sábado, 20 de março de 2010

Star One C3: mais informações

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Algumas informações adicionais, em "bullet points", sobre a contratação do satélite geoestacionário de comunicações Star One C3, em complemento à postagem "Star One C3 será fabricado pela Orbital", do início desta semana:

- O contrato do Star One C3 foi assinado com a Orbital Sciences Corporation (OSC) em dezembro de 2009, no valor de US$ 270 milhões, incluindo a colocação em órbita. De acordo com as demonstrações financeiras da Embratel, controladora da Star One, em dezembro de 2009, a empresa já havia liberado R$ 52 milhões relacionados ao projeto.

- A fabricação do satélite já está em curso nas instalações da Orbital (Satellite Manufacturing Facility - SMF) localizadas na cidade de Dulles, Virgínia, a pouco menos de 50 km da capital norte-americana, Washington (DC). Apesar de nem a Star One e nem a OSC terem divulgado o fechamento do negócio, a informação de que a fabricante norte-americana já trabalha na construção do satélite consta em "fact sheet" disponível em seu próprio website [www.orbital.com/NewsInfo/Publications/SMF_Fact.pdf].

- O novo satélite será lançado por um Ariane 5, da Arianespace. Ótima notícia para a companhia europeia, que este ano comemora 30 anos e desde a origem da Embratel (antiga denominação da Star One), foi responsável pela colocação no espaço de todos os seus satélites.

- O Star One C3 irá operar em Banda C, faixa destinada para comunicações em geral, e em Banda Ku, usada para transmissão de sinais de vídeo, dados, internet e voz diretamente para os usuários.

- Os representantes da OSC no Brasil são ex-funcionários da Embratel, na época em que ainda era estatal e contava com uma divisão de satélites. Estas pessoas, de acordo com o apurado pelo blog, participaram das missões dos satélites Brasilsat de primeira e segunda geração (A e B), fabricados pela canadense Spar Aerospace e americana Hugues (série A) e Hugues (série B) (em 2000, a divisão de satélites da Hugues foi adquirida pela Boeing).

- Existe uma razão especial pela qual o blog tem dado cobertura ao segmento espacial da Star One: por ter origem estatal (a Embratel foi privatizada em julho de 1998, e em 2004 passou para as mãos de seu atual controlador, o grupo mexicano Telmex, do empresário Carlos Slim), a empresa conta no País com equipe responsável pelas especificações e contratações de satélites de comunicações. Praticamente todo o processo é feito a partir do Brasil, diferentemente de outras operadoras de satélites que ocupam posições orbitais nacionais, que, às vezes, nem sequer controlam e operam seus satélites em órbita por meio de centros instalados no território nacional. A Star One conta com um centro de operações de satélites, considerado o maior da América Latina, instalado em Guaratiba (RJ), e que em novembro de 2009 completou 25 anos de existência.
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