domingo, 21 de dezembro de 2014

Bolívia no espaço

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A Bolívia comemorou ontem (20) o aniversário de um ano do lançamento do satélite de comunicações Tupac Katari, o primeiro do país, construído e lançado na China. Nos dias que antecederam o aniversário, o governo divulgou dados financeiros sobre as receitas geradas pelo satélite. Segundo dirigentes da Agência Boliviana Espacial (ABE), nos oito meses de operação (embora lançado em dezembro, o artefato foi declarado operacional apenas em abril), foram geradas receitas em torno de 6 milhões de dólares.

Para 2015, projeta-se um montante superior, de 15 a 20 milhões de dólares, decorrentes da prestação de serviços à estatal de telecomunicações Entel e também operadoras de televisão e empresas privadas.

E paralelamente ao aniversário, La Paz avança com seus planos de dispor de um satélite de observação terrestre.

De acordo com Ivan Zambrana, diretor da ABE, citado em reportagem da agência EFE, já existe de um desenho preliminar e especificações do sistema desejado, que se chamará Bartolina Sisa, homenagem a esposa de Tupac Katari, ambos lideres indígenas do século XVIII.

A expectativa é que no primeiro semestre de 2015 ocorra uma definição quanto a disponibilidade de recursos e também sobre quem será seu fabricante, que exigirá investimentos de 100 a 200 milhões de dólares, a depender das especificações finais. Apesar de ter fornecido o satélite de comunicações, a escolha por uma solução chinesa, a exemplo da feita pela Venezuela, não é uma certeza. Segundo Zambrana, ate o momento, empresas da China, França, Reino Unido, Espanha e Argentina demonstraram interesse na futura concorrência.

Embora seja o país mais pobre da América do Sul, a Bolívia passa por um bom momento econômico, graças à exportação de gás e a uma gestão econômica considerada prudente, o que tem permitido determinados investimentos. Entre 2007 a 2012, o crescimento anual de seu Produto Interno Bruto (PIB) foi de 4,8%, e a previsão para este ano é um crescimento acima de 5% (para efeito de comparação, o PIB brasileiro, se crescer, não superará 0,1%, segundo estimativas).
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