sábado, 31 de agosto de 2013

Ariane 5: 57ª sucesso consecutivo

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Na última quinta-feira (29), a Arianespace realizou com sucesso, a partir de Kourou, na Guiana Francesa, o  57º lançamento consecutivo ao espaço do foguete Ariane 5, colocando em órbita de transferência geoestacionária dois satélites de comunicações, o EUTELSAT 25B / Es'hail 1, e o GSAT-7, este último da agência espacial indiana (ISRO).

Este foi o quarto lançamento do Ariane 5 este ano, e comprova a confiabilidade e disponibilidade do veículo lançador, largamente reconhecida no mercado. Ao longo deste ano, a companhia europeia lançou ao espaço 20 cargas úteis em sete missões compreendendo toda a sua família de foguetes - além do Ariane 5, o Soyuz e o Vega.

Em meados de agosto, a Arianespace foi selecionada pelo governo brasileiro para a colocação em órbita do Satélite de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC), esperada para o final de 2015 ou início de 2016..
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sexta-feira, 30 de agosto de 2013

PRODES completa 25 anos

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Prodes completa 25 anos de vigilância na Amazônia

Sexta-feira, 30 de Agosto de 2013

O monitoramento por satélites é imprescindível na contenção do desmatamento para proteger a biodiversidade e frear alterações no clima, além de gerar as informações necessárias à implantação de políticas voltadas para a fiscalização e para o desenvolvimento sustentável. Desde 1988, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) mapeia de forma operacional o desmate com o Projeto de Monitoramento do Desflorestamento na Amazônia Legal (Prodes).

O Prodes é considerado o maior programa de acompanhamento de florestas do mundo, por cobrir 4 milhões de km² todos os anos. Seu resultado revela a taxa anual do desmatamento por corte raso, quando todo o conjunto de árvores de floresta é retirado. Os satélites mostram que a Amazônia já perdeu 752 mil km2, cerca de 19% da floresta original.

O coordenador do Programa Amazônia do INPE, Dalton Valeriano, falou sobre os 25 anos do Prodes durante a cerimônia de aniversário do instituto, que acaba de comemorar seus 52 anos. Confira aqui a apresentação realizada no evento.

“Colocamos na internet todas as informações, taxas anuais e banco de dados geográficos, com imagens e mapas e estatísticas”, ressaltou Valeriano. Para o INPE, a transparência sobre informações que são de interesse da sociedade é um dos seus maiores compromissos.

Histórico

Em 1973, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) inicia em sua estação de Cuiabá a recepção de imagens do primeiro satélite de sensoriamento remoto, o norte-americano Landsat, lançado apenas um ano antes. E já no final da década de 1970 estava pronto o primeiro mapeamento completo da região, que revelava o avanço do homem pela floresta causado pela construção de estradas, novas cidades e pela expansão da fronteira agrícola.

O levantamento pioneiro foi feito a pedido da Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam). Porém, naquela época, o objetivo principal era verificar se a ocupação do território estava ocorrendo como estimulado por financiamentos oficiais. Mas a vigilância por satélites tornou-se mesmo imprescindível com a constatação de que é preciso conter o desmatamento para proteger a biodiversidade e impedir alterações no clima.

Assim, a partir de 1988, com o Prodes, o INPE passou a realizar o mapeamento de forma operacional. Como resultado, o Brasil possui um sistema reconhecido internacionalmente por sua excelência e pioneirismo.

O monitoramento da Amazônia tem se beneficiado das novas tecnologias e satélites. Em 2004, as imagens do Modis, sensor a bordo de um satélite da Nasa, permitiram ao INPE desenvolver o Deter, cujas informações diárias são passadas para o Ibama  (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e órgãos estaduais de meio ambiente, que podem intensificar a fiscalização em campo.

O Deter colaborou também para revelar um outro tipo de exploração da floresta, que vem crescendo nos últimos anos, em que é retirada apenas a madeira de maior valor econômico. Com isto a floresta se torna mais vulnerável, a vegetação mais baixa sofre com as queimadas e as árvores de maior porte continuam em pé, porém mortas. São identificadas como degradadas estas áreas que ainda não podem ser classificadas como corte raso, mas já estão comprometidas pelo desmate. O mapeamento completo destas áreas, que podem evoluir para o corte raso, começou a ser feito em 2008 por um novo sistema, chamado Degrad.

Os sistemas operacionais para monitoramento por satélite do desflorestamento são realizados pelo Programa Amazônia, vinculado à Coordenação de Observação da Terra do INPE.

Taxas

O recorde de desmatamento verificado pelo Prodes aconteceu em 1995, quando a Amazônia perdeu 29.059 km2. Desde 2004, quando foram registrados 27.423 km2, o desmatamento vem diminuindo progressivamente, com exceção de 2008 que apresentou ligeiro aumento. Deve-se destacar que, no início de 2008, o Deter mostrou que havia uma tendência de aceleração do desmatamento. Baseado no sistema de alerta, o governo pôde agir rápido e conter a devastação.

Em 2012, a taxa foi de4.571 km2, a menor já registrada pelo Prodes. Sem dúvida, a informação rápida gerada pelo sistema Deter para orientar a fiscalização é um dos motivos para a queda acentuada do desmatamento registrada nos últimos anos.

Confira os dados do desmatamento na Amazônia registrado pelo INPE em: http://www.obt.inpe.br/prodes/prodes_1988_2012.htm

Capacitação

Por meio do INPE, o Brasil oferece ajuda aos países interessados em avançar na vigilância de suas próprias florestas, colocando-se assim na liderança de iniciativas internacionais para o controle do desmatamento e da degradação florestal em todo o mundo. Em parceria com a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), são realizados cursos visando a capacitação técnica necessária ao monitoramento para REDD - Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação em Países em Desenvolvimento.

Iniciativas como REDD serão implantadas com sucesso se os países puderem medir e comprovar a veracidade de suas informações sobre florestas.  Nesse sentido, o INPE instalou em Belém (PA) o Centro Regional da Amazônia, um verdadeiro centro internacional de difusão de tecnologia de monitoramento por satélite de florestas tropicais, para ensinar técnicos estrangeiros a utilizar o TerraAmazon, sistema desenvolvido pelo Instituto para seus programas de monitoramento, como Prodes e Deter.

A metodologia e todos os dados do sistema Prodes estão disponíveis na página www.obt.inpe.br/prodes

Fonte: INPE
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quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Cooperação Brasil - República Checa

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Em 12 de setembro, acontecerá no Parque Tecnológico de São José dos Campos (SP) o Czech - Brazilian Space Industry Seminar, organizado pela Czech Space Alliance (CSA), principal entidade espacial da República Checa. O seminário terá por objetivo buscar uma aproximação para possíveis iniciativas conjuntas no campo espacial entre as indústrias do país europeu e do Brasil.

No programa divulgado pela CSA, constam apresentações da Orbital Engenharia, Fibraforte, Equatorial Sistemas, da Iguassu Software Systems (membro da CSA) e do Czech Space Research Centre, entre outros.

Há também sugestões de tópicos a serem discutidos, como desdobramentos de uma carta de intenções assinada pela CSA e a Agência Espacial Brasileira em matéria de cooperação, o interesse brasileiro no projeto de navegação por satélites Galileo, da Comissão Europeia, além do uso de programas da União Europeia para o financiamento de iniciativas de com a América Latina.
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quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Desafios do INPE 2014-2020

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Workshop discute desafios e prioridades

Quarta-feira, 28 de Agosto de 2013

As perspectivas para os próximos anos no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) motivaram coordenadores, chefias, pesquisadores, tecnologistas e analistas a se reunir durante um dia inteiro para apresentações e discussões sobre projetos e atividades em curso e outros que podem ser desenvolvidos pelas várias áreas.

O Workshop “Desafios do INPE 2014-2020” foi realizado em 21 de agosto no auditório Fernando de Mendonça (LIT/INPE), em São José dos Campos, como parte das comemorações de aniversário de 52 anos da instituição.

O evento serviu também para promover o intercâmbio entre os servidores, que tiveram a oportunidade de conhecer melhor particularidades de cada uma das áreas do INPE - Laboratório de Integração e Testes (LIT), Centro de Rastreio e Controle (CRC), Centro de Laboratórios Associados (CTE), Coordenação de Ciências Espaciais e Atmosféricas (CEA), Coordenação de Engenharia e Tecnologia Espacial (ETE), Coordenação de Observação da Terra (OBT), Centro de Ciência do Sistema Terrestre (CCST) e Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC).

O chefe do LIT, Geilson Loureiro, apresentou o projeto de expansão do laboratório, que permitirá a integração e testes de satélites com até seis toneladas e seis metros de altura (satélites geoestacionários meteorológicos ou de telecomunicações, satélites radar, etc). As obras devem iniciar nos próximos meses e a conclusão está prevista para 2018.

Falou ainda sobre atividades já programadas no LIT, como as campanhas dos satélites CBERS-4 e Amazônia-1, e os testes realizados no laboratório por indústrias de variados setores - telecomunicações, médico-hospitalar e odontológica, automobilística e autopeças, eletroeletrônica e eletromecânica, militar e aeroespacial.

Operando 24 horas por dia desde 1993, quando foi lançado o SCD-1, primeiro satélite nacional, o CRC se prepara para o rastreio e controle do CBERS-3, que tem previsão de lançamento para o final deste ano. O CRC é responsável pela operação em órbita dos satélites desenvolvidos pelo INPE, como os SCD-1 e 2, ou em cooperação com instituições estrangeiras, como as da série CBERS.

Por meio de cooperação internacional, o CRC também presta suporte na fase de lançamento de missões espaciais de outros países, como as chinesas Shenzhou-8 e Shenzhou-9, essa tripulada, a missão do satélite franco-indiano Megha-Tropiques, a indiana Chandrayaan-1, uma sonda enviada à Lua, e também na aquisição de dados para a comunidade científica, caso do satélite Corot, destinado ao estudo de exoplanetas.

“Nossa atividade regular é em órbita baixa e o apoio à Chandrayaan-1 mostrou que nosso sistema funciona até a 200 mil quilômetros da Terra”, disse Pawel Rozenfeld, chefe do CRC. “Outra missão desafiadora que devemos participar é o rastreio da indiana Mangalyaan, de exploração à Marte”. Ele também adiantou que o CRC deve receber dados de carga útil da missão Van Allen Probes, realizada pela Nasa para estudos de clima espacial.

Marcos Dias, coordenador do CTE, falou sobre os quatro Laboratórios Associados que formam a área: Computação e Matemática Aplicada (LAC), Plasma (LAP), Sensores e Materiais (LAS) e Combustão e Propulsão (LCP). “Além de desenvolver produtos e processos inovadores para o setor espacial, os Laboratórios têm como objetivo a geração e a disseminação de resultados científicos e tecnológicos inéditos em níveis nacional e internacional e a formação de RH”, explicou.

Segundo o coordenador do CTE, o desenvolvimento de tecnologias críticas, produtos e processos para as missões espaciais e suas aplicações dependem da contínua atualização de infraestrutura para testes de sistemas como propulsores de satélites, por exemplo. Marcos Dias também falou sobre nanotubos de carbono, inovações em cerâmica para controle térmico de satélites, revestimentos para aplicações aeroespaciais, lubrificantes sólidos, entre outros desenvolvimentos tecnológicos no CTE.

A instrumentação para estudos astronômicos foi um dos destaques da CEA, apresentada por seu coordenador Oswaldo Duarte Miranda. O SPARC4, em fase de estudo conceitual, será uma câmera inovadora com quatro bandas espectrais. Ainda há os experimentos ligados à missão Equars (ELISA/Eletrostatic Analysis para estudo da Anomalia Magnética do Atlântico Sul (AMAS), IONEX para radio ocultação, entre outros). “Podemos colocar como desafio o Equars em 2018, e o Mirax (instrumento astronômico de raios X) entre 2018 e 2019”.

O coordenador da CEA destacou o radiointerferômetro BDA, desenvolvido totalmente no Brasil e instalado no INPE de Cachoeira Paulista. Único na América do Sul, o BDA é destinado a estudos de física solar, meio interplanetário, astrofísica, cosmologia e clima espacial. Além disso, citou atividades em outras unidades e instalações do INPE, como o detector de muons no Sul (Observatório de São Matinho da Serra-RS).

Amauri Silva Montes, coordenador da ETE, falou sobre as atuais missões – PMM (plataforma multimissão) e satélites CBERS-3 e 4, Amazônia-1, Lattes, Sabia-Mar - e os desafios da Engenharia e Tecnologia Espacial. O desenvolvimento de sistemas inerciais para aplicação aeroespacial (projeto SIA) e de componentes eletrônicos (projeto CITAR - circuitos integrados tolerantes à radiação) foi citado como uma das prioridades, assim como as atividades de P&D. “Investir em processos e metodologias para qualificar componentes eletrônicos para uso espacial”.

“O CBERS-3 deve ser lançado no final de 2013 e devemos realizar modificações para o CBERS-4, para lançamento em 2015”, disse o coordenador da ETE. Segundo ele, embora o problema com os conversores DC-DC tenha sido contornado no CBERS-3, o objetivo é buscar uma solução mais robusta para o próximo satélite. Ressaltou os avanços realizados nos dois satélites, em relação aos primeiros (CBERS-1, 2 e B), como os desenvolvimentos de uma câmera WFI maior e da inovadora MUX. “Pretendemos estabelecer um programa de desenvolvimento de cargas úteis”, disse Amauri Montes, mencionando ainda o desenvolvimento de satélites de pequeno porte.

O aumento das aplicações na área de sensoriamento remoto foi um dos destaques da apresentação de Júlio D’Alge, coordenador da OBT, que mostrou ainda várias tecnologias derivadas da TerraLib, uma ferramenta criada pela equipe de processamento de imagens do INPE para visualização e exploração de dados geográficos. Políticas sociais, agricultura, meio ambiente, saúde, entre outras áreas, têm se beneficiado das tecnologias de geoprocessamento e de modelagem ambiental integrada.

“Nosso Centro de Dados já distribuiu 2.350.873 imagens de satélites”, informou Júlio D’Alge, sobre a oferta gratuita, pela internet, dos dados cada vez mais essenciais para a formulação de políticas públicas em áreas como monitoramento ambiental, desenvolvimento agrícola, planejamento urbano e gerenciamento hídrico. A OBT apresentou ainda atividades realizadas em parceria com os outros centros e unidades do INPE, cursos de extensão e, também, a capacitação nacional e internacional.

José Marengo, chefe do CCST, explicou que o centro reúne, de modo único no Brasil, competências nas áreas de ciências naturais, sociais e modelagem. Destacou o Modelo Brasileiro do Sistema Terrestre (BESM) e o estabelecimento do INPE-EM, sistema para cálculo de emissões criado em parceria com várias áreas do INPE. Marengo falou sobre as várias atividades ligadas à área de Ciência do Sistema Terrestre, como a rede de monitoramento de relâmpagos (BrasilDAT), estudo de dados ambientais para o setor de energia, entre outros serviços.

“O CCST possui ainda responsabilidades estratégicas ligadas ao desenvolvimento da área ambiental do INPE”, disse Marengo, ressaltando que o centro mantém as sedes das secretarias executivas da Rede Clima e do INCT-Mudanças Climáticas, bem como escritórios de programas internacionais como IGBP (International Geosphere–Biosphere Programme)e GLP (Global Land Project). “Um desafio é criar o Observatório Terra, para incentivar o diálogo entre linhas de pesquisa e promover sínteses interdisciplinares dos trabalhos realizados no CCST e outras áreas do INPE e no MCTI”.

Assim como os gestores das outras áreas, o coordenador do CPTEC, Osvaldo Moraes, enfatizou a questão de recursos humanos. “A falta de pessoal é nosso maior problema, o mais crítico”. Apresentando aspectos cruciais para o planejamento de curto, médio e longo prazo, falou sobre as atividades realizadas pela área de previsão de tempo e clima do INPE.

“É necessário investir sempre em P&D para manter o estado da arte dos modelos numéricos para previsão”, disse o coordenador, que ainda elencou como desafios a evolução do modelo global e do modelo regional de alta resolução, atividades de operação, ampliação do prédio, entre outros.

A cada apresentação, o diretor Leonel Perondi ressaltou a necessidade de atender a “cadeia completa” para a inovação. “Da pesquisa básica à pesquisa aplicada, o desenvolvimento tecnológico, visando produtos e serviços que atendam a demandas da sociedade”, concluiu o diretor do INPE, sobre a vocação do instituto para transformar conhecimento em riqueza para o país.

Fonte: INPE
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Despedida do SAC-C

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Em 15 de agosto, três meses antes de completar o seu 13º aniversário, o satélite argentino SAC-C deixou de se comunicar com seu centro de controle de missão, situado em Córdoba, na Argentina. Em 23 de agosto, a Comisión Nacional de Actividades Espaciales (CONAE) declarou a missão encerrada, "despedindo-se" oficialmente do satélite, que superou em muitos anos sua vida útil estimada inicialmente em cinco anos.

O SAC-C foi o terceiro satélite lançado pela CONAE, em 21 de novembro de 2001. Era dotado de sensores óticos para observação terrestre, tendo gerado imagens para aplicações em agricultura, hidrologia, geologia, situações de emergências, entre outras.

Vários países foram parceiros da Argentina na missão SAC-C, contribuindo com experimentos científicos e cargas úteis, dentre os quais os Estados Unidos, a Itália, a França e a Dinamarca. O Brasil, por meio do Laboratório de Integração e Testes (LIT), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), apoiou com a realização de testes ambientais previamente ao lançamento do artefato (na imagem abaixo, o satélite está sendo submetido a testes de vácuo).


segunda-feira, 26 de agosto de 2013

ACS: novo aporte de R$66,66 milhões

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O governo brasileiro fará um novo aporte de R$33.333.333,00 na binacional Alcântara Cyclone Space (ACS). A transferência de recursos para o aumento de capital foi autorizada por meio de Decreto datado de 23 de agosto e publicado hoje (26) do Diário Oficial da União. O decreto também faz referência a um aporte de mesmo valor pela contraparte ucraniana, por meio de transferência intergovernamental.

Nos últimos meses, tem surgido rumores e especulações sobre a continuidade da ACS. Há meses, as obras do sítio espacial no Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão, foram paralisadas em razão da falta de recursos.

A situação da binacional foi discutida no Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação na última terça-feira (20), em reunião que contou com a participação do ministro Marco Antonio Raupp, José Raimundo Coelho, presidente da Agência Espacial Brasileira, Oleksander Serdyuk, diretor da ACS, o embaixador da Ucrânia no Brasil, Rostyslav Tronenko, e o 1º secretário, Serhii Koroluik.
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Os 52 anos do INPE

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Aos 52 anos, INPE abrange da pesquisa básica ao desenvolvimento de produtos e serviços

Segunda-feira, 26 de Agosto de 2013

“Ser a referência nacional em ciência e tecnologia espaciais e suas aplicações, maximizando retornos diretos à sociedade na forma de produtos e serviços, política industrial e difusão de conhecimentos”. Assim resumiu Leonel Perondi, diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), os objetivos da instituição que celebrou seus 52 anos na manhã de sexta-feira (23/8).

Durante a cerimônia realizada na sede do INPE, em São José dos Campos (SP), Perondi falou sobre as principais realizações do último ano, nas várias áreas de atuação do instituto: Engenharia e Tecnologia Espacial, Ciências Espaciais e Atmosféricas, Previsão do Tempo e Estudos Climáticos, Observação da Terra e Ciência do Sistema Terrestre.

Da mesma forma, enfatizou a importância da área de gestão, da operação de rastreio e controle de satélites, das atividades dos laboratórios associados, bem como do Laboratório de Integração e Testes (LIT), que recentemente teve aprovado o projeto de sua expansão para trabalhar também com satélites de grande porte.

“A operação em cada área de atuação do Instituto é caracterizada por projetos de pesquisa básica, pesquisa aplicada e desenvolvimento, chegando a produtos e serviços inovadores, que impactem a vida do cidadão”, disse o diretor do INPE. “Vamos do conhecimento até o desenvolvimento e oferta de produtos e serviços inovadores”.

Confira aqui a íntegra do discurso do diretor.

Política industrial

Como parte importante da missão do INPE, Perondi destacou a capacitação da indústria nacional, por meio de programas de qualificação e contratações para o desenvolvimento de satélites. “Considerando apenas os CBERS-3 e 4, os contratos industriais efetuados no país, através de licitações de preço e técnica, somam valor superior a 370 milhões de reais. Além de capacitação em novas tecnologias e aprendizagem em metodologias de gestão de projetos e gestão da qualidade, essas contratações geram empregos de alta qualidade - e renda - para um grande número de jovens técnicos e engenheiros”.

O INPE já realizou o projeto e a fabricação de dois satélites de coleta de dados - SCD-1 (que completou 20 anos de operação em 2013) e SCD-2 -, e dos cinco satélites da série CBERS (China-Brazil Earth Resources Satellite), em parceria com a China – CBERS-1, CBERS-2 e CBERS-2B, já lançados, e CBERS-3 e CBERS-4.

“O satélite CBERS-3, ainda em testes, apresenta em seu corrente cronograma uma previsão de lançamento para o período de outubro a dezembro deste ano. O satélite CBERS-4 tem previsão de lançamento para dois anos após o lançamento do CBERS-3”, disse o diretor do INPE.

Emoção

Participaram da cerimônia de 52 anos do INPE o presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), José Raimundo Coelho, o secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do Ministério da Ciência Tecnologia e Inovação (MCTI), Carlos Nobre, o diretor do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), brigadeiro Carlos Antonio de Magalhães Kasemodel, representando a direção do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), o prefeito e a presidente da Câmara de São José dos Campos, Carlinhos Almeida e Amélia Naomi.

“O INPE é um orgulho para a cidade de São José dos Campos, pela grande contribuição à ciência e tecnologia e, também, por demonstrar muito claramente que a pesquisa espacial tem impactos diretos na vida das pessoas. Mostra que vale a pena ao país investir em C&T”, disse o prefeito Carlinhos Almeida, citando como exemplo as atividades de previsão do tempo e de monitoramento do meio ambiente.

“É sempre uma renovada emoção participar do aniversário do INPE, declarou José Raimundo Coelho. O presidente da AEB, que atuou por muitos anos no INPE, falou sobre o atual momento do Programa Espacial Brasileiro (PEB). “Precisamos pensar qual o modelo de gestão adequado para nossas instituições. É preciso integração, espírito de coletividade”, disse José Raimundo, ressaltando a importância de se investir no setor público para fomentar o crescimento do setor privado e, assim, gerar riqueza para o país.

A comemoração dos 52 anos reuniu representantes da indústria e de instituições parceiras, além de gestores e pesquisadores que fazem parte da história do INPE, como seu primeiro diretor, Fernando de Mendonça, precursor das atividades espaciais no Brasil. “Ainda em 1957, junto com seus colegas, ele construiu um sistema para receber dados do Sputnik (o primeiro satélite lançado no mundo)”, comentou o diretor da AEB.

Antes de encerrar a cerimônia, o diretor do INPE homenageou as 21 vítimas do acidente com o foguete VLS na Base de Alcântara, ocorrido em 22 de agosto de 2003. “Em nome de todos os servidores e colaboradores do INPE, quero expressar, irmanados aos colegas do DCTA, nosso respeito àqueles tragados pelo acidente de 10 anos atrás e nossos mais profundos sentimentos a todos os seus familiares”, disse Perondi, ressaltando que INPE e DCTA são “parceiros nesse grande desafio de construir o programa espacial brasileiro”.

Fonte: INPE
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domingo, 25 de agosto de 2013

Inova Aerodefesa: iniciativas em lançadores

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Já abordamos em algumas postagens o projeto do Microssatélite Militar Multimissão (MMM), proposto pela AEL Sistemas, em conjunto com outras empresas e universidades do Rio Grande do Sul, no âmbito do Plano de Apoio Conjunto Inova Aerodefesa, lançado pela FINEP em parceria com o BNDES, Agência Espacial Brasileira (AEB) e Ministério da Defesa.

Nos próximos dias, o blog Panorama Espacial postará mais informações sobre alguns projetos submetidos ao edital, em especial aqueles relacionados à área espacial. No campo de lançadores, que deve ter desdobramentos em médio e longo prazo, há algumas iniciativas interessantes, em particular relacionados ao projeto do Veículo Lançador de Microssatélites (VLM) (para informações sobre o VLM, clique aqui).

A Cenic, de São José dos Campos (SP), por exemplo, busca recursos para a nacionalização dos módulos inter-estágios do VLM, em parceria com as indústrias COMPSIS e EQE, também do Vale do Paraíba. A COMPSIS também apresentou uma demanda para o desenvolvimento de bancos de controle para o pequeno lançador.

Mas, nessa área, o projeto que mais chama atenção é o da Odebrecht Defesa e Tecnologia (ODT), que na linha aeroespacial propôs uma iniciativa volta à capacitação do Brasil na prestação de serviços de transporte espacial para missões de órbita baixa. Isto é, a ODT busca recursos para o desenvolvimento de um lançador da classe do VLS, a ser qualificado em duas missões com colocação em órbita de satélites de pequeno porte. O resumo com a descrição do projeto, no entanto, não dá mais detalhes sobre as características do foguete.

Conforme revelado na postagem "As "cinco irmãs" no setor de defesa [e espaço]", há no mercado um rumor de que a ODT estaria associada à italiana Avio, que fabrica o foguete Vega, para iniciativas no Brasil envolvendo meios de acesso ao espaço.

Na próxima terça-feira (27), deve acontecer em São Paulo o workshop de instrução e fomento de parcerias do Inova Aerodefesa. Os recursos disponibilizados no primeiro edital somam R$ 2,9 bilhões, e a demanda qualificada até o momento é de R$ 12,6 bilhões.
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quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Cooperação Brasil - Turquia

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Brasil e Turquia criam grupos para estudar desenvolvimento de projetos conjuntos em defesa

Ancara, 22/06/2013 – Brasil e Turquia vão fortalecer a cooperação bilateral em defesa por meio da criação de cinco grupos de trabalho para estudo de parcerias nas áreas naval, aeronáutica, espacial, comando e controle e defesa cibernética. A decisão é resultado da viagem oficial realizada esta semana pelo ministro da Defesa, Celso Amorim, ao país euroasiático.

Ao longo de três dias, Amorim e comitiva mantiveram contatos com lideranças políticas, militares e com executivos de empresas turcas em Ancara, capital do país. A decisão de criar os grupos de trabalho ocorreu após tratativas entre Amorim e o ministro da Defesa Nacional da Turquia, Ismet Yilmaz.

Os grupos serão constituídos por representantes estatais, civis e militares, e deverão contar também com a participação de integrantes de empresas da área de defesa dos dois países. Nas próximas semanas, deverão ser definidas as datas de reuniões técnicas setoriais, que ocorrerão no Brasil e na Turquia até o final deste ano.

A cooperação na área de defesa com os turcos parte da ideia central de que os dois países - nações com nível de desenvolvimento semelhante, sem conflitos de interesse e com participação crescente no cenário internacional - têm muito a ganhar com o desenvolvimento de projetos comuns, tanto no campo econômico como no campo estratégico. “Nossa relação já alcançou o status de parceria estratégica. A indústria de defesa do meu país tem realizado grandes projetos e estamos prontos a cooperar”, disse Ismet Yilmaz a Amorim em encontro da sede do Ministério da Defesa, em Ancara.

Projetos conjuntos

Na área naval será estudada a possibilidade de troca de informações e eventual desenvolvimento conjunto de projetos de construção de navios escolta: corvetas e fragatas. A Turquia construiu, a partir de projeto próprio, uma corveta com requisitos e características que podem interessar ao Brasil. O Brasil também possui um projeto nativo de corveta, que serviu de base para a construção de um navio da nova classe de corvetas da Marinha, a Barroso. Nesse grupo também deverá haver tratativas sobre projetos e sistemas de detecção e guerra eletrônica.

No grupo aeronáutico, o foco recairá em projetos de aviões, helicópteros e veículos aéreos não-tripulados  (vants). A Turquia desenvolveu projetos de helicópteros militares de ataque e de vants que utilizam aviônica nacional. Também possuem experiência na integração e fabricação de peças e seções de aviões civis e militares. O Brasil, por seu turno, também está desenvolvendo vants e possui uma ampla experiência na fabricação de aviões de civis e militares, por meio da Embraer.

A ideia é discutir as possibilidades de parceria no segmento, a partir do conceito de emprego dual (civil-militar) das aeronaves, incluindo tratativas sobre o projeto turco, em fase inicial de desenvolvimento, de um caça de 5ª geração. Nesse campo, uma das possibilidades a serem estudadas é a montagem de helicópteros turcos no Brasil e de aviões brasileiros na Turquia.

O grupo espacial vai tratar das possibilidades de cooperação em sistemas de lançamento e de satélite (de sensoriamento e comunicações). [Nota: negrito nosso] O de comando e controle terá como objetivo central a área de comunicações militares (com possibilidade de aplicação civil) por meio da tecnologia denominada Rádio Definido por Software (RDS). O Brasil tem interesse no desenvolvimento dessa tecnologia, que trará, entre outros aspectos, ganhos significativos para as comunicações diretas entre as Forças Armadas brasileiras, melhorando seu desempenho, por exemplo, nas operações militares.

O quinto grupo tratará da área de defesa cibernética, com base na experiência acumulada até o momento pelas forças militares das duas nações. O Brasil enviará representante à feira que a Turquia organizará sobre o tema (International Cyber Warfare and Security) no próximo mês de novembro, em Ancara.

Fonte: Ministério da Defesa, com edição do blog Panorama Espacial.

Comentários do blog: no início de julho, o governo da Turquia firmou um acordo com a companhia Roketsan para a realização de trabalhos pré-conceituais de projeto de um lançador de pequeno porte para missões em órbita baixa, a altitudes de 500 a 700 km, denominado Turkish Satellite Launching System (UFS). O projeto turco, no entanto, tem gerado reações de desconforto em alguns vizinhos e membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), receosos de um possível uso da tecnologia do UFS para o desenvolvimento de um míssil de longo alcance (2.500 km), anunciado em 2011. 

Em matéria de satélites, a Turquia tem desenvolvido alguns projetos para observação terrestre, como o TUBITAK-UZAY, colocado em órbita em agosto de 2011, e o Gokturk-2, lançado ao espaço em dezembro. Ambos os projetos contaram com a participação industrial da Turkish Aerospace Industries (TAI), principal indústria aeroespacial e de defesa da Turquia, e que foi visita por Amorim em sua visita na semana passada. O governo turco também contratou há alguns anos o Gokturk-1, satélite de observação por meio de sensores óticos, com resolução submétrica, em fabricação pela Telespazio e Thales Alenia Space. No início do ano, o governo também iniciou tratativas com a TAI para o desenvolvimento e construção do Gokturk-3, de imageamento por radar. Os planos de Ancara envolvem a colocação em órbita de um total de 16 satélites até 2020, com um montante estimado de investimentos de 2 bilhões de dólares nos próximos cinco anos.
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10 anos do acidente do VLS: mensagem do IAE

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NOTA OFICIAL - Mensagem da Direção do Instituto de Aeronáutica e Espaço

Campo Montenegro, 22/08/2013

Há dez anos, mais precisamente no dia 22 de agosto de 2003, o Programa Espacial Brasileiro vivia o momento mais triste da sua história.

Naquele dia, durante os preparativos finais para o lançamento do terceiro protótipo do Veículo Lançador de Satélites, no Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), o acendimento intempestivo de um dos propulsores do primeiro estágio provocou um incêndio na plataforma de lançamento, vitimando vinte e um técnicos do Instituto de Aeronáutica e Espaço e destruindo completamente a Torre Móvel de Integração do veículo.

Os dias que se sucederam foram muito difíceis para todos: familiares das vítimas, servidores do IAE e CLA envolvidos naquela Operação de Lançamento, servidores do então Centro Técnico Aeroespacial e da Agência Espacial Brasileira. Enfim, momentos de dor vivenciados por todos os atores do Programa Espacial Brasileiro.

Como não podia ser diferente, a comoção nacional foi muito grande. Os servidores do IAE que perderam suas vidas nesse trágico acidente foram considerados heróis: nada mais justo! Perderam suas vidas na tentativa de transformar o Brasil soberano no domínio da tecnologia espacial.

O Programa Espacial Brasileiro era posto em xeque. Comissões oficiais, comissões paralelas, comissões independentes e até comissões estrangeiras foram criadas para analisar as causas do acidente.

Os servidores do IAE que participaram da Operação São Luís e que, por desejo do destino, não estavam naquela Torre no momento do acidente viveriam momentos muito difíceis.

Além da dor pela perda dos seus companheiros de trabalho, dos sintomas de transtorno pós–traumático, que marcariam eternamente suas vidas, perante as comissões de investigação suas palavras estavam também em xeque.

Concluídos os trabalhos de investigação que, em alguns casos, se estenderam por mais de um ano, foi iniciada uma revisão critica total do projeto VLS. Dessa revisão resultaram propostas de modificações para tornar o projeto ainda mais seguro e confiável. Ensaios realizados no passado tiveram que ser refeitos.

Novos ensaios como, por exemplo, o ensaio de separação dos propulsores do primeiro estágio, foram especificados e realizados. Novos equipamentos de ensaios, alinhados com a tecnologia atual, viriam a ser adquiridos. Hoje, o VLS mantém a mesma aparência externa, mas internamente são inúmeras as diferenças.

As modificações introduzidas, na maioria dos casos, exigiram o rearranjo interno dos componentes e consequentemente o reprojeto dos módulos.

A Torre Móvel de Integração também foi revisada, novos requisitos de segurança foram introduzidos e ainda em 2005, foi realizado o processo licitatório para reconstrução da nova TMI. Contudo, uma disputa judicial entre as duas empresas participantes da licitação embargaria o início das obras, entrave este que perdurou por mais de quatro anos.

A autorização para início das obras de reconstrução da TMI só veio acontecer em 2009 e o seu recebimento definitivo somente ocorreu neste ano.

Procedimentos de gestão e de segurança, processos de controle de qualidade, de controle de configuração e análise de risco, foram também revistos.

Requisitos mais modernos e, consequentemente, mais rígidos foram implantados. A cultura de certificação espacial também foi implantada e o Instituto de Fomento e Coordenação Industrial (IFI) assumiu essa responsabilidade.

Os servidores do IAE que estiveram na Operação São Luís e que até hoje continuam nessa árdua missão também são heróis! São heróis, por tudo que viveram e sobreviveram!

São heróis pela persistência em dar continuidade à missão de concluir o projeto VLS com sucesso, de tornar o Brasil soberano na tecnologia espacial e honrar os companheiros que faleceram em Alcântara, mostrando assim que a morte deles não foi em vão!

Como todo acidente, o de Alcântara trouxe muitos ensinamentos. Ensinamentos não só para o aprimoramento do projeto VLS, mas como para os demais projetos do IAE.

Os frutos desses ensinamentos já começam a aparecer. Desde 2004, todos os voos de foguetes de sondagem produzidos pelo IAE foram bem sucedidos. Já são 24 lançamentos realizados: 14 voos de VSB-30, 5 voos de VS-30/Orion, 4 VS-30 e 1 VS-40.

Hoje, nossos foguetes de sondagem tem credibilidade internacional e são largamente empregados pela Agencia Espacial Europeia conduzindo cargas úteis de altíssimo valor agregado para o Programa Europeu de Microgravidade.

O VLS ainda enfrenta dificuldades. Dificuldades que certamente serão superadas.

A Missão atribuída ao IAE se transformou em sonho.

Um sonho a ser realizado. Um sonho do qual os integrantes do IAE não vão desistir!

Campo Montenegro, 22 de agosto de 2013

Brig Eng Carlos Antonio de Magalhaes Kasemodel
Diretor do IAE
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quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Resultados do SGDC: uma análise

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A seguir, apresentamos algumas notas com uma análise sobre o resultado da concorrência da primeira unidade do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC), coordenada pela Visiona Tecnologia Espacial, joint-venture da Embraer (51%) e Telebras (49%), e anunciada no início da semana passada.

O preço

Não houve uma divulgação oficial pelas partes envolvidas sobre o valor total do negócio. Mas, o website brasileiro Teletime, especializado em telecomunicações, publicou notícia em 13 de agosto dando o valor de R$1,1 bilhão (acima dos R$716 milhões inicialmente estimados), citando Caio Bonilha, presidente da Telebras. O blog Panorama Espacial já havia publicado no passado informações sobre a revisão do orçamento, uma vez que o montante de R$716 milhões havia sido estimado em 2011, época em que um dólar custava em torno de R$1,70 (o equivalente a cerca de 420 milhões de dólares). O SGDC-1, turn-key, custará em torno de 450 milhões de dólares. O contrato definitivo deve ser assinado até setembro.

Três satélites ao todo

Nesta primeira etapa, um único satélite está sendo contratado (alguns componentes críticos serão redundantes), mas a intenção do governo é em dado momento dispor de uma constelação de três satélites. O processo para a contratação de uma segunda unidade poderá ser iniciado mesmo antes da colocação em órbita do SGDC-1, prevista para o primeiro trimestre de 2016. E é neste cenário de surgimento de um novo contratante de satélites na América do Sul, que nasce com a obrigação de atender a demanda de banda larga popular e das forças armadas, que outros fabricantes além da TAS continuarão a trabalhar. Isto é, o mercado governamental brasileiro não está fechado.

O desafio

O projeto do SGDC não envolve apenas o satélite propriamente dito, isto é, o segmento espacial. Parte importante, talvez até a mais relevante, é o segmento terrestre, especialmente em se tratando de um projeto que envolve banda Ka para atender o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL). Este é um ponto que deve ser observado com muita atenção.

A importância para a TAS

O SGDC-1 foi o primeiro negócio para a venda de um satélite geoestacionário de comunicações fechado este ano pela Thales Alenia Space (TAS) - a TAS conquistou um contrato no início do ano para o fornecimento de cargas úteis do satélite BADR-7, da ARABSAT, mas a líder industrial e fornecedora da plataforma neste caso é a Astrium. Representa a continuidade da família de plataformas Spacebus e também dezenas de meses de atividades para engenheiros e técnicos em Cannes, no sul da França, e em outras unidades da TAS na Europa.

A importância conferida pelo grupo ao negócio no Brasil foi a base para que uma proposta extremamente competitiva, especialmente em termos de preço (sempre uma dificuldade para países europeus em relação a seus concorrentes norte-americanos por conta do câmbio), fosse apresentada, com o respaldo de Jean-Loïc Galle (presidente da TAS) e Pascale Sourisse (vice-presidente desenvolvimento internacional do grupo Thales).

A importância para a TAS - 2

Levando o SGDC, a TAS se colocou numa posição privilegiada para os próximos satélites do SGDC e também outros projetos espaciais brasileiros, em particular, no âmbito do Programa Estratégico de Sistemas Espaciais (PESE), elaborado pelo Comando da Aeronáutica, e do Programa Nacional de Atividades Espaciais (PNAE). Especialmente em razão do espectro de transferência tecnológica esperada com o SGDC, não apenas em comunicações, mas em subsistemas de satélites, observação terrestre, meteorologia, entre outros.  

Outra consequência relevante: o SGDC pode ser a "porta" da Thales para outros projetos com a Embraer, não necessariamente na área espacial. Do lado francês, desejo há. Algo a se conferir nos próximos meses.

A semana da Arianespace no Brasil

Pouco ou nada se comentou a respeito, mas a escolha da Arianespace para colocar o SGDC-1 em órbita confirma a tradição (e o retorno) da companhia europeia no atendimento das necessidades em termos de lançamento dos programas de satélites de comunicações do governo brasileiro. Relacionamento que começou em 1985, quando o Brasilsat A1, operado e contratado pela então estatal Embratel, subiu ao espaço a bordo de um Ariane 3. Até o ano de 2000, foram mais cinco lançamentos. Mesmo com a privatização da Embratel e criação da Star One, os veículos da família Ariane continuaram sendo a primeira opção, executando com sucesso todas as missões. É um grande indicativo de confiabilidade.

Aliás, a última semana foi marcante para a Arianespace no País. Pois, além de ter sido escolhida para o SGDC-1, houve o anúncio do Star One D1, a ser fabricado pela Space Systems/Loral (SSL), dos EUA, e que, segundo a imprensa, voará ao espaço a bordo de um foguete Ariane 5. Em novembro de 2012, um Ariane 5 colocou em órbita o Star One C3 (construído pela Orbital Sciences Corporation, dos EUA). Para o terceiro trimestre de 2014, outro Ariane 5 deve lançar o Star One C4 (SSL).
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segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Satélites de observação na América do Sul

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Satélites de Observação Terrestre na América do Sul - Um panorama

André M. Mileski

Nos últimos anos, o número de países que passaram a deter meios autônomos de observação terrestre a partir do espaço cresceu consideravelmente. Na América do Sul, não tem sido diferente, com aqueles que já têm tradição em atividades espaciais, como Brasil e Argentina, lançando novas missões, o Chile e a Venezuela se juntando ao clube, e outros como Colômbia, Peru e Bolívia prestes a integrá-lo.

Argentina

O programa argentino de satélites de observação é hoje um dos mais avançados da América do Sul, ao lado do brasileiro, abrangendo missões tanto óticas como radar, geralmente implementadas em parceria internacional. Seu primeiro sistema de sensoriamento remoto foi o SAC-C, lançado em 21 de novembro de 2000, e que contava com dois sensores óticos com resoluções nas faixas de 35 a 350 metros, destinados a produzir imagens multiespectrais para estudos da Terra, além de sensores científicos específicos. A missão foi realizada em cooperação com a agência espacial norte-americana (NASA), e institutos de pesquisas da Europa e o Brasil, que executou os testes finais do artefato no Laboratório de Integração e Testes (LIT), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), em São José dos Campos (SP).

Passo seguinte foi dado com o SAC-D/Aquarius, desenvolvido em regime de cooperação internacional, com participação de institutos dos Estados Unidos, França, Itália, Canadá e Brasil, e colocado em órbita em 10 de junho de 2011. Muito embora tenha caráter mais científico (o sensor Aquarius, fornecido pela NASA, é um radiômetro em banda L para medição da salinidade dos oceanos), o satélite também foi equipado com uma câmera de alta sensibilidade (visualização de iluminação urbana, embarcações, tormentas elétricas, cobertura de neves), com 200/300 metros de resolução, e um sensor infravermelho (imageamento de incêndios e atividades vulcânicas), com resolução de 350 metros.

Atualmente, a Argentina é o único país sul-americano a desenvolver de fato uma constelação de satélites com tecnologia de radar de abertura sintética (SAR, sigla em inglês), capaz de imagear a superfície terrestre independente de luz e cobertura de nuvens, no âmbito do projeto SAOCOM. O projeto, que integra o Plano Espacial Nacional e é tocado pela Comisión Nacional de Actividades Espaciales (CONAE), prevê a construção de duas constelações, a SAOCOM 1 e SAOCOM 2, cada uma sendo composta por dois satélites. Os artefatos da primeira constelação estão em desenvolvimento e devem ser lançados a partir do ano que vem, tendo vida útil estimada em cinco anos. Contarão com um sensor radar operando em banda L, com resolução espacial entre 10 e 100 metros e cobertura de 35 a 350 km, com diferentes ângulos de observação. Quando em operação, o SAOCOM integrará o Sistema Ítalo-Argentino de Satélites para a Gestão de Emergências (SIASGE), considerado único no mundo, que envolverá a integração dos engenhos argentinos com a constelação italiana COSMO-SkyMed.

Outro plano é o do Satélite Argentino-Brasileiro de Informações Ambientais Marítimas - SABIA-Mar (designado localmente como SAC-E), discutido desde o final de 1998 com o vizinho, mas que apenas recentemente recebeu um novo impulso para a sua viabilização.

Brasil

O Brasil foi o sul-americano pioneiro na exploração espacial, inclusive em sensoriamento remoto a partir do espaço. Em abril de 1973, o País se tornou o terceiro no mundo – depois dos Estados Unidos e do Canadá – a dispor de uma estação terrena de imagens de satélite, no caso, o norte-americano ERTS-1 (que originou a família Landsat), instalada em Cuiabá (MT) e operada pelo INPE.

A busca pelo desenvolvimento de alguma autonomia em imageamento a partir do espaço veio com a Missão Espacial Completa Brasileira (MECB), lançada no final da década de 1970, objetivando capacitações nos segmentos de lançadores (programa VLS), satélites e infraestrutura terrestre (laboratórios e centros de lançamentos). A MECB previu o desenvolvimento e construção de dois satélites de sensoriamento, começando-se pelo SSR-1, que mais tarde veio a ser conhecido pelo nome Amazônia-1.

O Amazônia-1 ainda não teve seu projeto concluído, o que é aguardado para os próximos anos, em 2015. Baseado na Plataforma Multimissão (PMM), desenvolvida pelo INPE em conjunto com a indústria nacional, será equipado com uma câmera de 40 metros de resolução e faixa de cobertura de 750 quilômetros, que produzirá imagens da Terra para aplicações no agronegócio, meio-ambiente, monitoramento de recursos naturais e em outros fins. Após o lançamento do Amazônia-1, espera-se que outros dois modelos sejam colocados em órbita, o Amazônia-1B, em 2017, e o Amazônia-2, em 2019.

Quase dez anos após a MECB, os governos do Brasil e da China assinaram um acordo de cooperação tecnológica visando ao desenvolvimento de dois avançados satélites de sensoriamento remoto, dentro do programa CBERS (China-Brazil Earth Resources Satellite), que desde então tem contribuído significativamente para a capacidade nacional em obter, processar e interpretar imagens geradas a partir do espaço.

O acordo, assinado em 1988, contemplava o desenvolvimento e construção de dois satélites idênticos de sensoriamento remoto equipados com sensores óticos. Nos dois primeiros satélites, as responsabilidades não foram divididas igualitariamente: à China, caberia o desenvolvimento, fabricação e custeio do equivalente a 70% do total, enquanto que à parte brasileira, os 30% restantes. O CBERS 1 foi colocado em órbita heliossíncrona, a 778 km de altitude, em 14 de outubro de 1999, e operou até 2003, superando em quase 100% o tempo de sua vida útil estimada, de dois anos. O segundo, por sua vez, subiu ao espaço em 21 de outubro de 2003. Em novembro de 2002, os dois governos firmaram um novo acordo prevendo a continuidade do CBERS com a construção de outras duas unidades - CBERS 3 e 4, maiores e mais sofisticados, com sensores óticos com resoluções na faixa de 5 a 70 metros. Foi definida, também, uma nova divisão dos investimentos, agora igualitária, cada um respondendo por 50%.

Depois da entrada em órbita do CBERS 2, e considerando-se na época que o CBERS 3 o seria apenas em 2009 (este satélite ainda não foi lançado, com previsão para o final de 2013), o INPE e sua contraparte chinesa decidiram construir um novo, idêntico aos de primeira geração, chamado CBERS 2B, de modo a cobrir o hiato da retirada de operação do último exemplar da série inicial, e a entrada de seu sucessor da segunda série. O CBERS 2B foi lançado em setembro de 2007.

O INPE vem trabalhando há vários anos no conceito de um satélite radar (SAR) que, inicialmente, seria desenvolvido em conjunto com instituições da Alemanha, baseado na PMM [Nota do blog: na ilustração acima, no início da reportagem, o MAPSAR]. O sistema é tido como essencial para as necessidades brasileiras, em particular no monitoramento do desmatamento na Amazônia, tendo em vista a sua capacidade de imageamento em quaisquer condições de tempo. No projeto atual, conforme previsto no Programa Nacional de Atividades Espaciais - PNAE 2012 - 2021, o SAR deverá ser dotado de um imageador radar de abertura sintética, operando em vários modos, com múltiplas resoluções na faixa de 5 a 30 metros, destinado à aplicações voltadas ao meio-ambiente, agricultura, defesa, etc. Seu lançamento é previsto para 2020.

Das missões espaciais de observação terrestre, a mais recente é a SABIA-Mar, desenvolvida pelo Brasil e pela Argentina. Trata-se de um sistema completo de observação da Terra dedicado ao sensoriamento remoto de sistemas aquáticos oceânicos e costeiros, baseado em uma constelação de dois satélites. Além da missão primária, os artefatos poderão, também, observar águas interiores, e obter dados em escala global da cor dos oceanos. Suas imagens poderão ser usadas em aplicações relacionadas à pesca e na aquicultura, no gerenciamento costeiro, no monitoramento de recifes de coral, de florações de algas nocivas e de derrames de óleo, na previsão do tempo, na análise da qualidade das águas, entre outras.

Os artefatos terão cerca de 500 kg, baseados na PMM, e cada um levará uma câmera multiespectral, com possibilidade de cargas úteis secundárias. A partilha das tarefas será de 50% para cada país. Estão em desenvolvimento as Fases 0 (análise da missão e identificação das necessidades) e A (análise de viabilidade técnica e industrial) da missão, tocadas pelo INPE, do lado brasileiro, e pela CONAE, do argentino. O primeiro modelo deve estar em órbita em 2019.

Chile

Em julho de 2008, após um processo de seleção que envolveu os principais fabricantes mundiais, o Chile se tornou o terceiro país do subcontinente a contratar um sistema espacial de observação, encomendando um microssatélite junto à europeia Astrium, do grupo EADS, num negócio avaliado em US$ 72 milhões.

Lançado no final de 2011, o SSOT (Sistema Satelital de Observación de la Tierra) é dual, com aplicações civis e militares. O satélite tem 117 kg de massa e conta com um sensor ótico capaz de produzir imagens com 1,45 metros de resolução, para aplicações como mapeamento, agricultura e gerenciamento de recursos e desastres naturais. Sua vida útil é estimada em cinco anos. A partir de uma estação terrestre em Santiago, o satélite é operado por uma equipe de engenheiros chilenos, treinados nas instalações da Astrium, em Toulouse, no sul da França, onde o sistema e o satélite foram desenvolvidos e construídos. Segundo informações de bastidores, o governo chileno já considera alternativas para a manutenção e mesmo ampliação de sua capacidade de observação a partir do espaço.

Venezuela

Em seu governo, o falecido presidente Hugo Chávez buscou colocar a Venezuela em situação de independência em alguns setores considerados estratégicos, como comunicações e observação terrestre. Isso começou com a aquisição de um satélite de comunicações, o Venesat-1, comprado da fabricante chinesa China Great Wall Industry Corporation (CGWIC) e inserido em órbita no final de 2008. A seguir, conforme a tendência mundial, obteve um satélite de observação terrestre, gozando da parceria espacial mantida com os chineses desde o Venesat-1, num investimento de US$ 140 milhões.

A contratação para a construção do satélite, chamado de Francisco Miranda, mas também designado como VRSS-1 (Venezuelan Remote Sensing Satellite) ocorreu em maio de 2011, e foi o segundo feito pela estatal CGWIC para o governo venezuelano. O VRSS-1 também representou o primeiro satélite de observação exportado pela China, que busca firmar-se como player nesse segmento, a exemplo do que já acontece nas comunicações.

O Francisco Miranda foi ao espaço em outubro de 2011, através de um foguete Longa Marcha 2D, a partir do centro espacial de Jiquan, no noroeste da China. De acordo com informações creditadas pela imprensa internacional a Jorge Arreaza, ministro venezuelano da Ciência, Tecnologia e Inovação, por ocasião do lançamento, o VRSS-1 é capaz de produzir imagens com 2,5 metros de resolução, gerando em torno de 350 imagens por dia ao longo de cinco anos. Seus dados têm sido utilizados para operações de planejamento urbano, monitoramento ambiental, de combate à mineração ilegal e ao tráfico de drogas, junto a aplicações em defesa.

Colômbia

Um dos países da América Latina que mais tem crescido nos últimos anos - a previsão é de que nos próximos anos supere a Argentina, tornando-se a terceira maior economia da região, atrás apenas do Brasil e México - a Colômbia também considera em seus planos estratégicos a obtenção de capacidade autônoma de observação terrestre a partir do espaço. Há gestões da Comisión Colombiana del Espacio (CCE) para o desenvolvimento de um programa satelital, iniciativa que deverá envolver parcerias com governos e indústrias estrangeiras. Diversas notícias sobre possíveis parceiros chegaram a ser publicadas, com destaque para Israel - importante parceiro no setor de defesa, e França, e a expectativa é de que a definição sobre o caminho a ser trilhado para a concretização do projeto colombiano ocorra muito em breve.

Recentemente, em fevereiro de 2013, numa entrevista dada à imprensa local, o vice-presidente colombiano, Angelino Garzón, deu enfáticas declarações sobre a necessidade do país em dispor de capacidade própria de observação: “Não é justo que a Colômbia, hoje dispondo de uma Força Aérea como a que tem, um instituto geográfico como o Geográfico Agustín Codazzi, tenha que pedir a utilização de parte de satélites para observar nosso próprio território”.

Peru

O Peru também está próximo de concretizar seu programa satelital, segundo indicações dadas por notícias e declarações de autoridades. As intenções peruanas datam de 2006, mas foram aceleradas a partir do momento em que o Chile, um rival histórico, passou a contar com seu sistema próprio, em julho de 2008.

Reportagens e declarações dadas por membros do governo sinalizam que a pretensão é contar com um pequeno satélite de observação com sensores óticos de mesma resolução ou superiores (em torno de 1 metro) ao do SSOT chileno, a ser adquirido junto a fabricantes estrangeiros. Lima, por meio do Ministério da Defesa e da Agencia Espacial del Peru (CONIDA), tem mantido contato com governos e fabricantes interessados em fornecer o sistema satelital, como a França, Israel e Coréia do Sul, entre outros.

Na SITDEF 2013, feira sobre sistemas de defesa, segurança e desastres naturais realizada no último mês de maio em Lima, o projeto peruano foi um dos destaques, abordado em apresentações de entidades envolvidas e também de empresas interessadas em fornecê-lo.

Bolívia

Apesar de ser um dos países mais pobres da América do Sul, durante o governo de Evo Morales, a Bolívia buscou estruturar um programa espacial, e seu primeiro projeto concretizado foi o de um satélite geoestacionário de comunicações, o Tupac Katari, adquirido na China em dezembro de 2010, e previsto para ser colocado em órbita no final de 2013. Um sistema de observação também está nos planos de La Paz para aplicações como o monitoramento de recursos minerais, muito embora não existam indicativos claros sobre a negociação e mesmo disponibilização de recursos para a aquisição.

Fonte: Revista Tecnologia & Defesa n.º 133, julho de 2013.
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sábado, 17 de agosto de 2013

Seminário do IAE/DCTA sobre Veículos Espaciais

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IAE realizará Seminário de Projetos de Pesquisa e Desenvolvimento em Veículos Espaciais e Tecnologias Associadas (SePP&D)

Campo Montenegro, 15/08/2013

O Instituto de Aeronáutica e Espaço apresenta em 2013 mais uma edição do SePP&D - Seminário de Projetos de Pesquisa e Desenvolvimento em Tecnologias Associadas a Veículos Espaciais. O 70 SEPP&D será realizado juntamente com o Workshop Tecnologias Críticas para o Setor Espacial e o Workshop Spin-offs do Programa Espacial Brasileiro entre os dias 11 e 13 de setembro no auditório da Divisão de Materiais do IAE na cidade de São José dos Campos, SP.

Em sua sétima edição, o SePP&D se consolida mais uma vez como um fórum para disseminação de informações sobre as tecnologias desenvolvidas por meio dos projetos de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) em andamento e os concluídos nos últimos 12 meses, financiados com recursos da Ação 20VB da Agência Espacial Brasileira (AEB). Uma das finalidades desta Ação governamental é o de ampliar os conhecimentos técnico-científicos aplicáveis a veículos lançadores de satélites, foguetes suborbitais e módulos de experimentos espaciais, bem como aos respectivos meios de apoio em solo, a fim de transpor atuais obstáculos tecnológicos e fornecer subsídios necessários para futuros avanços desta área no Brasil.

Pretende-se criar mais uma oportunidade de interação entre os participantes do evento, e de possível identificação de parceiros aos pesquisadores da área para discutir soluções, receber sugestões, além possibilitar a identificação de parceiros ou colaboradores a fim de concentrar esforços e despertar o interesse da comunidade pelas tecnologias inovadoras em desenvolvimento.

O Workshop Tecnologias Críticas para o Setor Espacial, continuidade do Workshop Tendências Futuras para Veículos Lançadores realizado em 2011 e 2012, tem como finalidade reunir especialistas das diversas áreas tecnológicas para debater sobre o tema, determinar as tecnologias críticas que de fato precisam ser priorizadas e levantar possíveis soluções para as mesmas. O workshop também servirá como suporte para os estudos de elementos críticos do acesso brasileiro ao espaço cujos resultados serão apresentados em forma de recomendações de políticas e orientações em relação aos futuros investimentos de pesquisa, desenvolvimento e inovação dos veículos lançadores.

O Workshop Spin-offs do Programa Espacial Brasileiro, uma iniciativa da Direção do IAE, tem o intuito de identificar e discutir os mecanismos pelos quais a tecnologia desenvolvida no setor aeroespacial pode ser transferida para o setor produtivo em benefício de outras áreas da economia do país.

Ao longo das sete edições do SePP&D foram mais de 90 apresentações de trabalhos e mais de uma dezena de palestrantes convidados, do Brasil e do exterior contribuindo para uma maior aproximação dos pesquisadores com o setor produtivo permitindo visibilidade e criando interesse.

As inscrições podem ser feitas pelo site www.iae.cta.br/sepped a partir do dia 19 de agosto até o dia 01 de setembro.

Fonte: IAE/DCTA
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sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Cooperação INPE - Instituto Mauá de Tecnologia

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INPE firma parceria com Instituto Mauá de Tecnologia

Quinta-feira, 15 de Agosto de 2013

Um equipamento para sistemas de controle de atitude e órbita de satélites será o primeiro projeto desenvolvido em parceria pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e Instituto Mauá de Tecnologia (IMT), que celebraram um protocolo de intenções nesta quarta-feira (14/8).

"Pretendemos ter em dois anos um modelo de engenharia desse atuador", informou José Carlos de Souza Junior, reitor do Centro Universitário do IMT, sobre o desenvolvimento da tecnologia usada em sistemas que determinam a trajetória e direção em que o satélite deve permanecer apontado no espaço. "Nossa especialidade é a engenharia aplicada e estamos satisfeitos em contar com a experiência do INPE", completou o reitor.

Para Leonel Perondi, diretor do INPE, a parceria com o IMT pode se estender a outras áreas, como sensoriamento remoto, por meio de produtos baseados em imagens de satélites e monitoramento ambiental.

Outra possibilidade é o uso da infraestrutura de testes de alta confiabilidade disponível no INPE, especialmente em projetos conduzidos pelo IMT para a indústria automobilística.

"Esta parceria tem caráter de desenvolvimento de produtos", declarou o diretor do INPE.

Cooperação

O IMT presta serviços tecnológicos e realiza pesquisas em sistemas eletrônicos embarcados, entre outras áreas, além de oferecer cursos de graduação e pós-graduação.

A parceria entre INPE e IMT pretende ainda facilitar o desenvolvimento de atividades acadêmicas, científicas e técnicas, com ações de intercâmbio de docentes, técnicos e estudantes que contribuam para o avanço científico e para o fortalecimento de seus recursos humanos especializados.

Informações sobre o Instituto Mauá de Tecnologia no site www.maua.br

Fonte: INPE
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quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Space Systems/Loral fabricará Star One D1

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Foi revelada oficialmente hoje a informação de que a companhia Space Systems/Loral (SSL), dos EUA, fabricará o satélite Star One D1, contratado pela operadora brasileira Star One, da Embratel. Informações sobre esta negociação já haviam sido reveladas pelo blog Panorama Espacial há algumas semanas.

O Star One D1 disporá de transpônderes em banda C, Ku e Ka e atenderá os segmentos de telecomunicações, transmissão de TV, banda larga, acesso a internet e outros serviços como inclusão digital no Brasil e na América Latina, no âmbito do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL). O satélite será o primeiro de quarta geração (daí a letra D) e apoiará os Jogos Olímpicos de 2016, que acontecerão na cidade do Rio de Janeiro, uma vez que a Embratel, em parceria com a Claro, foi selecionada como a patrocinadora de telecomunicações oficial para o evento.

"Este é o segundo satélite que estamos construindo para a Star One, e não há melhor confirmação de nosso sucesso do que um cliente voltar a trabalhar conosco novamente. A Star One e a SSL compartilham um compromisso de alta qualidade e confiabilidade e esperamos continuar esta relação de proximidade", declarou John Celli, presidente da fabricante americana.

“Com o novo satélite, reforçamos nossa liderança absoluta no mercado brasileiro e nosso posicionamento como uma das dez maiores empresas de satélite do mundo”, disse Gustavo Silbert, presidente da Star One. Este é o maior satélite já contratado pela companhia brasileira. De acordo com o divulgado, espera-se que seu lançamento, a ser executado pela Arianespace, ocorra no primeiro trimestre de 2016.

um fato curioso sobre a divulgação do novo contrato assinado pela Star One é que, pela primeira vez em muitos anos, a companhia optou por fazer uma divulgação pública sobre a compra de um novo satélite. As contratações do Star One C3 (Orbital Sciences Corporation, dos EUA) e Star One C4 (SSL) não foram oficialmente divulgadas.

SSL e MDA no Brasil

Apesar de não ter sido selecionada para a construção do primeiro Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC), do Ministério da Defesa, o mercado brasileiro, inclusive governamental, continua no "radar" da SSL e MDA. Além de comunicações, o grupo tem se movimentado visando às oportunidades em observação terrestre que vão surgir no âmbito do Sistema de Gerenciamento da Amazônia Azul (SisGAAz), cujas propostas devem ser entregues ainda este ano.
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SGDC: nota do Ministério da Defesa

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Satélite geoestacionário vai ampliar capacidade de cobertura das comunicações militares

Brasília, 15/08/2013 – O novo Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas – SGDC, a ser lançado pelo Brasil, vai possibilitar o aumento da capacidade de cobertura das comunicações das Forças Armadas.

O equipamento contará com a Banda X, composta por cinco transponderes suficientes para ampliar a largura de banda de 160 MHz, e o aumento de potência em cerca de dez vezes, em comparação ao satélite da Star One, atualmente alugado pelo Ministério da Defesa (MD).

Segundo fontes do ministério, o aumento possibilitará ampliar o atendimento aos demais projetos da Defesa, principalmente o Sisfron, de monitoramento das fronteiras terrestres. O projeto do SGDC prevê, ainda, o lançamento de mais dois satélites espaçados em mais ou menos cinco anos.

A expectativa do MD é que o satélite seja lançado em agosto de 2016. Esta semana, o Comitê Diretor do Projeto do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC) anunciou a indicação das empresas Thales Alenia Space (TAS), para fornecimento do satélite, e da Arianespace, para o lançamento do artefato. Foram analisadas três propostas: Mitsubishi Eletric Corporation, Space System/Loral e Thales Alenia Space.

De acordo com comunicado divulgado pelo Ministério das Comunicações e pela Telebras, o processo de escolha pelo Comitê Diretor levou em consideração os seguintes critérios de análise: solução técnica, cronograma, riscos, condições contratuais, condições de absorção e transferência de tecnologia e custo global do projeto. O Comitê é composto por representantes do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, do Ministério das Comunicações e do Ministério da Defesa.

O SGDC atenderá às necessidades do Programa Nacional de Banda Larga (PNBL), da Telebras, e também um amplo espectro de comunicações estratégicas brasileiras nos âmbitos civil e militar.

“Com o satélite geoestacionário, o Brasil ampliará o acesso à banda larga de internet para todo o território brasileiro e terá assegurada a soberania em suas comunicações estratégicas, tanto na área civil quanto na militar”, afirma o presidente da Telebras, Caio Bonilha.

Atualmente, existem mais de 2 mil municípios brasileiros com condições de difícil acesso para chegada de uma rede de fibra óptica terrestre. Eles seriam atendidos por meio do satélite.

Para o presidente da Visiona, Nelson Salgado, “a seleção destes fornecedores encerra uma etapa importante do processo de definição do sistema SGDC, criando condições para que o contrato entre Visiona e Telebras seja assinado e o trabalho de desenvolvimento do sistema possa ser efetivamente iniciado”. Os termos e condições do contrato entre Visiona e Telebras serão divulgados oportunamente, quando da sua assinatura.

Centros de controle

Outro fator considerado importante pelo MD é que os centros de controle – principal e reserva – do satélite geoestacionário ficarão em Organizações Militares (OM) e operados conjuntamente pela Defesa e pela Telebras. Atualmente, os satélites alugados têm seu centro de controle em uma área da Star One, no estado do Rio de Janeiro.

Banda larga e Visiona

O Programa Nacional de Banda Larga foi criado pelo Decreto nº 7.175, de 12 de maio de 2010. O objetivo do Programa é expandir a infraestrutura e os serviços de telecomunicações, promovendo o acesso pela população e buscando as melhores condições de preço, cobertura e qualidade. A meta é proporcionar o acesso à banda larga a 40 milhões de domicílios brasileiros até 2014 à velocidade de no mínimo 1 Mbps.

A Visiona Tecnologia Espacial S.A. é uma empresa dos grupos Embraer (51%) e Telebras (49%), controlada pela Embraer e constituída com o objetivo inicial de atuar na integração do sistema do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC) do governo brasileiro, que visa atender às necessidades de comunicação satelital do Governo Federal, incluindo o Programa Nacional de Banda Larga (PNBL) e um amplo espectro de comunicações estratégicas de defesa. A Visiona deverá também se capacitar como uma futura empresa integadora e mesmo fornecedora de novos satélites no mercado brasileiro.

Fonte: Ministério da Defesa.
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quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Reportagem sobre o projeto MMM em jornal gaúcho




Projeto pretende por em órbita primeiro satélite gaúcho

14/08/2013 | 06h03

Empresas, universidades e instituições públicas planejam disputar verba federal para projetar e lançar equipamento

Cadu Caldas e Demétrio Rocha Pereira

Uma parceria entre empresas e universidades pretende criar um polo espacial no Estado e colocar em órbita o primeiro satélite gaúcho. A velocidade com que o projeto vai sair do papel, no entanto, depende de apoio do governo federal.

Propostas de várias regiões do país tentam abocanhar parte dos R$ 2,9 bilhões que a Agência Brasileira da Inovação (Finep) terá para financiar projetos na área de defesa e aeroespacial. De olho nos incentivos do Planalto, um grupo de empresas no Estado planeja construir um microssatélite de uso militar. O valor solicitado é de R$ 43 milhões.

De pequeno porte – não muito maior que uma caixa de sapato – e pesando cerca de 20 quilos, o equipamento representa um grande desafio tecnológico. Poucos países dominam o conhecimento para fabricação de estruturas tão compactas para atividade de defesa. No país, a iniciativa é inédita. O polo de São José dos Campos (SP), maior centro de excelência em ciência aeroespacial do país, se dedica à fabricação do primeiro grande satélite brasileiro, voltado para a área de comunicações, como televisão e banda larga. Ontem, o Ministério das Comunicações anunciou que o consórcio europeu Thales Alenia Space foi o escolhido para a construção do equipamento, que deve ser lançado em dois anos.

– Vamos apostar em um novo nicho, em algo que ainda não é produzido no Brasil. Apesar de disputarmos recursos federais, não somos concorrentes no mercado – explica Aloísio Nóbrega, diretor de promoção comercial da Agência de Desenvolvimento e Promoção do Investimento (AGDI), responsável por realizar o mapeamento das empresas que vão atuar no polo gaúcho.

Composto, inicialmente por quatro empresas e quatro universidades, o projeto será conduzido pela AEL, que atua no ramo de sistema de segurança eletrônica há 30 anos. Serão pelo menos 50 profissionais envolvidos.

A expectativa é que 80% dos componentes do satélite sejam produzidos por empresas instaladas no Rio Grande do Sul. O restante pode vir de outros Estados, mas a tendência é que venha por meio de parcerias internacionais. Em abril, uma comitiva gaúcha foi a Israel para tratar do tema. Em setembro, está agendada uma viagem para o Canadá.

– O Ministério da Defesa vai se tornar o primeiro cliente do satélite. Mais tarde, o objetivo é vender a plataforma no mercado internacional – diz Marcos Arend, diretor de tecnologia da AEL.

Confiante da vitória no edital, Arend afirma que uma eventual derrota não enterra o projeto mas pode acarretar mudanças no cronograma.

– Investimentos em tecnologia têm um certo risco. Sem apoio fica mais complicado, mas a ideia é grande e iremos em frente. É importante para o Estado investir em sistemas de defesa próprio e o governo já entendeu isso – acrescenta.

Lançamento para 2015

Âncora de um projeto que deve mobilizar oito PhDs, 32 engenheiros e três institutos, além de universidades e empresas, a AEL Sistemas, de Porto Alegre, pretende lançar seu primeiro microssatélite em 2015, na base de Alcântara (MA), considerada uma das melhores do mundo pela localização próxima à Linha do Equador.

O MMM-1 não terá controle de órbita, quer dizer, não poderá ser "manobrado" para garantir orientação correta em relação à Terra. Ainda assim, os desafios são vários, entre os quais o de lidar com a temperatura no vácuo: o satélite pode se aquecer por causa do sol, mas o frio chega a -270°C, muito perto da temperatura considerada a menor possível. Também não dá para deixar o satélite cair: o equipamento estará sujeito a forças como a gravidade e a pressão solar, que o "empurram" para baixo.

A ideia é projetar, depois, o MMM-2 e o MMM-3, esse último com perspectiva de competir no Exterior.

O projeto

O Microssatélite Militar Multimissão (MMM-1) deve ser uma das primeiras iniciativas do polo espacial gaúcho. A intenção é lançar o equipamento até o final de 2015, o que pode ser concretizado com a colaboração de quatro universidades e de diversas empresas nacionais e estrangeiras.

As características
Massa (peso): cerca de 20 quilos
Tamanho aproximado: 30 cm de altura x 10 cm de largura x 10 cm de profundidade
Altitude de órbita: 700 quilômetros
Custo estimado: US$ 250 mil
Aplicação imediata: setor de defesa

Carro e roda
Perto de um satélite regular — do tamanho de um carro —, os microssatélites têm a proporção de uma roda.
Mas ainda há menores, veja a classificação:
Microssatélite: de 10 kg a 500 kg
Nanossatélite: de 1 kg a 10 kg
Picossatélite: menos de 1 kg

Os parceiros
Universidades e instituições públicas
UFRGS: processamento de bordo e análise de radiação
UFSM: oferecerá a estrutura para a operação no solo
Unisinos: sensores e microeletrônica
PUCRS: antenas e transponder digital
Cientec: ensaios e testes elétricos e ambientais
Ceitec: microeletrônica (chips)

Empresas
AEL: defesa eletrônica, componentes espaciais e interface de comunicação
Digicom: fabricação de dispositivos mecânicos e suprimento de energia
GetNet: serviços de comunicação
TSM: desenvolvimento, qualificação e produção de antenas

Fonte: Jornal Zero Hora, 14/08/2013.
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terça-feira, 13 de agosto de 2013

Seminário sul-americano de monitoramento

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Seminário sobre monitoramento reunirá representantes de dez países da América do Sul

Brasília, 13/08/2013 – A partir desta quinta-feira, representantes de dez países da União de Nações Sul-americana (Unasul) reúnem-se em Manaus (AM) para participar do Seminário Sul-americano de Monitoramento de Áreas Especiais. O evento é promovido pelo Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), órgão ligado ao Ministério da Defesa.

O encontro é o desdobramento da IV Reunião do Conselho de Defesa Sul-Americano (CDS/Unasul), realizada em novembro do ano passado em Lima, no Peru. Na ocasião, os integrantes do Conselho manifestaram apoio à proposta de constituição de um sistema sul-americano de gestão das chamadas áreas especiais, regiões isoladas que abrigam, entre outras, reservas indígenas e de proteção ambiental.

O seminário pretende servir como espaço para a troca de experiência entre os países e permitir que acordos possam ser firmados para integração e monitoramento de eventos como desmatamento, formação de focos de calor, tremores de terras e cenários onde ocorrem crimes transnacionais, áreas em que o Brasil já possui um sistema de grande eficiência.

“O Censipam acumulou expertise em temas como meteorologia, hidrometeorologia, sensoriamento remoto por satélite e as operações de campo em apoio a operações de repressão a ilícitos”, diz o diretor-geral do Censipam, Rogério Guedes. A ideia, segundo ele, é compartilhar essa experiência com os membros da Unasul.

Durante o evento, sistemas como o de sensoriamento remoto, utilizado para monitorar a superfície terrestre, serão apresentados como experiência positiva pelo Brasil.

“Existe o entendimento comum de que os eventos que ocorrem em um país podem ter repercussão nos outros. O objetivo é trabalhar de forma integrada para ampliar as capacidades e habilidades de todos”, afirma o diretor do Censipam. “Monitoramos mais de 60% do território nacional e temos onze anos de experiência com esse tipo de gerenciamento. O interesse dos nossos vizinhos em entender esse sistema é natural e positivo”, conclui Rogério Guedes.

O evento, de dois dias, será realizado no auditório Anavilhas do Centro Regional de Manaus do Censipam. Participarão da abertura os ministros da Defesa do Brasil, Celso Amorim, do Equador, María Fernanda Espinosa, da Venezuela, Carmem Melendez Rivas, e da Colômbia, Juan Carlos Pinzón.

Fonte: Ministério da Defesa.
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segunda-feira, 12 de agosto de 2013

SGDC: Thales Alenia Space e Arianespace são escolhidas

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Visiona seleciona empresas fornecedoras do sistema do satélite geoestacionário brasileiro (SGDC)

Thales Alenia Space e Arianespace foram escolhidas para fornecer, respectivamente, o satélite e o lançamento do sistema SGDC

A Visiona informa que a Thales Alenia Space e a Arianespace foram escolhidas para fornecer o satélite e para prover o lançamento do SGDC, respectivamente. O processo de seleção conduzido pela Visiona durou cerca de 12 meses, seguiu rigorosos padrões aplicados internacionalmente e baseou-se estritamente no atendimento dos parâmetros técnicos, operacionais e econômicos do projeto, além do requerimento de absorção e transferência de tecnologia definidos pelo governo brasileiro.

A escolha das empresas foi aprovada pelo Comitê Diretor do projeto SGCD, composto por representantes dos Ministérios das Comunicações (MC), Defesa (MD) e Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).

O SGDC atenderá as necessidades do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), da Telebras, e também um amplo espectro de comunicações estratégicas brasileiras nos âmbitos civil e militar.

“Com o satélite geoestacionário, o País ampliará o acesso à banda larga de Internet para todo o território e terá assegurada a soberania em suas comunicações estratégicas, tanto na área civil quanto na militar”, afirma Caio Bonilha, presidente da Telebras.

Para Nelson Salgado, presidente da Visiona, “a seleção destes fornecedores encerra uma etapa importante do processo de definição do sistema SGDC, criando condições para que o contrato entre Visiona e Telebras seja assinado e o trabalho de desenvolvimento do sistema possa ser efetivamente iniciado”. Os termos e condições do contrato entre Visiona e Telebras serão divulgados oportunamente, quando da sua assinatura.

Sobre a Visiona

A Visiona Tecnologia Espacial S.A. é uma empresa dos grupos Embraer e Telebras, controlada pela Embraer e constituída com o objetivo inicial de atuar na integração do sistema do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC) do governo brasileiro, que visa atender às necessidades de comunicação satelital do Governo Federal, incluindo o Programa Nacional de Banda Larga (PNBL) e um amplo espectro de comunicações estratégicas de defesa.

A Visiona tem também como objetivo atuar como empresa integradora de satélites, com foco nas demandas do Programa Nacional de Atividades Espaciais (PNAE/AEB) e do Programa Estratégico de Sistemas Espaciais (PESE/FAB).

Fonte: Visiona.
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Satélites de comunicações da Boeing

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Sexto satélite de banda larga construído pela Boeing expande as comunicações táticas

- Austrália é o primeiro parceiro internacional na rede de comunicação segura

EL SEGUNDO, Califórnia, 12 de agosto de 2013 – Com o lançamento do sexto satélite Wideband Global SATCOM, a Boeing e a Força Aérea dos Estados Unidos seguem expandindo a avançada rede de comunicação WGS, que serve o Departamento de Defesa Americano e seus parceiros internacionais, entre os quais, a Força de Defesa Australiana.

“A demanda por comunicações via satélite de banda larga continua crescendo”, diz Craig Cooning, vice-presidente e diretor geral da Boeing Space & Intelligence Systems. “O WGS-6 e o veículo espacial WGS, ainda a ser lançado, ajudarão a atender essa demanda.”

A bordo de um foguete Delta 4 da United Launch Alliance, o WGS-6 foi lançado da Estação da Força Aérea de Cabo Canaveral, na Flórida, às 20h29, horário da costa leste dos Estados Unidos. Cerca de 57 minutos depois, os controladores confirmaram que o satélite estava funcionando conforme esperado.

Este é o segundo WGS lançado este ano. O primeiro foi o WGS-5, lançado em 24 de maio. Os satélites WGS oferecem comunicações seguras nas bandas X e Ka, utilizando feixes pontuais moldáveis e direcionáveis facilmente reconfiguráveis com base nas necessidades do usuário.

A Boeing Defesa, Espaço & Segurança  é uma divisão da The Boeing Company e uma das maiores empresas do mundo no setor, especializada em soluções inovadoras e com capacidades voltadas às necessidades de seus clientes. É também a maior e mais versátil fabricante de aeronaves militares do mundo. Com sede em St. Louis, a Boeing Defesa, Espaço & Segurança é uma empresa de US$33 bilhões de faturamento, com 59.000 funcionários mundialmente.

Satélite totalmente elétrico da Boeing conclui Revisão Crítica de Projeto

- 702SP em processo para ser lançado em 2015
- Montagem, integração e testes do veículo espacial estão em andamento

EL SEGUNDO, Califória, 9 de agosto de 2013 – O primeiro satélite da Boeing totalmente elétrico, o 702 Small Platform (702SP), concluiu a Revisão Crítica de Projeto (CDR, da sigla em inglês “Critical Design Review”), permitindo que o programa avance para a fase de montagem, integração e testes de dois satélites.

A Boeing introduziu o 702 SP de 3 a 8 kilowatts na sua linha de produtos 702 em março de 2012 como um projeto mais simples que pode ser construído com mais rapidez e com custos e peso menores que os satélites tradicionais. Sua propulsão totalmente elétrica minimiza a massa do veículo espacial e maximiza a carga disponível.

A empresa está no cronograma para o lançamento duplo dos dois primeiros satélites 702SP no primeiro trimestre de 2015 em um foguete Falcon 9.

“Concluir a Revisão Crítica de Projeto valida que o inovador 702SP atende aos requerimentos e desempenha como o esperado para os primeiros clientes e outros futuros”, disse Craig Cooning, vice-presidente e gerente geral da Boeing Espaço e  Sistemas de Inteligência e CEO da Boeing Sistemas de Satélite Internacional.

Os provedores de serviços de satélite comercial Asia Broadcast Satellite (ABS), Bermuda, e Satélites Mexicanos S.A. de C.V. (Satmex), Cidade do México, já fizeram pedido para quatro satélites, com opção de quatro adicionais.

Fonte: assessoria de comunicação da Boeing Brasil.
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domingo, 11 de agosto de 2013

Doutorado em Direito Espacial nos EUA

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Reproduzimos abaixo mensagem enviada pelo Prof. José Monserrat Filho sobre um novo doutorado à distância em Direito Espacial oferecido pela Universidade de Nebraska, nos EUA:

Novo Doutorado à distância em Direito Espacial na Universidade de Nebraska, nos EUA

A Faculdade de Direito (College of Law) da Universidade de Nebraska, acaba de lançar o primeiro curso de doutorado à distância totalmente dedicado ao Direito Espacial.

Há cinco anos, ela já oferece mestrado em Direito Espacial, Direito Cibernético e Direito das Telecomunicações. Agora, será a única Faculdade de Direito dos Estados Unidos (EUA) a manter curso de doutorado à distância em Direito Espacial.

O novo curso à distância "amplia as oportunidades para advogados, juristas e pesquisadores do direito de se aprofundarem no estudo dos intricados e complexos problemas legais levantados pelas atividades espaciais", diz o Dr. Matthew Achaefer, professor e coordenador dos Programas de Graduação e Pós-Graduação em Direito Espacial, Direito Cibernético e Direito das Telecomunicações.

O prof. Frans von der Dunk, conhecido jurista holandês especializado em espaço, membro da Diretoria do Instituto Internacional de Direito Espacial, será o supervisor do curso de doutorado à distância em Direito Espacial. Segundo ela, "uma das maiores vantagens deste doutorado é que ele pode ser feito em dois ou três anos, sem sair de casa, com uma visita de uma semana no início e outra no final do curso." Na maior parte do tempo, a Internet desempenha papel fundamental. Afinal, estamos na era da informática.

Também é oferecido o mestrado à distância em Direito Espacial, de um ano.

A Universidade de Nebraska, fundada em 1869, já deu ao país três Prêmios Nobel: George Wells Beadle, Nobel de Medicina, em 1958; Donald Cram, Nobel de Química, em 1987; e Alan Heeger, também Nobel em Química, no ano 2000.

Seus investimentos anuais em pesquisas científicas cresceram 146% desde o ano de 2000 e, hoje, ultrapassam o montante de 125 milhões de dólares.

Seu campus é um dos lugares mais importantes de Lincoln, a simpática capital de Nebraska, estado situado no centro geográfico dos EUA. Lincoln tem hoje 150 mil habitantes. E orgulha-se de estar em as 10 cidades norte-americanas com os melhores índices de qualidade de vida, meio ambiente e segurança.

Para maiores informações, entre no site . Ou mande uma carta em inglês ao Prof. Frans von der Dunk pelo e-mail .

(José Monserrat Filho)
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sábado, 10 de agosto de 2013

Novo diretor-geral do DCTA

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Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial tem novo diretor-geral

09/08/2013 - 16h46

Tenente-Brigadeiro Pohlmann e o Tenente-Brigadeiro Machado em revista à tropaO Tenente-Brigadeiro do Ar Gerson Nogueira Machado de Oliveira assumiu, na sexta-feira (9/8), o cargo de Diretor-Geral do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA). O Oficial-General substitui o Tenente-Brigadeiro do Ar Ailton dos Santos Pohlmann. A solenidade de passagem de comando foi realizada em São José dos Campos, interior de São Paulo, e contou com a presença do Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Juniti Saito.

O Tenente-Brigadeiro do Ar Machado é natural de Araraquara (SP). Praça de 04 de março de 1974, foi declarado Aspirante em 12 de dezembro de 1977. Entre os principais cargos ocupados estão o de Chefe do Centro de Operações de Defesa Aeroespacial do COMDABRA; Comandante da Base Aérea de Fortaleza; Chefe do Estado-Maior da III Força Aérea; Chefe de Gabinete e Chefe do Centro de Comando e Controle de Operações Aéreas do COMGAR; Comandante da III FAE; Comandante do COMDABRA e Vice-Chefe do Estado-Maior da Aeronáutica. Possui mais de 4.500 horas de voo.

DCTA

O DCTA é a instituição do Comando da Aeronáutica responsável por desenvolver soluções científico-tecnológicas, no campo aeroespacial, por meio de ensino, pesquisa, desenvolvimento, inovação e serviços técnicos especializados. Dentro do DCTA foram desenvolvidos importantes projetos para a sociedade brasileira, como o motor a álcool e a urna eletrônica.

Com órgãos sediados em diferentes localidades, como Brasília, Alcântara, Natal e São José dos Campos, o DCTA reúne um contingente de cerca de 5.500 militares e servidores civis. São engenheiros, pesquisadores e técnicos nas mais diversas especialidades e áreas, que atuam em projetos de vanguarda e de valor estratégico para o país.

Fonte: Agência Força Aérea / DCTA
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Mais um FTB lançado de Alcântara

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Alcântara lança Foguete de Treinamento Básico

Brasília 09 de Agosto de 2013 – Nesta quinta-feira (8), mais um Foguete de Treinamento Básico foi lançado do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA). O veículo faz parte da Operação Falcão II. O FTB é um veículo de fabricação nacional lançado tanto do CLA quanto do Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI) com o objetivo de realizar o treinamento das equipes envolvidas com as atividades de lançamentos, bem como verificar todos os sistemas e equipamentos utilizados nos lançamentos (computadores, antenas, radares, softwares, dentre outros).

O foguete foi lançado às 14h51 e atingiu 32 metros de altitude. Com três metros de comprimento e 68 quilos, é um dos menores já lançados. Ficou visível por apenas alguns segundos e caiu no Atlântico a 16 quilômetros da plataforma. Durante o tempo que permaneceu no espaço, 167 segundos, os técnicos aproveitaram para verificar sistemas e equipamentos empregados nas operações de lançamento.

O lançamento foi acompanhado por 90 professores das redes públicas de ensino federal, estadual e municipal do Maranhão, por parte do efetivo do CLA e professores da Escola Caminho das Estrelas (ECE), ligada ao Comando da Aeronáutica.

Escola do Espaço – Termina nesta sexta-feira (9), o curso Escola do Espaço, que está na sua sétima edição. O evento, que ocorre também no CLA, é organizado pela Agência Espacial Brasileira (AEB) e começou no último dia 5. A proposta do curso é disseminar a atividade espacial no ambiente da sala de aula e conta com a capacitação de professores e educadores da rede pública de ensino nas áreas de astronomia e astronáutica.

O Centro de Alcântara deve lançar, ainda neste ano, o VS-30, um foguete de médio porte, de sondagem, capaz de fazer experimentos científicos no espaço.

Fonte: DCTA, via website da AEB.
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quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Imagens de satélite japonês para o DETER

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Novo radar vai melhorar vigilância da floresta na Amazônia

08 de Agosto de 2013 • 15h31

Áreas que antes eram reconhecidas por satélites de maneira limitada em época de chuva agora vão ser captadas por um radar a partir do fim do ano. Imazon afirma que nova tecnologia não vai controlar o desmatamento.

O sistema de vigilância do desmatamento em tempo de real na Amazônia, o Deter, vai ganhar um reforço. Até o fim do ano, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, Inpe, vai colocar um radar em operação para detectar as áreas com mais precisão. Isso quer dizer também que a cobertura de nuvens não irá mais restringir o trabalho de monitoramento.

O radar vai a bordo do Alos 2, que será lançado pela agência espacial japonesa, Jaxa, parceira do Brasil. E vai trabalhar com uma frequência chamada Banda L, adequada para a detecção do início do desmatamento. A promessa é de controlar 90% das áreas de risco de degradação. Segundo Dalton Valeriano, coordenador do sistema, o Deter oferece atualmente dados ao Ibama com uma margem de erro menor que 10%.

O Deter começou a operar em 2004 e os sensores utilizados desde então já estão obsoletos. "O satélite tem uma resolução fixa de 250 metros de distância. Caso ele tente fazer mais que isso, há uma perda total da qualidade das imagens. Por isso, resolvemos utilizar o radar", disse.

O radar capta mais áreas de desmatamento e de degradação, pois sua capacidade não se limita com o aparecimento de nuvens. No caso do satélite, a vigilância é feita com clareza em épocas de seca. Quando chove, o controle é mais difícil e o processo de entrega da relação de dados é mais longo. O atraso também influencia negativamente qualquer tentativa de controle do desmatamento.

Avanços tecnológicos

O sistema de vigilância em tempo real orienta a fiscalização na Amazônia. Desde sua criação, ele contava com um satélite de imagens compostas – chamado de mosaico Modes – de difícil precisão, por captar todas as sombras de nuvens ao redor da possível área desmatada. Em 2005, o Deter passou por uma evolução. O satélite contava com um sensor de imagens de reflectância. O tempo entre a última análise e confecção do relatório oficial entregue para o governo passou a ser de um mês.

A partir de 2008, entrou em ação o sensor Rapid Respost, usado pela Nasa para a captação de queimadas. Com esse tipo de tecnologia, o relatório de imagens registradas está sempre disponível no mesmo dia – e o tempo de entrega dos dados para a análise do Ibama reduziu pela metade.

Desde 2011, a seleção das melhores imagens e os relatórios finais do Inpe são entregues no mesmo dia. "O sistema melhorou tanto que nós só não estamos entregando hoje as imagens de ontem porque nós paramos aos fins de semana", adicionou Valeriano em entrevista para a DW Brasil.

Vigilância confiável

Sobre a confiabilidade dos dados captados e das imagens selecionadas pelo Deter, Valeriano admite que o programa deixa algumas lacunas. O Deter é "inconfiável para o mapeamento anual", relata. O radar seria um complemento para o satélite já existente – a checagem de todas as informações antes que elas se tornem oficiais é fundamental.

O Inpe reúne todos os dados captados pelo Deter e entrega ao LandSat, responsável por uma segunda comparação, antes que os dados sejam transferidos para o Ibama. "Na Amazônia não tem jeito de fazer uma imagem em larga escala limpa de nuvens. Mas até que o governo libere as informações como oficiais, nós temos um mês para fazer comparações e reduzir as margens de erro", conta. [Nota do blog: LandSat, na verdade, é a família de satélites norte-americana cujos dados são também utilizados no DETER]

Imazon vigilante

Só em junho último, o Imazon identificou 184 quilômetros quadrados de desmatamento na Amazônia Legal por meio do Sad, sistema parecido com o Deter. A organização não-governamental trabalha de forma independente. O número representa um aumento de 437% em relação a junho de 2012. De agosto do ano passado a junho de 2013, a degradação totalizou 1.838 quilômetros quadrados.

Segundo Alberto Veríssimo, pesquisador e cofundador do Imazon, a utilização do radar não deve frear o desmatamento. "Pelas análises do Sad, a estimativa é de que o desmatamento aumente em 80% nos próximos anos. Mas o Brasil está com a luz de alerta ligada. O país ainda tem instrumentos para controlar esses números. É importante que o governo corrija algumas falhas que cometeu do ano passado para cá, para que a redução contínua do desmatamento seja uma realidade", refere-se ao aumento da destruição recente da floresta depois do anúncio do menor índice, em 2012, desde o início do monitoramento.

Em 2004, o corte da floresta atingiu 28 mil quilômetros quadrados, o equivalente à área da Bélgica, segundo os dados do Sad. Em 2010, o número reduziu para sete mil. Já em 2012, a área desmatada caiu para 4.800 quilômetros quadrados. Sobre as eventuais diferenças entre os dados do Imazon e do Inpe, Veríssimo comenta: “O Sad tem uma maior constância na captação.”

Mesmo com a previsão do Imazon, Valeriano se mantém otimista e acredita que as novas tecnologias serão capazes de vigiar com eficiência a floresta. "Para o futuro, os sistemas vão estar mais aprimorados e com uma captação bem maior. Se todos os satélites estiverem em funcionamento, pode haver uma abrangência total das áreas não observadas. E nós estamos nos adaptando para acompanhar essa evolução."

Fonte: Deutsche Welle Brasil, via Portal Terra.

Comentário do blog: como parte de um acordo de cooperação firmado em novembro de 2010, o INPE já utilizava imagens geradas por um sensor radar do primeiro satélite japonês da família ALOS. Dados deste satélite, aliás, também foram adquiridos para utilização no Sistema de Proteção da Amazônia (SIPAM), em julho de 2009.
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