quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Recursos do BNDES para monitoramento da Amazônia

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Contrato com o BNDES permitirá aprimorar o monitoramento por satélites da Amazônia

Quinta-feira, 30 de Outubro de 2014

O Fundo Amazônia, gerido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), financiará ações para ampliar e aprimorar o monitoramento ambiental por satélites realizado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).

O contrato no valor de R$ 67 milhões foi firmado nesta terça-feira (29/10) pelo diretor da Área de Meio Ambiente do BNDES, Guilherme Lacerda, e pelos diretores do INPE, Leonel Perondi, e da Funcate, Luiz Carlos Miranda. Os  ministros da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Clélio Campolina, e do Meio Ambiente (MMA), Izabella Teixeira, acompanharam a cerimônia de assinatura do contrato, em Brasília.

Os recursos estão relacionados ao projeto “Monitoramento Ambiental por Satélites no Bioma Amazônia” e permitirão avanços nos estudos sobre o mapeamento do uso e cobertura da terra na região e o aprimoramento do software utilizado nos sistemas para monitorar desmatamentos e degradação florestal, bem como melhorias na recepção e distribuição das imagens de sensoriamento remoto e dos métodos de estimativa de biomassa e de emissões, entre outras ações.

“Após os três anos e meio previstos para a vigência do presente projeto, os programas do INPE relacionados ao bioma Amazônia terão sido amplamente incrementados, proporcionando ao país, particularmente ao Ministério do Meio Ambiente, ferramentas ainda mais eficientes e eficazes para o monitoramento ambiental da Amazônia”, declarou o diretor do INPE, Leonel Perondi.

Durante a cerimônia, Perondi destacou o Programa Amazônia como um dos principais do INPE e apresentou seus resultados, como o PRODES, que produz as taxas anuais de desmatamento por corte raso na região, e o DETER, que serve de suporte para os órgãos fiscalizadores, o DEGRAD, entre outras atividades dedicadas à Amazônia realizadas pelo Instituto.

Confira aqui a íntegra do discurso do diretor.

Fonte: INPE
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quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Cubesats: AESP-14, do ITA, pronto para o lançamento

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Primeiro CubeSat nacional pronto para lançamento nos Estados Unidos

Brasília, 29 de outubro de 2014 – O satélite de pequeno porte AESP-14, primeiro CubeSat projetado e desenvolvido no Brasil por alunos de graduação e pós graduação do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), foi entregue à Japan Aerospace Exploration Agency (Jaxa) na sexta-feira (24), no Tsukuba Space Center, no Japão.

Esta foi a última etapa antes do lançamento, que está previsto para dezembro próximo nos Estados Unidos pelo lançador SpaceX-5 (sic) [Nota do blog: o lançamento será a bordo de um lançador Falcon 9, fabricado pela SpaceX].

A equipe do Projeto AESP-14 realizou testes funcionais após removê-lo do contêiner de transporte enviado do Brasil ao Japão, que demonstraram que o sistema manteve-se em perfeitas condições. Após os testes, o CubeSat foi integrado na interface japonesa de lançamento J-SSOD.

Fonte: AEB, com informações da Jaxa, e edição do blog Panorama Espacial.
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segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Peru: acesso à constelação francesa

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De acordo com reportagens publicadas pela imprensa peruana, o país andino passará a contar partir de setembro do ano que vem com uma estação de recepção de imagens geradas por satélites operados pela Airbus Defence and Space (Airbus DS).

O acordo para a recepção de imagens foi discutido entre François Auque, dirigente da Airbus DS, e autoridades do Ministério da Defesa peruano, em visita ao Peru na última semana, e faz parte do contrato de compra de um satélite ótico com resolução submétrica firmado em abril.

A estação terrena será construída em Punta Lobos, no balneário de Pucusana, e terá capacidade de receber imagens geradas por uma constelação de seis satélites franceses. O acordo também inclui a instalação de um moderno centro de processamento das imagens.
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sexta-feira, 24 de outubro de 2014

O programa ARSAT em "bullet points"

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Há exatamente uma semana, aconteceu com sucesso o lançamento do Arsat-1, da Argentina, o primeiro satélite geoestacionário de comunicações construído na América Latina (veja aqui). A seguir, apresentamos mais informações sobre o satélite e seu programa, na forma de bullet points:

- O Arsat-1. Com massa total de 2.985 quilos e potência de 4,2 quilowatts, o artefato tem 24 transpônderes de banda Ku, para transmissão de dados, telefonia e serviços de televisão, com cobrindo o Atlântico Sul. Foram investidos 270 milhões de dólares (segmento espacial, frete, seguro e infraestrutura terrestre), e a expectativa é que proporcione ao governo uma economia de 25 milhões de dólares por ano com serviços atualmente prestados por operadores estrangeiros.

- A origem. Logo após o lançamento, autoridades argentinas comemoraram o feito, destacando o papel do governo no programa, e criticando a “solução” adotada no passado. “Decisões [passadas] foram frequentemente feitas de uma perspectiva estrangeira, e muito de nossa soberania [em acessar posições orbitais] esteve próximo de ser perdida”, disse Matias Bianchi, presidente da ARSAT. A principal motivação para a criação do programa estatal, em 2007, tem origem na experiência considerada malsucedida pelo governo com a NahuelSat, um consórcio de empresas privadas europeias contratado pela Argentina na década de noventa para a operação e prestação de serviços de comunicações via satélite ao país.

- Argentino, mas com componentes estrangeiros. O Arsat-1 foi o primeiro satélite geoestacionário construído na América Latina, mas isto logicamente não significa plena autonomia e independência de fornecedores internacionais, responsáveis por componentes críticos. A estatal argentina INVAP atuou como prime contractor, projetando, integrando e testando o satélite. As cargas úteis e o subsistema de TT&C (Telemetria, Rastreio e Comando) foram fornecidos pela Thales Alenia Space. Parte da estrutura (cilindro central), o subsistema de propulsão, a unidade de processamento, alguns componentes do sistema de controle de atitude e órbita, e os painéis solares foram fornecidos pela Astrium (hoje, Airbus Defence and Space). Outros componentes do subsistema de controle de atitude e órbita são da americana Honeywell International. Alguns serviços e consultoria, em especial na fase pós-lançamento ficaram a cargo da agência espacial alemã (DLR), e da Swedish Space Corporation, da Suécia.

- Manobras para colocação em órbita. De acordo com a ARSAT, estatal homônima que operará o satélite, a terceira manobra de apogeu para a inserção do artefato em órbita geoestacionária, foi concluída na última quarta-feira (22). Todas as operações são comandadas a partir da estação terrena de Benavidez, em solo argentino. O Arsat-1, aliás, foi inserido em órbita de transferência geoestacionária pelo último estágio do lançador Ariane 5 com bastante precisão, a menos de um quilômetro da inicialmente prevista.

- Mais dois satélites. Outros dois membros da família estão previstos para os próximos anos: o Arsat-2, que contará com cargas uteis nas bandas Ku e C, e o Arsat-3, que também devera ter alguma capacidade em banda Ka (para conexões em banda larga). Devem subir ao espaço em 2015 e 2017, respectivamente. Uma carga de banda X, para comunicações militares, também é considerada para o futuro.

- Plataforma para cooperação sul-americana? Na região, a Argentina tem sido um dos principais países a estimular iniciativas conjuntas para cooperação no âmbito espacial, e o programa ARSAT pode vir a ser uma de suas plataformas. Indicativos neste sentido já existem. No final de agosto, uma comitiva com representantes da Comisión Nacional de Actividades Espaciales (CONAE), INVAP e ARSAT esteve na Bolívia para uma visita oficial a Agência Boliviana Espacial (ABE), com o propósito de “apresentar as características, desenvolvimento e capacidades do setor espacial argentino” a seus pares bolivianos, além de “avançar em aspectos de interesse mútuo para um próximo acordo de cooperação na área espacial”.
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quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Cooperação Brasil - EUA

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Brasil e EUA podem ampliar cooperação espacial

Brasília, 23 de outubro de 2014 – Ampliar a cooperação na área espacial entre o Brasil e os Estados Unidos foi um dos tópicos de discussão na visita que os representantes da Embaixada norte-americana London Loomis, do Departamento Comercial, e Aaron Pratt, do setor de Meio Ambiente, Ciência, Tecnologia e Saúde, fizeram à Agência Espacial Brasileira (AEB), nesta quinta-feira (23).

Recebidos pelo Chefe da Assessoria de Cooperação Internacional da AEB, José Monserrat Filho, eles também sugeriram alguns segmentos nos quais há interesse mútuo de avanço entre os dois países.

Ressaltou-se no encontro o fato de que universidades e centros de pesquisa norte-americanos têm formado grande número de especialistas brasileiros da área espacial. Essa tradição deve continuar evoluindo, agora com a base ampliada do Programa Ciência Sem Fronteiras (CsF) do governo brasileiro.

Fonte: AEB
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quarta-feira, 22 de outubro de 2014

INPE: 10 anos de observações no Atlântico Sul

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INPE comemora 10 anos de observações na interface oceano-atmosfera no Oceano Atlântico Sul

Quarta-feira, 22 de Outubro de 2014

Nesse ano, o INPE comemora 10 anos realizando experimentos observacionais tomados a bordo de navio acerca da interface oceano-atmosfera no Oceano Atlântico Sudoeste. O programa INTERCONF (Interação Oceano-Atmosfera na região da Confluência Brasil-Malvinas), coordenado por Ronald Buss de Souza (Centro Regional Sul) e Luciano Ponzi Pezzi (Coordenadoria de Observação da Terra) é atualmente fomentado pelo INCT da Criosfera dentro do Programa Antártico Brasileiro e realiza observações sobre o sistema acoplado oceano-atmosfera numa das regiões mais dinâmicas do Oceano Global, a região da Confluência Brasil-Malvinas. Nessa região, considerada o extremo do Oceano Austral, há o encontro de águas quentes, de origem tropical, provenientes do Equador e que se deslocam para sul ao longo da costa do Brasil com águas subantárticas, frias, provenientes da região da Passagem de Drake que separa a América do Sul da Antártica.

Resultados recentes do grupo, reconhecidos internacionalmente através de publicações em revistas científicas especializadas, demonstram que a região de estudo é muito importante para a modulação da atmosfera e, consequentemente, para o tempo (meteorológico) das regiões sul-sudeste do Brasil. Processos oceanográficos típicos da região, como a alta variabilidade espacial dos campos de temperatura da superfície do mar, modulam na escala sinótica local os sistemas atmosféricos transeuntes, imprimindo sinais importantes do oceano, através dos fluxos de calor, momentum e gases, nas características da atmosfera inferior. Esse ano, o grupo do INTERCONF partiu do porto de Rio Grande (RS) dia 16 de outubro a bordo do Navio Polar Almirante Maximiano (NPo MAX) da Marinha do Brasil. O grupo é composto de pesquisadores e bolsistas do INPE, UFSM e UFRGS, e está coletando dados sobre a atmosfera e o oceano a partir de radiossondas atmosféricas, equipamentos oceanográficos e uma torre micro-meteorológica de fluxos que tem a capacidade de medir as transferências de calor e de dióxido de carbono (CO2) entre o oceano e a atmosfera ao longo da derrota do navio entre o Brasil e a Antártica.

Como reconhecimento à importância do projeto, o Brasil, através do PROANTAR, instalou no NPo MAX, pela primeira vez em um navio de pesquisas um sistema receptor de dados de radiossondas para apoio ao processo de coleta de dados. Os dados estão sendo recolhidos em parceria com o Centro de Hidrografia da Marinha (CHM) e tem grande relevância para a melhoria das previsões de tempo dos modelos atualmente em uso no Brasil. Dados inéditos sobre os fluxos de dióxido de carbono entre o oceano e a atmosfera estão sendo recolhidos para auxiliar no entendimento dos processos físicos e biológicos do ciclo do CO2 e seu papel nas mudanças climáticas globais.

Fonte: INPE
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terça-feira, 21 de outubro de 2014

CBERS 4 já está na base de lançamento

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Satélite Cbers-4 está na base de lançamento chinesa

Brasília, 21 de outubro de 2014 – O quinto exemplar da série de satélites do programa de Satélites Sino-Brasileiro de Sensoriamento Remoto, o Cbers-4, já está na base de lançamento em Taiyuan, na China, para onde foi transportado na sexta-feira (17). Seu lançamento ao espaço está programado para 7 de dezembro próximo.

A bateria de testes do projeto realizada na Academia Chinesa de Tecnologia Espacial (Cast), em Beijing, em setembro, confirmou que o satélite concluiu com sucesso todas as fases de sua montagem, integração e testes, realizadas em conjunto por equipes do Brasil e China.

Nesta semana os dois módulos do satélite e o painel solar, que é transportado em separado, passarão por um procedimento de verificação após o transporte e iniciam uma bateria de testes que vão até o final de novembro. A instalação do Cbers-4 na coifa na qual é levado ao espaço também ocorre na última semana de novembro.

Entre os testes pelos quais o satélite passa até o mês que vem, após a montagem dos módulos de carga útil e de serviço, estão o elétrico o de fechamento da estrutura e de abertura do painel solar.

A Agência Espacial Brasileira (AEB) aguarda para breve o relatório final do foguete chinês Longa Marcha-4B (LM-4B), que colocará em órbita o Cbers-4. Após a falha ocorrida com um foguete da série no final de 2013 e que causou a perda do satélite Cbers-3 o projeto foi totalmente revisado.

Em setembro último o veículo voltou a ser usado em dois lançamentos de satélites com êxito. O veículo LM-4B foi projetado e fabricado pela Academia Shanghai de Tecnologia de Voos Espaciais (Sast), subordinada a Corporação Chinesa de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (CASC). Até o momento os lançadores da frota já realizaram mais de 190 voos, sendo mais de 40 com o modelo LM-4.

Fonte: AEB, com informações do INPE.
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segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Lançamento de foguete de treinamento no CLBI

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Pesquisadores e estudantes assistem a lançamento de foguete

Brasília, 20 de outubro de 2014 – O Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI), em Parnamirim (RN), obteve sucesso em mais um lançamento de um Foguete de Treinamento Básico (FTB) realizado no início do mês.

O lançamento fez parte das atividades da Operação Barreira XI e objetivou o treinamento da capacidade operacional do Centro e mostra-las a estudantes e pesquisadores, que participaram do 5º Simpósio Brasileiro de Geofísica Espacial e Aeronomia (SBGEA) e do 4º Fórum de Pesquisa e Inovação (FoPI).

Medindo três metros, pesando 70 kg e com a capacidade de atingir até 32 km de altitude, o FTB integra uma família de foguetes desenvolvida pela empresa nacional Avibrás. A família é composta ainda pelo Foguete de Treinamento Intermediário (FTI) e pelo futuro Foguete de Treinamento Avançado (FTA), em fase de desenvolvimento.

Segundo o coronel Maurício Alcântara, diretor do CLBI, a interface entre o Simpósio, o Fórum e o lançamento do FTB buscou promover futuras parcerias, visando aproveitar os foguetes para levar como cargas úteis experimentos científicos e tecnológicos de universidades e centros de pesquisa.

“Algumas parcerias com instituições importantes e entidades do Rio Grande do Norte já foram firmadas. Assim, a partir desses acordos, estudos e pesquisas poderão ser desenvolvidos no sentido de captar informações sobre a atmosfera da Terra, além de informações relacionadas ao clima e a meteorologia”, destaca Alcântara.

Para o professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), José Henrique Fernandez, também coordenador do Fórum, a cidade de Natal preenche todos os requisitos para se tornar a capital nordestina em aeronáutica espacial. Ele lembra que a capital abriga importantes polos de pesquisa aeroespacial, como o Inpe, o próprio CLBI e UFRN.

“É necessário que essas três entidades estejam ligadas de forma muito mais estreita e sólida. Hoje, esses institutos trabalham de maneira praticamente isolada, com intercâmbios ainda fracos”, opina o.

Ainda segundo Fernandez, por ser de alta tecnologia, a Engenharia Aeroespacial também pode atrair empresas que produzem equipamentos com grande teor tecnológico. “A exemplo do ocorrido em São José dos Campos (SP), que se transformou na capital nacional da tecnologia espacial, Natal caminha na direção de ser um polo muito importante para o Nordeste e para o país”, destaca o professor.

Fonte: CLBI
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domingo, 19 de outubro de 2014

I Seminário Internacional de Defesa em Santa Maria

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Entre os dias 17 e 19 de novembro, acontecerá em Santa Maria (RS), o I Seminário Internacional de Defesa, coordenado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul – FIERGS, por meio de seu Comitê da Indústria da Defesa e Segurança – COMDEFESA, a Agência de Desenvolvimento de Santa Maria – ADESM, o Santa Maria Tecnoparque e a Prefeitura Municipal da cidade. O evento tem por objetivo proporcionar um encontro entre as Forças Armadas, instituições e empresas para análise e discussão das demandas nacionais nos setores de defesa e segurança.

Na programação, consta um painel intitulado "O Uso de satélites voltados para a defesa", que abordará o Programa Estratégico de Sistemas Espaciais, o Polo Espacial do Rio Grande do Sul, e iniciativas em nanossatélites e microcontroladores.

O do Rio Grande do Sul tem buscado criar um novo polo aeroespacial e de defesa no País, em complemento ao da região do Vale do Paraíba (SP). Indústrias como a AEL Sistemas (aviônicos, veículos aéreos não tripulados, sistemas espaciais), Taurus (armas de fogo) e Krauss-Maffei Wegmann (veículos blindados), já estão instaladas no estado, que também conta com instituições de pesquisa com iniciativas nesses setores, como a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), PUC-RS e o Centro Regional Sul, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (CRS/INPE).

Para mais informações, visite http://seminde.com/
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sábado, 18 de outubro de 2014

Senador defende investimentos no setor espacial

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Senador defende investimentos no setor espacial

Brasília, 17 de outubro de 2014 – O governo deve fortalecer a política espacial brasileira, mediante a organização de concursos públicos para suprir a atual deficiência de servidores no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), como forma de evitar a perda de conhecimentos acumulados pelo país há décadas.

A avaliação é do senador Anibal Diniz (PT-AC), que participou na quinta-feira (16) de reunião com diretores e funcionários do instituto em São José dos Campos (SP). Diniz é relator, na Comissão de Ciência e Tecnologia (CCT), do Programa Nacional de Banda Larga (PNBL), lançado há quatro anos pelo governo federal para levar internet de alta velocidade a todas as regiões do país.

Ele lembrou que o Inpe foi criado para incentivar a política espacial e aplicar os conhecimentos em projetos inovadores que atendam o governo e a sociedade. O senador registrou que o instituto enfrenta dificuldades de operação por falta de demanda de projetos e de pessoal.

Na sua avaliação, o Inpe, que hoje tem 1.049 servidores – distribuídos nas carreiras de gestão, tecnologia e pesquisa – precisaria de outros 400 profissionais, pois muitos dos técnicos em atividade já ultrapassaram a idade de se aposentar.

Parceria – Diniz também visitou o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e a Altave. A empresa, em parceria com o órgão, desenvolve um balão que poderá estabelecer um enlace de comunicações para atender a demanda de internet de banda larga nas localidades mais isoladas, sobretudo nas Regiões Norte e Nordeste.

A proposta é que o balão opere a 300 metros do solo e tenha a capacidade de substituir até sete torres de retransmissão de sinais. O projeto encontra-se em avaliação no Ministério das Comunicações.

O relatório do senador a respeito do PNBL deve ser apresentado em meados de novembro. Ele pretende contribuir para que o Brasil “se coloque diante do espelho e se veja na área de ciência e tecnologia”.

Fonte: Jornal do Senado, via website da Agência Espacial Brasileira.

Comentários do blog: em sua visita à São José dos Campos, o senador Anibal Diniz também esteve reunido com diretores da Visiona Tecnologia Espacial, prime-contractor do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC), que atenderá o PNBL. Sobre a visita à Altave e o projeto do balão para transmissão de dados, recomendamos a leitura da postagem "Telebras e balões para comunicações", de outubro de 2013.
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sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Argentina: ARSAT-1 em órbita!

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Foi realizado com sucesso esta noite (16), a partir do centro espacial da Guiana, em Kourou, na Guiana Francesa, o lançamento do primeiro satélite de comunicações construído na Argentina, o ARSAT-1, a cargo do foguete Ariane 5, da Arianespace.

O ARSAT-1, construído pela INVAP e que teve a Airbus Defence and Space e a Thales Alenia Space como fornecedoras líderes de subsistemas, teve como "companheiro" de voo o Intelsat-30 (com a carga útil DLA-1, para a DIRECTV), fabricado pela Space Systems/Loral.

"Os dois satélites lançados esta noite atenderão usuários da América Latina, uma região que sempre teve um lugar especial no ´coração´ da Arianespace, uma vez que é de onde nossos lançamentos acontecem, e também porque nossa participação no mercado nesta região sempre foi superior a 50%", afirmou Stéphane Israël, presidente da operadora, no tradicional discurso após cada missão.

O satélite argentino tem massa total de 2.985 kg e conta com 24 transpônderes de banda Ku, tendo uma vida útil estimada em 15 anos. Operará a partir da posição orbital 71,8 graus oeste, e proporcionará comunicações por meio de transmissão de dados, telefonia e serviços de televisão por toda a Argentina, Chile, Uruguai e Paraguai.
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terça-feira, 14 de outubro de 2014

Imagens SAR para monitoramento da Amazônia

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A partir de 2015, imagens de radar orbital reforçará combate ao desmatamento na região amazônica 

Brasília, 13/10/2014 - A partir do ano que vem, o trabalho de detecção de desmatamento na região Amazônica contará com um importante reforço: o uso de imagens feitas pelo radar de abertura sintética orbital. O sensor radar, acoplado a um satélite, é capaz de realizar um monitoramento mais rápido e preciso porque funciona com tecnologia ativa de micro-ondas, consegue enviar as informações de forma precisa durante o dia, a noite e também em condições climáticas adversas.

As imagens do radar orbital serão utilizadas principalmente no período de alta densidade de nuvens na Amazônia, entre os meses de outubro e março - quando a observação por imagens ópticas fica prejudicada.

“Essa tecnologia independe do estado do clima. Mesmo com fortes chuvas e alta densidade de nuvens, o radar orbital consegue enxergar qualquer fenômeno que ocorra no território”, explicou o diretor de produtos do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), Péricles Cardim, durante debate promovido pela Chefia de Operações Conjuntas (CHOC) do Ministério da Defesa na semana passada.

O projeto que viabilizará o uso de radar orbital é uma parceria entre o Censipam, o Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente) e o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), no âmbito do Gabinete Permanente de Gestão Integrada para Proteção do Meio Ambiente (GGI). Para isso, será contratada a telemetria de radar orbital a fornecedores internacionais, o que incluirá a instalação uma antena de recepção multisatelital para recebimento direto das imagens. O projeto terá um investimento inicial de aproximadamente R$ 71 milhões, que será feito no período de 2015 e 2018. Deste valor, 70% será financiado pelo BNDES, com recursos da conta do Fundo da Amazônia, gerenciada pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA).

Antes de o equipamento começar a ser utilizado, o Censipam complementará as informações geradas pelo Inpe realizando sobrevoos, feitos com a aeronave R-99 da FAB, em áreas criticas durante o período de chuvas e alta cobertura de nuvens deste ano.

“Em complementação ao trabalho já realizado pela Detecção do Desmatamento em Tempo Real (DETER) do Inpe, vamos produzir informações desse período de alta densidade de nuvens”, explica o diretor-geral do Censipam, Rogério Guedes.

As imagens geradas com o uso dessas aeronaves (plataforma embarcada) serão processadas e analisadas de forma integrada.  Depois, na segunda etapa do projeto, em 2015, começa o monitoramento por satélite comercial, com o radar de abertura sistemática.

“Isso é a evolução natural de uma discussão integrada de combate ao desmatamento. A gente faz um diagnostico conjunto, vai apontando aonde precisa melhorar, e essa é uma solução de melhoria a um trabalho que já vem sendo feito de forma muito bem sucedida que é o combate ao desmatamento no Brasil”, conclui o diretor do Censipam.

Fonte: Ministério da Defesa
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segunda-feira, 13 de outubro de 2014

AEB e INPE na Semana Nacional de C&T

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AEB está na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia

O desenvolvimento do cubesat nacional, do Projeto Sistema Espacial para Realização de Pesquisas e Experimentos com Nanossatélites (Serpens) é uma das atrações que a Agência Espacial Brasileira (AEB) apresenta aos visitantes da 11ª edição da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT), que começa hoje (13) e vai até domingo (19), no Parque da Cidade, em Brasília (DF).

Nesta edição, o evento tem como tema central Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento Social, aliado a temática a, AEB apresenta a maquete do projeto do primeiro Centro Vocacional Tecnológico (CVT) voltado para o segmento espacial, que será instalado em 2015 no Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI), em Natal (RN).

Leia mais sobre a participação da AEB aqui.

INPE participa da Semana Nacional de C&T em Brasília

Um tapete estampado com a imagem de Brasília registrada pelo satélite sino-brasileiro CBERS é um dos destaques do estande do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) durante a 11ª SNCT 2014.

O Instituto ocupará um estande no espaço destinado às unidades de pesquisas e órgãos vinculados ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), no Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade, em Brasília.

Para saber mais sobre a participação do INPE, clique aqui.

Com informações da AEB e INPE.
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sábado, 11 de outubro de 2014

Voo do VS-30: vídeo da Operação Raposa

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A Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) divulgou no final desta semana um vídeo dos preparativos e do lançamento do foguete de sondagem VS-30, realizado com sucesso no início de setembro (leia mais aqui), a partir do Centro de Lançamento de Alcântara.


Preparativos do CBERS-4

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INPE e CAST preparam satélite sino-brasileiro CBERS-4 para lançamento em dezembro

Sexta-feira, 10 de Outubro de 2014

A revisão final do CBERS-4 nas instalações da Academia Chinesa de Tecnologia Espacial (CAST), em Beijing, no mês passado, comprovou que o satélite sino-brasileiro cumpriu com sucesso todas as fases de sua montagem, integração e testes, realizadas em conjunto por equipes de ambos os países. O CBERS-4 tem lançamento previsto para o dia 7 de dezembro, a partir da base de Taiyuan, na China.

No Brasil, o desenvolvimento do Programa CBERS (China-Brazil Earth Resources Satellite) cabe ao Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).

O lançamento do CBERS-4, inicialmente programado para dezembro de 2015, foi antecipado em um ano devido à falha ocorrida com o foguete chinês, no final de 2013, que causou a perda do CBERS-3.

A antecipação significou um desafio a mais para as equipes do Brasil e da China, que demonstraram ampla competência na preparação do CBERS-4 em conformidade com as rígidas especificações técnicas de um projeto espacial desse porte.

As atividades iniciaram em janeiro com o envio para a China da estrutura de carga útil do satélite, que antes estava no Laboratório de Integração e Testes (LIT) do INPE, em São José dos Campos (SP).

Além dos processos de montagem e integração, a impossibilidade de conserto em órbita tornam imprescindíveis os rigorosos testes para simular em Terra todas as condições que o satélite irá enfrentar desde o seu lançamento até o fim de sua vida útil no espaço.

"Está programada para o dia 17 de outubro a saída do CBERS-4 do Centro Espacial de Beijing em direção ao TSLC (Base de Lançamento de Satélites de Taiyuan). Todas as atividades para o lançamento do satélite em dezembro vêm sendo cumpridas com êxito”, informa Antonio Carlos de Oliveira Pereira Jr., engenheiro do INPE que coordena o Segmento Espacial do Programa CBERS.

Fonte: INPE
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quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Visita iraniana à AEB (!)

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Embaixador do Irã visita a AEB

Brasília, 7 de outubro de 2014 – O presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), José Raimundo Braga Coelho, recebeu nesta terça-feira o embaixador da República Islâmica do Irã, Mohammad Ali Ghanezadeh.

O embaixador e o presidente da AEB trocaram convites para visitas a infraestrutura espacial iraniana e as conquistas do país no setor e, em contra partida, as instalações espaciais brasileiras, inclusive universidades e centros de pesquisa que se ocupam do assunto.

A cooperação espacial para fins pacíficos é vista com simpatia por ambos os países. Caberá a partir de agora definir pontos de interesse mútuo para possíveis parcerias, sobretudo em matéria de satélites e de pesquisas científica.

Mohammad Ali Ghanezadeh também manifestou especial interesse em visitar o Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão, em particular para conhecer de perto sua arquitetura.

O diplomata iraniano veio acompanhado pelo Conselheiro e Vice Chefe da Missão no Brasil, Mahdi Rounagh, bem como pelo Conselheiro Mehdi Zanjani.

Participaram também da audiência o chefe da assessoria de Cooperação Internacional da AEB, José Monserrat Filho, e o primeiro secretário Rodrigo Almeida, representante da Divisão do Mar, Antártida e Espaço (DMAE) do Ministério das Relações Exteriores.

Fonte: AEB

Comentários do blog: a visita e o interesse iraniano são, no mínimo, curiosos, e percebe-se também o cuidado da AEB em frisar a possibilidade de cooperação espacial "para fins pacíficos". Como se sabe, o Irã está submetido a severos embargos e sanções em razão de seu programa nuclear. Apesar das sanções e das dúvidas internacionais quanto ao caráter pacífico de qualquer iniciativa espacial iraniana, em particular no campo de veículos lançadores, vale citar que o país, a exemplo do Brasil, foi uma das 24 nações fundadoras do Comitê das Nações Unidas para o Uso Pacífico do Espaço Exterior (Committee on the Peaceful Uses of Outer Space - COPUOS), em 1958. Em fevereiro de 2009, o Irã se somou ao "seleto" grupo de países capazes de colocar satélites em órbita, por meio do lançamento bem sucedido do foguete Safir 2 (veja a postagem "O sucesso dos outros").
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Inscrições para pós-graduação no INPE

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Abertas inscrições para pós-graduação no INPE

Quarta-feira, 08 de Outubro de 2014

Até 31 de outubro, estão abertas as inscrições para os cursos de mestrado e doutorado em Astrofísica, Engenharia e Tecnologia Espaciais, Geofísica Espacial, Computação Aplicada, Meteorologia, Sensoriamento Remoto e Ciência do Sistema Terrestre do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).

Os interessados em ingressar em um dos programas de pós-graduação do INPE devem enviar o formulário de inscrição preenchido e com foto, acompanhado de três cartas de apresentação, curriculum vitae e histórico escolar de graduação; sendo que para se candidatar ao doutorado também é preciso encaminhar o histórico de mestrado e cópia da dissertação. O formulário e informações adicionais sobre o processo de admissão estão disponíveis na página www.inpe.br/pos_graduacao/inscricoes.

A seleção será realizada em dezembro, para início das aulas em março de 2015. Os ingressos ao mestrado são realizados apenas uma vez ao ano. O regime de aulas dos cursos do INPE é de três períodos letivos por ano, podendo haver ingresso de alunos de doutorado em cada um deles.

Gratuita, a pós-graduação no INPE oferece bolsas de estudos do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) e da CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior). Também há possibilidade de solicitação de bolsas à FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) e outros órgãos públicos e privados.

Mais informações: www.inpe.br/pos_graduacao

Fonte: INPE
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terça-feira, 7 de outubro de 2014

Venezuela terá novo satélite de observação

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O governo venezuelano oficializou no início desta semana a contratação de seu segundo satélite de observação, o VRSS-2, que a exemplo de seu antecessor, colocado em órbita há cerca de dois anos, será construído na China. O satélite, que será também denominado Antonio José de Sucre, será construído ao longo dos próximos três anos, com previsão de lançamento em 2017, num investimento de 170 milhões de dólares.

Segundo divulgado pela agência espacial venezuelana, o VRSS-2 contará com uma câmera de observação com resolução de 1 metro e faixa de 30 km, um imageador infravermelho, e capacidade de transmissão de dados de 16.000 bytes por segundo, quatro vezes superior a de seu antecessor. Será baseado na plataforma CAST-2000, da China Great Wall Industry Corporation (CGWIC), com massa em torno de 1.000 kg, e vida útil estimada em 5 anos.

Ainda de acordo com informações oficiais, parte da fabricação do satélite acontecerá na Venezuela, em Borburata, no estado de Carabobo, onde a partir do segundo semestre de 2015 será instalado o Centro de Investigação e Desenvolvimento Espacial (CIDE). Também está prevista a criação do Instituto de Geomática, responsável pela interpretação e aplicações das imagens.

Este é o terceiro satélite contratado por Caracas junto à chinesa CGWIC. O primeiro foi o Venesat-1 (Simon Bolivar), de comunicações, lançado ao espaço no final de outubro de 2008.
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"Os interesses chineses em defesa e espaço no Brasil", coluna "Defesa & Negócios"

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Os interesses chineses em defesa e espaço no Brasil

Em meio a dezenas de atos assinados durante a visita de Estado do Presidente Xi Jinping ao Brasil, em 17 de julho, que incluiu uma significativa venda de E-Jets da Embraer, chamou pouca ou nenhuma atenção um acordo firmado entre uma empresa brasileira e entidades chinesas visando os setores de defesa e segurança pública: o Acordo-Quadro de Cooperação Tripartite entre a Engevix Sistemas de Defesa Ltda., o Industrial and Commercial Bank of China (ICBC) e a China Electronics Import and Export Corporation (CEIEC). Não foram divulgados maiores detalhes sobre o escopo do instrumento, muito embora algo possa ser deduzido a partir do expertise da CEIEC e de declarações de autoridades.

A empresa chinesa tem um amplo espectro de atuação, que se estende de sistemas de comando e controle, radares, equipamentos de comunicação e guerra eletrônica, a sistemas eletro-óticos e veículos aéreos não tripulados. Na região, por exemplo, a CEIEC já forneceu alguns centros de comando e controle para segurança pública ao Equador.

O interesse chinês no mercado brasileiro de defesa foi evidenciado em reuniões com autoridades e na celebração de acordos. O ministro Celso Amorim recebeu Xu Dazhe, ministro da Ciência, Tecnologia e Indústria de Defesa da China, e destacou a possibilidade de abertura de outras áreas de cooperação além das já existentes, como "proteção marítima e de vigilância da fronteira terrestre". Em nota divulgada logo após o encontro, o Ministério da Defesa citou o interesse chinês em "expandir a cooperação em programas brasileiros de proteção aos recursos naturais, como o Sistema de Gerenciamento da Amazônia Azul (SISGAAz), além de dar continuidade à parceria espacial". Ainda, na visita de Estado, foi firmado um acordo para fortalecer o Sistema de Proteção da Amazônia (SIPAM), por meio de iniciativas de sensoriamento remoto, telecomunicações e tecnologia da informação para a defesa e proteção da Amazônia.

Novidades também no campo espacial, área em que os dois países cooperam há mais de 25 anos, com o programa do Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres (CBERS). O lançamento do CBERS 4, previsto para o início de dezembro, foi confirmado, assim como a construção do CBERS 4A (um terceiro artefato da família de segunda geração). Ainda, foi assinado um memorando envolvendo dados e aplicações em sensoriamento remoto, além de manifestado interesse na formação de recursos humanos e no desenvolvimento de uma terceira geração da família (5 e 6). Em agosto, um laboratório conjunto para clima espacial foi inaugurado em São José dos Campos (SP), além de ter sido firmado acordo entre a brasileira Orbital Engenharia e as asiáticas China Great Wall Industry Corporation (CGWIC) e Shanghai Institute of Space Power Sources para que a empresa nacional atue como suas representantes. Segundo divulgado na ocasião, o acordo também preveria o desenvolvimento de projetos e produtos. Os chineses também estão de olho na futura missão meteorológica geoestacionária (ver reportagem em T&D n.º 137).

No setor espacial, aliás, não seria exagero afirmar que a China é hoje a principal parceira da América do Sul, considerando o programa CBERS e o fornecimento de satélites de comunicações para a Venezuela e Bolívia, e de observação para a Venezuela, havendo outros negócios em prospecção.

Fonte: coluna "Defesa & Negócios", Tecnologia & Defesa n.º 138, setembro de 2014.
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segunda-feira, 6 de outubro de 2014

IAE/DCTA: 8º SePP&D

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Instituto de Aeronáutica e Espaço realiza Seminário de Projetos - 8ºSePP&D

O Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) realizou em 1º de outubro o 8º Seminário de Projetos de Pesquisa e Desenvolvimento em Veículos Espaciais e Tecnologias Associadas - 8º SePP&D.

O Seminário foi aberto oficialmente pelo Exmo Sr Diretor do IAE, Brig Eng Magalhães, que teceu considerações iniciais sobre o evento.  Na cerimônia de abertura foi também apresentada a palestra "A Expansão do Laboratório de Integração e Testes do INPE e sua Contribuição para o Programa Espacial", proferida pelo Engenheiro do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), Sr Carlos de Oliveira Lino.

Em sua oitava edição, o SePP&D, foi criado para mostrar os resultados dos projetos de P&D da Ação 20VB da Agência Espacial Brasileira (AEB) e atualmente se consolida como um fórum permanente de disseminação do conhecimento e das tecnologias desenvolvidas pelo IAE, com os objetivos principais de incentivar a produção tecnológica e a inovação voltada ao setor aeroespacial e incentivar as parcerias com instituições de ensino, pesquisa e indústrias.

Desde 2005, mais de setenta projetos de pequeno porte foram suportados pela ação 6704, atendendo a diversas áreas tais como Materiais, Aerodinâmica, Integração e Ensaios, Trajetografia, Química de Propelentes, Pirotecnica, dentre outros, e trazendo grandes contribuições ao desenvolvimento da tecnologia aeroespacial.

Atualmente o Seminário é um evento aberto à comunidade científica, abrangendo não somente os projetos da Ação 6704, mas também projetos apoiados pelo CNPq, Programa Uniespaço e apresentações de palestrantes convidados do Brasil e exterior.

Fonte: IAE/DCTA, com edição do blog Panorama Espacial.
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sexta-feira, 3 de outubro de 2014

INPE Cachoeira Paulista: 44 anos

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INPE de Cachoeira Paulista comemora 44 anos

Quinta-feira, 02 de Outubro de 2014

Em Cachoeira Paulista, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) mantém o Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC), o Centro de Ciência do Sistema Terrestre (CST), o Laboratório de Combustão e Propulsão (LCP), a Divisão de Geração de Imagens (DGI) e o Projeto BDA para monitoramento da atividade solar, entre outros experimentos e atividades.

“Cada área de atuação do Instituto desenvolve projetos de pesquisa básica, pesquisa aplicada e desenvolvimento, disponibilizando produtos e serviços inovadores que impactam a vida da sociedade”, disse Leonel Perondi, diretor do INPE, durante a solenidade em comemoração aos 43 anos da Unidade de Cachoeira Paulista, realizada no último dia 30 de setembro.

Confira aqui a íntegra do discurso do diretor.

Na ocasião, Perondi citou desafios superados recentemente, como a realização de concurso público para regularizar a situação de servidores temporários. Também destacou a antecipação para o próximo mês de dezembro do lançamento do satélite sino-brasileiro CBERS-4, inicialmente programado para o final de 2015.

“Todos os eventos com alto risco de prazo foram cumpridos como planejado, permitindo que a integração do CBERS-4 fosse cumprida. Assim, foi com grande entusiasmo que a equipe brasileira participou, na última semana, em Beijing, da revisão final que liberou o transporte do CBERS-4 para a base de lançamento. No período de outubro a dezembro o satélite será integrado ao lançador, e tem seu lançamento, conforme o cronograma linha de base, agendado para a primeira quinzena de dezembro”, ressaltou o diretor do INPE. “O esforço liderado pelo Instituto terá colocado, em dois anos consecutivos, dois satélites no “launch pad”, constituindo-se em uma grande demonstração de competência e vigor técnico das equipes do INPE e de sua contraparte chinesa, a CAST (Academia Chinesa de Tecnologia Espacial)”, completou.

Mais uma vez, Perondi enfatizou a necessidade urgente da recomposição do quadro de servidores do Instituto e homenageou, de forma especial, os servidores e colaboradores da área de gestão.

“Apesar da falta de quadros já há um longo tempo, o núcleo de gestão do INPE de Cachoeira Paulista vem operando com esmero e dedicação, desdobrando-se para o cumprimento do grande número de responsabilidades. Esta situação tem se exacerbado, significativamente, ao longo do último ano, devido ao grande número de aposentadorias ocorridas nesta área”, disse o diretor.

Apresentações

Ainda durante a solenidade em comemoração aos 44 anos do INPE de Cachoeira Paulista, alguns dos principais projetos e realizações da unidade foram apresentados por José Antonio Aravéquia, chefe do Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC); Ivan Marcio Barbosa, chefe da Divisão de Geração de Imagens (DGI); Fernando de Souza Costa, chefe do Laboratório de Combustão e Propulsão (LCP); Jean Ometto, chefe do Centro de Ciência do Sistema Terrestre (CST); e Hanumant S. Sawant, coordenador do projeto BDA (Brazilian Decimetric Array), um radiointerferômetro que possui um conjunto de antenas para rastreio do Sol.

Confira aqui a apresentação do CPTEC

Confira aqui a apresentação do LCP

Confira aqui a apresentação da DGI

Confira aqui a apresentação do CST

Confira aqui a apresentação do BDA
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quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Raupp de volta ao Parque Tecnológico

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Ex-ministro assume direção de Parque Tecnológico

Ivan Plavetz
01/10/2014

O ex-ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antônio Raupp, retomou à direção do Parque Tecnológico de São José dos Campos nesta terça-feira (30). Ele assume o comando no lugar de Horácio Forjaz, que ocupava o posto desde maio de 2012.

Raupp participou da criação e implantação do Parque Tecnológico, e ocupou o cargo de primeiro diretor geral entre os anos de 2008 e 2011. Ele retorna após deixar o governo da presidente Dilma Rousseff em março último devido a uma reforma ministerial.

Após sua saída do Ministério, de acordo com o determinado pela legislação, Raupp ficou impedido de exercer função na iniciativa privada durante seis meses desde seu desligamento.

Graduado em Física pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), doutor em matemática pela Universidade de Chicago e livre-docente pela Universidade de São Paulo (USP), Raupp tem experiência acadêmica e também exerceu cargos em importantes instituições. Além de ministro, foi diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e da Agência Espacial Brasileira (AEB), bem como presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).

Foi eleito nesta segunda-feira (29) pelo Conselho de Administração da Associação Parque Tecnológico. Raupp retoma o cargo com apoio do prefeito do município de São José dos Campos, Carlos José de Almeida, e do secretário de Desenvolvimento Econômico, Sebastião Cavalli.

De acordo com Cavalli, a escolha de Raupp para assumir a direção do Parque Tecnológico de São José dos Campos foi muito boa devido aos seus atributos quando ministro, sua origem no INPE e projeção institucional de nível mundial.

Fonte: Tecnologia & Defesa.
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Fórum CLBI - INPE - UFRN

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CLBI realize fórum em parceria com INPE e UFRN; lançamento de Foguete de Treinamento faz parte da programação

30/09/2014

Na última segunda-feira (29), o Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI) deu início à programação de palestras, minicursos e apresentações de trabalhos da 4ª edição do Fórum de Pesquisa e Inovação (FoPI). Neste ano, pela primeira vez, o evento está acontecendo em conjunto com o V Simpósio Brasileiro de Geofísica Espacial e Aeronomia (SBGEA). Nesta quinta-feira (02), como parte da programação, o CLBI irá lançar um foguete de treinamento básico (FTB).

Segundo o Coronel Aviador Maurício Alcântara, Diretor do CLBI, a parceria entre os dois eventos foi importante para fortalecimento de vínculos e construção conjunta do conhecimento. “Nosso primeiro FoPI foi uma atividade interna, para discutirmos o que podíamos melhorar nas áreas de pesquisa e inovação. Na segunda edição, já passamos dos 16 trabalhos iniciais para 60. E ano passado, já tivemos que sair do CLBI e usar a estrutura da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), como neste ano, pois não tínhamos como acomodar a quantidade de público”, relembra o Diretor.

O professor da UFRN e um dos responsáveis pela parceria inédita entre o SBGEA e o FoPI, José Henrique Fernandez, acredita que o diálogo entre as instituições envolvidas, entre elas o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), vai abrir portas para parcerias futuras. “Conhecermos o CLBI, a infraestrutura disponível, a logística do lançamento e as características dos foguetes vai nos permitir, em curto prazo, colocar cargas úteis nossas nos próximos lançamentos”, afirma o professor. Ele acredita que a parceria pode colocar Natal como a capital aeroespacial nordestina, atraindo estimentos industriais e de pesquisa.

O IV Fórum de Pesquisa e Inovação e o V Simpósio Brasileiro de Geofísica Espacial e Aeronomia estão com aproximadamente 250 inscritos, e as atividades seguem até o meio-dia de sexta-feira, nas dependências da UFRN.

Fonte: DCTA, com edição do blog Panorama Espacial.
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