segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Cooperação Brasil - Rússia

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Estação russa do sistema de navegação Glonass inaugurada em Recife

Brasília, 22 de fevereiro de 2016 – Foi inaugurada a semana passada no Instituto de Tecnologia de Pernambuco (Itep), em Recife, a Estação de Monitoramento do sistema russo de navegação por satélite, Glonass. O serviço de geolocalização funciona de forma semelhante ao Sistema de Posicionamento Global (GPS), mantido pelo governo dos Estados Unidos.

A instalação ocorre em função do Acordo de Cooperação, firmado pelo governo brasileiro e a Federação Espacial da Rússia (Roscosmos), assinado em 2006 e servirá para pesquisa e proteção mútua de tecnologias dos dois países.

Segundo o diretor da corporação estatal russa, Gennady Saenko, o Glonass garante a utilização do espaço para fins pacíficos. “Esta estação é importante para a sociedade de especialistas e universidades, pois pode dar impulso a outros projetos na área espacial”, disse. Esta é a segunda instalação no Brasil, depois da implementada na Universidade de Brasília (UnB).

De acordo com Saenko, o objetivo é expandir ainda mais o funcionamento na América do Sul e uma terceira estação será instalada na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), no Rio Grande do Sul, ainda este ano. O primeiro satélite do sistema foi lançado ao espaço em 1982, mas só 10 anos depois se tornou operacional. “Sem dúvidas essa é uma grande oportunidade para trabalhar de forma global pensando no local, já que esta estação agrega ao Brasil mais uma opção ao GPS”, diz o presidente do Itep, Geraldo Eugênio.

Todos os aparelhos enviados ao Itep são de origem russa e, segundo o coordenador geral da Representação Regional do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) no Nordeste, José Bertotti, o investimento nacional foi ceder a estrutura que abriga a estação do Glonass.

A instalação no Recife é um importante componente para redução do erro de posicionamento do sistema Glonass na América do Sul, atuando na terra, no mar, no ar e no espaço. Nos próximos três meses o sistema vai atuar dependente da estação instalada em Brasília. De acordo com Bertotti, haverá um concurso para convocar especialistas na área. “Esta é uma oportunidade para universidades e as incubadoras instaladas no Instituto, que podem ampliar os estudos na área”.

Fonte: AEB
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