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Este ano, depois do Peru, a Colômbia deverá ser o próximo país sul-americano a adquirir seu próprio sistema espacial de observação terrestre.
O interesse colombiano em si não é uma novidade e já está em discussão há vários anos, mas o fato novo é que o processo de aquisição estaria bem avançado, com uma decisão final a ser tomada por Juan Manuel Santos, Presidente da República, reeleito em junho.
Segundo informações da imprensa local, empresas da França, Reino Unido, Espanha, Rússia, Israel, Estados Unidos e Argentina apresentaram propostas, com valores que variam de 100 a 200 milhões de euros. Não existem muitas informações sobre as especificações desejadas, mas sabe-se que o satélite terá sensores óticos de alta resolução, para aplicações relacionadas à agricultura, ações em casos de desastres naturais, mineração e defesa, entre outras.
Enquanto à decisão não sai, as empresas que apresentaram propostas lançam esforços junto à imprensa e opinião pública. É o caso da Airbus Defence and Space (Arbus DS), que colocou um de seus vice-presidentes, Christophe Roux, na linha de frente pelo negócio. Em reportagem do jornal "El Tiempo", Roux deu detalhes do que parece estar na oferta da Airbus: o controle do segmento espacial e processamento de dados por colombianos, com capacitação de 50 a 80 engenheiros. Algo similar, aliás, ao que foi negociado com o Peru, no contrato assinado em abril, e com o Chile em julho de 2008.
Outro fabricante, a Israel Aerospace Industries (IAI), diz que "investirá pesadamente" para conquistar o contrato colombiano, de acordo com declarações de seu presidente, Joseph Weiss. Na competição peruana, aliás, a oferta israelense foi classificada em segundo lugar, logo atrás da Airbus DS.
As especulações dão conta de que a Airbus DS e a IAI são as favoritas: a primeira por ser líder de mercado em pequenos satélites de observação terrestre, além de já ter logrado sucessos na região, com o Chile e o Peru; e a segunda em razão de sua significativa presença no mercado colombiano, onde já forneceu aeronaves de combate e reabastecimento, sistemas de C4I, veículos aéreos não-tripulados, dentre outros. Aguardemos os próximos meses.
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sexta-feira, 25 de julho de 2014
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