.
O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) apresentou hoje (19) um novo sistema de mapeamento de áreas degradadas na Amazônia, em complemento aos já conhecidos PRODES (Monitoramento da Floresta Amazônica Brasileira por Satélite) e DETER (Detecção de Desmatamento em Tempo Real). O sistema é chamado de DEGRAD e foi desenvolvido para mapear anualmente, e em detalhe, as áreas em processo de desmatamento não computadas pelo PRODES. O DEGRAD identifica áreas de degradação na floresta amazônica com base em imagens produzidas pelos satélites Landsat (EUA) e CBERS (China/Brasil). Para mais informações, leiam a notícia "Novo sistema do INPE mapeia áreas degradadas na Amazônia", disponível no web-site do INPE.
Possível corte no orçamento
No mesmo dia em que é anunciado um novo sistema para o monitoramento da Amazônia, foi publicada no jornal O Globo uma reportagem preocupante, intitulada "Cortes no Orçamento de 2009 afetam combate ao desmatamento, dizem ministros". Segundo a matéria do jornal carioca, citando os ministros da Ciência e Tecnologia e Meio Ambiente, cerca de R$ 1 bilhão e R$ 400 milhões das verbas de suas respectivas pastas foram cortadas do relatório-geral do Orçamento de 2009, em análise pelo Congresso Nacional.
"O ministro de Ciência e Tecnologia afirmou que os cortes vão prejudicar o desmatamento porque atingem a verba dos satélites que monitoram as áreas degradadas", informa a reportagem.
.
sexta-feira, 19 de dezembro de 2008
Assinar:
Postar comentários (Atom)
3 comentários:
Desestimulante uma notícia como essa. No Brasil é sempre assim, um passo pra frente dois pra trás. Falta um planejamento estratégico que envolva todas as pastas ministeriais, onde se definam quais são as prioridades da nação. Se isso fosse feito com seriedade por profissionais preparados endossados por decisões políticas de real interesse do Brasil, os recursos públicos seriam mais bem aplicados principalmente em um momento como esse de crise econômica. Fica a pergunta, será que a proteção da Amazônia não é um assunto prioritário para o país? Dizer o que? Lamentável.
Abs
Duda,
Entendo que o problema é mais do legislativo do que do executivo. Os interesses e mesmo a quantidade de recursos envolvidos tornam muito fácil alterações, sem haver uma preocupação de longo prazo. Um pouco mais de profissionalismo e planejamento às comissões que elaboram o orçamento no congresso será muito bem vinda. A Estratégia Nacional de Defesa engloba também a área espacial. Esperemos que até lá haja pessoas mais capazes para entender a importância para a nação dessas questões.
Sengedradog,
Na realidade o problema é tanto no executivo quanto no legislativo, quanto no judiciário, pois na minha modesta opinião é puramente cultural. Enquanto a sociedade brasileira não entender que para se construir uma grande nação é necessária muita seriedade, muito trabalho (planejamento a médio e longo prazo) e principalmente competência política administrativa, jamais essa situação mudará. Quando esse entendimento ocorrer teremos a possibilidade de existirem melhores profissionais, melhores políticos e consequentemente comissões mais bem preparadas e assessoradas não só para a elaboração do orçamento como também os projetos de interesse da nação. Quanto a Estratégia Nacional de Defesa (atrasada, mais muito bem vinda e necessária diante do novo papel do Brasil no mundo globalizado) a pergunta que fica é: Será que diante desse quadro de incompetência política administrativa vigente dos chamados três poderes ela é exeqüível? Sinceramente amigo tenho cá minhas dúvidas. Quanto mais a sociedade e suas instituições representativas estiverem a defender os interesses da maioria, mais benefício à nação trará. Utopia? Talvez, mas é o caminho a meu ver.
Abs
Postar um comentário