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Conselho Superior da Agência Espacial Brasileira estuda revisão do PNAE
26/09/2008 15:28:00
A direção da Agência Espacial Brasileira (AEB) apresentou, durante a 58º Reunião do Conselho Superior, realizada na última quarta-feira (24/09), o balanço parcial das ações do Programa Nacional de Atividades Espaciais (PNAE). O presidente da AEB, Carlos Ganem, falou aos conselheiros sobre os trabalhos realizados, ressaltando a resolução das pendências para a construção da Torre Móvel de Integração (TMI), que possibilitará o lançamento do Veículo Lançador de Satélites (VLS), com vôo teste previsto para 2011 e a elaboração do projeto para o Complexo Espacial de Alcântara.
“Nós temos um Programa Espacial que é estratégico para o Brasil, com um centro de lançamentos em um local privilegiado, com diversas ações que são vitais para a população brasileira e que, como tal, precisa ser encarado como prioridade”, disse.
O diretor de Transporte Espacial e Licenciamento, Antônio Chaves, informou aos conselheiros sobre o andamento do projeto de VLS, e da modernização das instalações do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA). Essas obras, segundo ele, possibilitarão o lançamento do foguete Cyclone 4, que deverá ser realizado em julho de 2010 pela empresa brasileira-ucraniana Alcântara Cyclone Space.
O andamentos do desenvolvimento dos satélites Amazônia-1, do Científico e do GPM-Br, foi apresentado pelo diretor de Satélites e Aplicações, Thyrso Villela. Segundo Villela, todos esses satélites devem utilizar a tecnologia da Plataforma Multimissão, de forma leiga, um compartimento padrão que abriga as funções vitais do equipamento. Ele contou ainda do andamento do Satélite Geoestacionario Brasileiro (SGB), que está em fase de análise de projeto.
Himilcon Carvalho, diretor de Política Espacial e Investimentos Estratégicos, defendeu na reunião a importância da revisão do PNAE, lembrando que esta é uma atribuição do Conselho. “Precisamos adequar as prioridades do PNAE ao andamento atual dos projetos de lançadores, centro e satélites”, argumentou.
O Conselho decidiu estudar a revisão da Programa Nacional de Atividades Espaciais e discutir na próxima reunião, que deverá acontecer na primeira quinzena de dezembro.
Comentário: diante das várias alterações (diga-se de passagem, muito constantes) em projetos do Programa Espacial Brasileiro, é razoável que se discuta uma revisão do Programa Nacional de Atividades Espaciais (PNAE). Impressiona, porém, a quantidade de revisões. Salvo engano, a última foi em 2005, compreendendo o período de 2005 a 2014. De certo modo, isso demonstra que o Programa Espacial é um projeto de governo, e não de Estado, como deveria ser. Aliás, o que é projeto de Estado no Brasil? Existe algum?
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sábado, 27 de setembro de 2008
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