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Ontem (28), a companhia norte-americana Boeing anunciou a indicação de Donna Hrinak, ex-embaixadora no Brasil, para dirigir o novo escritório do grupo em São Paulo. A nomeação, que será efetiva a partir de 14 de outubro, "expande ainda mais a presença da Boeing no Brasil e reforça o compromisso da empresa com clientes, indústria e governo", afirmou a companhia em nota.
Dentre as responsabilidades de Hrinak, destacam-se o desenvolvimento e implementação da estratégia da Boeing no País, relações governamentais, identificação de oportunidades de negócios novos e emergentes, e relacionamento da empresa com clientes e parceiros.
"O Brasil é uma das economias que mais cresce no mundo e representa para a Boeing um grande mercado de produtos e serviços com fontes ricas em colaborações atuais e futuras nas áreas de tecnologia, indústria e finanças”, declarou Shep Hill, presidente da Boeing International e vice-presidente sênior de Desenvolvimento de Negócios e Estratégias.
No Brasil, a Boeing participa do Programa F-X2, da Força Aérea Brasileira, e é também importante fornecedora de aeronaves comerciais para companhias aéreas, como a Gol e TAM. Recentemente, a unidade espacial do grupo também participou da licitação promovida pela Star One, do grupo Embratel, para o fornecimento de um satélite de comunicações, e vê ainda várias oportunidades no País, especialmente junto ao governo, considerando as diretivas da Estratégia Nacional de Defesa.
Em agosto, num encontro com a imprensa especializada, Christopher Raymond, vice-presidente executivo de Estratégias & Desenvolvimento de Negócios, afirmou que no campo espacial existem oportunidades locais em "hosted payloads" para comunicações (ver a postagem "Boeing, Programa F-X2 e satélites"). O executivo não deu mais detalhes, mas supõe-se que a oportunidade esteja no campo de comunicações governamentais e militares, especialmente considerando-se a decisão do governo em definitivamente lançar o programa do Satélite Geoestacionário Brasileiro (SGB). A empresa é vista como potencial interessada na concorrência a ser em breve lançada.
Nos EUA, existe a expectativa de que as regras do International Traffic in Arms Regulations (ITAR), conjunto de normas que, grosso modo, controlam a exportação de tecnologias militares e duais, sejam flexibilizadas, especialmente na área de satélites, o que, em tese, favoreceria as fabricantes de satélites e componentes, dentre elas a Boeing. Sobre esse tema, recomendamos a leitura da reportagem "Recovering from ITAR: Possibly Tough for U.S. Satellite Industry", publicada na edição de setembro da revista Via Satellite.
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quinta-feira, 29 de setembro de 2011
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