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As comemorações do Dia da Independência, 7 de setembro, na capital federal prometem muitas discussões e evoluções de negócios entre o governo brasileiro e empresas francesas na área de defesa. Por conta do Ano da França no Brasil, o convidado de honra da festa brasileira será o presidente francês, Nicolas Sarkozy, que lidera comitiva formada por vários ministros e executivos de seu país. Serão assinados os contratos finais da compra de helicópteros de transporte EC 725, que serão fabricados no Brasil, de submarinos pela Marinha, e outros instrumentos, como uma carta de intenções sobre o projeto “Combatente do Futuro”, do Exército Brasileiro, notícia esta divulgada com exclusividade (clique aqui) pelo web-site da revista Tecnologia & Defesa. Evoluções na área espacial são também aguardadas.
Há algumas semanas, o blog ouviu de pessoa intimamente ligada aos setores Aeroespacial e de Defesa que a visita oficial francesa em 7 de setembro deve dar significativo impulso às discussões para a compra (ou desenvolvimento conjunto) de satélites de observação terrestre por parte do Ministério da Defesa. Não é segredo que dois grandes grupos europeus - o franco-alemão EADS, por meio de sua divisão espacial Astrium, e a Thales, através de sua joint-venture franco-italiana Thales Alenia Space, estão "batalhando" pelo negócio (veja a postagem "Satélite para o Ministério da Defesa").
A mesma pessoa também disse que as chances de se ter algo mais concreto em relação ao projeto do Satélite Geoestacionário Brasileiro (SGB) antes das eleições presidenciais em 2010 são pequenas. "Não acredito", afirmou. Acrescentou também que o SGB, projeto que deve atingir a casa dos bilhões de reais, será uma "briga de foice" entre os interessados (“players” da Europa, Rússia, Ucrânia, Canadá e talvez, surpreendentemente, até mesmo dos EUA).
Nessa toada, vão surgindo aos poucos novas informações sobre as características dos projetos de satélites pensados pelo Ministério da Defesa. Em entrevista publicada na edição da revista “IstoÉ Dinheiro” que começa a circular neste final de semana, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, deu alguns detalhes, que reproduzimos abaixo:
"Dinheiro - E qual o volume total de investimentos previstos?
Jobim - Ainda não temos isso fechado, mas temos vários projetos em andamento. E ainda tem os programas de mobilidade estratégica do Exército. A Iveco, da Fiat, desenvolveu o protótipo de um novo tipo de blindado, que estamos chamando de Urutu 3. Mais para a frente vamos discutir os programas do Exército. Temos os programas dos satélites brasileiros.
Dinheiro - Como serão os satélites?
Jobim - Satélites de monitoramento do mar e da Amazônia. Vamos monitorar toda a linha entre Amapá e o início do Paraná, uma área com cerca de dez mil quilômetros de extensão. Tem muita coisa que nós estamos construindo."
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7 comentários:
Olá Mileski!
Tudo bem contigo amigo? Me diga uma coisa, ainda existe o "Consórcio Brasil Espaço"?
Abs
Duda Falcão
Tudo bem sim, e contigo? Sim, o consórcio ainda existe, mas está numa fase de "hibernação" aguardando algumas coisas que estão para acontecer. Aliás, salvo engano, o consórcio tem algum envolvimento com a construção da TMI no CLA. Abraço. André
Eu pergunto Mileski, pois se bem me lembro esse consórcio tinha interesse na época de seu lançamento não só de participar do programa do VLS e dos foguetes de sondagens (industrialização dos mesmos) como principalmente do projeto do SGB, que se não me engano suas especificações foram definidas por uma das empresas que faziam parte desse mesmo consórcio (Atech). Será que com a intenção do governo em trazer os franceses para o PEB e principalmente para o Projeto do SGB a participação do consórcio estará ameaçada?
Abs
Duda Falcão
Duda, você tem razão. O Consórcio Brasil Espaço tem muitas áreas de interesse, em particular a industrialização do VSB-30 e lançadores em geral. Em relação ao SGB, acho ainda muito preliminar fazer qualquer análise. Esse projeto não deve se concretizar tão cedo. Outras coisas vão acontecer antes, talvez ainda este ano.
Valeu Mileski!
Só mais uma pergunta amigo. Como vão as coisas pro lado do satélite Amazonia-1? Se bem me lembro existia um edital a ser lançado ainda para o desenvolvimento de um dos dispositivos do satélite e algo também a resolver com os ingleses sobre a câmera RALCam-3, não é isso?
Abs
Duda Falcão
Duda, salvo engano, os principais subsistemas do Amazônia-1 já foram todos licitados e contratados. Se houver algo pendente, deve ser muito pequeno. Abraço. André
Valeu Mileski!
Obrigado mais uma vez amigo.Forte abraço e tenha um ótimo final de semana.
Duda Falcão
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