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Reportagens da Agência Brasil e da Teletime, citando o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, confirmam a conclusão da proposta do Satélite Geoestacionário Brasileiro (SGB), conforme divulgado pelo blog Panorama Espacial no último dia 18, informando ainda que a mesma deve ser apresentada à presidente da República, Dilma Rousseff, na próxima semana.
Em paralelo, os comentários e movimentos nos bastidores se intensificam. Embora os primeiros satélites do SGB devam ser contratados no exterior, sem significativo envolvimento da indústria nacional no segmento espacial (satélite), grupos e empresas estão se movimentando para obter algum envolvimento no programa, possivelmente na concepção da rede e construção da infraestrutura terrestre. Uma fonte industrial ouvida pelo blog também informou que o contrato deverá exigir contrapartidas comerciais e tecnológicas, conhecidas como offsets, bastante comuns nos contratos firmados pelas Forças Armadas.
Como era esperado, a opção do governo em viabilizar o SGB por meio da Telebras tem gerado algum desconforto e críticas, particularmente de operadores privados já estabelecidos no País. Na última edição da Space News, da semana passada, foi publicada uma reportagem que cita declarações de Lincoln Oliveira, diretor da Star One, sobre o SGB. "O governo está discutindo se construirá um satélite com bandas nas frequências Ka e X", afirmou. "Nós não sabemos como isto acontecerá. Esperamos que o modelo de mercado aberto prevaleça. Se o governo precisa de capacidade, o governo deve ir ao mercado e pedir por isso. O pior cenário seria o governo criar uma companhia de controle estatal", completou Oliveira.
A Star One é a provedora de capacidade em banda C e X para o Sistema de Comunicações Militares por Satélite (SISCOMIS), do Ministério da Defesa, desde que este foi criado, na década de oitenta, e trabalhava (ou ainda trabalha?) para estender a prestação do serviço para os próximos anos, o que exigiria a inclusão de um novo transpônder de banda X num de seus próximos satélites.
Apesar da decisão de dispor de um satélite próprio, uma pessoa familiarizada com o tema ouvida pelo blog afirmou que, neste momento, não se pode descartar a opção pela extensão do contrato com a Star One, considerando a crescente demanda por capacidade do SISCOMIS, e também a necessidade de se dispor de um sistema back-up para as comunicações governamentais a serem providas pelo futuro SGB.
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