sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Missão Rosetta: participação argentina

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A grande notícia científica da semana foi o pouso inédito do "robô" Philae na superfície do cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko, como parte da missão de exploração espacial Rosetta, da Agência Espacial Europeia (ESA, sigla em inglês). Lançada ao espaço em março de 2014 por um foguete Ariane 5, a missão tem por objetivo estudar materiais da formação do Sistema Solar situados no cometa, além de gases e gelo. A expectativa é que os estudos ajudarão a entender a formação dos planetas, além do surgimento da vida na Terra.

Detalhe pouco conhecido é a participação da Argentina na missão. A comunicação da sonda com o centro de controle na Terra se dá por meio de uma rede de estações terrenas dotadas de grandes antenas, uma das quais localizada em Malargüe, na região de Mendoza.

De acordo com a Comisión Nacional de Actividades Espaciales (CONAE), principal órgão espacial argentino, o envolvimento do país sul-americano foi motivo de agradecimento por parte das autoridades europeias: "Estamos muito agradecidos aos países anfitriões da Rede de Estações para o Espaço Profundo (Deep Space Stations); em particular a Argentina, de onde a Estação em Malargüe teve o privilégio de transmitir os dados da sonda Philae durante a sua aterrissagem. Também queremos agradecer a CONAE por seu apoio para a realização de nossas operações em tal estação".

A primeira de seu gênero na América Latina, a "DSA 3 Malargüe", como é denominada, completa a rede de três estações terrenas para monitoramento de missões de espaço profundo da ESA, sendo as outras duas situadas em New Norcia, na Austrália e Cebreros, na Espanha. Inaugurada em dezembro de 2012, a estação conta com uma antena com 35 metros de diâmetro e recebeu um investimento aproximado de 45 milhões de euros.
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