quinta-feira, 14 de julho de 2011

Raupp fala sobre novo PNAE na reunião da SBPC

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Presidente da AEB fala sobre novo Pnae na SBPC

14-07-2011

O presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), Marco Antonio Raupp, ministrou, nesta quinta-feira (14), palestra sobre o Programa Espacial Brasileiro durante a 63ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). Na palestra, Raupp apresentou as demandas identificadas nas quatro reuniões de avaliação crítica do Programa Nacional de Atividades Espaciais (Pnae), realizadas no primeiro semestre deste ano, e, também, a proposta do novo Pnae.

Segundo Raupp, o Programa Espacial Brasileiro é voltado para a solução de problemas nacionais e deve ser autônomo. No entanto, ele acredita que não se faz programa espacial sem investimentos fortes, mão-de-obra qualificada e gestão de qualidade. Para otimizar as ações do programa espacial, sua primeira ação ao assumir a presidência da AEB, em março deste ano, foi marcar reuniões com os órgãos que compõem o Programa Espacial Brasileiro, com a indústria nacional e demais interessados no setor, para mapear a realidade do PEB e levantar as reais demandas do setor.

Quatro reuniões já foram realizadas. Ficou decidido que o país precisa de um sistema nacional de prevenção e alerta de desastres; de uma estratégia nacional de defesa; de um melhor monitoramento ambiental e de segurança alimentar e hídrica. Para atendê-las, o novo Pnae propõem que seja criada uma nova carteira de projetos, uma participação maior da indústria e da academia no programa, o domínio das tecnologias críticas, um novo orçamento e aprimoramento do Sistema Nacional de Desenvolvimento das Atividades Espaciais (Sindae).

Alguns dos projetos de satélites existentes, como o do satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres (Cbers, sigla em inglês), continuam. Outros como os de satélites geoestacionários de comunicação e meteorologia aparecem como prioridade no novo Pnae. “Nós temos grandes desafios para o desenvolvimento desses veículos. Temos que dominar a tecnologia do propelente líquido, por exemplo”, disse o presidente da AEB.

Segundo Raupp, a AEB definirá as prioridades e os projetos e eles serão executados pelo Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe) e pelo Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), com participação direta da indústria e apoio das universidades. Ele acredita que essa parceria fortalecerá todos os envolvidos na execução do Programa Espacial Brasileiro e tornará mais fácil o domínio de tecnologias que o país ainda não detém. A parte do orçamento destinado à indústria e à universidade deve aumentar.

Para atingir todas as metas estabelecidas no novo Pnae, o presidente sugeriu que o atual orçamento do programa espacial – aproximadamente 300 milhões - seja multiplicado por três. Segundo ele, algumas diretorias, que hoje estão na Agência, devem ir para o Inpe. “Assim o programa espacial ganhará força e um corpo técnico capacitado”, disse. A sede da AEB continuará em Brasília.

Uma quinta reunião deverá ser marcada para que a nova versão do Pnae seja finalizada, validada e apresentada ao governo.

Fonte: AEB
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