domingo, 31 de outubro de 2010

Programa Espacial: a questão dos recursos humanos

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Em 18 de outubro, o Sindicato dos Servidores Públicos Federais na Área de C&T (SindCT) entregou ao presidente Luis Inácio Lula da Silva uma carta expondo a necessidade de contratação de pessoal para o Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), do Comando da Aeronáutica, e para o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Um trecho da carta, divulgada por um boletim do SindCT no final da semana passada, traz alguns números que evidenciam o quão crítica é a questão dos recursos humanos para o Programa Espacial Brasileiro, tema que nem sempre tem a devida abordagem:

"O quadro de pessoal destas duas instituições hoje é 38% menor do que em 1990. A média de idade é maior que 52 anos e, até 2015, perderemos mais 30% do pessoal atual devido às aposentadorias. Levase 5 anos, ou mais, para se preparar um especialista e habilitá-lo para desempenhar suas atribuições."

"Cabe informar que para executar as missões que hoje o Brasil necessita, e temos obrigação de corresponder, precisamos de que sejam autorizadas urgentemente mais de 1000 novas contratações por concurso público, isso sem considerar a implementação, num futuro próximo, de novos e importantes programas de interesse da defesa e da soberania Nacional."

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Um comentário:

phobus disse...

Pra que servem ministerios, tribunais e programas se ignoram as necessidades da Nação Continental em sua soberania, segurança e interesses?."Brasil dos Brasileiros sob a proteção de Deus(C.F.)".
Entraves espacial brasileiro:O diretor Roberto Amaral mencionou os entraves que têm impedido a concretização do lançamento brasileiro. Problemas de localização, de logística - o governo desistiu da construção do porto previsto -, de formação e manutenção de pessoal, de conflitos com a comunidade local e de licenciamento ambiental vêm atrasando o programa de lançamentos. Também existe a pressão dos países detentores da tecnologia, que chega até à proibição do fornecimento de componentes.
A atuação do Ibama foi fortemente questionada pelo diretor. Os custos para o licenciamento já chegam a R$ 20 milhões, o que não se justificaria em se tratando de um projeto estratégico, de interesse nacional. "É o governo trabalhando contra o governo" resume o deputado Ribamar Alves (PSB-MA), que sugeriu que a Câmara, e especialmente o Partido Verde, auxiliassem na solução desse entrave junto ao Ibama e ao próprio ministro do Meio Ambiente.