terça-feira, 16 de outubro de 2012
SGDC: RFP prestes a ser enviado
De acordo com reportagem divulgada ontem (15) pelo Teletime, portal especializado em comunicações, citando informações dadas pelo presidente da Telebras, Caio Bonilha, o termo de referência para a contratação do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC) já está com o comitê diretor, que deve se reunir até o final da semana para aprová-lo e enviá-lo aos potenciais fornecedores do satélite.
Segundo o artigo, após o envio das solicitações de propostas, conhecidas pela sigla RFP (do inglês, request for proposals), deve ser dado um prazo de dois ou três meses para os fabricantes apresentarem suas ofertas, e cerca de um mês e meio para a análise e contratação. Assim, o contrato para a aquisição do SGDC poderia ser assinado no primeiro trimestre de 2013, informação em linha com a obtida e divulgada pelo blog Panorama Espacial na semana retrasada.
Favoritismo japonês?
Ainda segundo a reportagem, a companhia Mitsubishi, do Japão, é considerada pelo mercado como a grande favorita para levar o contrato do primeiro satélite, "pois [os japoneses] estariam jogando com uma oferta mais agressiva."
A informação é curiosa, pois, em teoria, ainda não são conhecidos os termos financeiros e mesmo o nome de cada um dos potenciais participantes da concorrência. Além do mais, outro aspecto que merece ser considerado são as restrições japonesas que, desde a Segunda Guerra Mundial, impõem severas restrições para a exportação de equipamentos e sistemas de defesa. Como é sabido, o SGDC terá também aplicações militares, provendo capacidade para o Sistema de Comunicações Militares por Satélite (SISCOMIS), do Ministério da Defesa.
Por outro lado, o interesse do Japão em se fixar como parceiro espacial na América do Sul não é recente, e tem havido significativos esforços nos últimos tempos. No início do mês, o presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), José Raimundo Braga Coelho, esteve em Tóquio para reuniões com empresas do setor aeroespacial.
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Um comentário:
Esta restrição foi aliviada pelo governo japonês em 2011 .
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