quinta-feira, 13 de maio de 2010

Telebrás no SGB?

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Várias reportagens e notícias sobre a reativação pelo governo federal da companhia estatal de telecomunicações, a Telebrás, estão sendo publicadas nos grandes veículos de comunicação nos últimos dias.

A edição de hoje (13) do jornal "Correio Braziliense", de Brasília (DF), traz uma entrevista com Rogério Santanna, indicado para ocupar a presidência da estatal. Embora isto não esteja claro e não exista qualquer indicativo oficial e concreto nesse sentido, algumas declarações de Santanna levam ao entendimento de que a Telebrás pode participar de algum modo do futuro Satélite Geoestacionário Brasileiro (SGB). Abaixo, destacamos alguns trechos, extraídos do clipping feito pela Força Aérea Brasileira (FAB):

"Então a banda larga é questão de segurança para o país?

Sim. Senão, o submarino nuclear que vai patrulhar as costas brasileiras não vai conseguir falar com um avião do último modelo que estamos comprando. Não sabemos qual vai ser a empresa vencedora, mas, com certeza, terá tecnologia de ponta. E como que esses caras falam? Falam por um satélite comercial, por exemplo?

O senhor está se referindo ao pré-sal?

Sim. No reforço da marinha brasileira, em função das riquezas nos campos de pré-sal, os submarinos vão precisar conversar com a Aeronáutica. Como é que eles vão se falar? Por satélites comerciais ou eles vão usar redes que nós controlamos? Não dá para ser ingênuo ao ponto de o país não ter autonomia.

Hoje, então, há risco de vazamento de informação sigilosa porque o governo não tem rede própria de telecomunicações?

Isso já aconteceu. Não é um fato novo. Na época da Brasil Telecom, vários e-mails de ministros foram interceptados pela empresa operadora interessada na questão. No governo Fernando Henrique, na contratação do Sivam-Sipam (programas de monitoramento da Amazônia), comunicações dos militares foram interceptadas por fornecedores interessados e acabaram interferindo em um acordo que ia ser feito com a França. Não é possível que a gente não tenha uma estrutura. É uma questão de segurança de Estado. Como é que vamos trabalhar com informação reservada, combatendo tráfego de drogas, com uma rede frágil, que pode ser escutada a qualquer momento?"
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