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Durante a visita oficial do presidente da Rússia, Dmitri Medvedev ao Brasil, foi também firmada uma declaração conjunta dos Chefes de Estado dos dois países. Como de praxe, estas declarações contêm os principais pontos que envolvem as relações entre os signatários, abordados de maneira pouco detalhada. Um dos itens do ato firmado hoje trata de cooperação espacial (ver o item 13 abaixo). Foram mencionados os projetos de modernização do VLS e desenvolvimento de veículos lançadores de nova geração, navegação por satélite (vejam a nota sobre o GLONASS), treinamento de especialistas (propulsão líquida) e experimentos em microgravidade no segmento russo da Estação Espacial Internacional (ISS, sigla em inglês).
"13. Os Presidentes reiteraram o caráter prioritário que atribuem ao uso e à exploração do espaço exterior para fins pacíficos e salientaram a disposição dos dois Governos de aprofundarem o intercâmbio nessa área de especial relevância. Os dois Mandatários manifestaram pleno apoio aos trabalhos bilaterais em curso para a moderniz$ação do Veículo Lançador de Satélites brasileiro (VLS) e expressaram sua determinação em promover a parceria tecnológica para o desenvolvimento de veículos lançadores de nova geração. Expressaram, igualmente, sua satisfação com as conversações em andamento relacionadas às áreas de telecomunicações, navegação por satélites, capacitação em áreas técnicas e de engenharia, bem como à realização de experimentos brasileiros no segmento russo da Estação Espacial Internacional. Os Presidentes consideraram de extrema importância a entrada em vigor do Acordo sobre Proteção Mútua de Tecnologias Associadas à Cooperação na Exploração e Uso do Espaço Exterior para Fins Pacíficos, o que propiciará o início da efetiva implementação dos projetos almejados pelos dois países."
Em relação à modernização do VLS, é pública e notória a colaboração de institutos e empresas russas na revisão e aperfeiçoamento do VLS-1, e desenvolvimento de uma versão híbrida, com os últimos estágios do lançador com propulsores de combustível líquido. Tal cooperação ganhou maior intensidade após o acidente com o VLS-1 V03, em maio de 2003. Antes disso, porém, já se discutia a versão híbrida do VLS-1, e inclusive, vários especialistas em propulsão do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE/CTA) foram treinados na Rússia com a finalidade de apoiarem o projeto brasileiro. Quanto ao desenvolvimento de veículos lançadores de nova geração (algo equivalente ao esquecido Programa Cruzeiro do Sul), convém destacar que o governo brasileiro têm criado (ou dado) expectativas com dois diferentes projetos, um com a Ucrânia (Cyclone 5), e outro com a Rússia. Vale as questões: são projetos viáveis? Haverá recursos para as duas iniciativas? O sucesso de qualquer iniciativa dependerá da decisão, até hoje não tomada, de concentrar todos os esforços e recursos num único projeto.
O ponto mais curioso da declaração, talvez até inédito, seja a realização de experimentos brasileiros no segmento russo da ISS. Pela natureza da atividade, muito provavelmente está relacionado ao Programa Microgravidade da Agência Espacial Brasileira (AEB). Normalmente, experimentos científicos e tecnológicos de universidades e centro de pesquisas nacionais são realizados a bordo de foguetes de sondagem construídos pelo IAE, às vezes em parceria com a entidades alemãs, com o patrocínio da AEB. Acontece que alguns experimentos precisam de um tempo maior em gravidade reduzida (minutos versus horas/dias), daí a necessidade de se contar com satélites (o russo Foton, por exemplo), vôos em ônibus espaciais (reduzidos desde o acidente com o shuttle Columbia, em 2003), e missões a bordo da ISS. Como o Brasil não está mais no projeto da ISS, perdeu todos os direitos de tempo e espaço para a realização de experimentos na estação, dependendo, portanto, de acordos com outros países. Parece ser este o caso.
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quinta-feira, 27 de novembro de 2008
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4 comentários:
A embromação do VLS continua após 5 anos da explosão.
E tudo por falta de grana(=vontade politica).
É incrível como nosso país tem uma tendência para ser agricola e não é chegado em esforços de desenvolvimento tecnológico, nem com a Rússia prestando toda consultoria.
Essa critica eu já li em vários sites americanos.
E ainda querem fazer parte do Conselho de Segurança da ONU sem saber nem lançar um satélite : A India já lança há quase 30 anos.
Será que algum dia deixaremos de ser uma Republica de Bananas ?
Abs
Iuri
A meu ver esse acordo já deveria ter sido feito a muito tempo, porém a inécia de nossos governantes e a falta de vontade política tem atrapalhado e muito o programa espacial como um todo. Já deveríamos ter o VLS funcionando a muito tempo e estarmos no processo de qualificação do primeiro foguete do Programa Cruzeiro do Sul. Com a Ucrânia se fosse por eles já estaríamos lançando satélites com CYCLONE 4 desde 2007. Sem falar nos projetos que se acumulam tais como o Equars, Mirax, SGB, Amazônia 1, Sabia, PMM, PSO (sumiu e ninguem falou mais desse projeto após seu lançamento de teste) e outros pelo INPE e o SARA, Sonda IIIA e o VS43 pelo lado do IAE. Espero que com a chegada do Sr. Carlos Ganem a presidência da AEB as coisas comecem realmente a andar, pois a verba para isso já melhorou significamente. No entanto, não posso deixar de registrar que sinceramente não vi nenhum avanço significativo no ano de 2008. Só resta aguardar.
Abs.
Eduardo Falcão
Agonia de Uma Nação-A falta de concretizarmos algo significativo no avanço tecnológico, como os da Índia, Paquistão, China, nos demonstraram terem os mesmos administradores mais competentes.Índia,Japão e China já almejam chegarem a Lua, enquanto aqui não saímos do chão. Nossos administradores devem residir no exterior ou lá ainda se encontram diante dos descasos no trato do interesses da Nação Brasileira e de sua unidade.Estão dividindo e distribuindo o Pais,como no caso de Rondônia e especialmente com referencia a Alcantara,em que poderia os moradores(são brasileiros) serem indenizados como em qualquer caso de interesse publico e não prejudicando o desenvolvimento espacial brasileiro.Logo, vão devolver a metade do Brasil para a Espanha,pela lógica corrente em nossos administradores que não zelam pela unidade e interesses da Nação Brasileira.Os Bandeirantes foram empreendedores como foram todas as nações coloniais, item que falta nos responsáveis pelo nosso Pais . É histórico que em toda parte do mundo grupos guerreavam, exterminavam e escravizavam para aumentar seus territórios e poder, sejam índios, africanos ou de outras etnias.
Agonia de Uma Nação-A falta de concretizarmos algo significativo no avanço tecnológico, como os da Índia, Paquistão, China, nos demonstraram terem os mesmos administradores mais competentes.Índia,Japão e China já almejam chegarem a Lua, enquanto aqui não saímos do chão. Nossos administradores devem residir no exterior ou lá ainda se encontram diante dos descasos no trato do interesses da Nação Brasileira e de sua unidade.Estão dividindo e distribuindo o Pais,como no caso de Rondônia e especialmente com referencia a Alcantara,em que poderia os moradores(são brasileiros) serem indenizados como em qualquer caso de interesse publico e não prejudicando o desenvolvimento espacial brasileiro.Logo, vão devolver a metade do Brasil para a Espanha,pela lógica corrente em nossos administradores que não zelam pela unidade e interesses da Nação Brasileira.Os Bandeirantes foram empreendedores como foram todas as nações coloniais, item que falta nos responsáveis pelo nosso Pais . É histórico que em toda parte do mundo grupos guerreavam, exterminavam e escravizavam para aumentar seus territórios e poder, sejam índios, africanos ou de outras etnias.
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