domingo, 27 de abril de 2014

Mais informações sobre o satélite peruano

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Na quinta-feira passada (24), o governo peruano finalmente encerrou uma concorrência para a aquisição de uma sistema espacial de observação terrestre, tendo escolhido a proposta apresentada pela europeia Airbus Defence and Space (Airbus DS) (veja a nota "Peru escolhe Airbus DS para satélite de observação"). A seguir, apresentamos mais algumas informações.

Acordo governo - governo. A aquisição do satélite foi realizada por meio de um acordo governo - governo entre o Peru e a França, "que garante a sua colocação órbita e também permite estabelecer mecanismos de controle duplo". "Este [acordo] garante um processo de transferência tecnológica, dirigido não apenas ao âmbito comercial, mas também ao fortalecimento de uma relação que no caso do Peru e França é histórica", declarou na cerimônia de assinatura Pedro Cateriano, ministro da Defesa. "O projeto dará ao Peru uma capacidade de aprimorar sua soberania e segurança com a assistência da França, que supervisionará a execução do contrato no âmbito do acordo governamental bilateral", afirmou em nota e o congênere francês.

Quatro propostas. Foram avaliadas quatro propostas para o fornecimento do sistema de observação, em ordem de classificação: da Airbus Defence and Space, da israelense IAI, da espanhola Deimos, e da britânica SSTL. A proposta da Airbus DS está avaliada em 213 milhões de dólares - a mais cara, mas os aspectos técnicos prevaleceram sobre os termos financeiros.

Resolução submétrica. O satélite peruano será o primeiro da América Latina com capacidade submétrica, de 70 centímetros, o que deve ter alguma repercussão em programas de países da região, em especial, no Chile, um rival histórico. Suas imagens serão utilizadas para prevenção e resposta frente a desastres naturais, mineração, monitoramento pesqueiro, desmatamento, segurança e defesa. Sua vida útil será de 10 anos.
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