domingo, 3 de julho de 2011

O momento da Alcântara Cyclone Space

.
O projeto da binacional Alcântara Cyclone Space está muito politizado no momento atual, disse Oleksandr Serdiuk, diretor da binacional, em reportagem da agência Interfax publicada no final de junho ("Project on creation of Cyclone 4 rocket carrier at Alcantara space center by Ukraine and Brazil is too politicized, says expert").

O diretor ucraniano foi além, afirmando que não apenas a Ucrânia não está seguindo o cronograma financeiro, mas também o Brasil. "Infelizmente, hoje nem a Ucrânia e nem o Brasil está seguindo o cronograma financeiro. O ritmo financeiro do programa deve começar a atender os termos planejados para o primeiro lançamento do Cyclone 4 a partir do centro espacial de Alcântara", disse.

Do lado brasileiro, no último dia 28, em audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, o ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, usou palavras duras para a atual situação da binacional. "Nós estamos buscando equilíbrio com a Ucrânia para que a gente aporte recursos do mesmo volume. O Brasil não pode sustentar esse projeto porque a nossa responsabilidade é a Base de Alcântara. O foguete é responsabilidade da Ucrânia. E nós queremos isonomia no aporte. Estamos buscando concluir essa negociação porque é um projeto importante e termos um veículo comercial capaz de lançar os nossos satélites e queremos consolidar o VLM e o VLS", enfatizou. "O Brasil colocou duas vezes mais recursos que a Ucrânia nessa empresa binacional", acrescentou.

No início deste mês, em reportagem do jornal Brasil Econômico, Marco Antonio Raupp, presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB) foi também bastante crítico à parceria, citando o descumprimento de obrigações financeiras pelo lado ucraniano, e também o não envolvimento do Brasil na construção do foguete.

Existe muita expectativa com a viagem oficial brasileira à Ucrânia, chefiada por Raupp, iniciada este final de semana.
.

Nenhum comentário: