está prevista uma palestra do coordenador de pesquisa da Universidade Federal do Pará (UFPA), João Tavares Pinho.

A visita de estudo internacional é a segunda do IHEST ao Brasil, tendo sido a primeira em 2010. Naquele ano os auditores se impressionaram com a vitalidade do país não só no âmbito econômico, como na educação superior, pesquisa e inovação. Seis anos depois, a missão da nova jornada é compreender como estas áreas têm evoluído e podem contribuir para afastar o país da crise.

A viagem ao Brasil integra o ciclo nacional de formação do IHEST 2015-2016, sobre espaços de ciência, territórios e sociedades. Destaca-se a presença da chefe da delegação e diretora do IHEST desde sua criação em 2007, Marie-Françoise Chevallier-Le Guyader, entre outros pesquisadores franceses de diversos órgãos. A delegação é composta por 50 pessoas. O Instituto está sob a supervisão dos Ministérios da Educação, do Ensino Superior e da Investigação da França.

Fonte: INPE
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quarta-feira, 13 de abril de 2016

Revisão do Programa de Veículos Lançadores de Satélites?

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IAE propõe revisar o Programa de Veículos Lançadores de Satélites

06/04/2016

No dia 29 de fevereiro, a Direção do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) promoveu uma reunião administrativa com todos os integrantes do Instituto, tendo como foco principal apresentar os resultados das investigações do acidente com o foguete suborbital VS-40M ocorrido na Operação São Lourenço, no Centro de Lançamento de Alcântara (CLA). Em função das recomendações do relatório de investigação e de outros fatores de projeto, e atendendo à política de total transparência na gestão do Instituto, aproveitou-se a oportunidade para abordar a situação atual do projeto do veículo VLS-1.

Essa apresentação abordou de forma pragmática temas técnico-gerenciais do veículo VLS-1, tais como: a missão, o histórico, a organização gerencial do projeto e a situação atual do desenvolvimento. A explanação foi límpida quanto aos principais obstáculos e aos esforços que o IAE e a Agência Espacial Brasileira (AEB) têm empreendido, dentro das limitações atuais de várias naturezas. IAE e AEB têm sido grandes parceiros e os principais protagonistas na busca de apoio para o Programa Espacial Brasileiro e no desenvolvimento dos veículos para o acesso ao espaço, de forma contínua e com soluções possíveis dentro dos seus limites de atuação, objetivos permanentes de nosso Programa Espacial.

É importante destacar que o Programa de Veículos Lançadores de Satélites (VLS) muitas vezes é confundido com o veículo VLS-1. Convém esclarecer que a família de veículos lançadores de satélites, conforme estabelecido no Programa Nacional de Atividades Espaciais (PNAE) 2012-2021, é composta pelos veículos VLS-1, VLM, VLS-Alfa e VLS-Beta. Assim sendo, a apresentação em comento tratou apenas da configuração do veículo VLS-1. É relevante lembrar, ainda, que a configuração do veículo VLS-1 foi definida a partir das limitações do parque industrial brasileiro da década de 80, visando atender a Missão Espacial Completa Brasileira (MECB). O conhecimento acumulado pelo IAE e a evolução das tecnologias permitem, hoje, projetar motores com diâmetros maiores e de melhor desempenho propulsivo, visando simplificar a configuração dos estágios iniciais, utilizando soluções com maior confiabilidade. É fato que não podemos ser indiferentes à evolução tecnológica e às transformações do mercado que ocorreram ao longo das últimas três décadas. Tais mudanças impõe a revisão de prioridades, sem perder de vista o objetivo maior, que é o de conquistar a autonomia no acesso ao espaço.

A apresentação mostrou não só a continuidade do Programa de VLS, como apresentou a proposta da retomada do desenvolvimento de um veículo suborbital presente no PNAE 2005-2014, porém ausente no atual PNAE 2012-2021, o foguete suborbital VS-43. Tal proposta está sendo preparada e discutida de forma responsável e gradativa, a fim de ser uma proposta sólida, completa e coerente, evitando-se divulgações equivocadas que nada contribuem para o Programa Espacial Brasileiro.

A proposta do foguete de sondagem VS-43 segue a lógica utilizada no desenvolvimento dos veículos suborbitais do IAE, onde os novos sistemas e estágios superiores são ensaiados em veículos qualificados. Tal estratégia permite isolar riscos tecnológicos e tratá-los de uma forma racional por meio de um veículo mais simples e, consequentemente, menos custoso. Um dos principais benefícios do desenvolvimento do VS-43 é a utilização do estoque existente de componentes, equipamentos, subsistemas e dispositivos remanescentes do veículo VLS-1, otimizando os recursos financeiros, tecnológicos, materiais e pessoais disponíveis atualmente no Instituto. A estratégia visa superar os desafios do mais simples para o mais complexo, permitindo conquistas graduais e consistentes, a fim de persistir nos objetivos de todos os colegas de ontem e de hoje que dedicaram o seu tempo e as suas vidas para alcançar o sucesso da MECB e do Programa Espacial Brasileiro. Neste esforço, os legados de conhecimentos e infraestrutura do esforço para o desenvolvimento do VLS-1 são fundamentais.

Atualmente, a demanda do mercado, de amplo conhecimento da comunidade técnico-científica, aponta para o nicho de Veículos Lançadores de Micro e Minissatélites. Neste contexto, aproveitando todo o aprendizado, os conceitos e as tecnologias demonstradas no projeto do veículo VLS-1, o IAE e a AEB trabalham no desenvolvimento e certificação do projeto de um Veículo Lançador de Microssatélites com menor custo, tecnologias mais atuais e com viabilidade comercial, o veículo VLM-1.

O Instituto de Aeronáutica e Espaço e a Agência Espacial Brasileira ratificam que o programa de desenvolvimento de veículos lançadores de satélites não será descontinuado, mas atualizado, e isto requer a revisão de suas prioridades. Considerando o histórico e a situação atual de todos os fatores produtivos, decidiu-se priorizar uma nova configuração de veículo lançador de satélites, a do veículo VLM-1, mais simples e coerente com as possibilidades atuais, e passo importante para projetar e desenvolver outros veículos que o sucederão.

Fonte: IAE/DCTA.

Comentários do blog: como indica o próprio título da notícia acima, divulgada pelo IAE na semana passada, o desenvolvimento de um novo foguete suborbital (VS-43) e outras ações relacionadas ao programa de lançadores, por enquanto, não passam de meras propostas, sem qualquer decisão ou mesmo orientação clara dentro do governo e forças armadas. A atual conjuntura econômica e, principalmente, política do Brasil são mais um elemento num ambiente de indefinição brasileira quanto à estratégia a ser perseguida no campo de lançadores. Ainda assim, mesmo com o cenário de crise, existem discussões relativamente embrionárias, mas tocadas de forma bastante séria por algumas partes envolvidas, envolvendo iniciativas de cooperação internacional em lançadores visando o médio e longo prazos. Em breve, o blog Panorama Espacial voltará a abordar este tema em mais detalhes.
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Cubesats: "NanosatC-Br1 resiste e transmite!"

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Lançado ao espaço em 19 de junho de 2014, o NanosatC-Br1, um dos projetos pioneiros em cubesats no Brasil, ainda transmite sinais, quase dois anos após a sua colocação em órbita, evidenciando a qualidade do projeto e da equipe envolvida.

Segundo informações de um dos responsáveis pela missão, o pesquisador Otávio Durão, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), dados de telemetria do pequeno satélite foram recebidos no início da semana passada por um radioamador na Alemanha e, em seguida, retransmitidos a outro em Roraima.

O NanosatC-Br1 é um cubesat do modelo 1U, mais tradicional, com massa aproximada de 1 quilo e volume de 1 litro. Desenvolvido pelo INPE e pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) ao custo de algumas centenas de milhares de reais (incluindo o satélite, estação, lançamento e operação), sua missão compreendeu três experimentos tecnológicos e científicos, dentre os quais o teste no espaço de um circuito integrado projetado  totalmente no Brasil, e a coleta de dados para estudo de distúrbios na magnetosfera, principalmente na região da Anomalia Magnética do Atlântico Sul, e do setor brasileiro do Eletrojato Equatorial Ionosférico.

Seguindo o sucesso do NanosatC-Br1 e motivado pelos baixos custos de desenvolvimento, vários projetos de cubesats estão atualmente em desenvolvimento no Brasil, por instituições como o INPE e universidades. Nos últimos anos foram colocados em órbita o AESP-14, do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), e o SERPENS, da Universidade de Brasília (UnB), ambos financiados com recursos da Agência Espacial Brasileira (AEB). A mesma equipe responsável pelo NanosatC-Br1 está trabalhando num segundo modelo, o Br-2, um 2U. O ITA, por sua vez, está terminando o ITASAT, um 6U, para lançamento em breve.

O Centro Regional do Nordeste (CRN), do INPE, localizado em Natal (RN) trabalha em dois cubesats, um 2U e um 8U, ambos com modelos de engenharia já disponíveis, e que terão como cargas úteis transpônderes de coleta de dados para atender o Sistema Brasileiro de Coleta de Dados Ambientais (SBCDA).
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terça-feira, 12 de abril de 2016

12 de abril, dia do Cosmonauta

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AEB homenageia cosmonauta pelo seu dia

12/04/2016

Nesta terça-feira (12.04) é comemorado em todo o mundo, especialmente na Rússia, o Dia do Cosmonauta. A data lembra o primeiro voo espacial tripulado, pelo russo Yuri Gagarin dentro da nave Vostok 1. A Agência Espacial Brasileira (AEB) aproveita a data para homenagear aqueles que contribuíram com o desenvolvimento da área espacial no mundo.

A Vostok 1 tinha 4,4 m de comprimento, 2,4 m de diâmetro e 4.725 kg de peso. Dentro desta nave, ele passou 108 minutos a uma altitude de 315 km, girando em torno do planeta à velocidade de cerca de 28.000 km/h.

Aqui no Brasil, há dez anos o povo brasileiro acompanhava no dia 29 de março de 2006, o tenente-coronel Marcos Pontes, que integrou a tripulação da Soyuz TMA-8, formada ainda pelo comandante russo Pavel Vinogradov e pelo astronauta americano Jeffrey Williams. Pontes integrava a Missão Centenário, fruto de um acordo firmado em 2005 entre a Agência Espacial Brasileira (AEB) e a Agência Espacial da Federação Russa (Roscosmos).

Fonte: AEB
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Imagens do COSMO-SkyMed para monitoramento da Amazônia

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Os satélites Italianos COSMO-SkyMed irão monitorar desmatamentos no Brasil

12/04/2016

e-GEOS (Empresa participada da Finmeccanica-Telespazio e da Agência Espacial Italiana), junto com a empresa Brasileira Geoambiente, foi a vencedora da licitação do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia.

Rio de Janeiro, 12 de abril de 2016 - A e-GEOS (80% Finmeccanica-Telespazio, 20% ASI) foi vencedora através da empresa Brasileira Geoambiente da concorrência realizada pelo CENSIPAM (Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia) para o monitoramento do desmatamento na Amazônia. O contrato, válido para o ano de 2016 e renovável para um segundo ano, prevê a aquisição mensal dos dados satelitais provenientes da constelação Italiana de satélites COSMO-SkyMed, sobre uma área de um milhão de quilômetros quadrados da Região Amazônica.

A constelação COSMO-SkyMed, equipada com sensores radar que lhe permitem operar dia e noite sob qualquer condição meteorológica, é a solução ideal para o monitoramento constante da Amazônia, território caracterizado pelas frequentes chuvas na maior parte do ano e constante nebulosidade. Os dados desta constelação já são usados com sucesso no Brasil (onde Telespazio opera desde 1997 através da sua filial Telespazio Brasil) para o monitoramento ambiental e a segurança (vazamento de óleo no mar e controle de deslizamentos de terra), para suporte em aplicações agrícolas e no âmbito de defesa.

Satisfação também foi expressada pela Finmeccanica, pela qual o novo contrato constitui uma ulterior confirmação do valor da própria tecnologia no setor espacial.

Finmeccanica reveste um papel de destaque na constelação COSMO SkyMed: dos laboratórios de pesquisa provem muitos equipamentos – desde os painéis fotovoltaicos até os sensores estelares, desde as unidades de controle e distribuição da potência até a unidade de amplificação, conversão e modulação do sinal de radiofrequência – integrados a bordo dos quatro satélites, realizados pela participada Thales Alenia Space (Finmeccanica 67%, Thales 33%), enquanto Telespazio (Finmeccanica 67%, Thales 33%) desenvolveu todo o segmento terrestre e é responsável pela aquisição, processamento e distribuição dos dados satelitais comercializados no mundo todo pela e-GEOS para aplicações civis.

Financiado pela ASI, pelo Ministério da Defesa Italiano e pelo MIUR, COSMO SkyMed é capaz de operar em qualquer condição de visibilidade com uma alta frequência de revisita. Permite também atender aos requisitos civis e militares, com serviços e aplicações para monitoramento ambiental, controle territorial e marítimo, agricultura, proteção de fronteiras e segurança.

Fonte: Telespazio.

Comentário do blog: segundo informações apuradas pelo blog, dentre as participantes da concorrência vencida pela Telespazio estavam a Visiona Tecnologia Espacial e a Airbus Defence and Space, além da Space Imaging / MDA.
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segunda-feira, 11 de abril de 2016

ITA: mestrado e doutorado em Ciências e Tecnologias Espaciais

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ITA abre inscrições para mestrado e doutorado em Ciências e Tecnologias Espaciais

11/04/2016

O Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), em São José dos Campos (SP), está com inscrições abertas para o processo seletivo de mestrado e doutorado, em Ciências e Tecnologias Espaciais, até a próxima quarta-feira (13/04).

Também são oferecidas outras quatro oportunidades em cursos do programa divididas em 22 áreas, como Engenharia Mecânica e Aeronáutica, Eletrônica e Computação, Engenharia de Infraestrutura Aeronáutica e Física. Todas as oportunidades são para ingresso no segundo semestre de 2016.

O processo seletivo ocorrerá em quatro etapas, sendo a primeira a avaliação curricular, feita com base na documentação do candidato. A segunda é a avaliação de proposta e pesquisa, submetida pelo candidato no ato da inscrição. Depois será aplicada uma prova de lógica e matemática básica, prevista para ser realizada no dia 2 de junho de 2016. Por último, o candidato passará por uma entrevista, em que será avaliado o potencial da proposta ou projeto de pesquisa.

O mestrado é um curso de aproximadamente dois anos, composto por várias disciplinas e uma dissertação. Aos alunos que atenderem os requisitos de conclusão do curso, é concedido o título de mestre em Ciências.

O doutorado tem duração de quatro anos com disciplinas, publicação de artigos e uma tese. O doutorado capacita o pesquisador em uma área do conhecimento e, ao fim do curso, o aluno recebe o título de doutor em Ciências em um dos cinco programas de pós-graduação oferecidos pelo ITA.

Para mais informações e inscrição acesse: http://www.ita.br/posgrad/procseletivo

Fonte: ITA, via AEB.
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domingo, 10 de abril de 2016

Tecnologia & Defesa n.º 144



Foi lançado o número 144 da revista Tecnologia &Defesa, a mais tradicional publicação sobre os setores aeroespacial e de defesa na América Latina.

De conteúdo espacial, destaque para uma reportagem sobre os avanços no projeto do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC), e também questões na entrevista exclusiva com o ministro da Defesa, Aldo Rebelo, sobre iniciativas no campo espacial (PESE, integração com o PNAE, SGDC).

A seguir, listamos os principais conteúdos deste número, à venda  no website da revista:

- 75 anos da Força Aérea Brasileira
- Entrevista com o Ministro da Defesa
- O Exército e a Aviação de Asas Fixas
- Projetos Estratégicos do Exército - repensando as ações
- Uma nova Guerra Fria na Ucrânia
- Programa SGDC
- Coluna Defesa e Negócios

- E muito mais!
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quarta-feira, 6 de abril de 2016

Palestra da FAPESP no INPE

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Diretor da FAPESP ministra palestra no INPE

Terça-feira, 05 de Abril de 2016

No dia 12 de abril, o diretor científico da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo(FAPESP), Carlos Henrique de Brito Cruz, ministra palestra no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), em São José dos Campos (SP).

A apresentação, aberta a todos os interessados, será às 14 horas no auditório Fernando de Mendonça (entrada pela torre A do LIT).

A palestra do diretor da FAPESP será sobre a “Ciência e Tecnologia em São Paulo”. É a primeira de um “Ciclo de Seminários Institucionais” promovido pela INPE para abordar temas ligados a ciência, tecnologia e inovação no contexto das áreas de atuação do Instituto.

Para o seu Ciclo de Seminários, o INPE convidará dirigentes, cientistas e demais personalidades de destacada trajetória profissional, que atuem à frente de instituições de pesquisa, ensino, órgãos de fomento, indústrias, entre outros.

Os temas abordados serão de caráter geral e, portanto, acessíveis a todos os servidores e colaboradores do Instituto. Desta forma, a Direção do INPE convida e espera a efetiva participação dos pesquisadores, tecnologistas, técnicos, gestores, bolsistas, alunos e demais colaboradores nas palestras.

Fonte: INPE

Comentário do blog: desde a sua criação, a FAPESP tem exercido importante papel financiando iniciativas relacionadas ao Programa Espacial Brasileiro, seja por meio de formação de recursos humanos (bolsas de estudos), financiamentos de pesquisas, investimentos não reembolsáveis em projetos de indústrias de pequeno e médio portes (Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas - PIPE), recursos para o supercomputador do INPE, dentre outras. A FAPESP é importante parceira financiadora do edital "Desenvolvimento de Tecnologias e Produtos para Aplicações Espaciais", de subvenção econômica para o setor industrial, lançado com o INPE e FINEP.
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segunda-feira, 4 de abril de 2016

Cooperação Brasil - Rússia

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Telescópio russo será instalado no Brasil para mapeamento de detritos espaciais

Acordo de cooperação será assinado entre o Laboratório Nacional de Astrofísica e a estatal russa Roscosmos. Telescópio será instalado no Observatório Pico dos Dias, Minas Gerais, e deve entrar em operação neste ano.

01/04/2016 | 17:22

Um telescópio russo será instalado no Observatório Pico dos Dias, em Brazópolis (MG), para detectar e monitorar detritos espaciais. A instalação faz parte de um acordo que será assinado na próxima quinta-feira (7) entre o Laboratório Nacional de Astrofísica (LNA/MCTI) e a corporação estatual russa Roscosmos. O objetivo é produzir uma base de dados com a localização e as órbitas de objetos que podem apresentar perigo de colisão com satélites artificiais ativos ou até, no caso de objetos maiores, risco de danos à superfície da Terra após a entrada na atmosfera.

De acordo com o diretor do LNA, Bruno Castilho, o novo telescópio deve entrar em operação no fim de novembro, gerando um "mapa de detritos". "Além do risco de colisão com algum satélite ou foguete que estiver em operação, esses detritos também podem cair. Tendo um mapa, o tamanho e a posição desses detritos, você também pode fazer uma previsão e uma melhor estratégia para reentrada desses detritos na atmosfera", explicou.

Castilho acrescentou que as imagens geradas pelo telescópio russo serão transmitidas para a Roscosmos pela internet, e a base de dados ficará à disposição dos pesquisadores brasileiros. Os custos do projeto serão pagos pela corporação russa, e o LNA vai contribuir com a disponibilização do espaço físico, a infraestrutura do Observatório do Pico dos Dias e apoio logístico.

Com 1.864 metros de altitude, o Observatório do Pico dos Dias já possui quatro telescópios para pesquisa astronômica.

Segundo Bruno Castilho, o Brasil já tem cooperação com a Rússia na área espacial. Um acordo para exploração pacífica do espaço é o "guarda-chuva" do termo que será assinado para construção e instalação do novo telescópio. A cerimônia será realizada na sede da LNA, em Itajubá (MG), com a presença de representantes da Roscosmos e da Agência Espacial Brasileira (AEB).

Fonte: MCTI
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