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O ministro da Defesa do Peru, Jakke Valakivi, e o embaixador da França no país andino, Fabrice Mauries, firmaram no início de fevereiro um acordo bilateral relativo à exploração de seu primeiro satélite de observação terrestre, o PerúSAT-1, sem, no entanto, divulgar maiores detalhes.
Em construção pela europeia Airbus Defence and Space, o PerúSAT-1 contará com um sensor ótico com resolução submétrica, de 70 cm, capacidade inédita na América Latina. A previsão é que o satélite seja lançado ao espaço no meio deste ano, a bordo de um foguete Vega, da Arianespace, decolando de Kourou, na Guiana Francesa.
O Programa PerúSAT-1 inclui não apenas o fornecimento do segmento espacial, mas também de toda a infraestrutura de controle em solo e recepção de imagens no recém-criado Centro Nacional para Operações de Imagens de Satélites (CNOIS), construído pela Airbus Defence and Space. Um dos objetivos do programa é capacitar o Peru em competências no domínio de tecnologia espacial, operação de satélites e aplicações em imagens, sendo que o grupo já está fornecendo imagens geradas por sua constelação de satélites óticos e radar. Mais de 80 especialistas peruanos estão participando de um programa de transferência tecnológica executado em Toulouse e Lima.
Parcerias com Coréia do Sul e Rússia
Além da cooperação com a França, o governo peruano também tem discutido a ampliação de suas parcerias internacionais. Em janeiro, uma comitiva do Instituto de Pesquisa Aeroespacial da Coréia do Sul (KARI, sigla em inglês) esteve na sede da CONIDA, em Lima, para discutir possibilidades de cooperação entre os dois países. Empresas coreanas, aliás, chegaram a participar da concorrência internacional promovida pela CONIDA para a seleção do PerúSAT-1.
Também em janeiro, por ocasião de um encontro bilateral de autoridades da Rússia e Peru, ocorreu uma reunião técnica de especialistas da Roscosmos e CONIDA para tratar de possibilidades de colaboração no campo espacial. Iniciativas nas áreas de ciência espacial e exploração do espaço ultraterrestre, observação terrestre, comunicações, navegação por satélite, materiais e mesmo a formação e treinamento de um cosmonauta peruano foram discutidos.
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quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016
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