quarta-feira, 13 de abril de 2016

Cubesats: "NanosatC-Br1 resiste e transmite!"

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Lançado ao espaço em 19 de junho de 2014, o NanosatC-Br1, um dos projetos pioneiros em cubesats no Brasil, ainda transmite sinais, quase dois anos após a sua colocação em órbita, evidenciando a qualidade do projeto e da equipe envolvida.

Segundo informações de um dos responsáveis pela missão, o pesquisador Otávio Durão, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), dados de telemetria do pequeno satélite foram recebidos no início da semana passada por um radioamador na Alemanha e, em seguida, retransmitidos a outro em Roraima.

O NanosatC-Br1 é um cubesat do modelo 1U, mais tradicional, com massa aproximada de 1 quilo e volume de 1 litro. Desenvolvido pelo INPE e pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) ao custo de algumas centenas de milhares de reais (incluindo o satélite, estação, lançamento e operação), sua missão compreendeu três experimentos tecnológicos e científicos, dentre os quais o teste no espaço de um circuito integrado projetado  totalmente no Brasil, e a coleta de dados para estudo de distúrbios na magnetosfera, principalmente na região da Anomalia Magnética do Atlântico Sul, e do setor brasileiro do Eletrojato Equatorial Ionosférico.

Seguindo o sucesso do NanosatC-Br1 e motivado pelos baixos custos de desenvolvimento, vários projetos de cubesats estão atualmente em desenvolvimento no Brasil, por instituições como o INPE e universidades. Nos últimos anos foram colocados em órbita o AESP-14, do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), e o SERPENS, da Universidade de Brasília (UnB), ambos financiados com recursos da Agência Espacial Brasileira (AEB). A mesma equipe responsável pelo NanosatC-Br1 está trabalhando num segundo modelo, o Br-2, um 2U. O ITA, por sua vez, está terminando o ITASAT, um 6U, para lançamento em breve.

O Centro Regional do Nordeste (CRN), do INPE, localizado em Natal (RN) trabalha em dois cubesats, um 2U e um 8U, ambos com modelos de engenharia já disponíveis, e que terão como cargas úteis transpônderes de coleta de dados para atender o Sistema Brasileiro de Coleta de Dados Ambientais (SBCDA).
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