segunda-feira, 26 de novembro de 2012
SGDC: especificações ainda não concluídas
Especificação de compra do satélite brasileiro ainda não está concluída
sexta-feira, 23 de novembro de 2012, 16h41
Fontes que acompanham diretamente os trabalhos da Visiona, a joint-venture entre Telebras e Embraer para o projeto do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações (SGDC), informam que ainda não foi possível fechar o texto da RFP (request for proposal, ou pedido de propostas para contratação) do satélite. A expectativa é de que o SGBC estivesse operando até 2014. Entre os fatores que complicam uma definição da RFP está, sobretudo, a complexidade do projeto. Segundo especialistas do setor de satélite ouvidos por este noticiário e que têm experiência em contratações desse tipo, a quantidade de detalhes técnicos que precisam ser especificados é muito grande, sobretudo em um satélite com banda Ka. Há pouca experiência em contratações desse tipo no mundo, pois não são muitos os satélites com cobertura na banda, e a tecnologia envolve complicadores adicionais, pois é preciso especificar elementos ativos do satélite e detalhes sobre a quantidade e a cobertura dos feixes que serão usados para o serviço de banda larga. Uma vez lançado, não é possível fazer alterações significativas na configuração dos feixes.
Sem especificações muito cuidadosas, dizem os especialistas, o risco é comprar o que o fornecedor diz que é melhor, mas que não necessariamente refletirá as necessidades da operação. As minutas de RFP já estariam com mais de mil páginas. O problema no atraso é que o prazo de operação, de 2014, começa a ficar inviável. Normalmente, um satélite de comunicação geoestacionário, como é o SGDC, precisa de pelo menos três anos para ser produzido e lançado. E no caso brasileiro, paralelamente a isso, será preciso ainda construir o centro de operações, o parque de antenas e treinar o pessoal responsável por manter os serviços em funcionamento.
Recentemente, o ministro Paulo Bernardo deu delcarações em que previa o satélite apenas para o final de 2014, prazo ainda assim considerado inexequível por especialistas no setor.
Fonte: Teletime.
Comentário do blog: a meta de ter o SGDC em órbita até o final de 2014 já é, sob todos os aspectos, inexequivel. Esta realidade abre espaço para soluções intermediárias, como oferta de capacidade de sistemas já em órbita, até que o primeiro satélite esteja operacional, tendo em vista a crescente demanda do Sistema de Comunicações Militares por Satélite (SISCOMIS), do Ministério da Defesa.
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