terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Indústria espacial: 2016 melhor que 2015

.
Ainda que muito aquém do ideal, para a indústria espacial brasileira, o ano de 2016 começou melhor do que 2015, um contraste em relação às perspectivas para a economia brasileira ao longo deste ano. Duas iniciativas conduzidas pela Agência Espacial Brasileira (AEB) e pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) destinarão recursos para a indústria superiores a R$56 milhões - montante relativamente irrisório para o setor, mas suficiente para manter certa carga de trabalho junto à base industrial espacial local.

No último dia de 2015, a AEB assinou com a Thales Alenia Space France cinco contratos para transferência tecnológica no âmbito do processo de absorção tecnológica do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC), num valor aproximado de R$31,5 milhões. Serão beneficiadas a Fibraforte, Orbital Engenharia, Equatorial Sistemas e CENIC, de São José dos Campos (SP), e a AEL Sistemas, de Porto Alegre (RS), conforme os contratos abaixo:

- Contrato Tripartite para Transferência de Tecnologia Espacial em Subsistemas de Controle Térmico, no valor de R$3.257.206,63 - Equatorial Sistemas;
- Contrato Tripartite para Transferência de Tecnologia Espacial em Subsistemas de Propulsão, no valor de R$4.928.667,93 - Fibraforte;
- Contrato Tripartite para Transferência de Tecnologia Espacial em Estruturas Mecânicas à Base de Fibra de Carbono para Carga Úteis de Observação da Terra, no valor de R$5.785.827,57 - CENIC;
- Contrato Tripartite para Transferência de Tecnologia Espacial em Subsistemas de Potência e Painéis Solares, no valor de R$15.863.233,80 - Orbital Engenharia;
- Contrato Tripartite para Transferência de Tecnologia Espacial em Tecnologia e Componentes FPGA e ASIC para Aplicações Espaciais Embarcadas, no valor de R$1.671.461,30 - AEL Sistemas.

A seleção pública do Programa PIPE/PAPPE, com recursos estaduais (FAPESP) e federais (FINEP), coordenado pelo INPE e com prazo limite para entregas de propostas em 4 de abril, é outro programa que trará investimentos à indústria. Serão disponibilizados inicialmente recursos da ordem de R$25 milhões para a indústria espacial paulista, valor que poderá até mesmo dobrar.

Também há expectativa de alguns contratos relativos ao programa CBERS e Amazônia-1 ao longo de 2016, conforme indicado por Leonel Perondi, diretor do INPE, em recente entrevista concedida ao blog Panorama Espacial e que em breve será publicada.
.

Nenhum comentário: