terça-feira, 29 de novembro de 2011

Evento sobre comunicações militares em Brasília

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Seminário da Arycom apresenta novas tecnologias de comunicação via satélite para o Governo e as Forças Armadas

Envio de fotos otimizadas por satélite, soluções de transmissão de dados em banda X e criptografia de voz são os temas de algumas das apresentações do evento que será realizado em Brasília

São Paulo, 29 de novembro de 2011 - A Arycom, provedora de soluções completas em comunicações via satélite, fará apresentações e demonstrações de novas soluções de comunicação via satélite voltadas para as Forças Armadas, serviços de segurança e consultores e agências governamentais. O Seminário Anual de Tecnologia será realizado pelo segundo ano no próximo dia 30 de novembro (quarta-feira), em Brasília, apresentando como destaque o terminal portátil VSAT em banda X. A empresa norte-americana L3 trouxe para o Brasil, por meio da Arycom, o terminal “Panther Manpack” para uso exclusivo militar. O Panther Manpack pode utilizar a banda Ku, Ka ou X, atingindo velocidades de transmissão superiores a 2Mbps. Utilizando banda X permite o Governo manter comunicações seguras, pois a banda X é específica para uso governamental.

“O objetivo é apresentar o que há de mais novo em sistemas de comunicação via satélite, principalmente para operações em áreas remotas, situações corriqueiras para os integrantes da Força Aérea, Marinha, Exército, Polícia Militar e outros representantes de instituições de segurança pública”, destaca o CEO da Arycom, Svante Hjorth. Para ele, as novas aplicações de comunicação também podem ser fundamentais no desenvolvimento da política de segurança nacional, principalmente nos próximos anos, quando o foco será a organização da Copa do Mundo de 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016.

O Seminário também vai apresentar as soluções:

ASIGN – A solução denominada Adaptive System for Image-communications in Global Networks (ASIGN), da parceira AnsuR, foi projetada para otimizar a transmissão de imagens de alta qualidade, especialmente em áreas onde a comunicação via satélite é a única solução, por exemplo, onde a infraestrutura de telecomunicação terrestre ainda não foi implementada ou não é garantida. A solução é indicada principalmente para situações que exigem acesso rápido à informação visual de alta qualidade, que pode ser decisiva para a tomada de decisões. Além de ser mais rápida e econômica em relação a qualquer outro sistema, a ASIGN também pode ser integrada com sensores automáticos para tirar fotos, criando observações de múltiplas fontes.

Enigma: Solução da parceira Tecnobit, para criptografia de voz para comunicação segura ponta a ponta via satélite ou 3G, com chamadas convencionais ou seguras do mesmo terminal.

Osprey – Rastreamento pessoal, de frotas ou tropas. O equipamento Osprey pode ser fixado junto ao corpo, veículo ou equipamento, para emissão de sinais para rastreamento. Por meio de uma interface web, o comandante ou a base de operações pode acompanhar o deslocamento da equipe.

Também estarão presentes a Vizada – provedora de soluções via satélite de telefonia, internet e transmissão de vídeo, a Inmarsat – operadora e proprietária dos satélites geoestacionários Inmarsat, a Astrium, do Grupo EADS - um dos principais players mundiais no campo de aplicações espaciais, a Thrane & Thrane - fabricante líder mundial de equipamentos e sistemas para comunicação móvel global, e a Paradigm - provedor líder de serviços de comunicação por satélite em banda X e UHF, todos parceiros da Arycom.

Fonte: Assessoria de Imprensa da Arycom
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Astrium participa de evento de satélites em Brasília

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Astrium participa de seminário sobre novas tecnologias para o segmento de defesa

Pierre Duquesne, diretor geral da Astrium GEO no Brasil, falará sobre as aplicações de satélites voltadas para o monitoramento e controle de fronteiras terrestres e marítimas.

A Astrium GEO-Information Services participa da 2ª edição do Seminário de Tecnologia voltado ao setor governamental e às Forças Armadas. O evento é promovido pela Arycom, provedora de produtos e serviços na área de comunicação via satélite, e acontece na próxima quarta-feira, dia 30 de novembro, a partir das 08h30, no Hotel Royal Tulip, em Brasília.

O objetivo do evento é discutir a utilização de novas ferramentas para o monitoramento de fronteiras, transmissão de imagens e outros dados a partir de localidades remotas, além da conectividade com aeronaves e embarcações para que as mesmas possam transmitir informações em tempo real a partir de suas missões.

Além de representantes das Forças Armadas e dos principais órgãos de fiscalização e patrulha, como Polícia Federal, IBAMA, ABIN, SIPAM, estarão presentes as principais fabricantes e operadores de serviços de comunicação via satélite, que contam com soluções específicas para a área militar, tais como Inmarsat, Paradigm, Vizada, Thrane & Thrane, L-3, entre outras.

Pierre Duquesne, diretor-geral da Astrium GEO no Brasil, participa de um dos painéis que abordará serviços Inmarsat e as novas soluções de valor agregado. O executivo discorrerá sobre a atuação da Astrium e as principais aplicações de satélites de observação da Terra para a área de defesa, com foco no monitoramento e controle de fronteiras terrestres e marítimas.

Fonte: Astrium
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TEXUS 48: VSB-30 lançado com sucesso

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No último domingo, 27 de novembro, o Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE/DCTA) pode comemorar um dos melhores vôos realizado pelo foguete de sondagem VSB-30, no centro de lançamento de Esrange, no norte da Suécia.

Ás 10h10, horário local, 7h30 no horário de São José dos Campos (SP), foi lançado o VSB-30 V14 com a carga útil TEXUS 48.

Foi o 12º vôo do VSB-30, sendo três lançamentos realizados a partir do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão, e nove lançamentos de Esrange.

Dados do vôo:

- Apogeu: 258,4 km (estimado); 263 km (real);- Alcance da carga útil: 74,16 km (estimado); 72 km (real);- Dispersão do ponto de impacto = 1 - Tempo de microgravidade: 6 min 11 seg.

Fonte: IAE/DCTA, com edição do blog.
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sábado, 26 de novembro de 2011

Posições orbitais: audiência pública no Senado

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Audiência pública debaterá novas posições de satélites para ampliar banda larga

25/11/2011 - 15h48

A política espacial brasileira será tema de audiência pública na Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT), na próxima quinta-feira (1º). O debate tem o intuito de discutir as licitações de posições orbitais de satélites brasileiros como forma de ampliar o alcance das novas tecnologias, principalmente a banda larga, para abranger regiões menos desenvolvidas do país como o Norte e o Nordeste. A iniciativa é dos senadores Eduardo Braga (PMDB-AM), presidente da comissão, e Gim Argello (PTB-DF).

Em 2011, o Brasil promoveu o leilão de quatro posições orbitais para satélites de comunicação, voltados principalmente para o Norte do país, garantindo a ampliação da banda larga em regiões como a Amazônia. A expectativa é de que, em 2012, novos leilões ocorram, beneficiando desta vez o Nordeste do país.

- Hoje o Brasil precisa de uma política sólida de em matéria de comunicação e a política espacial brasileira não pode ficar de fora. Também devemos discutir a estrutura da Agência Espacial Brasileira (AEB), pois não há que se permitir que tamanhas responsabilidades sejam tocadas sem a devida estrutura - explicou Eduardo Braga na justificativa do requerimento para audiência pública.

Para discutir o assunto foram convidados ao Senado o presidente da AEB, Marcos Antônio Raupp; o presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), João Batista Rezende; e o presidente da Associação Brasileira de Empresas de Satélite (Abrasat), Manoel Almeida.

A reunião está marcada para as 9h, no Plenário 9 da Ala Alexandre Costa.

Fonte: Agência Senado (reportagem de Paola Lima).
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sexta-feira, 25 de novembro de 2011

INPE promove GeoInfo 2011

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GeoInfo 2011 reúne pesquisadores em Campos do Jordão

Sexta-feira, 25 de Novembro de 2011

De 27 a 29 de novembro, Campos do Jordão sedia o GeoInfo - XII Simpósio Brasileiro de Geoinformática, promovido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) em parceria com o Departamento de Ciência da Computação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

O evento é conhecido por trazer ao Brasil os principais pesquisadores na área de geoinformação e bancos de dados espaciais.

A cada ano, o GeoInfo apresenta pesquisas e aplicações inovadoras em geoinformática para as mais diversas áreas, como segurança pública, saúde, monitoramento ambiental, cadastro urbano, gestão de redes de transporte e ordenamento territorial.

Além de promover a troca de experiências entre pesquisadores, o GeoInfo é uma oportunidade para que os autores dos trabalhos a serem expostos encontrem possíveis parceiros e colaboradores, estabelecendo a cooperação entre instituições.

Mais informações no site http://www.geoinfo.info/

Fonte: INPE
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quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Voo do Cyclone 4 em 15 de novembro de 2013?

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A agência espacial ucraniana (NKAU, sigla em ucraniano) e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação divulgaram hoje (23) notícias com informações sobre a reunião realizada ontem (22) em Kiev, entre o primeiro-ministro da Ucrânia, Mykola Azarov, e o ministro brasileiro de Ciência, Tecnologia e Inovação, Aloizio Mercadante.

Azarov deu especial ênfase à cooperação espacial entre os dois países, materializada com a constituição da binacional Alcântara Cyclone Space para a exploração comercial do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão. "Nós vemos o Brasil como um parceiro muito sério. E nós, líderes políticos, devemos fazer tudo para este propósito", destacou.

A informação mais relevante divulgada com a reunião, no entanto, foi o anúncio de uma data precisa para o voo de estreia do Cyclone 4. Segundo Mercadante, o cronograma prevê o lançamento a partir de Alcântara em 15 de novembro de 2013, feriado no Brasil (Proclamação da República).

Colaborou Ildefonso.
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terça-feira, 22 de novembro de 2011

Telebras, Embraer e SGB

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Para Embraer, ação com Telebras é entrada no mercado de satélites

Luís Osvaldo Grossmann
21/11/2011


A Embraer vai aproveitar a transferência de tecnologia no projeto conjunto do satélite geoestacionário, tocado pela Telebras, no campo aeronáutico em que já atua e com vistas a também entrar nesse novo mercado, específico dos satélites.

O presidente da Embraer Defesa, Luiz Carlos Aguiar, que fez nesta segunda-feira, 21/11, uma visita de cortesia ao ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, afirmou que a parceria com a Telebras está praticamente consolidada.

O próprio presidente da estatal, Caio Bonilha, que também participou da reunião, acredita que a nova empresa estará efetivamente formada até dezembro. A joint venture será responsável pela integração do satélite geoestacionário a ser lançado em 2014.

Os dois executivos sustentaram que nessa empresa conjunta, a participação será exclusiva da Telebras e da Embraer. “Essa empresa é o prime contractor contrado pela Telebras para fazer a integração do satélite, é essencialmente engenharia”, afirmou Bonilha.

A eventual participação de outros grupos – como a Oi, por exemplo –, se existir, seria na operação do satélite. A Telebras, porém, nega que essa participação acontecerá, até porque contraria o objetivo estratégico de manter o controle estatal sobre o projeto.

Fonte: Convergência Digital

Comentário: ontem (21), além de Luiz Carlos Aguiar, da Embraer, o ministro Paulo Bernardo também recebeu uma visita de Roberto Simões, presidente da Odebrecht Defesa e Segurança. A pauta da visita não foi divulgada.
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segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Workshop da AAB sobre "A Indústria Espacial Brasileira"

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"A INDÚSTRIA ESPACIAL BRASILEIRA"
24 novembro 2011, 14:00-18:00
Memorial Aeroespacial Brasileiro (MAB)
São José dos Campos - SP

Com o objetivo de aprofundar as propostas e discussões apresentadas no documento "A Visão da AAB para o Programa Espacial Brasileiro", a Associação Aeroespacial Brasileira (AAB) promove seu quarto workshop com propósito agora de discutir aspectos relativos a "A Indústria Espacial Brasileira".

Programação: Workshop "A Indústria Espacial Brasileira"

14:00 Abertura _ Otávio Durão (Presidente da Comissão de Política Espacial da AAB)

14:10 Expositores
_ Mário Quintino (INPE)
_ Walter Bartels (AIAB)
_ Sanderson Barbalho (Opto Eletrônica)
_ Sidney Carrara (Equatorial Sistemas)

15:10 Discussões
Moderador: Célio Vaz (Vice-Presidente da AAB)

15:40 Intervalo

16:00 Expositores
_ Anderson Marckiewicz (Camargo Corrêa Defesa)
_ Fábio Augusto Kuepper (MECTRON)
_ Luiz Carlos Aguiar (EMBRAER Defesa & Segurança)
_ Sebastião Cavali (CECOMPI/APL)

17:00 Discussões
Moderador: Célio Vaz (Vice-Presidente da AAB)

17:30 Conclusões & Finalização do Evento: Otávio Durão

A AAB conta com sua presença para enriquecimento do evento!

Fonte: AAB
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Nota de Falecimento

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A AAB se despede de ALESSANDRA DAVID!
Jornalista - 37 anos
Atuava na Comunicação Social do IAE

Por ocasião do "Encontro Anual da AAB 2010", uma silhueta feminina, meiga, gentil e determina se movimentava de um lado para o outro do Auditório registrando imagens e sons.

Mais tarde em dezembro do mesmo ano, essa criatura dócil e elegante recebia os convidados da AAB no "Espaço Mário Covas" que vieram de diversos lugares, inclusive de outros estados, para prestigiarem com suas presenças o lançamento do documento "A Visão da AAB para o Programa Espacial Brasileiro". E aí, mais uma vez lá estava ela fotografando e registrando sons.

Por último, em maio passado novamente lá estava ela fotografando e até entrevistando participantes do evento "Encontro Anual da AAB 2011".

O incrível em tudo isso é que tratava-se apenas de uma "convidada" para os eventos. No entanto, não se limitando a agir socialmente, contribuia, fazendo uso de suas habilidades, competência e enorme senso altruísta, para o enriquecimento dos eventos da AAB.

Mas, infelizmente ela não mais fará isso e não a encontraremos mais em nossos eventos. Me despedi hoje, com muito pesar, dessa moça (pois era muito jovem ainda) que nos deixou para sempre.

Alessandra, você que embora apenas convidada, agia como se tivesse sido contratada; você que sem sequer era nossa Associada, mas que abraçou a AAB como se dela fõsse uma parte; você que não tinha qualquer obrigação com a AAB, mas produziu artigos, press-releases, e até vídeos sem qualquer exigência a não ser a satisfação em fazê-los.

Alessandra, com tudo isso que você fez e muito mais que não chegamos sequer a perceber em você, chego a supor que talvez você não fosse desse mundo, e que por isso foi embora tão cedo.

Alessandra, aonde quer que você esteja, saiba, que você fez a diferença entre nós, e que deixou muitas saudades. A AAB lhe será eternamente agradecida por você ter estado conosco!

Paulo Moraes, presidente da Associação Aeroespacial Brasileira (AAB).

Nota do blog: tive o prazer de conhecer a Alessandra David numa visita ao Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE/DCTA), em São José dos Campos para uma entrevista com o diretor do Instituto, Cel. Pantoja. Alessandra foi extremamente atenciosa, ajudando em tudo que estivesse ao seu alcance. Lembro-me de uma carona que ela me deu até o Memorial Aeroespacial Brasileiro, oportunidade em que conversamos um pouco sobre trabalho e projetos. Contou-me sobre um livro que estava escrevendo, com a história do motor a álcool, desenvolvido no DCTA. Que descanse em paz.

André M. Mileski
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sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Imagens da Bacia de Campos geradas pelo Envisat

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Imagens do INPE são utilizadas para avaliar vazamento de petróleo na Bacia de Campos

Um conjunto de imagens do radar ASAR, a bordo do Envisat, e do sensor MODIS, dos satélites Aqua e Terra, foi entregue ao Ibama e à Petrobras pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). As imagens estão sendo utilizadas para avaliar o vazamento de petróleo no campo da empresa americana Chevron, situado na Bacia de Campos, no litoral norte do Rio de Janeiro.

“A Petrobras recebeu as imagens 30 minutos após serem gravadas pelos satélites. São informações importantes para o contingenciamento do acidente”, informa Ivan Barbosa, chefe da Divisão de Geração de Imagens do INPE.

Desde 2009, o INPE mantém em sua unidade de Cachoeira Paulista uma Estação de Sensoriamento Remoto Marinho que recebe imagens, em tempo quase real, para a detecção de poluentes na superfície do mar e outras aplicações, como o estudo de ecossistemas e recursos naturais marinhos e a medição da intensidade de correntes e campo de ventos, altura de ondas, entre outros parâmetros.

A estação, que recebe e processa as imagens do satélite Envisat, foi adquirida pelo INPE em parceria com a Petrobras. Suas imagens são ideais para o monitoramento ambiental e identificação de derrames de óleo no mar.

“O fornecimento imediato e contínuo de imagens à Petrobras faz parte da nossa operação regular”, explica Ivan Barbosa. Para acompanhar a situação na Bacia de Campos, enquanto necessário também o Ibama receberá as imagens dos satélites do INPE.

Fonte: INPE
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quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Cooperação Brasil - China

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Uma comitiva das forças armadas chinesas, chefiada pelo vice-chefe do Estado-Maior Geral do Exército Popular de Libertação da China, tenente-brigadeiro Ma Xiaotian, está no Brasil desde ontem (16) para participar da 2ª Reunião do Comitê Conjunto de Defesa Brasil-China, em Brasília (DF).

Em nota divulgada pelo Ministério da Defesa, foram destacadas algumas possibilidades de cooperação entre os dos países no campo espacial, particularmente em veículos lançadores, satélites e uso de imagens. Veja os trechos abaixo:

"Os grupos de trabalho apresentarão possibilidades de intercâmbio acadêmico entre os institutos de tecnologia, desenvolvimento conjunto de pesquisa científica, cooperação em atividades espaciais e projeto e desenvolvimento de veículos de lançamento e de satélites.

A parte brasileira tem interesse no uso de imagens obtidas por radares de abertura sintética para combater o crime organizado e o desmatamento na Amazônia Legal."
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quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Operação Brasil-Alemanha no CLBI

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Operação Brasil-Alemanha lança dois foguetes na Barreira do Inferno

16/11/2011 - 08h57

O Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI), realiza, entre os dias 16 de novembro e 9 de dezembro, a Operação Brasil-Alemanha, no Rio Grande do Norte. No exercício serão lançados dois foguetes: o ORION, com previsão de lançamento para o dia 25 de novembro, e o VS-30, para o dia 2 de dezembro, ambos às 20 horas. A Operação Brasil-Alemanha marca os 40 anos do acordo tecnológico internacional entre o Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) e o Centro Espacial da Alemanha (DLR). Os principais objetivos da operação são o lançamento e rastreamento do foguete de sondagem VS-30 V08 com uma carga útil científica portando dois experimentos. Um do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e outro da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). O evento servirá também para o treinamento dos profissionais do CLBI para operar a estação Móvel de Telemedidas e o Lançador Móvel, além de interligar as estações (Telemetria, Radar e CTDL) do CLA e do CLBI.

Embarcado no VS-30, o experimento científico do INPE consiste em uma Sonda de Langmuir (LP) que fará medidas do perfil da densidade numérica de elétrons a partir do perfil da corrente recolhida por um sensor de aço inox montado na ponta da coifa do foguete; medirá a temperatura cinética dos elétrons a partir da curva característica da corrente versus potencial do sensor de LP; e coletará dados da função de distribuição de energia dos elétrons (EEDF) a partir da segunda derivada da característica da corrente versus potencial do sensor de LP.

O VS-30 é um veículo mono-estágio que utiliza propelente sólido, tendo, neste voo, 7,1 m de comprimento (dos quais 3,1 m de carga útil) e uma massa total da ordem de 1500 kg. O apogeu deverá estar, segundo cálculos preliminares, entre 160 e 200 km, com impacto entre a distância de 105 e 145 km.

Já o experimento da UFRN, com desenvolvimentos em cooperação com o Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), tem como função básica informar com precisão a posição e a velocidade do foguete (neste caso) ou de um satélite no espaço. A principal inovação é a incorporação de certas características, principalmente de software, que não estão presentes em receptores disponíveis comercialmente, como a capacidade de funcionar em elevadas altitudes e em altas velocidades sem perder o sincronismo com o sinal recebido da constelação de satélites GPS. Atualmente os receptores GPS utilizados na área espacial, no país, são importados.

O Foguete ORION será lançado a partir do Lançador Móvel recebido pelo CLBI na Operação Camurupim, realizada nos meses de abril e maio de 2011. O ORION é um veículo mono-estágio, não-guiado, estabilizado por empenas, que utiliza um motor carregado com propelente sólido compósito. Para este voo o veículo terá aproximadamente 5,7 m de comprimento (dos quais 3,0 m de carga útil) e uma massa total da ordem de 500 kg. Ele estará equipado com três empenas, garras (dianteira e traseira) retráteis, e um ignitor com dispositivo de segurança mecânica. O apogeu a ser atingido depende do ângulo de elevação de lançamento e deverá estar entre 95 e 105 km, com impacto entre 70 e 80 km de distância.

Efetivo

Mais de 100 servidores, entre civis e militares do efetivo do CLBI, estão envolvidos na Operação Brasil-Alemanha, além de equipes do DCTA (IAE, IFI), DLR (Centro Espacial da Alemanha), INPE, UFRN. À distância, fora do CLBI, apoiando o lançamento do VS-30, haverá participação do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), funcionando como Estação Remota, em Alcântara e São Luís (MA), operando equipamentos (radares e estação de telemedidas). Equipes do INPE em diversas localidades (Cachoeira Paulista – SP, Fortaleza – CE e São Luís – MA) apoiarão seu experimento (envio de informações sobre o início da geração de bolhas ionosféricas) por meio de seus técnicos e equipamentos.

Na Operação Brasil-Alemanha, o veículo e a carga útil serão de responsabilidade do DLR, com a equipe brasileira fazendo a integração, os testes, o lançamento e o rastreio. Tripulações da FAB e Marinha do Brasil estarão empenhadas na segurança da Operação.

Fonte: FAB
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segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Unasul discute agência espacial sul-americana

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O website especializado Infoespacial divulgou reportagem informando que na reunião entre os ministros da Defesa dos países que integram a União das Nações Sul-Americanas (Unasul), realizada na semana passada, em Lima, no Peru, foi acordada a inclusão no Plano de Ação CDS-2012 do projeto de criação de uma agência espacial sul-americana.

De acordo com o divulgado, os ministros trataram da criação da agência sul-americana, embora não tenham entrado em detalhes. Foi indicado que "cada país consultará seus respectivos programas espaciais para estudarem a factibilidade do estabelecimento da agência."

De acordo com Arturo Puricelli, ministro da Defesa da Argentina, a criação da entidade buscaria "unificar os esforços da região de acesso ao espaço para diminuir custos e ter acesso ao espaço com lançadores e satélites de fabricação sul-americana para fins pacíficos, sem prejuízo de que o tema de controle do espaço aéreo é um tema que interessa ao setor de defesa".

Aparentemente, o principal patrocinador da ideia de uma agência espacial regional é o governo argentino. No final de agosto, em visita ao Brasil, o ministro da Defesa argentino propôs a criação ao seu contraparte brasileiro, Celso Amorim (ver a postagem "Agência Espacial Sul-Americana?").
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domingo, 13 de novembro de 2011

"Desde o espaço", reportagem de Tecnologia & Defesa

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DESDE O ESPAÇO

O uso de satélites para a prevenção e gerenciamento de desastres naturais

André M. Mileski

Os satélites são ferramentas hoje indispensáveis para uma vasta quantidade de atividades, para praticamente todos os segmentos econômicos. Seus três principais pilares - telecomunicações, sensoriamento remoto e navegação - são elementos fundamentais para outra aplicação, bastante nobre: a prevenção e gerenciamento de desastres naturais, possibilitando muitas vezes a redução de perdas humanas e dos prejuízos causados, assim como a coordenação e gerenciamento de formas mais efetivas e organizadas em situações de crise e na reconstrução.

No caso de satélites de observação terrestre, por exemplo, seus dados podem ser utilizados para a elaboração de mapas de risco e avaliação de enchentes, de mapas com avaliação de danos, monitoramento dos estragos durante a ocorrência do desastre, e também de atividades antrópicas, quase sempre associadas ao acontecimento e à sua gravidade.

Números divulgados em setembro pela comissão chinesa para a redução de desastres naturais comprovam a importância de satélites para essa finalidade. Desde que foram lançados, em 2008, seus dois pequenos satélites de observação forneceram às agências governamentais daquele país informações sobre desastres de três a seis vezes mais rápido que antes, quando não havia o sistema, com a abrangência do monitoramento aumentando em dez vezes. Seus dados contribuíram para esforços relacionados a 70 desastres naturais, sendo 15 no exterior.

O uso de sistemas de satélites com essas finalidades não é algo novo. Vários países e organizações lançam mão da tecnologia espacial com esses propósitos havendo, inclusive, sistemas e redes específicos. Um deles, aliás, envolve um vizinho do Brasil. Em julho de 2005, a Argentina e a Itália, por meio de seus organismos espaciais, a Agenzia Spaziale Italiana (ASI), e a Comision Nacional de Actividades Espaciales (CONAE), estabeleceram um importante acordo para a realização do Sistema Ítalo-Argentino de Satélites para a Gestão de Emergências (SIASGE), considerado único no mundo, que envolverá a integração de duas constelações de satélites radares, a italiana COSMO-Sky-Med (quatro satélites), que operam em banda X, e a argentina SAOCOM (dois satélites), que utilizará a banda L.

Quando plenamente operacional, o SIASGE gerará informações sobre emergências naturais como incêndios, inundações, erupções vulcânicas ou terremotos. Os quatro satélites COSMO-Sky-Med, construídos pela Thales Alenia Space, já estão em órbita, enquanto que os dois SAOCOM estão em construção na Argentina e deverão ser lançados nos próximos anos. “O SIASGE é um projeto que envolve altíssima complexidade tecnológica e no qual a Itália investiu um bilhão de euros e a Argentina 500 milhões”, declarou há alguns anos Enrico Saggese, na época comissário extraordinário da ASI.

Outro sistema bastante conhecido é o DMC (Disaster Monitoring Constellation), liderado pelo Reino Unido e pela empresa SSTL, que completou dez anos de existência, em fevereiro deste ano. É formado por organizações e nações estrangeiras, cada qual possuindo um ou mais satélites de observação de pequeno porte, desenvolvidos e construídos pela própria SSTL. Seu objetivo é contribuir em campanhas humanitárias contra desastres naturais, como os tsunamis na Ásia (2004), o furacão Katrina, nos Estados Unidos (2005); as inundações no Reino Unido (2007); e o terremoto de Sichuan, na China (2008), dentre outros, fornecendo imagens óticas de alta resolução.

A companhia DMC International Imaging foi criada com o propósito de coordenar respostas aos desastres e distribuir as imagens e também para comercializar dados gerados pela constelação para clientes mundo afora, gerando recursos para custear as missões de caráter humanitário. Um dos clientes é o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), que adquire imagens da constelação para apuração dos níveis de desmatamento da região amazônica.

Os passos brasileiros

As não raras tragédias que acontecem no Brasil mostraram a necessidade de se dispor de sistemas eficientes para o seu gerenciamento. Em março de 2011, a região serrana do Estado do Rio de Janeiro foi devastada por inundações e deslizamentos de encostas causados pelas chuvas, vitimando centenas de pessoas, tragédia fundamental para a decisão do governo de criar um centro para a prevenção e monitoramento de desastres naturais.

No início de julho, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação anunciou a criação do Centro de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (CEMADEN), que será responsável por emitir alertas e por desenvolver e implementar sistemas de observação e monitoramento.

O núcleo inteligente do CEMADEN ficará no campus do Instituto Nacional de Pesquisas Especiais (INPE), em Cachoeira Paulista (SP), próximo ao Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC), e a expectativa é que pelos próximos quatro anos, sejam investidos R$ 250 milhões para a instalação completa do sistema de alerta, que contará com radares meteorológicos, equipamentos pluviométricos, hidrológicos e de geotecnia, entre outros.

Sobre o uso de dados de satélites, a reportagem de T&D conversou com Carlos Frederico Angelis, coordenador geral da área de operações e modelagem do CEMADEN. “Em um primeiro momento, usaremos dados do CPTEC/INPE, e também de satélites estrangeiros, disponibilizados pela NASA, NOAA e por organizações europeias”, informou Angelis. A intenção é que o CEMADEN tenha condições de produzir dados próprios, mas também agregue informações de outras fontes, como o Sistema de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (SISMADEN), do INPE.

O pesquisador também citou a série CBERS, construídos pelo Brasil em parceria com a China. Quando o primeiro satélite da segunda geração estiver em órbita, algo previsto para o final de 2012, seus dados também poderão servir aos propósitos do centro. “O CBERS também será muito importante para o CEMADEN, principalmente o sensor de alta resolução, para ações de prevenção e no pós-desastre”, afirmou.

Em médio prazo, o CEMADEN deverá contar com dados fornecidos pela rede GPM (Global Precipitation Measure), liderada pela estadunidense NASA e a JAXA, a agência espacial japonesa. O Brasil participará do projeto com a construção de um satélite que integrará a rede, a ser desenvolvido pelo INPE, em parceria com os Estados Unidos ou com a França. Com o GPM, o CEMADEN terá acesso a dados sobre precipitações praticamente em tempo real, com medidas de chuvas a cada três horas, facilitando previsões de deslizamentos, ocasionados pelo acúmulo de água no solo.

Imagens e serviços

A preocupação brasileira em dispor de um sistema para gerenciamento de desastres deve também abrir oportunidades para fornecedores privados de imagens e serviços de satélites. Já estabelecidas localmente, a Telespazio Brasil, controlada pelo grupo italiano Finmeccanica, e a Astrium GEO-Information Services, do conglomerado EADS, estão atentas às necessidades e se propõem a colaborar com o governo para o desenvolvimento e operação do CEMADEN, fornecendo serviços e produtos baseados em imagens de satélites, comunicações de dados, e também softwares e outros sistemas.

“Enxergamos muitas oportunidades para o fornecimento de nossos produtos e serviços para auxiliar as autoridades nesse tipo de gerenciamento”, afirmou Pierre Duquesne, diretor da Astrium GEO-Information Services no Brasil.

No portfólio da empresa, encontram-se produtos que fornecem modelos de elevação digital, por meio do qual é possível realizar uma cartografia de áreas de risco, no intuito de prever riscos geofísicos e meteorológicos, e softwares que facilitam o acesso aos dados gerados. Recentemente, a empresa lançou no País os produtos da série GEO Elevation, que podem ser usados para mapeamentos de deslizamentos de encostas, áreas de inundação, análises de terreno e visualização em 3D, dentre outras aplicações.

Duquesne também aponta a importância de se gerar cartografias emergenciais de áreas afetadas por um desastre. “Uma vez ocorrida a catástrofe, também é importante ter flexibilidade para a geração de uma cartografia emergencial de determinada área para que as autoridades de segurança pública possam ter um mapa de como a região ficou após aquele fenômeno, sabendo por exemplo quais rotas foram obstruídas. Para isso, conseguimos programar nossos satélites para obter imagens constantes das áreas afetadas”, disse.

Na Europa, a Astrium GEO-Information Services lidera o projeto SAFER, que reúne dezenas de entidades públicas de proteção civil, além de um consórcio de empresas privadas. O SAFER tem por objetivo implementar ações pré-operacionais à ocorrência de uma catástrofe, fornecendo imagens geradas por satélites, como os da série Spot, o Formosat, e os radares TerraSAR-X e TANDEM-X. O sistema foi usado em alguns desastres recentes, não apenas na Europa, como num grande incêndio florestal em Israel (dezembro de 2010), no vazamento de lama tóxica na Hungria (outubro de 2010), e nas enchentes no Paquistão (julho e agosto de 2010).

Já a Telespazio Brasil, subsidiária local da maior empresa de serviços de satélites da Europa, tem promovido no País a constelação de satélites radares COSMO Sky-Med, que tem atraído significativo interesse de autoridades e empresas nacionais. No gerenciamento de desastres, a vantagem dos satélites radares é a sua capacidade de imagear a superfície mesmo com a cobertura de nuvens, muito comuns em regiões afetadas em determinadas catástrofes, como inundações e deslizamentos.

“As imagens oriundas da constelação de satélites COSMO Sky-Med poderão ser componentes fundamentais ao SISMADEN, uma vez que é o único sistema satelital de observação da Terra capaz de garantir a coleta de imagens diariamente em alta resolução, sob qualquer condição atmosférica. É importante destacar que através das imagens COSMO Sky-Med será possível mapear as áreas afetadas, como inundações e deslizamentos durante o evento das chuvas, o que permitiria ao SISMADEN uma maior agilidade no alerta e suporte na evacuação da população em áreas sob risco”, disse Marzio Laurenti, presidente da Telespazio Brasil.

Em situações de crise, tempo é sempre um ponto chave, e no caso do COSMO Sky-Med, após a coleta das imagens, estas podem estar disponíveis ao usuário final em até 30 minutos, dependendo do caso. Exemplo do tempo de resposta da constelação italiana aconteceu no acidente com o A330, da Air France, na madrugada de 31 de maio a 1º de junho de 2009. Por volta das 13h00 de 1º de junho, a Força Aérea Brasileira solicitou o suporte do sistema COSMO Sky-Med nos esforços de busca. No dia seguinte, às 03h15, cinco imagens com 30 metros de resolução e 100 km X 100 km da área solicitada foram adquiridas, tendo sido disponibilizadas às autoridades às 05h20 do mesmo dia.

Além de imagens de satélite, a Telespazio também tem promovido a solução INAV, que integra tecnologia satelital de sensoriamento remoto, telecomunicações e navegação, e permite o gerenciamento de forma muito mais avançada de uma equipe deslocada numa área atingida por uma crise, como uma inundação ou um terremoto.

A equipe em campo é dotada de dispositivos móveis conectados via satélite e rede celular. Mesmo em momentos críticos os socorristas serão capazes de trocar informações com o centro de operações, incluindo imagens e fotos da área afetada. Por meio do INAV, a posição em campo de cada membro é conhecida a qualquer momento, seja pelo centro de operações, seja por outros integrantes da equipe. O sistema permite ainda o compartilhamento dos mapas da região atingida, com a identificação dinâmica de zonas de risco, informações logísticas, e a atualização, que pode ser feita através das imagens adquiridas pelo COSMO Sky-Med.

“Com o INAV, decisões críticas podem ser tomadas baseadas em informações verídicas em tempo real. Acreditamos que esta solução é bastante útil para a Defesa Civil e quaisquer órgãos relacionados a gerenciamentos de desastres naturais ou causados pelo homem. Até o final do ano, a solução estará disponível operacionalmente no Brasil”, revelou Laurenti.

Fonte: revista Tecnologia & Defesa n.º 126, outubro de 2011.
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Revista "Espaço Brasileiro" nº 12 no ar

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A Agência Espacial Brasileira (AEB) disponibilizou em seu website a 12ª edição da revista institucional "Espaço Brasileiro", referente ao trimestre de julho a agosto de 2011.

O número tem como matéria de capa uma reportagem sobre lixo espacial, além de entrevista com Fernando Mendonça, o primeiro diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), a passagem do satélite argentino SAC-D/Aquarius no Laboratório de Integração e Testes (LIT), do INPE, cooperação entre o Brasil e a Alemanha no campo espacial, sensores óticos do CBERS, e outros.

Para acessar a revista, disponível em arquivo PDF, clique aqui.
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sábado, 12 de novembro de 2011

Cooperação Brasil - Índia

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Os governos do Brasil e da Índia estão negociando o uso de satélites deste último para monitorar a floresta amazônica, segundo reportagem da Associated Press. A informação veio de funcionários do governo brasileiro, que afirmaram que o uso de satélites indianos permitiria o imageamento de áreas de desmatamento mais rapidamente.

O satélite a ser usado seria da série Resourcesat, dotado de sensores óticos. De acordo com Luis Maurano, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), as negociações com a ìndia são complicadas, mas há confiança de um acordo possa ser alcançado.
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quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Gabão terá acesso a dados do CBERS

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Assinado acordo para recepção de dados CBERS no Gabão

Quarta-feira, 09 de Novembro de 2011

O Gabão receberá os dados do satélite CBERS-3, que será lançado pelo Brasil e China em 2012, conforme o acordo firmado entre o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o Centro Chinês para Dados e Aplicações de Satélites de Recursos Terrestres (CRESDA) e a Agência Gabonesa de Estudos e Observação Espacial (AGEOS) nesta terça-feira (8/11).

O objetivo do INPE é ter uma rede de estações que cubra toda a África, permitindo que os países desse continente tenham acesso gratuito a dados de satélites. No Gabão, já está sendo construída uma estação em Libreville. Do mesmo modo, estão sendo instaladas estações no Egito e no Quênia, enquanto na África do Sul e nas Ilhas Canárias a infraestrutura para o recebimento das imagens CBERS já está completa.

Com o CBERS, Brasil e China proporcionam a países em desenvolvimento os benefícios do uso de dados orbitais. As informações geradas por satélites são imprescindíveis ao monitoramento de florestas, conservação da biodiversidade, previsão e gestão de desastres naturais, mapeamento de áreas agrícolas e do crescimento urbano, entre outras aplicações.

O diretor do INPE, Gilberto Câmara, o diretor da CRESDA, Xu Wen, e o presidente da Agência Espacial Nacional da África do Sul (SANSA), Sandile Malinga, ratificaram o acordo tripartite durante a reunião anual do Comitê de Satélites de Observação da Terra (CEOS) realizada em Lucca, Itália, entre 7 e 9 de novembro.

Democratização

Reunindo agências espaciais e organizações nacionais e internacionais, o CEOS (Committee on Earth Observation Satellites) é responsável pela coordenação global de programas espaciais civis e pelo intercâmbio de dados de satélites de observação da Terra.

Em fóruns internacionais como o CEOS, o INPE apresenta ações em prol do compartilhamento de dados para o desenvolvimento sustentável e do treinamento e infraestrutura visando a democratização dos dados espaciais.

Em 2004, por meio do INPE, o Brasil foi o primeiro país do mundo a adotar uma política de acesso livre ao permitir a distribuição gratuita pela internet dos dados do satélite sino-brasileiro CBERS.

Atualmente, o fácil acesso a informações que contribuam para o melhor entendimento das mudanças ambientais globais é preocupação do mundo todo, devido à necessidade de disponibilizar e compartilhar informações para monitoramento de níveis de carbono, perda de biodiversidade, desmatamento, recursos hídricos, temperaturas do oceano e outros indicadores críticos para a saúde do planeta e bem-estar da humanidade.

Fonte: INPE
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quarta-feira, 9 de novembro de 2011

INPE: acordo para uso de imagens em catástrofes

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INPE formaliza acordo para uso de imagens de satélites em catástrofes

Terça-feira, 08 de Novembro de 2011

Nesta terça-feira (8/11), o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) formalizou seu ingresso no International Charter “Space and Major Disasters”, um consórcio de instituições e agências espaciais que fornece dados de satélites para gestão de desastres naturais em todo o mundo.

Antes mesmo de tornar-se membro oficial, em janeiro deste ano o INPE acionou o Internacional Charter logo após as chuvas e deslizamentos que atingiram a região serrana do Rio de Janeiro. As imagens obtidas na ocasião contribuíram no gerenciamento de ações da Defesa Civil.

O acordo entre INPE e agências espaciais europeia e francesa (ESA e CNES, nas siglas em inglês), fundadoras do International Charter “Space and Major Disasters”, foi assinado durante a plenária anual do Comitê de Satélites de Observação da Terra (CEOS) realizada em Lucca, Itália, de 7 a 9 de novembro.

"Ao aderir ao Charter, o INPE está mais preparado a ajudar a sociedade brasileira e internacional em caso de grandes catástrofes", declarou Gilberto Câmara, diretor do INPE.

Mapas produzidos a partir de dados de satélites do International Charter foram usados para orientar ações de resgate e avaliar conseqüências do terremoto e tsunami no Japão, no início deste ano, e do terremoto no Haiti, em 2010, entre outros desastres.

Desde 2000, quando foi criado, o International Charter “Space and Major Disasters” beneficiou aproximadamente uma centena de países, em cerca de 300 episódios como terremotos, furacões, ciclones, inundações e incêndios, entre outros. Em 2010, foi aprovado o ingresso do Brasil no International Charter, ato agora formalizado. A partir do lançamento do CBERS 3, em 2012, o Brasil poderá ser também um ativo fornecedor de dados de satélites em ocasiões de calamidade.

Mais informações no site http://www.disasterscharter.org

Fonte: INPE
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domingo, 6 de novembro de 2011

O momento da Alcântara Cyclone Space - Parte II

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Após passar por um período bastante turbulento no início do ano, com palavras e medidas consideradas duras do ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Aloizio Mercadante, e do presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), Marco Antonio Raupp (vejam "O momento da Alcântara Cyclone Space", de julho de 2011), além da substituição do então diretor da binacional, Roberto Amaral, a joint-venture ucraniano-brasileira Alcântara Cyclone Space (ACS) parece ter um encontrado, ao menos por enquanto, um momento de tranquilidade.

No início de julho, uma comitiva da AEB liderada por Marco Antonio Raupp esteve na Ucrânia com o propósito, segundo divulgado à época, de "auditar" o andamento do projeto pelo lado ucraniano. Após a viagem, nenhum comunicado oficial com as constatações do governo brasileiro foi divulgado. Publicamente, poucos entenderam a mudança da posição de Raupp, antes crítica ao programa binacional, e agora simpática à iniciativa. Os comentários que chegaram ao Blog Panorama Espacial vindo de pessoas familiarizadas com o tema é que, oficiosamente, a posição prevalecente entre os dirigentes seria de que o projeto já estaria bem avançado pelo lado ucraniano, o que não justificaria o seu abandono.

Outro elemento que favoreceu os ucranianos foi a decisão de Kiev em liberar recursos para a binacional (180 ou 250 milhões de dólares, dependendo da origem da informação). Em São José dos Campos (SP), há algumas semanas, o blog ouviu uma piada que sintetiza bem essa questão: "o Brasil deu um xeque, e os ucranianos vieram com o cheque."

Em sua visita ao Brasil no mês passado, Viktor Yanukovych, presidente da Ucrânia, afirmou a jornalistas de seu país que "o projeto Cyclone 4 está dentro do cronograma". "Até esta data, nós estamos de acordo com o cronograma preparado no último ano", completou. destacando ainda que os atrasos dos últimos anos foram decorrentes de questões financeiras.

Alguns observadores viram a recente indicação do brigadeiro da reserva Reginaldo dos Santos, summa cum laude no Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA) e ex-reitor da instituição para a direção-geral da ACS como uma tentativa de aproximação do projeto com o Comando da Aeronáutica, algo que o blog ainda tem dúvidas. As opiniões do MCTI e do Comando da Aeronáutica em relação à ACS nunca convergiram. A visão pravelecente dos principais setores do Programa Espacial Brasileiro é que a binacional disputa recursos com outros projetos (satélites, lançadores) - e tem alcançado relativo sucesso, mas sem retornos palpáveis do ponto de vista de desenvolvimento e capacitação tecnológica.

Apesar das boas notícias e da relativa tranquilidade institucional, a ACS ainda terá que enfrentar questões bastante delicadas. Em setembro, num dos workshops que a Associação Aeroespacial Brasileira (AAB) tem promovido este ano sobre o Programa Espacial Brasileiro, o acordo espacial com a Ucrânia foi um dos temas discutidos. A lista abaixo, não exaustiva, relaciona alguns tópicos críticos para o projeto binacional apresentados e discutidos pelos presentes:

- Não está prevista a transferência de tecnologia; há questões de salvaguarda do MTCR [Missile Technology Control Regime];
- O plano de negócios foi feito há cerca de 10 anos; havia a previsão de lançar satélites de reposição do sistema Iridium;
- Pequena participação da indústria nacional, por enquanto;
- O Cyclone 4 está de 60 a 70% qualificado; necessário integrar o cronograma do veículo com o da infraestrutura;
- Não há ainda previsão de pessoal para operar a base; a ACS Ucrânia contava com pessoal do Comando da Aeronáutica para isto, o que parece ter sido um mal-entendido;
- O propelente para o Cyclone 4 será adquirido no mercado mundial. O primeiro fornecimento foi obtido da China;
- A ACS vai gerar muito mais recursos para a Ucrânia, em termos de fabricação do foguete. Esse desbalanceamento existe. O Brasil ganha sua viabilização como país lançador, dependente de apenas um país e não de vários;
- Existe bloqueio dos EUA aos lançamentos de satélites americanos em solo brasileiro. O Itamaraty iniciou gestões para obter essa permissão.
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sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Cooperação Brasil - Gabão

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Encontro no Gabão discute acesso a dados espaciais

Sexta-feira, 04 de Novembro de 2011

Para discutir a infraestrutura que permitirá a países africanos receber gratuitamente imagens de satélites, o diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), Gilberto Câmara, reúne-se com dirigentes da recém-criada agência espacial do Gabão nos dias 4 e 5 de novembro, em Libreville. Está previsto encontro com o presidente do Gabão, Ali Bongo.

Também participam das reuniões no Gabão o gerente do Programa de Sistemas de Solo, José Teixeira da Matta Bacellar, e o chefe do Centro Regional da Amazônia do INPE, Cláudio Almeida. Além das imagens, o INPE oferece a países africanos detentores de florestas toda a sua tecnologia para o processamento de dados e a experiência acumulada em mais de 20 anos de monitoramento na Amazônia.

A iniciativa do INPE de implantar na África estações para recepção dos satélites CBERS-3, CBERS-4 e Amazônia-1 e, ainda mais importante, por meio de uma política de livre distribuição dos dados, garantirá a países em desenvolvimento o acesso gratuito à tecnologia imprescindível ao monitoramento de florestas e de desastres naturais. As informações espaciais também servem ao mapeamento de áreas agrícolas e para avaliar o crescimento de áreas urbanas, entre outras aplicações.

O CBERS-3 será lançado no segundo semestre de 2012, enquanto os satélites Amazônia-1 e CBERS-4 estão previstos para 2013 e 2014, respectivamente. Além do Gabão, estão sendo instaladas estações para recepção de dados de satélites no Egito e no Quênia, para complementar as estações já instaladas nas Ilhas Canárias e na África do Sul.

“Estamos certos que para a África a distribuição aberta dos dados tem muito mais impacto e traz mais benefícios do que o uso de satélites construídos sob uma política de distribuição comercial”, diz Gilberto Câmara.

A democratização dos dados espaciais é uma das bandeiras levantadas pelo Brasil, por meio do INPE, nos fóruns internacionais. Do Gabão, o diretor do INPE irá para a Itália participar de reunião do CEOS (Comitê de Satélites de Observação da Terra, na sigla em inglês) nos dias 8 e 9 de novembro, oportunidade em que serão discutidos temas como capacitação e políticas de acesso livre a informações espaciais.

Fonte: INPE
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quinta-feira, 3 de novembro de 2011

SGB: Embraer e Telebrás assinam memorando

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Embraer-Telebrás Memorando de Entendimento

Embraer S.A. ("Embraer") e Telecomunicações Brasileiras S.A. – TELEBRÁS ("Telebrás") informam que concordaram em celebrar um memorando de entendimento visando a constituição de sociedade, na qual a Embraer terá participação de 51% e a Telebrás de 49%, para atuar no atendimento das necessidades do Governo Federal relativas ao plano de desenvolvimento satelital para o Brasil, incluindo o Programa Nacional de Banda Larga e comunicações estratégicas de defesa e governamentais.

A Embraer e a Telebras informarão o mercado sobre a evolução dos eventos relevantes relacionados ao assunto em questão.

Fonte: Embraer
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quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Operação Uirapuru: ensaio do propulsor S43TM

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O Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) realiza amanhã (03), em São José dos Campos (SP) um experimento importante para o Programa Espacial Brasileiro: o ensaio de queima em banco de provas do propulsor S43TM, que foi desenvolvido para compor o segundo estágio do Veículo Lançador de Satélites - VLS-1.

O ensaio, denominado Operação “UIRAPURU”, será realizado para avaliar as modificações realizadas na proteção térmica flexível do domo dianteiro do propulsor S43TM (Tubeira Móvel), e será um procedimento importante para o desenvolvimento do VLS. Dentre os convidados, destaques para o ministro da Defesa, Celso Amorim, e o Comandante da Aeronáutica, tenente brigadeiro Juniti Saito.

O ensaio tem os seguintes objetivos: (i) determinar o impulso específico, o empuxo e a velocidade de queima do propelente; (ii) determinar o desgaste das proteções térmicas; (iii) avaliar a temperatura das principais partes metálicas do propulsor; (iv) avaliar o desempenho da tubeira móvel; e (v) adquirir dados pelo sistema de medição por telemetria embarcado em voo, de modo a permitir a comparação com os dados medidos pelo sistema de medição em solo. Ao todo, serão medidos 75 parâmetros físicos.

Fonte: IAE/DCTA, com edição do Blog Panorama Espacial.
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Venezuela: VRSS-1 será lançado em 2012

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O VRSS-1 (Venezuelan Remote Sensing Satellite), primeiro satélite venezuelano de observação terrestre, será colocado em órbita entre setembro e outubro de 2012, informou o ministro de Ciências, Tecnologia e Indústrias do país sul-americano, Ricardo Menéndez, em reportagem reproduzida pelo website Infoespacial.

O ministro também informou que nos próximos dias, um grupo de 52 especialistas da Agencia Bolivariana de Actividades Espaciales (ABAE) embarcará para a China para discutir o projeto, a cargo da China Great Wall Industry Corporation (CGWIC), conforme contrato assinado em junho desse ano. Destacou ainda o projeto do governo pra a construção de uma fábrica de satélites na região de Borburata, no estado de Carabobo.

Três anos de Venesat-1

No final de outubro, o Venesat-1, primeiro satélite venezuelano, também construído pela China, completou três anos em órbita. Desde então, segundo dados de Caracas, o satélite proporcionou acesso a internet para mais de três milhões de pessoas, provendo também funções para a defesa nacional, conectando entre si 127 postos fronteiriços de controle e 14 radares da força aérea da Venezuela.
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terça-feira, 1 de novembro de 2011

Apoio do INPE à missão chinesa Shenzhou-8

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Nave espacial chinesa conta com o apoio do INPE

Terça-feira, 01 de Novembro de 2011

Estação do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) em Alcântara, no Maranhão, está dando suporte à missão da espaçonave chinesa Shenzhou-8, lançada nesta segunda-feira (31). Por solicitação do CLTC (China Satellite Launch and Tracking Control), o Centro de Rastreio e Controle de Satélites (CRC) do INPE acompanha as operações da Shenzhou-8 até 6 de novembro.

“Aproximadamente duas horas e meia após seu lançamento a Shenzhou-8 passou pela primeira vez sobre a Estação de Alcântara. Todas as operações previstas foram executadas com perfeição”, informa Pawel Rozenfeld, chefe do CRC/INPE.

A Shenzou-8 é uma nave espacial recuperável e não tripulada que realizará experimento de aproximação e acoplamento (rendevous and docking) com a espaçonave Tiangong-1, em órbita há um mês.

“Foram realizados durante este ano vários testes, treinamentos e ensaios entre o Centro de Controle de Xi'an e a Estação de Rastreio e Controle de Alcântara, como preparação ao lançamento da Shenzhou-8”, explica Pawel Rozenfeld.

Já está acordado entre o INPE e o CLTC o apoio, em 2012, às missões Shenzhou-9 e Shenzhou-10, uma delas tripulada.

CRC/INPE

O Centro de Rastreio e Controle de Satélites (CRC) realiza a operação em órbita dos satélites desenvolvidos pelo INPE ou em cooperação com instituições estrangeiras. O Centro está capacitado, ainda, a dar suporte às missões espaciais de terceiros. É composto pelo Centro de Controle de Satélites (CCS) em São José dos Campos (SP), pela Estação Terrena de Cuiabá (MT), pela Estação Terrena de Alcântara (MA), bem como pela rede de comunicação de dados e voz que conecta os três locais.

O CRC/INPE mantém parcerias internacionais e atua na continuidade da operação do satélite científico francês Corot, ao mesmo tempo em que realiza o controle e a recepção de dados dos satélites brasileiros SCD-1 e 2 e se prepara para a operação do sino-brasileiro CBERS-3 e do brasileiro Amazônia-1.

Fonte: INPE
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