segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Lançamento de foguete de treinamento no CLBI

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Pesquisadores e estudantes assistem a lançamento de foguete

Brasília, 20 de outubro de 2014 – O Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI), em Parnamirim (RN), obteve sucesso em mais um lançamento de um Foguete de Treinamento Básico (FTB) realizado no início do mês.

O lançamento fez parte das atividades da Operação Barreira XI e objetivou o treinamento da capacidade operacional do Centro e mostra-las a estudantes e pesquisadores, que participaram do 5º Simpósio Brasileiro de Geofísica Espacial e Aeronomia (SBGEA) e do 4º Fórum de Pesquisa e Inovação (FoPI).

Medindo três metros, pesando 70 kg e com a capacidade de atingir até 32 km de altitude, o FTB integra uma família de foguetes desenvolvida pela empresa nacional Avibrás. A família é composta ainda pelo Foguete de Treinamento Intermediário (FTI) e pelo futuro Foguete de Treinamento Avançado (FTA), em fase de desenvolvimento.

Segundo o coronel Maurício Alcântara, diretor do CLBI, a interface entre o Simpósio, o Fórum e o lançamento do FTB buscou promover futuras parcerias, visando aproveitar os foguetes para levar como cargas úteis experimentos científicos e tecnológicos de universidades e centros de pesquisa.

“Algumas parcerias com instituições importantes e entidades do Rio Grande do Norte já foram firmadas. Assim, a partir desses acordos, estudos e pesquisas poderão ser desenvolvidos no sentido de captar informações sobre a atmosfera da Terra, além de informações relacionadas ao clima e a meteorologia”, destaca Alcântara.

Para o professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), José Henrique Fernandez, também coordenador do Fórum, a cidade de Natal preenche todos os requisitos para se tornar a capital nordestina em aeronáutica espacial. Ele lembra que a capital abriga importantes polos de pesquisa aeroespacial, como o Inpe, o próprio CLBI e UFRN.

“É necessário que essas três entidades estejam ligadas de forma muito mais estreita e sólida. Hoje, esses institutos trabalham de maneira praticamente isolada, com intercâmbios ainda fracos”, opina o.

Ainda segundo Fernandez, por ser de alta tecnologia, a Engenharia Aeroespacial também pode atrair empresas que produzem equipamentos com grande teor tecnológico. “A exemplo do ocorrido em São José dos Campos (SP), que se transformou na capital nacional da tecnologia espacial, Natal caminha na direção de ser um polo muito importante para o Nordeste e para o país”, destaca o professor.

Fonte: CLBI
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