quinta-feira, 18 de novembro de 2010

O avanço chinês

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No início desta semana, a China Great Wall Industry Corp. (CGWIC) anunciou a assinatura de acordos com fabricantes de satélites de comunicações e dos lançadores espaciais Longa Marcha para a produção de 8 plataformas de satélites de comunicações das famílias DHF-3 e DHF-4, e de 20 foguetes Longa Marcha 3A, usados para missões geoestacionárias. O valor total dos contratos é estimado em aproximadamente US$ 2,26 bilhões, e cobre entregas num período de cinco anos.

A CGWIC, empresa responsável pela comercialização de satélites e serviços de transporte espacial, tem por objetivo ter até 2015 uma participação de 10% no mercado de satélites de comunicações, e de 15% no de lançamentos comerciais. Com estas metas em linha, a empresa tem sido muito ativa no mercado internacional, particularmente oferecendo satélites para países de terceiro mundo, e lançamentos para cargas "ITAR free". Além disto, tem também buscado desenvolver novos produtos, como uma plataforma geoestacionária de maior massa (6,5-7 ton.) e potência (15-20 kw), a DHF-5.

A América do Sul, aliás, pode ampliar a sua contribuição para o market share chinês. Sua indústrial espacial já tem presença relevante na região. Além da parceria com o Brasil no programa CBERS, a China também forneceu um satélite de comunicações à Venezuela (Venesat-1), negocia um modelo similar com a Bolívia (Tupac Katari), e também participou da concorrência do Satcol, na Colômbia. No início do mês, circularam notícias na imprensa venezuelana dando conta do apoio de Pequim para a construção de uma fábrica de satélites ("Venezuela: fábrica de satélites em 2012").
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