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Em 27 de janeiro, colocamos aqui uma postagem ("Aquisições no setor de defesa? - Parte II") sobre negociações em andamento relacionadas à consolidação do setor industrial de defesa no Brasil, algo que, como temos insistido, terá inevitáveis reflexos no campo espacial. Naquela ocasião, divulgamos um trecho de conversa tida no início de janeiro com uma pessoa bastante familiarizada com o setor, abaixo novamente reproduzida:
Eu: "Olá, tudo bem?"
Interlocutor: "Tudo bem, e com você?"
Eu: "Tudo bem."
Interlocutor: "Legal. Viu, vocês precisam escrever alguma coisa sobre as compras de empresas brasileiras por estrangeiras..."
Eu: "Ah, é? Teve o lance da Ares e Periscópio com a Elbit, né? Ouvi falar também da A falando com a E, e da Mectron com a Odebrecht."
Interlocutor: "Sim, e a O também."
Eu: "A O?! [Surpreso] Mas, para quem!?"
Interlocutor: "Não posso dizer."
Eu: "Poxa, conte aí, quem é?"
Interlocutor: "Sério, não posso dizer, mas não é tão ruim assim..."
Pois bem, depois de algum tempo, os nomes de "A" (Atech) e "O" (Orbisat) começaram a vazar (demorou!). Não divulgamos antes simplesmente para preservar as fontes, embora, quem seja do ramo, já soubesse disso há muito tempo. Nossa postagem anterior tem mais informações (inclusive números, avaliação, formas da transação, etc.), e até onde fomos atualizados, as negociações continuam.
Novos elementos vão também surgindo. Pode-se afirmar que hoje, dificilmente existe alguma empresa brasileira do setor de defesa (e algumas de espaço) que não tenha recebido visitas ou propostas dos grandes players atuantes no mercado local para parcerias ou compras de participação. Um caso específico de uma empresa paulista, com negócios em defesa e espaço, é bem interessante: num intervalo de semanas, recebeu contatos, visitas e demonstrações de interesses de, ao menos, quatro players (um nacional, um misto e dois estrangeiros).
Sobre o "namoro" entre Odebrecht e Mectron: pelo rumor que chegou ao conhecimento do blog, vindo diretamente do "velho continente", o interesse da Odebrecht (não apenas da Odebrecht, logicamente, mas num movimento já orquestrado) pode até mesmo cruzar o Oceano Atlântico, chegando até à África do Sul (Denel Dynamics).
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