quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Lançadores: Argentina quer entrar para o clube

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No início desta semana, circularam notícias na imprensa internacional sobre o interesse da Argentina em desenvolver um lançador espacial (para acessar uma das reportagens, clique em "Argentina plans to join Space Age"). O desejo do país vizinho em contar com foguetes, aliás, já é bem antigo e remonta aos finais da década de setenta e oitenta, período em que o governo argentino tocava o programa Condor, em alguns aspectos, com finalidades duais, para aplicações tanto civis como militares. O Brasil, em paralelo, desenvolvia o programa VLS.

No início da década, com a adesão da Argentina ao Missile Technology Control Regime (MTCR), o programa Condor foi cancelado.

Mais recentemente, surgiram algumas iniciativas envolvendo lançamento de pequenos foguetes de sondagem, como o Tronador. Em 1998, foi constituída uma empresa chamada VENG S.A. (Vehículo Espacial de Nueva Geração - Veículo Espacial de Nova Geração), controlada pela Comisión Nacional de Actividades Espaciales (CONAE), e que tem sido usada para o desenvolvimento de foguetes, como a família Tronador (Tronador I e II). Num passado recente, chegou-se a divulgar que a empresa seria responsável pelo desenvolvimento e construção de um veículo dotado de propulsor líquido, com sistema de navegação, controle e guiagem associados a um receptor GPS, para inserção de cargas úteis em órbita, embora mais detalhes, e mesmo a disponibilização de recursos para o projeto, não sejam conhecidos.

Ao que tudo indica, o interesse da CONAE e VENG em desenvolver um foguete espacial existe, mas tudo depende da disponibilização de recursos. "Com os recursos necessários, nós estimamos que por 2013 nós poderíamos lançar o primeiro veículo espacial", afirmou Conrato Varotto, diretor da CONAE.

De acordo com o que foi divulgado, o foguete argentino usaria como sítio de lançamento a base militar de Puerto Belgrano, situado ao sul da província de Buenos Aires.
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3 comentários:

rondini disse...

Olá Mileski.
Não ficaria surpreso se o know-how argentino em motores liquidos permitir que eles se tornem os primeiros na america latina a dominar a tecnologia de lançadores.
Vejam esse site:
http://www.grupoartax.com.ar/cohetes_br.html

iurikorolev disse...

Mileski
Não vou falar nada...
Gostaria de saber a sua opinião !
Abrs
Iuri

Andre Mileski disse...

Olá. Minha opinião é de que o desejo argentino em contar com um pequeno lançador existe (assim como com um submarino nuclear, a exemplo do Brasil) e até existem estudos e projetos relacionados, mas tudo sempre esbarra na falta de recursos financeiros. E o que o próprio diretor da CONAE afirmou na matéria mencionada no blog, se houver dinheiro, um lançamento poderia ocorrer em 2013. Mas, mesmo que haja recursos consideráveis, entendo que o desafio argentino seria considerável, uma vez que teriam que desenvolver várias tecnologias associadas, o que demanda muito tempo e infraestrutura. Não seria um projeto para dois ou três anos, entendo que no mínimo 5. Observe que a Coréia do Sul, com o KSLV e sem problemas orçamentários, levou mais de seis anos para lançar o primeiro foguete, e ainda assim com forte apoio russo.
Abs., André.