"Um grande passo no nosso programa espacial". Em nota divulgada após a confirmação do sucesso, o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Clélio Campolina, falou sobre o significado do programa CBERS. "O lançamento estreita a nossa cooperação bilateral e representa um grande passo no nosso programa espacial". "O CBERS-4 será de extrema importância para a sociedade brasileira, pois permitirá aprimorar o monitoramento terrestre, além de propiciar várias utilizações de acompanhamento do bioma amazônico, das áreas agrícolas, das cidades e da costa litorânea brasileira, além da prevenção de desastres naturais".
"Saiu um peso do peito". Pouco menos de um ano após a falha no lançamento do CBERS 3, os técnicos brasileiros e chineses envolvidos na missão respiraram aliviados com a inserção do artefato em órbita. "Saiu um peso do peito", disse Antonio Carlos de Oliveira, coordenador do segmento espacial do programa CBERS, em reportagem da Folha de S. Paulo.
Comitiva na China. Acompanhando a missão do sítio de lançamento, estavam o ministro Clélio Campolina, o presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), José Raimundo Braga Coelho, o diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), Leonel Perondi, o ex-ministro da Ciência e Tecnologia, Marco Antônio Raupp, o embaixador brasileiro na China, Valdemar Carneiro Leão, e outras autoridades brasileiras e oficiais das forças armadas. A viagem oficial à China começou no início da última semana e envolveu também uma visita ao estaleiro que está construindo um navio hidro-oceanográfico para a Marinha do Brasil.
E no Brasil. A missão foi também monitorada em tempo real pelo Centro de Controle de Satélites do INPE, em São José dos Campos (SP), por técnicos e engenheiros. Também estava presente o diretor de Política Espacial e Investimentos Estratégicos da AEB, Petrônio Noronha de Souza, além de representantes de indústrias nacionais participantes do programa.
200º lançamento do Longa Marcha. A missão sino-brasileira também teve uma marca significativa para a China. Foi o 200º lançamento da família de lançadores Longa Marcha (chang Zheng, em chinês), que leva este nome em homenagem ao momento homônimo na história comunista chinesa. A versão utilizada para levar o CBERS 4 ao espaço foi a 4B.
Indústria nacional. Várias indústrias nacionais participaram do CBERS 4, fornecendo subsistemas. Nomes como AEL Sistemas (suprimento de energia), Optoeletrônica (câmeras), Equatorial Sistemas (câmeras), Omnisys (transmissores, transpônder de coleta de dados), Mectron (gravador digital de dados), AMS Kepler (software de ingestão e gravação), Cenic (estruturas), Neuron (antenas, subsistemas de telemetria), Orbital Engenharia (parte elétrica do gerador solar), entre outras. Ao todo, foram investidos mais de R$300 milhões na contratação de sistemas e subsistemas junto a indústria brasileira.
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