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De acordo com notícia divulgada pela agência de notícias russa Interfax (leiam aqui), o gabinete de ministros da Ucrânia apoioi a proposta da agência espacial do país (NSAU, sigla em inglês) para a transferência de ativos intangíveis do escritório de projetos Pivdenne para a companhia binacional Alcântara Cyclone Space (ACS). Os ativos, que incluem informações do projeto e desenho do lançador Cyclone 4, estão avaliados em 15,54 milhões de dólares.
O aporte ucraniano na ACS não envolve recursos financeiros, uma vez que a transferência de ativos é uma das formas de se integralizar o capital subscrito numa companhia. Até o momento, não foi possível obter maiores informações sobre a natureza da integralização e também sobre os ativos conferidos ao capital social da ACS, mas um ponto já chama a atenção. A ACS foi criada com o propósito de comercializar e ser operadora do binômio espacial Cyclone 4 / Centro de Lançamento de Alcântara. Em teoria, a empresa binacional não deveria ser proprietária de ativos relacionados ao projeto do lançador, qualidade que caberia ao fabricante e projetista do foguete.
Uma possibilidade é que o lado ucraniano tenha visto na conferência de bens ao capital social da ACS uma forma de atender com as suas obrigações financeiras. As dificuldades de Kiev em obter recursos para aportar na ACS já são publicamente conhecidas há algum tempo, mas ganharam maior destaque na época da visita do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Ucrânia, no início de dezembro de 2009 (leiam "Visita de Lula à Ucrânia: ACS").
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