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A revista IstoÉ que começou a circular este final de semana traz uma interessante reportagem ("A volta da Engesa") sobre um acordo sigiloso entre o grupo europeu EADS e o coronel reformado Oswaldo Oliva Neto, ex-diretor do Núcleo de Assuntos Estratégicos (NAE) da Presidência da República, para a criação de uma empresa holding que se envolverá em projetos nacionais na área de defesa, como a construção de helicópteros de transporte EC-725, adquiridos pelo Ministério da Defesa em dezembro do ano passado.
Em abril, durante a feira LAAD, uma fonte da revista Tecnologia & Defesa, a qual o blog é ligado, deu informações muito preliminares sobre esta negociação, que envolve, aliás, importantes industriais dos setores aeroespacial e defesa brasileiros. A partir de julho, outras informações foram surgindo nos bastidores, de diferentes fontes, indicando novas movimentações.
Embora focada no setor militar, a holding, chamada Engesar Planejamento e Engenharia (o nome parece ter sido inspirado na antiga fabricante de blindados e mísseis Engesa), pode também se envolver em projetos da área espacial, como o Satélite Geoestacionário Brasileiro (SGB). Num dos parágrafos da reportagem, o autor Claudio Dantas Sequeira diz: "Além de helicópteros, a holding também construirá satélites de controle de tráfego aéreo e sistemas para a área de segurança pública."
Este movimento pode ser decisivo para garantir ao grupo EADS importantes negócios na área espacial no Brasil. Como já abordamos aqui anteriormente, o grupo europeu tem interesses em projetos de lançadores, no SGB, na construção de satélites de sensoriamento remoto, entre outros.
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