quinta-feira, 31 de março de 2016

10 anos da Missão Centenário

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Missão Centenário é relembrada pelo seu 10º aniversário

31/03/2016

O dia 29 de março de 2006 ficará marcado para sempre na história do Brasil e na memória de seu povo. Faz dez anos que a Missão Centenário levava à Estação Espacial Internacional (ISS em inglês) a tripulação Soyuz TMA-8, formada pelo comandante russo Pavel Vinogradov, o astronauta americano Jeffrey Williams e o primeiro cosmonauta brasileiro, o tenente-coronel Marcos Pontes.

A Missão Centenário recebeu este nome em referência à comemoração do centenário do primeiro voo tripulado de uma aeronave, o 14 Bis, de Santos Dumont, em Paris, em 23 de outubro de 1906. A Missão foi fruto de um acordo firmado entre a Agência Espacial Brasileira (AEB) e a Agência Espacial da Federação Russa (Roscosmos). Com o acordo firmado entre os dois países, Brasil e Rússia, Marcos Pontes passou por treinamento na Cidade das Estrelas, complexo de formação e preparação de cosmonautas situado a cerca de 50 quilômetros de Moscou.

Os três cosmonautas, a bordo da Soyuz, decolaram do Cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão, em 29 de março de 2006, às 23h30min (horário de Brasília), tendo como destino a Estação Espacial, onde acoplou no dia 1º de abril. Lá os três realizaram diversos experimentos científicos. Pontes levou oito experimentos que foram estudados em ambiente de microgravidade, seis deles de instituições brasileiras de pesquisa e dois de escolas de ensino médio, de São José dos Campos (SP).

Pontes ressaltou que o acordo com a AEB, ele teria apenas cinco meses para treinar, sendo que o treino normal de um cosmonauta é de dois anos. “Tive de aprender tudo sobre os sistemas russos para incluí-los nas minhas tarefas técnicas a bordo e, também aprender a língua russa, em paralelo, nos primeiros três meses”, afirmou.

Segundo o astronauta brasileiro, há muito o que ser feito para recolocar o Brasil rumo à conquista do espaço, mas estamos muito além do que era o mínimo esperado para um país da categoria e intenções de desenvolvimento que é o Brasil. O astronauta disse se sentir honrado em receber tanto carinho, mas para ele, foi a oportunidade de realizar não apenas um sonho dele, mas de uma nação inteira.

Fonte: AEB
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quarta-feira, 30 de março de 2016

INPE: relação de inscritos para o cargo de diretor

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Divulgada a relação de inscritos ao cargo de diretor 

Terça-feira, 29 de Março de 2016

O processo de seleção para o cargo de diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) tem os seguintes candidatos inscritos:

- Cesar Celeste Ghizoni

- Clézio Marcos de Nardin

- Haroldo Campos Velho

- Hélio Takai

- José Henrique de Souza Damiani

- Leonel Fernando Perondi

- Ricardo Magnus Osório Galvão

- Thelma Krug

O prazo para inscrições foi encerrado em 24 de março. O Comitê de Busca ainda irá divulgar a data para as apresentações orais das propostas dos candidatos, bem como de suas entrevistas individuais.

A seleção para diretor do INPE é conduzida por um Comitê de Busca nomeado pelo ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Celso Pansera. Presidido por Marco Antonio Raupp, do Parque Tecnológico de São José dos Campos, o comitê tem ainda como membros: Rogério Cézar Cerqueira Leite, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp); Luiz Bevilacqua, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ); Helena Bonciani Nader, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp); e Reginaldo dos Santos, da Empresa Binacional Alcântara Cyclone Space (ACS).

Fonte: INPE
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terça-feira, 29 de março de 2016

Ministro do MCTI no Senado Federal

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Ministro fala dos desafios da Ciência e Tecnologia para 2016, em Comissão do Senado

O Ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Celso Pansera, participou nesta terça-feira (29/03) de audiência pública realizada na Comissão de Ciência e Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática do Senado, onde ressaltou os avanços, desafios e expectativas do ministério para este ano.

Segundo Pansera, em 2016 houve um grande contingenciamento no Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), ou seja, cerca de R$ 1,7 bilhão foi contingenciado. “Estamos pedindo o desbloqueio imediato de R$ 400 milhões do fundo de reserva para darmos continuidade aos projetos”, afirmou.

“A segunda iniciativa é a recomposição do orçamento do MCTI, que sofreu corte aqui no Congresso. E a terceira, que já está avançada, é um empréstimo no Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), no valor de $ 1,4 bilhão de dólares, $ 200 milhões este ano e $ 300 nos próximos quatro anos. Este dinheiro seria destinado ao CNPQ e à Finep. Com esses valores teríamos um aporte financeiro muito forte”, afirmou o ministro Pansera.

Ele afirmou ainda que há um acerto com o governo para que o contingenciamento no FNDCT seja feito aos poucos e se encerre em 2019. Pansera explicou também que 25% do fundo do pré-sal devem ir para a área de Ciência e Tecnologia.

Ciência sem Fronteiras - Celso Pansera citou avanços em vários programas de sua pasta, como o Ciência sem Fronteiras, que implementou 92.880 bolsas até janeiro de 2016. Pansera também citou o fato de o programa ter sido desvinculado do FNDCT e ficado sob a cobertura do Ministério da Educação, o que vai permitir que as verbas do fundo sejam destinadas a outras áreas de inovação.

O senador Omar Aziz (PSD-AM), que relatou a análise do programa, escolhido como política pública a ser avaliada pela comissão em 2015, pediu ao ministro que leve em conta as recomendações feitas no relatório. O ministro afirmou que uma das recomendações, que é investir mais em cursos de pós-graduação, será atendida e que há ainda outro debate para que se invista mais na área de engenharias.

A maior parte dos alunos que foram são para a área de engenharia e ciência e tecnologia. Nós ampliaríamos ainda mais essa margem para essas áreas de Exatas voltadas para a área de produção, engenharias etc. — disse o ministro.

Dengue, Zika e Chicungunha - Pansera falou ainda que o ministério vai investir este ano no Plano Nacional de Enfrentamento ao Aedes e à Microcefalia, lançado na última semana. O ministro explicou que o programa tem um orçamento de R$ 1,2 bilhão, vai até 2017, e envolve bolsas de doutorado.

Nós lançamos semana passada um plano muito ousado, muito ambicioso para a pesquisa da Zika, Chicungunha e Dengue, não só do combate ao vírus, mas do principal vetor, que é o mosquito — disse.

Fosfoetanolamina - O senador Ivo Cassol (PP-RO) pediu que o ministro interceda junto à presidente Dilma pela sanção do projeto de lei que autoriza o uso da fosfoetanolamina, aprovado há uma semana no Senado. O senador disse que o medicamento tem efeitos impressionantes em pessoas com câncer e criticou a burocracia e os que são contra o projeto, que libera o medicamento, de modo excepcional, antes de concluídas as pesquisas sobre a substância.

Segundo o ministro, nesta quarta-feira (30), será anunciado o resultado da pesquisa que comprova que a fosfoetanolamina não faz mal ao corpo humano. Mas Pansera explicou que ainda serão necessárias outras pesquisas para descobrir como a substância age dentro do organismo.

Fonte: Agência Espacial Brasileira, com informações da Agência Senado.

Comentário do blog: o setor espacial teve pouco ou nenhum destaque na apresentação do ministro Celso Pansera. No âmbito das atividades espaciais lideradas pelo MCTI, há expectativa quanto à liberação de recursos para a compra de determinados subsistemas e componentes para a construção do CBERS 4A, em parceria com a China, acordo que ainda está pendente de aprovação pelo Congresso Nacional, e também para a finalização do satélite de sensoriamento Amazônia-1, apenas para citar alguns projetos mais imediatos.
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quarta-feira, 23 de março de 2016

SGDC: Dilma e Aldo visitam centro de controle

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Dilma e Aldo visitam obras no centro de controle do 1º satélite brasileiro de defesa

Brasília, 23/03/2016 – A presidenta Dilma Rousseff, o ministro da Defesa, Aldo Rebelo, e o ministro das Comunicações, André Figueiredo, visitaram nesta quarta-feira (23) as obras de infraestrutura de solo para operação do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC). O projeto é uma parceria entre os ministérios da Defesa (MD) e das Comunicações (MC). Este será o primeiro equipamento do tipo totalmente controlado pelo governo brasileiro, com previsão de lançamento em órbita entre dezembro de 2016 e fevereiro de 2017.

“Esse satélite vai cobrir o Brasil em suas áreas mais remotas, conectando banda larga. É uma conquista para o Brasil. É importante ressaltar que é um patamar tecnológico que nós temos de alcançar, não só lançar o satélite, mas num segundo momento, sermos capazes de produzir, aqui no Brasil, esses equipamentos”, ressaltou a presidenta Dilma durante a visita.

O ministro Aldo Rebelo reforçou que, com o equipamento, o Brasil vai ganhar maior segurança nas comunicações militares e estratégicas. “O satélite, por ser operado a partir de bases nacionais, oferece segurança para a conexão ligada à área de defesa. Ou seja, o Brasil terá, com esse satélite, as suas condições de defesa nacional ampliadas e asseguradas. Além disso, o satélite vai democratizar o acesso à internet, ao oferecer conexão em todo o território nacional”, afirmou Aldo.

Instalada dentro do 6º Comando Aéreo Regional (VI COMAR) da Aeronáutica, em Brasília, a antena de comunicação com o satélite – que tem 18 metros de altura e 13m de diâmetro – será utilizada para controlar remotamente o satélite. O SGDC ficará posicionado a uma distância de 36 mil quilômetros da superfície da Terra, cobrindo o território brasileiro e o oceano Atlântico. Uma segunda antena auxiliar no comando do satélite também será montada em outro centro de operações, também localizado dentro de uma instalação militar, no Rio de Janeiro.

O satélite vai operar na chamada banda X, uma faixa de frequência destinada exclusivamente ao uso militar, correspondendo a cerca de 25% da capacidade total do satélite. Hoje, as comunicações militares brasileiras são realizadas por meio do aluguel da banda X em dois satélites privados, ao custo anual de R$ 13 milhões. Quando o SGDC já estiver operando, o MD vai manter somente um desses contratos com operadores privados, apenas como garantia em caso de possíveis falhas no SGDC.

Além da economia de recursos, o lançamento do satélite vai possibilitar ao Ministério da Defesa reforçar seu Sistema de Comunicações Militares por Satélite (SISCOMIS) com mais 288 MHz de largura de banda, além do aumento de cobertura e potência de transmissão.

O equipamento também será utilizado pelo Governo Federal, por meio da Telebras, para levar internet em alta velocidade a regiões remotas do País, como a Amazônia, dentro das ações do Programa Nacional de Banda Larga (PNBL), operado pelo Ministério das Comunicações.

O SGDC

O satélite está sendo fabricado em Cannes, na França, e começou a ser construído em janeiro de 2014. O lançamento, organizado pela empresa Arianespace, ocorrerá na base de lançamento de Kourou, na Guiana Francesa. A construção do equipamento está sendo feita pela Thales Space, sob contrato com a Visiona, uma joint venture entre a Telebras – estatal federal do setor de telecomunicações – e a Embraer – empresa privada líder nos setores aeroespacial e de defesa.

A criação da Visiona, em 2012, corresponde a uma das ações selecionadas como prioritárias no Programa Nacional de Atividades Espaciais (PNAE) para atender aos objetivos e às diretrizes da Política Nacional de Desenvolvimento das Atividades Espaciais (PNDAE) e da Estratégia Nacional de Defesa (END).

Fonte: Ministério da Defesa
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" EUA e China unidos contra o contrabando nuclear", artigo de José Monserrat Filho


EUA e China unidos contra o contrabando nuclear. Isso é muito bom, mas não basta

José Monserrat Filho *

“O atual sistema mundial é insustentável a partir de vários pontos de vista, porque deixamos de pensar nas finalidades das ações humanas.” Papa Francisco, Carta Encíclica Laudato Si', sobre o Cuidado da Casa Comum, São Paulo: Paulinas, 2015, pp. 49-50

As duas maiores potência do mundo hoje resolveram se aliar em defesa da segurança nuclear global, contra a possibilidade de construção de armas nucleares por forças terroristas como o Estado Islâmico. A aliança será fortalecida na 4ª Conferência de Cúpula sobre Segurança Nuclear, a ter lugar em Washington, em 31 de março e 1º de abril, com a participação dos Presidentes dos EUA e da China, Barack Obama e Xi Jinping.

A presença do líder chinês, que introduz novos elementos e mais dá vigor ao evento, foi anunciada pelo Secretário de Energia dos EUA, Ernest Moniz, como conta Kathleen McLaughlin, no editorial da revista Science, de 17 de março, intitulado U.S. and China cooperate to thwart nuclear smuggling (EUA e China cooperam para impedir o contrabando nuclear).

Autoridades americanas e chinesas firmaram acordo, em 11 de março, ampliando um programa de cooperação, pelo qual os EUA fornecem à China treinamento e tecnologia para detectar "movimentos ilícitos, contrabando de materiais nucleares e fontes lógicas."

Moniz frisou que as duas potências estão empenhadas em prevenir o contrabando global de materiais nucleares e tomarão medidas efetivas conjuntas na luta contra essa ameaça.

Graças a essa aliança, a China tem novo Centro de Excelência em Segurança Nuclear, perto de Pequim, equipado com laboratórios, locais de teste, e instalações de treinamento, baseados, parcialmente, em aparelhos americanos. A obra foi financiada pelos dois países.

O novo Centro vai detectar o contrabando de materiais que podem ser usados na produção de armas nucleares ou bombas sujas. Essas são armas radiológicas. Combinam material radiativo com explosivos convencionais e contaminam toda a área em torno da explosão, criando pânico e terror, embora não tenham o efeito das armas de destruição em massa. O centro poderá treinar peritos de detecção nuclear de outros países da região, mas a meta central é formar técnicos chineses. Os EUA, com base em outro acordo, também já treinaram pessoal de alfândega chineses para identificar e impedir a entrada ou saída de materiais nucleares ilícitos.

O Estado Islâmico busca matérias-primas para desenvolver tais armas, o que é perfeitamente lógico em sua conduta. Moniz fez questão de citar notícias recentes a respeito.

Para China e EUA, as ameaças em potencial são de extrema gravidade e os dois países vão tratá-las com essa visão. "Estamos trabalhando duro em conjunto e de modo muito concreto", explicou.

O acordo nuclear com o Irã é bom precedente? Moniz esclareceu como EUA e China atuam como copresidentes do grupo de trabalho técnico criado em função do dito acordo. “Já inúmeras vezes, os chineses têm se engajado com os iranianos para que isso ande", notou ele.

Na medida em que os pontos-chave do acordo forem sendo implementados, Moniz espera que surjam planos de cooperação científica. Recordou que os encontros entre cientistas dos EUA e a União Soviética nos anos da Guerra Fria foram essenciais para romper barreiras, e que a cooperação com o Irã poderia produzir benefícios similares. "Certamente não se exclui a possibilidade de que a comunidade científica americana colabore em alguma área de ciência básica", disse Moniz, mas reconheceu: “Vai levar tempo. Obviamente, não começamos uma relação robusta.” Ou seja, é preciso criar um ambiente de confiança mútua, algo que parece muito frágil hoje em dia.

Em Pequim, as autoridades chinesas ampliaram a agenda das conversas com o Secretário de Energia dos EUA, incluindo outros temas, como as mudanças climáticas e políticas energéticas. As negociações devem ter sido positivas, pois Moniz se disse satisfeito com os avanços alcançados. Ademais, ele elogiou o trabalho da China nos últimos meses, em especial por concordar em estabelecer limites às emissões tangíveis, nas negociações de Paris sobre o clima, em 2015. Acabou confessando torcer para que esse progresso de fato se implante, uma vez que ele pressionará os políticos americanos a fazerem o mesmo.

Se uma aliança para garantir a segurança nuclear global é possível, por que também não o seria um portentoso esforço conjunto para impedir nova Guerra Fria, a atual corrida armamentista e a consequente eclosão de conflitos tanto na Terra, quanto no espaço? Não é ao que assistimos hoje diariamente? Todos esses perigos crescentes poderiam ser evitados ou pelo menos reduzidos, se a segurança global fosse considerada, no mínimo, tão prioritária quanto a segurança nuclear ora buscada. Afinal, a segurança coletiva global é norma obrigatória, segundo os princípios fundamentais da Carta das Nações Unidas, núcleo básico do Direito Internacional contemporâneo.

A segurança nuclear global não pode ser negociada e acordada apenas para se continuar garantindo a exclusividade da posse e eventual uso das armas nucleares, bem como de sua modernização, pelo grupo de países que já domina a tecnologia capaz de produzi-las e aperfeiçoá-las.

Não permitir de modo algum que os terroristas tenham acesso à capacitação nuclear é, sem a menor dúvida, uma missão urgente e imprescindível. Mas não é suficiente. É preciso também, com igual ênfase e sentido de responsabilidade, pensar nos perigos cada vez maiores de conflitos e desastres de enorme envergadura, naturais ou deliberados, capazes de arrasar países, talvez continentes, gerando sofrimentos indizíveis a milhões de seres humanos e eliminando a rica natureza do planeta Terra.

A luta pela paz e pelo desarmamento, em nosso tempo, na terra como no céu, tornou-se um imperativo de sobrevivência global.

* Vice-Presidente da Associação Brasileira de Direito Aeronáutico e Espacial (SBDA); Diretor Honorário do Instituto Internacional de Direito Espacial; Membro Pleno da Academia Internacional de Astronáutica (IAA); e ex-Chefe da Assessoria Internacional do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e da Agência Espacial Brasileira (AEB). E-mail: jose.monserrat.filho@gmail.com
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terça-feira, 22 de março de 2016

Pioneiro do programa espacial brasileiro ganha hotsite

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Pioneiro do programa espacial brasileiro ganha hotsite

Segunda-feira, 21 de Março de 2016

Uma página comemorativa apresenta fotos, vídeos, entrevistas, artigos e a produção científica de Fernando de Mendonça, idealizador do projeto que resultou no Grupo de Organização da Comissão Nacional de Atividades Espaciais (GOCNAE), órgão criado em 1961 e que deu origem ao Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).

O hotsite foi desenvolvido pelo INPE, através do Serviço de Tecnologia e Informação (STI) com base em informações da Gestão de Comunicação Institucional (GCI) e, principalmente, do acervo do Serviço de Informação e Documentação (SID).

Lançado na sexta-feira (18/3), durante evento em homenagem ao Dr. Fernando de Mendonça, o hotsite pode ser acessado a partir do banner disponível no site do INPE ou diretamente no endereço: www.inpe.br/FernandoMendonca.

Fonte: INPE
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domingo, 20 de março de 2016

Seminário sobre GNSS na China

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Agência Espacial Brasileira seleciona candidatos para seminário na China

Brasília, 18 de março de 2016 – O Centro Regional de Ciência Espacial e Tecnologia da Educação na Ásia e Pacífico (RCSSTEAP) está oferecendo uma vaga para o seminário internacional Global Navigation Satellite Systems (GNSS). A Agência Espacial Brasileira (AEB) será responsável em indicar candidatos para esta oportunidade até o dia 1º de abril.

O candidato selecionado pela RCSSTEAP terá direito a passagem na classe econômica (ida e volta), transporte local, alojamento e taxas de inscrição pagas. O seminário internacional GNSS em tecnologias e aplicações é organizado pela Universidade Beihang, EcoleNationale de l’AviationCivile, Faculdade Russ de Engenharia e Tecnologia da Universidade de Ohio. O seminário tem como objetivo promover a formação de investigadores em início de carreira e profissionais que incluam pesquisa, desenvolvimento e aplicação de tecnologias de sistema de satélite de navegação global.

O período do seminário é de treze dias e terá uma visão abrangente em áreas selecionadas do GNSS: teoria, hardware, software e aplicações. O evento destina-se a pós-graduados, alunos de doutorado e profissionais em início de carreira que desejam ampliar seus conhecimentos em GNSS e discutir com especialistas de renome seus projetos de pesquisa.

Pode participar:

• Estudantes de pós-graduação

• Estudantes de PhD

• Estudantes de pós-doutorado

• Engenheiros júniores

• quaisquer pesquisadores que desejam ampliar e melhorar seus conhecimentos e habilidades.

As palestras acontecerão entre os dias 8 e 20 de maio e serão proferidas em inglês, na Universidade Beihang, Beijing, China. Os interessados devem enviar para o email buaa2016@aeb.org.br seu Currículo Lattes, uma carta de intenções, em inglês, com no máximo duas laudas e este formulário preenchido.

Fonte: AEB
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quinta-feira, 17 de março de 2016

SGDC: recursos da FINEP para a CENIC

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Finep aprova R$ 4 milhões para Cenic equipar satélite brasileiro

Publicado em 16 Março 2016

A Cenic, uma das responsáveis por equipar o satélite geoestacionário brasileiro de defesa e comunicações estratégicas, teve aprovado R$ 4 milhões em Subvenção Econômica a partir de edital que envolveu a Finep e a Agência Espacial Brasileira (AEB). Com os recursos, dois painéis estruturais serão desenvolvidos para suportar as baterias do satélite no ar, que deve ser colocado em órbita no segundo semestre de 2016 pela empresa Arianespace.

Além da Cenic, Fibraforte, Orbital Engenharia, Equatorial Sistemas AEL Sistemas, dentre outras, também foram empresas selecionadas. O edital previa ao todo a aplicação de R$ 53 milhões em recursos não reembolsáveis.

Satélite geoestacionário

A iniciativa começou no fim de 2013 e envolveu os ministérios das Comunicações, da Defesa e da Ciência, Tecnologia e Inovação, além da própria Finep, que apoiou o projeto com R$ 240 milhões. O Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC) brasileiro é um projeto em construção em Cannes, na França, fabricado pela Thales Alenia Space (TAS).

Supervisionado pela Visiona Tecnologia Espacial, em parceria com a Embraer e Telebras, o equipamento pesa 5,8 toneladas e vai garantir conexão com a internet mesmo nos municípios mais distantes do país, ampliando o acesso Banda Larga. Além de permitir cobrir áreas isoladas com internet, ele deve garantir mais segurança às comunicações estratégicas do governo federal, reforçando a rede terrestre de autarquia, atualmente com 28 mil km de extensão e presente em todas as regiões brasileiras.

O satélite, que custou R$ 2,2 bilhões ao todo, passará por um período de ajustes e testes e começará sua operação em definitivo no início de 2017. Ele ficará posicionado a uma distância de mais de 35 mil quilômetros da superfície da Terra.

Fonte: FINEP
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quarta-feira, 16 de março de 2016

Novo modelo de previsão do tempo do INPE

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CPTEC/INPE lança nova versão do modelo BRAMS 

Quarta-feira, 16 de Março de 2016

O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) lança uma versão inovadora do BRAMS, sistema para previsão do tempo e estudos climáticos. A novidade coloca o Brasil no estado-da-arte em modelagem integrada da atmosfera, em escala regional, com um sistema genuinamente nacional e com total domínio em termos de software, dinâmica e parametrizações de processos físicos e de química.

O lançamento acontece na segunda-feira (21/3), das 9 às 12 horas, no auditório do Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC) do INPE, em Cachoeira Paulista.

Esta versão do BRAMS unifica os modelos usados para previsão de qualidade do ar e de tempo operacionais no CPTEC/INPE, como os sistemas CCATT e JULES. Além disso, agrega um novo modelo de superfície que habilita o BRAMS a simular realisticamente o ciclo de carbono e outros ciclos biogeoquímicos, incluindo processos antrópicos como queimadas, carvoarias e urbanização.

O BRAMS constitui hoje o modelo do CPTEC/INPE que possui o melhor conjunto de parametrizações e de funcionalidades e de maior desempenho, com indicadores quantitativos de destreza igual ou superior a modelos de outros centros internacionais.

“Outro aspecto relevante é o de ser um modelo importante para a formação de uma comunidade nacional de desenvolvedores, principalmente no âmbito da pós-graduação em meteorologia do INPE, e na formação de uma comunidade sul-americana de modelagem regional”, diz o pesquisador Saulo Freitas, do CPTEC/INPE.

Fonte: INPE

Comentário do blog: as capacidades do INPE em previsão do tempo e estudos climáticos dependem fortemente de avançada estrutura computacional, hoje atendida pelo Tupã, cuja vida útil deve expirar em 2017. Para a manutenção das capacidades já desenvolvidas, é essencial que ainda em 2016 seja iniciado um processo de compra de um novo supercomputador.
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sexta-feira, 11 de março de 2016

NanosatC-Br2: entregue o computador de bordo

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Equipe do NanosatC-Br2 recebe computador de bordo do cubesat

Quinta-feira, 10 de Março de 2016

Está pronto o modelo de engenharia do novo computador de bordo que equipará o NanosatC-Br2, o segundo microssatélite do Programa NanocatC-BR - Desenvolvimento de CubeSats, realizado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), por meio de seu Centro Regional Sul (CRS) em parceria com a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).

O primeiro cubesat do programa, o NanosatC-Br1, foi lançado em junho de 2014 e continua enviando dados de cargas úteis e da plataforma. O NanosatC-Br2 possui o dobro de massa e volume (2 kg. e 2 l.) de seu antecessor.

O novo computador, uma versão mais moderna cedida sem custos para o projeto pela ISIS Innovative Solutions in Space, permitirá mais recursos para o software de bordo do NanosatC-Br2.

A entrega foi realizada no dia 3 de março por Abe Bonnema e MarcBernabeu Peña, representantes da ISIS, à equipe de desenvolvimento do software de bordo, de gerenciamento e controle e de solo, liderada pela pesquisadora Fátima Mattiello, do INPE, e composta por empresas formadas por ex-alunos da pós-graduação do INPE - EMSISTI Sistemas Espaciais & Tecnologia, representada por Marcelo Essado e Cristiano Strieder,  e ATLAS, representada por Wendell Silva.

A parte do software de bordo relativa ao controle de atitude do cubesat conta ainda com a participação do pesquisador Valdemir Carrara, do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA).

O Programa NANOSATC-BR - Desenvolvimento de CubeSats tem a gerência do pesquisador Nelson Schuch, do CRS/INPE.

Segundo Otávio Durão, pesquisador do INPE que também integra o programa, as cargas úteis do NanosatC-Br2 estão em desenvolvimento regular - sonda de Langmuir, pela Coordenação de Ciências Espaciais e Atmosféricas (CEA) do Instituto; sistemas de determinação de atitude, pelo INPE em parceria com a UFMG e UFABC; magnetômetro e circuitos integrados, por meio de colaboração com a UFSM e UFRGS; e um experimento de comunicação para radioamadores da AMSAT-BR/LABRE-SP.

Mais informações: http://www.inpe.br/crs/nanosat/NanoSatCBR2.php

Fonte: INPE
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quinta-feira, 10 de março de 2016

Satélite SGDC será lançado com painel fabricado no Brasil

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Satélite SGDC será lançado com painel fabricado no Brasil

09/03/2016

A Thales Alenia Space é a responsável pela entrega do satélite SGDC-Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas para o governo brasileiro, por meio de um contrato com a Visiona, empresa brasileira integradora de sistemas espaciais. Frente ao desafio de entregar o satélite a tempo, em vista da dificuldade em desenvolver ou qualificar novos parceiros, a Thales Alenia Space assinou contrato com a empresa CENIC, com sede em São José dos Campos (SP). O objetivo também foi envolver empresas brasileiras no desenvolvimento do conteúdo do satélite.

Após a conclusão do teste de qualificação, o painel estrutural desenvolvido pela CENIC foi integrado ao satélite SGDC. A entrega no prazo, incluindo a integração com o satélite, representou um grande desafio, tanto para a CENIC como para a Thales Alenia Space.

Com o suporte financeiro e técnico da AEB (Agência Espacial Brasileira), a CENIC foi capaz de construir um painel “sanduíche” de alumínio para ser integrado como painel de suporte da bateria para o satélite SGDC.

O fato representa o primeiro passo para uma bem-sucedida integração de peças brasileiras em um satélite construído pela Thales Alenia Space. Com outros contratos de Transferência de Tecnologia já assinados pela Thales Alenia Space, participações brasileiras com tecnologias de ponta podem ser esperadas no futuro para satélites de observação ou de comunicações.

“Estamos muito orgulhosos por fazermos parte do programa SGDC e de termos sido capazes de entregar no prazo um painel para ser lançado em breve”, disse Francisco Diaz, Diretor da CENIC.

“Este painel demonstra o compromisso da Thales Alenia Space de apoiar o desenvolvimento da indústria brasileira com tecnologias atuais, em parceria com o governo brasileiro”, disse Joel Chenet, Vice-Presidente Sênior e representante da Thales Alenia Space no Brasil.

“Com esse projeto a Thales fixa definitivamente o Brasil e a América Latina no mapa das suas estratégias globais, impulsionando o desenvolvimento aeroespacial na região. Isso representa também um passo muito importante no seu objetivo de duplicar a presença da companhia na América Latina até 2019”, afirmou Ruben Lazo, vice-presidente da Thales na América Latina.

Fonte: CDN, assessoria da Thales Alenia Space no Brasil.
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"O papel das megaempresas nas atividades espaciais", artigo de José Monserrat Filho

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O papel das megaempresas nas atividades espaciais

José Monserrat Filho *

“Na guerra ou na paz, o setor privado se transformou em setor público.” John Kenneth Galbraith (1908-2006), renomado economista americano1

As empresas privadas não são novas nas atividades espaciais em geral. Elas atuam nessa área desde os anos 60, como pioneiras, por exemplo, dos satélites de comunicação. A presença delas está regulamentada pelo Art. 6º do Tratado do Espaço de 19672. Considerado a lei maior do setor, esse tratado está em pleno vigor. Ratificado por 103 países e assinado por 20 outros, é reconhecido pelos demais países como costume, por nunca ter sido alvo de qualquer tipo de protesto ou recusa.

O Art. 6º determina que os Estados arquem com a responsabilidade internacional pelas atividades espaciais nacionais realizadas tanto por organizações estatais quanto por empresas privadas e velem para que tais atividades cumpram os princípios e normas do Tratado do Espaço. Ainda pelo Art. 6º, as atividades espaciais das empresas privadas devem ser autorizadas e constantemente supervisionadas pelo respectivo Estado.

As empresas, pois, podem atuar no espaço, mas dependem da permissão e controle do país onde tenham sua sede central. Eventuais danos e prejuízos por elas causados a terceiros serão ressarcidos pelo Estado. Esse, depois, poderá cobrar das empresas a indenização paga.

Os sujeitos do Direito Espacial – ramo do Direito Internacional Público encarregado de criar o regime jurídico do espaço exterior e regular as atividades ali exercidas – não são as empresas privadas, são os Estados e as organizações espaciais internacionais ou regionais, como a Agência Espacial Europeia (ESA)3. O Tratado do Espaço é acordo de Estados, como o próprio nome diz. Muitas empresas privadas costumam participar apenas como consultoras, por exemplo, nas reuniões da União Internacional de Telecomunicações (UIT)4 – instituição de Estados.

O Estado – que representa ou deveria representar o poder público – situa-se, portanto, acima das empresas privadas, por mais poderosas que sejam. Isso é fundamental no Direito Espacial. Assim se relacionam Estados e empresas privadas, pelo menos formalmente. Essa questão deveria ser mais amplamente discutida, tanto do ponto de vista legal e político, quanto econômico.

Aí surge quem condene “a promiscuidade obscena entre políticos e empresários”, como o senador Bernie Sanders (1941-), candidato à Presidência dos Estados Unidos (EUA), com 86% das intenções de voto entre os eleitores democratas de 17-24 anos, embora não seja o favorito no pleito. Ele afirma: “Não representamos os interesses de Wall Street e das grandes corporações, nem queremos o dinheiro deles.” E formula propostas concretas: regulamentação do sistema bancário, quebrando os mamutes financeiros em proveito de pequenas instituições que se dediquem ao sistema produtivo e não a especular com papeis sem lastro na economia real.

Essas informações vêm de Daniel Aarão Reis (1946-), professor de História Contemporânea da Universidade Federal Fluminense (UFF), em seu artigo “A primavera americana”, publicado n'O Globo, em 23 de fevereiro passado. A seu ver, “o 'fenômeno' Sanders evidencia o desgaste da hegemonia do capital financeiro e a descrença no establishment político”.

“Nos EUA, as manifestações dos jovens de todas as classes, pobres e remediados, todos eleitores de Bernie Sanders, revelam que o mal-estar se dissemina pelo mundo desenvolvido”, observa, por sua vez, o economista Luiz Gonzaga Belluzzo (1942-)5. E salienta: “Nascidos do ventre das novas formas de negócios comandadas pelo enlace entre megaempresas e grandes bancos ‘globalizados’, os deserdados acompanham as lideranças que pretendem falar em nome do interesse público.” Belluzzo ironiza: “Não espanta que a retórica de Sanders nos EUA e de Jeremy Corbyn na Inglaterra dispare contra os símbolos do podre poder global, a Wall Street e a City londrina. A galera da finança retruca com a soberba e o descaso habituais. Para a turma da bufunfa, o que os deserdados da fortuna pensam, sentem ou reivindicam são deformações nascidas do egoísmo dos ignorantes, em contraposição ao egoísmo racional e esclarecido dos senhores da finança.”

Por falar em ironia, vale o que escreveu Veríssimo em sua crônica6 de domingo, 6 de março: depois de lembrar a famosa frase de Einstein – “Deus não joga dados com o universo” –, o cronista compara: “Deus não é um jogador, o universo não está aí para ele jogar contra a sorte e contra ele mesmo. Já os semideuses que controlam o capital especulativo do planeta Terra jogam com economias inteiras e podem destruir países com um lance de seus dados, ou um impulso de seus computadores, em segundos.”

Veríssimo vai ainda mais longe: “A metafísica dos semideuses é inédita. Não tem passado nem convenções. É a destilação final de uma abstração, a do capital desassociado de qualquer coisa palpável, até do próprio dinheiro. Como o dinheiro já é a representação da representação da representação de um valor aleatório, o capital transformado em impulso eletrônico é uma abstração nos limites do nada – e é ela que rege as nossas economias e, portanto, as nossas vidas.”

Com dose menor de ironia, John Kenneth Galbraith, amigo e conselheiro do presidente John F. Kennedy (de 1961 a 1963), notou – em seu livro “A Economia das fraudes inocentes: verdades para o nosso tempo”, lançado nos EUA em 20047 –, que, na visão estabelecida, “o sempre ameaçador ataque do governo à iniciativa privada” costuma ser “condenado como socialismo por retórica radical”, enquanto “os avanços das empresas privadas sobre o setor público por concessões de influências ou atividades são bem menos debatidos ou nunca o são”.

Para Galbraith, “a administração das empresas deve ter autoridade para agir, mas não para praticar furtos aparentemente inocentes. Considerando o poder das empresas, essa é a nossa necessidade mais desafiadora e urgente. Uma sociedade marcada por infortúnios e crimes econômicos corporativos não sobreviverá de forma útil e prestimosa”.

É a sociedade das corporações que comanda as principais atividades espaciais hoje, para a paz e/ou para a guerra, sem definir claramente onde acaba uma e começa a outra, como mostra a nova “Guerra Fria”, a que estamos todos condenados. Ou seja, são os semideuses da divina abstração que dominam, em grande escala, a Terra e o céu, sem permitir a regulação das questões básicas de segurança espacial.

Acaso não foi o lobby implacável dessas poderosas divindades que levou o Congresso e a Presidência dos EUA a aprovarem a lei de 25 de novembro de 2015, concedendo às empresas privadas americanas o direito de propriedade sobre minerais preciosos por elas extraídos dos asteroides, da Lua e demais corpos celestes? Essa lei nacional ousa regular uma questão obviamente internacional e viola de modo flagrante o princípio fundamental do Tratado do Espaço, que considera o espaço como um bem comum de toda a humanidade (the province of all mankind).

Como reagirão as nações do mundo aos semideuses, neste caso? Sairão mais uma vez vitoriosos os filhos de Zeus, com o privilégio de concentrar em seus polpudos bancos os trilhões de dólares que o negócio promete? Ou terão de se curvar ao bom senso, ao Direito Internacional e aos legítimos interesses e necessidades das grandes maiorias do nosso planeta?

* Vice-Presidente da Associação Brasileira de Direito Aeronáutico e Espacial (SBDA); Diretor Honorário do Instituto Internacional de Direito Espacial; Membro Pleno da Academia Internacional de Astronáutica (IAA); e ex-Chefe da Assessoria Internacional do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e da Agência Espacial Brasileira (AEB). E-mail: jose.monserrat.filho@gmail.com.

Referências

1) Do livro “A economia das fraudes inocentes – Verdade para o nosso tempo”, São Paulo: Companhia das Letras, 2008, p. 56.
2) Ver seção de textos em www.sbda.org.br.
3) http://www.esa.int/ESA.
4) http://www.tiaonline.org/policy/trade/international-telecommunication-union-itu.
5) Artigo intitulado “Os jovens de Bernie Sanders”, CartaCapital, 24/02/2016, p. 53.
6) Crônica de Luiz Fernando Veríssimo intitulada “Abstrações”, O Globo, 06/03/2016, p. 19.
7) Ver referência nº 1, pp. 72-73.
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quarta-feira, 9 de março de 2016

INPE: prorrogação de prazo para candidatura a diretor

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MCTI prorroga prazo para candidatura a diretor do INPE

Terça-feira, 08 de Março de 2016

Foi publicado nesta terça-feira (8/3) no Diário Oficial da União (DOU) edital do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) que prorroga o prazo para encaminhamento da documentação dos interessados à candidatura ao cargo de diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).  A data limite passa a ser 24 de março de 2016.

Confira aqui a publicação no DOU

Fonte: INPE
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terça-feira, 8 de março de 2016

Esclarecimentos técnicos sobre Edital FAPESP/FINEP

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INPE recebe empresários para esclarecimentos técnicos sobre Edital FAPESP/FINEP

Segunda-feira, 07 de Março de 2016

Nos dias 15 e 16 de março, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e a Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) realizam reuniões para esclarecimento de dúvidas técnicas sobre a Seleção Pública de Subvenção Econômica à Pesquisa para Inovação – Programa PIPE/PAPPE, para o Edital Desenvolvimento de Tecnologias e Produtos para Aplicações Espaciais.

Os principais temas do PIPE/PAPPE Subvenção são: instrumentos embarcados da missão EQUARS; eletrônica e óptica espacial; propulsão; transponder digital e antena; suprimento de energia; integração de sistemas; controle de atitude e órbita.

As reuniões acontecerão na sede do INPE, em São José dos Campos (SP).

As inscrições são gratuitas e podem ser efetuadas até o dia 11 de março (sexta-feira), acessando o link http://goo.gl/forms/CDvLjU2QbC

Confira abaixo a programação das reuniões, que serão realizadas no LIT/INPE - Sala C 1º andar:

Período
Horário
Grupo de desafios tecnológicos
Terça (15) - tarde14h-15h3 - Propulsão
15h-16h6 - Integração de sistemas
16h-17h7 - Controle de atitude e órbita
Quarta (16) - manhã10h-11h1 - Instrumentos embarcados da missão EQUARS
11h-12h5 - Suprimento de energia
Quarta (16) - tarde14h-16h2 - Eletrônica e óptica espacial
16h-18h4 - TT&C – Transponder digital e antena

Os recursos alocados para financiamento de projetos são da ordem de R$ 25 milhões, sendo 50% com recursos da FINEP e 50% com recursos da FAPESP. Essa Fase 3 do Programa PIPE visa o desenvolvimento industrial e a comercialização pioneira. O apoio tem duração de 24 meses e o valor máximo previsto por projeto é de até R$ 1,5 milhão. O investimento não é reembolsável.

As empresas deverão demonstrar contrapartida economicamente mensurável em itens de despesa relacionados com a execução de atividades de pesquisa e desenvolvimento, os quais devem ser descritos no projeto. As propostas submetidas serão enquadradas e deverão seguir as normas do Programa Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE) da FAPESP.

O Programa PIPE/PAPPE Subvenção tem como objetivo apoiar, por meio da concessão de recursos de subvenção econômica do MCTI/Finep/FNDCT e de recursos orçamentários da FAPESP, o desenvolvimento por empresas paulistas de produtos, processos e serviços inovadores, visando o fortalecimento, a qualificação e a manufatura avançada das cadeias produtivas da indústria aeroespacial e de defesa do Estado de São Paulo.

Como resultado da chamada para o desenvolvimento de tecnologias e produtos para aplicações espaciais, a FAPESP e a FINEP esperam proporcionar às empresas participantes a criação de novas tecnologias e novos conhecimentos com aplicações e objetivos práticos; contribuição para formar recursos humanos qualificados na área do projeto; possibilidade de assegurar ao produto viabilidade técnica para produção em escala; melhorias na qualidade do produto; garantia de adequação do produto a normas, certificações técnicas e comprovações de desempenho.

O prazo para entrega de propostas encerra em 4 de abril de 2016. A seleção pública está disponível em: www.fapesp.br/9961.

Fonte: INPE
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quinta-feira, 3 de março de 2016

Modernização dos radares de Alcântara

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Centro de Lançamento de Alcântara conclui modernização de radares

Brasília, 3 de março de 2016 – A modernização dos radares Atlas e Adour do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), em Alcântara (MA) foi concluída no último dia 19 de fevereiro. O serviço foi responsável por colocar os radares que apoiarão as atividades do Programa Espacial Brasileiro (PEB) no estado da arte em termos de meios de solo.

Os principais subsistemas modernizados foram o servomecanismo, a telemetria e a codificação angular, além do sistema de recepção de média frequência.

Com a modernização dos subsistemas dos radares, realizada pela empresa Omnisys, do grupo francês Thales, tem-se como resultado o aumento da capacidade operacional e da confiabilidade dos dados de lançamentos realizados a partir do CLA. A atual configuração permite também que os radares contribuam com outras missões deste centro.

O trabalho desenvolvido ainda permite que o Centro possa ter novas peças de reposição, visando a uma correta manutenção e conservação do Sistema por muitos anos. O Sistema pode evoluir ainda mais no futuro com novas funções, por meio da tecnologia utilizada e o domínio total da equipe técnica brasileira.

O engenheiro Carlos Alberto Santos Garcês, um dos responsáveis pela operação dos radares e fiscal do contrato assinado em 2012, destaca que o alto grau de precisão dos radares possibilita “que acompanhemos as passagens de engenhos espaciais sem dificuldades”.

Para celebrar a assinatura do Termo Circunstanciado de Recebimento Definitivo, as equipes do CLA realizaram o rastreio da Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês).

A previsão é que os radares sejam utilizados novamente em outubro próximo na Operação Rio Verde, quando será lançado o foguete VSB-30 com a carga útil MicroG-2, com experimentos financiados pelo Programa Microgravidade, da Agência Espacial Brasileira (AEB).

Fonte: AEB, com edição do blog Panorama Espacial.
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Cooperação Brasil - Japão

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Inpe promove seminário para fomentar parcerias na área espacial

Brasília, 3 de março de 2016 – Representantes de instituições tecnocientíficas e de empresas japonesas estarão hoje (3) no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em São José dos Campos (SP), para o Seminário Brasil-Japão.

O objetivo é apresentar tecnologias e soluções inovadoras, de ambos os países, relacionadas ao desenvolvimento de satélites e de aplicações espaciais, como monitoramento de áreas agrícolas, de queimadas, secas e desastres naturais, entre outros.

O diretor do Inpe, Leonel Perondi, recepciona a comitiva liderada por Takayoshi Fukuyo, do Gabinete do Governo do Japão. Estão programadas palestras e reuniões para estreitar relações e prospectar oportunidades de atividades e projetos conjuntos.

O seminário aborda desde o histórico da cooperação espacial entre Brasil e Japão até a apresentação de sistemas e produtos desenvolvidos por ambos os países e que possam ser empregados em ações futuras, com benefícios mútuos.

Além de Perondi, também têm apresentações sobre projetos e estudos do Inpe Amauri Montes, coordenador de Engenharia e Tecnologia Espacial (ETE); Marcos Antonio Bertolino, chefe da Divisão de Sistemas Espaciais (DSS) da ETE; Laércio Namikawa, pesquisador da Divisão de Processamento de Imagens (DPI) da Coordenação de Observação da Terra (OBT); Hilcea Ferreira, tecnóloga da DPI/OBT; Alberto Setzer, coordenador do Monitoramento de Queimadas; Flávio Ponzoni, chefe da Divisão de Sensoriamento Remoto (DSR) da OBT; Luiz Eduardo Aragão, pesquisador da DSR/OBT; Alessandra Rodrigues Gomes, chefe do Centro Regional da Amazônia (CRA); Daniel Alejandro Vila, pesquisador do Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (CPTec); Antonio Fernando Bertachini de Almeida Prado, coordenador da Pós-Graduação (SPG), e Walter Abrahão, tecnólogo da Divisão de Eletrônica Aeroespacial (DEA) da ETE.

Da parte do Japão, estão previstas apresentações de Takayoshi Fukuyo, chefe do Escritório para Política Espacial do Gabinete do Governo do Japão; Shinichi Nakasuka, pesquisador da Universidade de Tóquio; Toshiaki Iwata, pesquisador do Instituto Nacional de Ciência Industrial e Tecnologia Avançada do Japão (Aist); Kunihiko Arai, gerente da Kokusai Kogyo; Noritoshi Kamagata, engenheiro do Departamento de Tecnologia Aeroespacial da Kokusai Kogyo; Yuya Nakamura, presidente da  Axelspace, e Masami Kaneko, pesquisador do Laboratório de Ciências Ambientais e Sistemas de Informações Geográficas da Universidade de Rakuno Gakuen.

Fonte: Inpe
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