sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Início das obras da plataforma do VLS

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Começam as obras para a reconstrução da Torre Móvel de Integração


05/12/2008 13:52:00

Assinado nessa quinta-feira (4) pelo Comando-Geral de Tecnologia Aeroespacial (CTA) a autorização para o início das obras para a reconstrução da Torre Móvel de Integração (TMI) – equipamento que possibilita o lançamento do Veículo Lançador de Satélites. A última torre foi incinerada junto com o VLS-1 V03, em um acidente ocorrido em 2003, no Centro de Lançamento de Alcântara (MA).

A obra deve ser concluída em 18 meses e deverá custar cerca de R$ 40 milhões. A licitação para a construção da TMI havia sido concluída em 2006, já com novo projeto. Entretanto, uma das empresas que perdeu a concorrência, entrou na Justiça Federal questionando a lisura do processo. Passado dois anos, a Justiça entendeu, em todas as instâncias, que o procedimento de contratação estava correto.

VLS

O Veículo Lançador de Satélites (VLS) é um foguete brasileiro criado para propiciar o lançamentos dos satélites fabricados no País, e assim, garantir a autonomia em vários setores estratégicos. Já foram realizados dois lançamentos testes, em 1997 e 2001, ambos para a qualificação e desenvolvimento do veículo.

O próximo lançamento está previsto para ocorrer a partir do término da construção da TMI- Torre Móvel de Integração. O VLS mede cerca de 19 metros e tem quatro estágios. O seu peso, antes do lançamento, é de 50 toneladas e é capaz de satelitizar uma carga de 350 Kg a uma órbita de 300 Km.

Fonte: AEB
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10 comentários:

Raul_m disse...

Não sei, mas pelo jeito já estavam mechendo nas obras da torre do VLS-1 entes da assinatura desse documento

No artigo "Macapá Cyclone Space?" tem uma parte em que o presidente da AEB fala que o "poço" do VLS já está quase pronto e que medirá cerca de 30m. O que seria este "poço"? Seria algo como na platadorma do Soyuz, onde os gases são lançados para o subsolo antes de sair para a atmosfera?
Outra pergunta: A nova plataforma já estará preparada para receber os novos VLS (inclusive o "-1B" de combustível líquido?
Alguém poderia explicar?


abraços]

Andre Mileski disse...

Raul, talvez esse poço esteja relacionado à saída de emergência da TMI (veja abaixo trecho de uma matéria que publiquei numa edição de T&D de 2004).

Quanto à plataforma estar preparada para receber o novo VLS, sim, estará, até por que o VLS-1 como conhecemos hoje (quatro propulsores sólidos) não deve voar mais.

"Em relação à reconstrução da Torre Móvel de Integração (TMI), foi informado que o projeto já está concluído e prestes a ser contratado junto a construtoras brasileiras. Uma série de alterações que visam dar mais segurança será implementada, como mecanismos de controle da corrente elétrica e saídas de emergência imunes à entrada de gases tóxicos, com suporte técnico da companhia russa KBTM. De acordo com explicações dadas pelo Cel. Argolo, ao lado da TMI, que estará sempre à pressão ambiente (uma atmosfera), existirá uma torre fixa de alvenaria ligada a um túnel subterrâneo que levará para fora da área de risco. Este conjunto túnel/torre de escape estará com uma pressão da ordem de 1,1 atmosfera, fazendo com que, ao se abrir qualquer porta ou outro meio de acesso, o ar flua do sistema de escape para a TMI. Em relação à rede elétrica da Torre, quando qualquer linha apresentar uma demanda de energia acima do especificado para ela, o sistema identificará essa demanda anormal e elevará a impedância daquela linha, de modo a limitar essa demanda aos valores especificados."

iurikorolev disse...

Mileski
Ótima noticia

Entretanto tenho uma dúvida em relação ao Cyclone.
Pelo que sei ele não usa uma TMI.
Como ele funciona ?
Demorará muito para fazer sua plataforma ?

Abraços

iurikorolev disse...

Outra dúvida Mileski

Pela matéria, se a obra começar no inicio de 2009, ficaria pronta no meio de 2010.

Porque então eles estão dizendo que o 1º vôo (só para testar o 1º e 2º estágio) só seria em 2011 ?

Penso que a construção do foguete é mais rápida

Abs

Raul_m disse...

Pelo que eu sei a plataforma do Cyclone será mais simples, sem aquela torre móvel, já que o foguete, ao invés de ser montado de baixo pra cima como o VLS, já chegará montado e com o satélite integrado e deitado, sendo colocado de pé (já todo pronto) na mesa de lançamento.
Depois de construir a TMI ela tem que ser testada exaustivamente para se ter certeza de que tudo o que foi aprendido com o acidente do VLS-1 V03 realmente está funcionando. Outra coisa, um VLS-1 pode ser construído em um pouco mais de um ano, porém nada impede que a torre e o foguete estejam prontos ao mesmo tempo. Já ouvi dizer que algumas partes já estão previamente fabricadas.


abraços]

Andre Mileski disse...

O Cyclone 4 terá uma plataforma própria (um braço mecânico deve levantá-lo e colocá-lo na vertical, em posição de lançamento. É um sistema parecido ao do Soyuz russo). Alguns dos componentes desta plataforma já foram inclusive construídos e estão na Ucrânia.

Em relação ao VLS, alguns componentes do VLS-1V04 já estavam prontos mesmo antes do acidente com o V03. A versão que será lançada em 2010 ou 2011 (VT01) terá apenas os dois primeiros estágios. Estes serão ignitados e separados (o segundo será separado do terceiro, porém este último não será ignitado).

iurikorolev disse...

Entendi amigos Mileski e Raul
Mas pelo que eu vejo nas fotos dos Space centers da Russia (Krunichev,etc) tem que ter uma puta estrutura de integração (galpões, etc), pois o Cyclone terá que ser integrado e é um foguete complexo.
Estes galpões já estão sendo construídos ?

Abs
Iuri

Duda Falcão disse...

Finalmente parece que essa novela acabou Mileski, ou foi só um capítulo? Espero sinceramente que não e possamos lançar esse planejado pedaço de foguete em 2011 ou então na melhor das hipóteses em 2010, o que eu sinceramente não acredito. Realmente já existiam partes do foguete fabricadas o que facilitaria a montagem para o quarto vôo, porém como houve mudanças no projeto acredito que elas foram ou terão ainda de ser alteradas. Vamos aguardar

Abs

Andre Mileski disse...

Iuri, até onde eu sei, a infra-estrutura diretamente relacionada à ACS ainda não teve sua construção iniciada. Até o momento foram feitos apenas estudos (a ACS contratou a Atech para auxiliá-la nisto). Importante mencionar que as obras em Alcântara enfrentam dois problemas: (i) questão dos quilombolas, que diminiu a área planejada do futuro Centro Espacial de Alcântara (CEA); e (ii) problemas no TCU (postamos uma nota a respeito tempos atrás).

Abraço,

André

phobus disse...

Estão dividindo e distribuindo o Pais,como no caso de Alcantara,que poderiam os moradores(são brasileiros) serem idenizados como ocorre em qualquer caso de interesse publico, como p.ex.: desapropriações para construção de estradas e outras obras, e não prejudicando o desenvolvimento espacial brasileiro.Logo, vão devolver a metade do Brasil para a Espanha,pela logica corrente em nossos administradores que não zelam pela unidade e interesses da Nação Brasileira.Os Bandeirantes foram empreendedores como foram todas as nações coloniais. Pela mesma lógica os E.U. deveriam devolver parte de seu território ao México e o Alasca para a Rússia