sábado, 24 de maio de 2014

Missão Aster em pauta na AEB

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Missão Aster busca ampliar parcerias e financiamento

Brasília, 23 de maio de 2014 – Diversos aspectos técnicos e científicos envolvendo a 1ª Missão Brasileira de Espaço Profundo – Aster, foram apresentados e discutidos por pesquisadores de várias instituições em reunião realizada na quarta-feira (21) na Agência Espacial Brasileira (AEB).

A Missão Aster é um projeto multi-institucional, cujo objetivo principal é a construção de uma sonda espacial de pequeno porte para explorar o asteroide triplo 2001SN263, descoberto em 2008 na região entre Marte e Júpiter. O encontro também teve como foco a busca de apoio financeiro junto a instituições de fomento.

“Nossa intensão é unir esforços para apoiar iniciativas como esta, que elevam os níveis de excelência e tecnologia no país”, disse o presidente da AEB, José Raimundo Coelho, na abertura do evento. Ele lembrou que as ações espaciais no Brasil estão mais diretamente voltadas ao atendimento de necessidades da sociedade, mas a AEB entende que outras vertentes de pesquisas também precisam ser incrementadas no país, “por isso estamos sempre abertos à análise de propostas”, completou o presidente.

Detalhamento – A reunião na AEB foi organizada pelo pesquisador Haroldo de Campos Velho, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Além de sua apresentação outros nove especialistas, que gerenciam estudos de componentes da missão, falaram sobre o desenvolvimento das unidades que compõe a sonda.

A proposta de Campos Velho é agregar suporte técnico e financeiro ao projeto ampliando as condições para aquisição e montagem de equipamentos como a plataforma, subsistemas, reforço na integração, na carga útil, bem como, no rastreio, na guiagem e controle da sonda. Na opinião do pesquisador, um dos destaques do Aster é a utilização de propulsores iônicos desenvolvidos por grupos de estudo nacionais.

A principal meta científica da missão é a obtenção de dados físicos e dinâmicos dos três corpos do sistema 2001SN263, envolvendo a determinação de seu tamanho, massa, volume, campo gravitacional e a velocidade de rotação dos corpos, identificação da composição mineral, a morfologia e a textura dos corpos.

A missão deve ainda estimar a distribuição de massa dos corpos que integram o sistema, entender as propriedades dinâmicas e orbitais dos componentes e buscar indícios sobre a formação do sistema triplo.

Além do Inpe estão envolvidas no projeto as universidades Estadual de São Paulo (Unesp), de Brasília (UnB), Federal do ABC, Federal do Paraná (UFPR), Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Estadual de Feira de Santana (Uefs), na Bahia, de São Paulo (USP), o Observatório Nacional (ON) e os institutos Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e Mauá de Tecnologia (IMT).

Fonte: AEB
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