segunda-feira, 29 de junho de 2015

INPE em expedição de novo navio hidroceanográfico brasileiro

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INPE participa de expedição no novo navio de pesquisa brasileiro

Segunda-feira, 29 de Junho de 2015

Integrantes do Projeto Antártico (PAN) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) estão a bordo do novo Navio de Pesquisa Hidroceanográfico Vital de Oliveira, recentemente construído na China, que está a caminho do Brasil. Numa parada no porto de Cidade do Cabo, na África do Sul, um grupo de 18 pesquisadores brasileiros embarcou para a expedição científica que, entre outros objetivos, avaliará a contribuição do Oceano Índico em processos climáticos no Atlântico Sul.

Participam da expedição liderada por Moacyr Araújo, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), pesquisadores da Faculdade de Oceanografia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e do Instituto de Oceanografia da Universidade Federal do Rio Grande (FURG).

Os pesquisadores embarcaram no dia 25 de maio e, durante dois dias, realizaram a montagem e teste dos equipamentos. O navio partiu de Cidade do Cabo no dia 27 para a travessia do Oceano Atlântico. O desembarque em Arraial do Cabo, no Rio de Janeiro, está previsto para 17 de julho.

A equipe do Projeto Antártico na expedição é formada por quatro pesquisadores e mais um técnico da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), que mantém com o Instituto um convênio de cooperação técnico-científica desenvolvido no Centro Regional Sul do INPE (CRS), em Santa Maria (RS), onde está sediado o PAN.

O grupo do INPE fará experimentos sobre as características do acoplamento oceano-atmosfera, a partir do lançamento de radiossondas e perfiladores de temperatura da água do mar, especialmente em caso de situações atmosféricas singulares (passagem de frentes, formação de ciclones etc). O estudo busca compreender o comportamento da camada limite atmosférica e dos fluxos de calor entre os sistemas oceânico e atmosférico. Os pesquisadores do PAN/INPE também realizarão medidas diretas desses fluxos e de CO2 entre o oceano e a atmosfera. Para isso, serão utilizados equipamentos do PAN, do Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC) e do Laboratório de Instrumentação Meteorológica (LIM) do INPE.

Nossa equipe obteve ainda com o CENPES/Petrobras, a COPPE e a empresa ProOceano (Rio de Janeiro) três derivadores rastreados por  satélite da série ARGO, que serão soltos em vórtices oceânicos de mesoescala, ejetados do Oceano Índico e que chegam à costa do Brasil”, informa o pesquisador Ronald Buss de Souza, chefe do PAN/INPE. “Essas medidas são importantes para avaliar a contribuição do Índico a processos de escala do clima no Oceano Atlântico Sul, por meio da diluição de suas propriedades (temperatura e salinidade) ao longo de seu caminho entre a parte leste e oeste do Atlântico”.

Fonte: INPE
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