quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Pesquisadores da UnB se destacam na área aeroespacial

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Pesquisadores da UnB se destacam na área aeroespacial

Brasília, 18 de dezembro de 2014 – A Universidade de Brasília (UnB), por meio do trabalho de seus pesquisadores, conquistou méritos importantes na área aeroespacial neste ano. Alunos de Engenharia Elétrica, Marco Marinho, Ricardo Kehrle e Stanley Ramalho são nomes promissores da área. Os três concluíram o mestrado e se preparam para o doutorado no exterior.

Os três fazem parte do grupo do Laboratório de Processamento de Sinais em Arranjos de Sensores (Lasp) da UnB. Eles são orientados pelo professor João Paulo Lustosa, do departamento de Engenharia Elétrica.

Em 2013, Marinho trabalhou na Agência Aeroespacial Alemã (DLR). O estudante, que à época fazia mestrado no Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica da UnB, foi convidado a realizar sua pesquisa em Munique.

Após nove meses no país, ele voltou ao Brasil e já tem data para retornar à Alemanha para realizar doutorado. “Sinais de posicionamento GPS” é o tema da pesquisa, que é apoiada pela UnB e pela DLR. A intenção é desenvolver uma solução de GPS mais segura. Em janeiro próximo Marinho viaja para a Alemanha.

“É um reconhecimento importante para a universidade, pois mostra que a instituição forma engenheiros tão bons quanto os que são formados fora”, avalia o estudante.

A cooperação com a DLR foi iniciada em 2012, quando o professor Lustosa foi docente visitante na Universidade Técnica de Munique. Essa parceria gerou outros frutos, como a atuação do pesquisador alemão Felix Antreich como professor visitante especial na UnB. Antreich, que chefiou o trabalho de Marinho em Munique, recebeu bolsa do programa Ciências Sem Fronteiras (CsF) para lecionar no Brasil.

Inovação - Ainda na área aeroespacial, recentemente a UnB fechou um acordo de cooperação com a Universidade de Wakayama do Japão na área de construção de microsatélites e nanossatélites. O representante dessa cooperação é Ricardo Kehrle, que foi aceito pela Agência Espacial Brasileira (AEB) e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) para desenvolver microsatélites no Japão pelo período de um ano.

Kehrle é coorientado pelos pesquisadores da agência alemã e, dessa forma, seu doutorado é parte de um projeto ainda maior, envolvendo Brasil, Alemanha e Japão.

O aluno explica que os microsatélites podem ser aplicados na detecção de queimadas pelo globo terrestre. “Por serem pequenos, eles geralmente têm a missão mais específica e um desenvolvimento mais rápido, então são ideais para estudo e para uso das universidades” afirma.

Como representante da UnB Kehrle trabalhará em Tóquio em conjunto com a Agência Espacial Japonesa (Jaxa), a Universidade de Tóquio e a Universidade de Wakayama, bem como vários outros parceiros internacionais.

Já o estudante Stanley Ramalho conclui mestrado em Engenharia Elétrica neste ano e, em fevereiro de 2015, segue para o doutorado na Universidade Técnica de Dresden, na Alemanha, como bolsista da AEB.

A bolsa é fruto de uma parceria entre o CNPq e a AEB, que se uniram para o desenvolvimento de atividades espaciais. Ramalho explica que a linha de pesquisa é a construção de um Middleware SOA, programa de computação que faz mediação entre outro software, para comunicação entre satélite e uma base terrestre.

O aluno conta que a sua expectativa para o doutorado é de grande crescimento pessoal e profissional. “Poderei partilhar conhecimentos com excelentes pesquisadores alemães em tecnologias espaciais, e voltar para o Brasil para aplicar o conhecimento adquirido no exterior”, afirma. “Será uma forma de retribuir à universidade e ao país o investimento na minha formação”, completa.

O professor Lustosa destaca que os projetos tiveram aspectos bastante positivos. “O primeiro deles na parte tecnológica; vemos que qualquer desenvolvimento que se faz no Brasil é altamente importante, ainda mais sendo na área aeroespacial, que é uma área bastante sensível”.

Além disso, o docente conta que há esforço para formar alunos no nível próximo ao dos alemães. “Tentamos manter o nível alto para que seja igual ou até melhor que dos lugares de ponta no mundo todo”. Para Lustosa, a cooperação é importante para a visibilidade da UnB e abre portas para a contratação de alunos da instituição.

Fonte: Secretaria de Comunicação da UnB, via AEB.
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