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Indústria aeroespacial analisa oportunidades no mercado externo
Brasília 15 de Outubro de 2013 - O Brasil recebe um tratamento especial da China no que tange à cooperação na área espacial, segundo afirmação do governo daquele país. Como os chineses veem expandindo seus negócios no setor com diversas nações essa também é uma oportunidade para as indústrias aeroespaciais brasileiras ampliarem seus negócios e ofertas de serviços.
Esse foi um dos tópicos da pauta do encontro entre diretores da Agência Espacial Brasileira (AEB) e representantes de 14 empresas do segmento aeroespacial nesta segunda-feira (14), em Brasília (DF). Os empresários, ligados a Associação das Indústrias Aeroespaciais do Brasil (AIAB), foram incentivados a usufruírem mais do programa Ciência sem Fronteiras Espacial e também aproveitarem o conhecimento qualificado que o mercado passa a receber com o retorno ao país de pessoas que se qualificaram no exterior.
O presidente da AEB, José Raimundo Braga Coelho, falou sobre as negociações entre Brasil e China envolvendo a cooperação espacial nos próximos dez anos. “Essa ampliação de atividades com os chineses também é uma janela de oportunidades que a indústria nacional não pode desprezar”, alertou. Em sua opinião, as empresas brasileiras devem buscar conhecer a atual diversificação de produtos e serviços promovida por diversas empresas chinesas do segmento aeroespacial.
Nesse sentido o presidente convidou os empresários a se integrarem à comitiva da AEB, que acompanhará o lançamento do satélite sino-brasileiro de sensoriamento remoto (Cbers-3), em dezembro próximo, na China. Na oportunidade, eles poderão visitar empresas em Shangai, conhecer seus processos de modernização e estabelecer contatos para futuras plataformas de negócios.
Os representantes das empresas ainda foram informados sobre outra modalidade de bolsa que o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) lança no início de 2014. Trata-se da bolsa de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação, que visa a aprimorar em estágios no exterior profissionais que já tenham qualificação considerada avançada. O diretor de Satélites, Aplicações e Desenvolvimento, Carlos Alberto Gurgel, disse que há uma cota dessas bolsas reservadas para a AEB, “portanto os empresários não devem perder esse benefício”.
Fonte: AEB
Comentário do blog: apesar da janela de oportunidades de negócios com a China não poder ser "desprezada", segundo disse o presidente da AEB, um aspecto que deve ser cautelosamente analisado por qualquer indústria espacial que busque negócios na China é o risco de se bloquear outros mercados por conta da regulação ITAR (International Traffic in Arms Regulations), dos EUA. Ainda que a ITAR tenha sido recentemente flexibilizada, ainda há grandes restrições em relação a exportação de tecnologias para a China ou países que tenham negócios com os chineses. Diversas indústrias nacionais participantes do programa CBERS enfrentaram problemas com a importação de tecnologia, equipamentos ou componentes de origem norte-americana, ainda que não destinados ao programa do satélite sino-brasileiro.
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quarta-feira, 16 de outubro de 2013
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