Ontem (19), foi realizado com sucesso mais um voo do lançador Ariane 5 - o sétimo e último deste ano, colocando em órbita de transferência geoestacionária os satélites Skynet 5D e o MEXSAT Bicentenario, do governo mexicano. São dez anos consecutivos de sucesso, em 53 missões e lançamento de 97 cargas úteis entre satélites, sondas e ATVs (transporte de cargas para a Estação Espacial Internacional).
O Skynet 5D, que fornecerá capacidade em comunicações para as Forças Armadas britânicas, numa espécie de parceria público privada operada pela divisão de serviços da europeia Astrium, foi construído pela divisão de sistemas espaciais da mesma empresa, pertencente ao grupo EADS.
A Astrium, aliás, comemorou a missão com um sucesso triplo: pelo lançamento de um satélite por ela fabricado, a ser por ela operado, por um foguete em que é também a contratante principal.
México: alegria e tristeza
A outra carga útil levada pelo Ariane 5 foi o MEXSAT Bicentenario, com massa em torno de 3.000 kg, construído pela Orbital Sciences Corporation, dos EUA, e que será operado pelo governo do México para fornecer comunicações as suas necessidades. O sistema MEXSAT, contratado com a Boeing no final de 2010, será formado por três satélites.
Mas, se por um lado o governo mexicano comemora, uma empresa privada mexicana, a Satmex, já numa frágil situação financeira, encontra-se num momento bastante delicado. No último dia 9, ocorreu uma nova falha do lançador russo Proton com o estágio superior Breeze-M (a segunda este ano e a terceira num período de dezesseis meses), resultando na colocação em órbita errada do satélite de comunicações russo Yamal 402. A falha provocou o adiamento da missão de lançamento do Satmex 8, que seria realizada por um Proton operado pela International Launch Services (ILS) até o final deste ano.
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