terça-feira, 5 de outubro de 2010

Amazônia, biodiversidade e tecnologia espacial

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A última edição disponível (de julho de 2010, nem tão recente assim) da revista CNES Mag, editada pela agência espacial francesa (Centre National d'Études Spatiales - CNES), tem uma reportagem muito interessante intitulada "Biodiversité - Espace et préservation des espèces" (em português, "Biodiversidade - Espaço e preservação das espécies").

O foco, como o título mesmo indica, é a aplicação da tecnologia espacial na preservação da biodiversidade (fauna e flora), nomeadamente satélites de observação terrestre, utilizada por organismos governamentais franceses. E quando se discute biodiversidade na França, esta não está restrita apenas àquela existente na Europa, mas também a da Guiana Francesa, na floresta amazônica, ao norte do Brasil.

Uma informação curiosa, que dá uma dimensão das dificuldades de se imagear com sensores óticos a região amazônica: a estação de recepção de dados dos satélites da série SPOT instalada na Guiana Francesa é a mais demandada de todas as estações terrenas da série. A razão para isto, segundo a reportagem, é que por causa da cobertura das nuvens, podem ser necessárias mais de cem tentativas (isto é, cem passagens do satélite!) para se obter uma imagem com qualidade de uma determinada área, e a proximidade da estação com a antena de recepção torna a recepção de imagens mais fácil e eficiente. Isto mostra a importância de se contar com dados gerados por satélites radares, ponto que o blog tem insistentemente abordado desde a sua criação.

Aliás, na opinião do blog, em matéria de publicações institucionais, a revista da CNES deve ser considerada uma referência, dada a sua qualidade e profundidade das reportagens publicadas.
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