quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Boeing: 80 anos de Brasil


Em coquetel realizado na capital paulista na noite de hoje (24), a Boeing comemorou 80 anos de parceria com o Brasil - iniciada em 1932 com a entrega de aviões F4B-4 ao governo, e aproveitou para lançar o website de sua unidade brasileira, a Boeing Brasil: http://www.boeing.com.br.

A Boeing, considerada o maior grupo aeroespacial do mundo, tem dedicado especial atenção ao mercado brasileiro. Apenas este ano, foram anunciadas a criação de uma subsidiária, chefiada por Donna Hrinak, ex-embaixadora dos Estados Unidos no País, de um centro de pesquisa e desenvolvimento, acordos de cooperação com a AEL Sistemas (aviônicos), parcerias com a Embraer em biocombustíveis, no projeto do cargueiro militar KC-390 e em sistemas para a aeronave Super Tucano, financiamento de bolsas a estudantes dentro do programa Ciência sem Fronteiras, debtre outros esforços relevantes. Recentemente, a fabricante fechou um importante contrato com a companhia aérea Gol para o fornecimento de 60 aviões 737 MAX, de nova geração.

Indicando a boa relação com a Embraer, em vídeo divulgado hoje, Luiz Carlos Aguiar, presidente da Embraer Defesa e Segurança, falou sobre os acordos de cooperação entre a fabricante brasileira e a Boeing em matéria de defesa e biocombustíveis.

O website da Boeing Brasil traz informações bem interessantes sobre a história e a presença do grupo norte-americano no País, assim como seu portfólio de produtos e serviços promovidos localmente: aeronaves comerciais, e sistemas de defesa, espaço e segurança (aeronaves militares, como o F-18 E/F Super Hornet, que participa da concorrência F-X2, da Força Aérea Brasileira, o helicóptero pesado Chinook, a munição JDAM, dentre outros). Na área espacial, destaque para satélites, em particular geoestacionários de comunicações.

Na seção "A Boeing no Brasil", a empresa destaca alguns projetos na área de satélites, desenvolvidos entre as décadas de setenta e noventa. Reproduzimos a descrição abaixo:

"O Brasil e a Boeing Satélites

A Boeing Satélites está envolvida com a indústria brasileira de comunicações via satélite desde a sua criação, no início de 1970. Em 1974, a Boeing (então Hughes) foi contratada para construir uma estação terrestre perto do Rio de Janeiro (Tanguá) para a Embratel revender capacidade Intelsat, conectando o Brasil à rede de satélites Intelsat.

Em 1982, a Boeing, em parceria com a SPAR Aerospace do Canadá, foi contratada pela Embratel para a construção de dois satélites 376 (denominados Brasilsat A1 e A2) mais um Centro de Controle de Operações em Guaratiba. Os satélites foram lançados em 1985 e 1986.

Em 1990, a empresa líder em telecomunicações do Brasil na época, a Embratel, assinou um contrato para dois veículos espaciais (Brasilsat B1 e B2). Em 1995, a Embratel  exerceu a opção para um terceiro veículo. Um quarto satélite foi encomendado em junho de 1998. Como parte do contrato, a Hughes dividiu o trabalho de engenharia da estação terrestre com a Promon Engenharia S/A, de São Paulo. O Instituto Brasileiro de Pesquisas Espaciais (INPE), em São José dos Campos, foi designado como o local para o teste final do sistema do Brasilsat B2. O Brasilsat B1 foi testado em El Segundo, Califórnia, e usado para treinar os engenheiros do INPE. A estação Brasilsat B oferecia serviços básicos de telecomunicações: televisão, telefone, fax e transmissão de dados e redes de negócios."

Oportunidades

No segmento espacial, a Boeing parece não esperar viver apenas do passado no Brasil. Em 2011, a empresa participou da concorrência promovida pela Star One, subsidiária da Embratel, para o satélite geoestacionário Star One C4, vencida pela também norte-americana Space Systems / Loral. A Boeing é também frequentemente mencionada como uma das fabricantes interessadas no projeto do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC), a cargo da Visiona Tecnologia Espacial, joint-venture entre a Embraer e a Telebrás.

Nos últimos anos, a Boeing fechou importantes contratos em satélites de comunicações com a Inmarsat (banda Ka), governo do México (sistema MEXSAT), ABS e Satmex (satélites com propulsão elétrica), e SES (contratado anunciado em 10 de outubro), estando definitivamente de volta ao mercado comercial de satélites geoestacionários de comunicações.
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2 comentários:

O Patriota disse...

Brasil deveria correr dos americanos, jamais transferiram tecnologia, historia pra Boi dormir, Brasil tem que correr da Embraer esta uma empresa totalmente americana, ainda mais não produz nada so as chapas do avião o resto americanos.

O Patriota disse...

Brasil deveria correr da Embraer esta empresa e americana ate e só ver que 60% da peças dos aviões e comprada dos americanos , a Embraer não investe em desenvolver tecnologia tem rabo preso, Americano transferir tecnologia e o mesmo que acreditar em papai Noel.