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No próximo dia 1º de novembro, o satélite de comunicações Venesat-1, da Venezuela, completará dois anos em órbita.
O satélite, também conhecido como Simón Bolivar 1, é operado pela Agencia Bolivariana para Actividades Espaciales (ABAE), e foi construído pela companhia China Great Wall Industry Corporation, num pacote estimado em 420 milhões de dólares, incluindo o segmento espacial, treinamento, transferência de tecnologia, infraestrutura de solo e lançamento.
A ABAE tem também ambições de contar no futuro com um satélite observação terrestre. Segundo notícias divulgadas pela imprensa venezuelana na última semana, a agência espera lançar em 2013 um satélite de sensoriamento desenvolvido e produzido no próprio país. Ao menos publicamente, não existe um projeto patrocinado por Caracas para o desenvolvimento local de satélites, mas o governo tem sido assíduo comprador de produtos militares nos últimos anos, atraindo as atenções de empresas estrangeiras também do ramo espacial, particularmente da Rússia e China.
A Venezuela, aliás, não é o único país sul-americano com pretensões no campo de observação terrestre satelital, além daqueles com projetos já consolidados, como Brasil (série CBERS, Amazônia-1) e Argentina (série SAC, e SAOCOM).
Com certa frequência, surgem notícias dando conta do interesse do Peru, por meio da Comisión Nacional de Investigación y Desarrollo Aeroespacial (CONIDA), em desenvolver capacidades nessa área. Inclusive, este foi um dos tópicos abordados durante o giro de uma comitiva espacial japonesa pela América do Sul no último mês de agosto. No início deste ano, a CONIDA e a agência espacial da Tailândia assinaram um memorando de entendimentos para cooperação em matéria espacial. Na época, não foram divulgados detalhes mais específicos sobre o escopo da colaboração, mas alguns elementos indicavam que a cooperação poderia envolver o satélite de observação tailandês THEOS, construído pela EADS Astrium e em órbita desde outubro de 2008.
Esporadicamente, a Bolívia também expressa o desejo de possuir um satélite de observação, embora o seu histórico em termos de concretização de anúncios na área espacial não seja dos melhores. O país andino negocia com a China já há mais de um ano a construção do seu primeiro satélite de comunicações, o Tupac Katari.
Em julho de 2008, num processo mencionado pelo mercado como bastante célere, o Chile contratou a EADS Astrium para a construção do seu satélite, o SSOT (Sistema Satelital de Observación de la Tierra). A construção do SSOT foi concluída no início do ano, devendo ser colocado em órbita em 2011.
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sexta-feira, 29 de outubro de 2010
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