domingo, 2 de dezembro de 2012

Peru quer seu satélite de observação


De acordo com reportagens publicadas na mídia peruana no mês de novembro, o país andino estaria próximo de dar início ao processo de contratação de um satélite de observação terrestre, numa negociação de governo a governo. "O governo tomou a decisão de adquirir um satélite. Isto não é algo que se pode fazer da noite para o dia. Em um primeiro momento, contrataremos imagens de satélites, que nos permitirão um maior controle de nosso território, mas em médio prazo o projeto de aquisição de um satélite já está definido", declarou Pedro Cateriano, ministro da Defesa do Peru.

De fato, informações sobre o interesse peruano em contar com um satélite próprio circulam desde 2006, e foram estimulados desde que o Chile, rival histórico, adquiriu seu satélite, o SSOT, no final de 2008, colocado em órbita em dezembro de 2011.

Na região, a Venezuela recentemente também passou a dispor de um pequeno satélite de sensoriamento remoto, o VRSS-1, adquirido na China e colocado em órbita no final de setembro, e a Colômbia é frequentemente citada como outra nação interessada em ter o seu sarélite.

Eventualmente, circulam informações na imprensa peruana dando conta de que as europeias EADS Astrium e Surrey Satellite Technology Limited (SSTL) seriam favoritas numa possível concorrência para o fornecimento dos segmentos espacial e terreno do sistema de observação.

Cooperação com a Coréia do Sul

No mês passado, o Peru adquiriu junto a Korean Aerospace Industries (KAI) aeronaves militares de treinamento para operação por sua força aérea, transação que, segundo informações, conta com um programa de compensações (conhecido como offsets) que inclui uma iniciativa na área espacial: a construção de uma estação terrena de recepção de imagens óticas - em torno de 1 metro de resolução - do satélite ótico Kompsat 2, operado pela agência espacial sul-coreana. A estação seria operada pela Comisión Nacional de Investigación y Desarrollo Aeroespacial (CONIDA), principal órgão espacial peruano que, no futuro, também deve ser o órgão responsável pela contratação e operação do primeiro satélite de observação terrestre do país.
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