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Terminou ontem (29) a visita oficial do Primeiro-Ministro italiano, Silvio Berlusconi, ao Brasil, ocasião em que se reuniu com o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em São Paulo, para a discussão de temas da agenda bilateral, no âmbito do Plano de Ação da Parceria Estratégica assinado em 12 de abril de 2010, com ênfase na cooperação econômico-comercial.
A imprensa italiana, com alguma repercussão no Brasil, chegou a noticiar que alguns importantes contratos na área de Defesa poderiam ser assinados. Não se tem informações, no entanto, sobre negócios assinados. Inclusive, nenhum dos atos de cooperação firmados pelos mandatários dos dois países trata de Defesa ou Espaço, e a própria declaração conjunta não faz menção explícita a qualquer das áreas.
De acordo com os italianos, os negócios poderiam envolver o fornecimento de navios-patrulha oceânicos, fragatas e navios de apoio-logístico, que envolveria uma joint-venture entre o estaleiro Fincantieri e o grupo Finmeccanica, além de "sistemas de satélites de alta tecnologia para o controle das costas e das reservas de petróleo", tudo avaliado em cerca de 6 bilhões de euros.
Apesar de alguns contratos mais pontuais e de menor montante estarem sendo assinados (projeto básico de um sistema de monitoramento de fronteiras, por exemplo), é pouco provável que negócios relevantes sejam firmados este ano, em razão das eleições. Além do mais, nos bastidores também se comenta que a indefinição do Programa F-X2, da Força Aérea Brasileira, estaria "atrasando" ou "prendendo" outras negociações.
Sobre os interesses italianos na área espacial, recomendamos a leitura da postagem "Cooperação Brasil - Itália", de abril de 2010.
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