segunda-feira, 22 de junho de 2015

"NanosatC-Br1: 1º ano em órbita... e funcionando!"

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Em 19 de junho, o nanossatélite NanosatC-Br1, com massa de cerca de 1 kg e um dos pioneiros na tecnologia de cubesats no Brasil, completou um ano em órbita, estando ainda em operação.

Segundo Otavio Durão, pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e um dos responsáveis pela missão, o cubesat ainda recebe várias telemetrias em modo nominal, contendo informações sobre suas cargas úteis e subsistemas da plataforma. "Apesar das baterias não estarem mais conseguindo reter sua carga, todos os outros subsistemas e cargas úteis continuam funcionando e gerando dados. Ou seja, na parte da órbita iluminada pelo Sol, ele opera nominalmente quando a carga na bateria supera o limite mínimo de 6,5 V", afirmou o pesquisador por e-mail.

O NanosatC-Br1 tem como missão científica a coleta de dados para estudo de distúrbios na magnetosfera, principalmente na região da Anomalia Magnética do Atlântico Sul, e do setor brasileiro do Eletrojato Equatorial Ionosférico. O projeto também cumpre propósitos tecnológicos, como o teste em ambiente espacial de um circuito integrado projetado totalmente no Brasil, pela Santa Maria Design House (SMDH), da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), e do hardware FPGA, resistente a radiações em função de um software desenvolvido pelo Instituto de Informática da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Financiado com recursos da Agência Espacial Brasileira (AEB), estimados em cerca de US$860 mil, a missão também tem uma importante vertente educacional, com parcerias do INPE, UFSM e outras entidades como o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).

Seguindo o sucesso do NanosatC-Br1, vários projetos de cubesats estão atualmente em desenvolvimento no Brasil, por instituições como o INPE e universidades.
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